Engana otário III – O esforço da Folha para diluir as atenções que se voltam para São Paulo produz no leitor mais crítico a sensação de que alguém está tentando enganá-lo. 13

PÚBLICA

São Paulo, uma guerra particular

Por Luciano Martins Costa em 31/10/2012 na edição 718

Comentário para o programa radiofônico do OI, 31/10/2012

Agora a informação é oficial: a explosão de violência em São Paulo tem relação com uma guerra entre o crime organizado e a Polícia Militar. Os jornais de quarta-feira (31/10) revelam detalhes que confirmam suspeitas de descontrole das autoridades do estado sobre seus agentes e evidenciam que a causa principal da onda de assassinatos é a própria estratégia de segurança.

O Estado de S.Paulo informa, com reportagem destacada na primeira página, que a polícia encontrou uma “lista da morte” na favela de Paraisópolis, com nomes e descrições físicas de policiais marcados para morrer. A relação teria sido apreendida numa “central de espionagem” do grupo conhecido como Primeiro Comando da Capital, que, segundo a imprensa, controla presídios, domina o tráfico de drogas e mantém sob seu poder muitas comunidades da periferia da cidade.

O Estado de S. Paulo reproduz o que seria um fac-símile da ordem para a execução de policiais militares. Sob o título “Salve geral”, o texto convoca os integrantes do grupo a reagir contra flagrantes forjados pela polícia e contra as execuções de seus parceiros.

Para cada membro do PCC preso sob falsa alegação, a ordem é matar um policial, e para cada integrante do grupo morto em circunstância que eles consideram desigual, sem chance de reação, devem ser mortos dois policiais, sempre da mesma corporação e na mesma região onde ocorrerem os eventos, diz o comando.

Acusações mútuas

A se considerar verdadeiro o material divulgado pelo jornal, não há mais como o governo do estado negar que a explosão de homicídios que assusta os paulistas tem uma relação direta com ações questionáveis da Polícia Militar.

As causas expostas seriam flagrantes forjados de posse de droga e execuções sob a alegação de confronto armado.

O noticiário vinha dando margem a interpretações perigosas como essa, e já alimentava especulações ainda mais perturbadoras, como, por exemplo, por que esse estado de beligerância não afeta também a Polícia Civil. No entanto, entre os documentos apreendidos havia indícios de que a quadrilha pretendia matar pelo menos dois policiais civis do setor de repressão a roubos e assaltos.

A apreensão dos documentos só foi possível porque, desde a madrugada de segunda-feira (29/10), a favela de Paraisópolis foi tomada por 600 policiais militares, que mantém barreiras em todos os acessos da comunidade.

Paralelamente, os jornais relatam desentendimentos entre o secretário da segurança paulista e o ministro da Justiça, envolvendo questões partidárias e acusações mútuas de omissão. O secretário de Segurança afirma que a causa da violência em São Paulo é o descontrole das fronteiras, atribuição federal. O ministro da Justiça diz que ofereceu ao governo paulista apoio nas investigações e vagas em presídios federais para abrigar líderes de organizações criminosas.

Medo na Avenida Paulista

Diferente do Estadão, que usou seus repórteres para esclarecer o estado de guerra que assusta a população paulista, a Folha de S. Paulo procura desviar a pauta para o cenário nacional, com uma manchete na qual afirma que “um policial é morto a cada 32 horas no Brasil”.

O levantamento tem como base relatórios das secretarias estaduais de Segurança Pública e dá a entender que o fenômeno é nacional, mas lá pelo meio da manchete o texto esclarece que quase a metade das ocorrências se concentra em São Paulo, onde 98 policiais foram assassinados neste ano, sendo 88 da Polícia Militar. Só cinco deles morreram em horário de serviço, o que comprova a tese de que os criminosos estão caçando policiais militares em suas casas, executando-os quando estão de folga.

O esforço da Folha para diluir as atenções que se voltam para São Paulo produz no leitor mais crítico a sensação de que alguém está tentando enganá-lo. Os números da violência contra policiais em São Paulo são esclarecedores: no próprio texto em que procura amenizar a situação paulista, o jornal informa que os estados do Pará e da Bahia, que ficam em segundo lugar no total de policiais assassinados, tiveram cada um apenas 16 casos durante o ano.

Especialistas citados pelos dois jornais lembram que, acuados pela ameaça constante, os policiais perdem eficiência e aumentam a agressividade, sem contar que muitos deles saem deliberadamente em missão de vingança, o que explica a espiral de assassinatos.

Segundo o Estadão, a onda de violência tem provocado o fechamento de escolas e casas de comércio em bairros da periferia. “Medo já muda rotina até na [avenida] Paulista”, diz o título de uma reportagem do jornal.

http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/sao_paulo_uma_guerra_particular

  1. Folha, Veja, Globo, é tudo farinha do mesmo saco e apoiam incondicionalmente o PSDB este partido maldito que deve ser extinto…………………..

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  2. Campanha: FICA FERRERINHA!!!
    O Ferrerinha é o nosso cavalo.
    Uma vez flamengo, sempre flamengo.
    Ferrerinha foi policial. Não nega a raça. Ok, as vezes nega, vai.
    Mas o que importa é isso: promotor de justiça quando não faz na entrada, faz na saída.
    E Ferrerinha também foi promotor. digo foi, pois, agora, é cavalo da polícia paulista.
    Se o indigitado leitor ainda não entendeu, desenho: Ferrerinha é o tendão de Aguiles, ou melhor de Geradiles.
    Ferrerinha, zarrolho, pernas tortas, curintianu. Ele mesmo. É nosso Davi.
    Em razão disto, rogo a todos os policiais, familiares de policiais, gansos, caguetas em geral, cambistas, punguistas, trombadinhas, sindicatos e associações… o momento é de fé demais, logo, mobilizem-se, oficie-se aos quatro ventos: GOVERNADOR, MATENHA O FERRERINHA, POR FAVOR!!
    Já rola um modelo de ofício nos foruns dos leões de internet: “senhor governador, por meio desta manifestamos nosso total e incondicional apoio pela manutenção do atual Secretário de Segurança Pública, o único homem capaz, na face de toda essa Galáxia, de derrubar o senhor e essa bosta de partido. Abraços por trás e até 2014”.
    Fica Ferrerinha…
    Fica Ferrerinha….
    ps: ele apareceu no meu televisor preto e branco nesse almoço. Berrou contra o Sec. Seg Nacional. Vomitou sobre a Polícia Federal. Ele tem razão, afinal, a Polícia Federal não sabe nada de investigações sobre criminosos presos, quem sabe é a SAP. Ooopss.. então a polícia, ou policias paulistas não sabem bosta nenhuma? carai, sem querer o zarolho comparou a PC e PM paulistas à Polícia Federal?
    Tão vendo?
    E quem precisa de Carreira Jurídica e Nível Universitário se nosso Davi já nos equiparou à Polícia Federal.
    Pergunto: se juntar essa afirmação dele numa petição, posso reclamar a diferença salarial?
    Fica Ferrerinha, fica

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  3. engraçado naõ conseguem esquecer a policia civil todo mundo acha que a pc tem que se f.der tbem.. pasarinho que come pedra sabe o c´. que tem daqui um pouco vão começar a derrubar os pc e colocar na conta do pcc. o racinha de FDP . abram o olho isto é fato.!!!!

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  4. Ei Dr Guerra, não eh o lugar adequado aqui, mas faça algum comentário sobre o concurso para Investigador que foi divulgado hoje, salário incicial de 2.750,00! Absurdo

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  5. Fora os descontos né amigão, 2750 para morar em São Paulo, não paga nem o aluguel, tem que morar em quebrada e colocar a vida em risco.

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  6. Fora os descontos…até ia prestar esse concurso, mas eh ridiculo ganhar isso….e tavam antes divulgando que seria 3.400….piorou

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  7. Jose :
    Fora os descontos…até ia prestar esse concurso, mas eh ridiculo ganhar isso….e tavam antes divulgando que seria 3.400….piorou

    3.400 ganha os q estao nessa paçoca ha 20 anos…
    Tira da cabeça… nao vale a pena…
    NÃO VALE A PENA !!!!!

    Jose :
    Fora os descontos…até ia prestar esse concurso, mas eh ridiculo ganhar isso….e tavam antes divulgando que seria 3.400….piorou

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  8. Muitos prestam o concurso, mas quero ver quem fica, qdo for trabalhar onde o Judas perdeu as botas, lidar com gente ignorante, eleitores do PSDB, computador quebrado, salário miserável e ainda aguentar um delegado vagabundo e que se acha um Deus.

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  9. INVESTIGADOR? SÓ SE FOR NA PROXIMA ENCARNAÇÃO …..ESSE TURMA COM CERTEZA VAI SENTAR NO LUGAR NO ESCRIVAO E FAZER B.O. DE QUALQUER COISA.
    ……..E FICAR SONHANDO QUE È POLICIAL DE VERDADE.

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  10. Tanto o Governador do Estado de são Paulo Geraldo Alckimim como o Ex- Serra do PASDB, acham que Policiais tem que trocar tiros com bandidos e ganhar uma miséria, estão errados, nenhum Policial vai querer ficar se expondo por um salário miserável e depois a ainda tem que fazer bicos oficial nas Prefeituras para complementar o pão de cada dia. Esses governantes acham que os Policiais são idiotas. Pior é saber que o próprio Geraldo Alckimim foi contra a pec 300 que estabelecia um piso salarial para os Policiais, eu me lembro bem disso, ele falou que era contra a pec 300 por princípios. Que princípios são esses? Os princípios deles é que os Policias tem que ganhar pouquinho, fala sério, tem cabimento um Governador pensar assim? Depois nós vimos nas eleições que o PSDB esta afundando, agora perdeu até a Prefeitura de São Paulo para o Haddad do PT, mais o que poucos sabem é que o Alckimim e Serra acabaram com o nome do PSDB aqui no Estado de São Paulo, eles tem manias de pagar bem pouquinhos para os servidores públicos e assim quem é prejudicado é a população que paga os impostos. Sabe de uma coisa, percebi que eles sucateiam os serviços públicos para favorecerem as empresas privadas que vão muito bem obrigada. É uma vergonha essa maneira de governar, pior que eles ainda tem o descaramento de fazer propagandas na televisão dizendo que estão fazendo isso e aquilo, mas na verdade eles priorizam apenas algumas coisas que dá ibope na mídia e quanto o lado social eles não estão nem ai e que se dane os mais pobres que como sempre são os que mais sofrem. Os ricos não estão nem um pouco preocupados, eles viajam de avião e helicópteros, quando com carrões blindados e escoltas armadas, usam médicos particulares e o Hospital dos ricos é o tal Albert Staem, nem sei falar esse nome Libanês, tem outro que é o tal Sírio Libanês que atende os ricaços também , já os pobres ficam morrendo nos corredores dos Hospitais Públicos, jogados em macas ou pelo chão e mendigado uma consulta pelo SUS, os filhos dos ricos estudam em escolas particulares de alto padrão e Universidades de ótima qualidade e até no exterior, já os pobres precisam da escola pública onde não se aprende nada e por cima tem traficantes viciando as crianças e adolescente dentro e nos arredores das escolas, as estradas estão todas cheias de pedágios e os ricos nem ligam porque aquele dinheirinho que eles pagam é considerado dinheirinho de pingas, já o pobre vai viajar e não sabe se abastece o carro ou guarda o dinheiro para pagar os pedágios. É preciso uma providência do Governo federal para acabar com essa farra com o dinheiro público aqui no estado de São Paulo onde os pobres estão sofrendo bastante. Os Policias trabalham e ganham uma miséria, os Médicos e Enfermeiros trabalham bastante e ganham uma miséria, os Professores trabalham bastante e ganham uma miséria. Assim não dá, é preciso investir nos servidores públicos, ninguém trabalha a troco de bananas. Eu vou repetir uma coisa que muitos andam dizendo por ai, em 2014 o PSDB vai perder o governo do Estado de São Paulo por culpa do Alckimim e do Serra, por pura falta de compreensão com os servidores públicos, principalmente com essas três categorias (segurança, saúde e educação).

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  11. HAAAA, BOM! AGORA QUE É OFICIAL EU ACREDITO QUE ESTÁ HAVENDO UMA GUERRA DA PM CONTRA O PCC.

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  12. Esses são os frutos de quase 20 ANOS DE PSDB no poder. Quando a população vai varrer do mapa essa podridão de governo que só se preocupa com NÚMEROS e repercursão POLÍTICA e quer que as pessoas se danem?

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  13. Polícia militar encontra lista de policiais que estariam marcados para morrer

    Do UOL, em São Paulo

    A Polícia Militar encontrou um caderno com uma relação de nomes, que podem ser de policiais que seriam alvos de criminosos na favela de Paraisópolis, no bairro do Morumbi, zona oeste de São Paulo.

    A apreensão foi feita durante ação da Operação Saturação, que também prendeu oito pessoas em outras duas favelas da capital.

    O caderno foi encontrado numa casa localizada na avenida Independência, contendo cerca de duas mil folhas preenchidas a mão com nomes, endereços e características físicas de policiais militares e civis marcados para morrer. A lista contém pelo menos 40 nomes, com detalhes como o do percurso feito por policiais entre o local de trabalho e suas casas e locais de lazer.

    Na favela São Remo, que faz divisa com a USP (Universidade de São Paulo), na região do Butantã, zona oeste de São Paulo, quatro pessoas foram presas nesta quarta-feira, sendo dois suspeitos de envolvimento em assassinatos de policiais. As outras duas prisões ocorreram por porte ilegal de arma e porte de dois tijolos de maconha.

    Também foi encontrado no local um laboratório de fabricação de drogas e , informou a assessoria de imprensa da Polícia Militar. Um total de 90 quilos de drogas foram apreendidos.

    Já na favela Funerária, foram presas quatro pessoas. A polícia também apreendeu no local três carros e 726 quilos de maconha.

    Segundo nota da Polícia Militar, o objetivo da Operação Saturação é a prisão de traficantes e de suspeitos de matar policiais militares. Ação é feita em conjunto por 50 policiais da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) e com dez equipes formadas por 30 policiais civis entre eles Ricardo Escorizza dos Santos, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) .

    Atentatos contra PMs

    De acordo com o governo de São Paulo, atentados recentes contra policiais militares foram ordenados por traficantes de Paraisópolis. Na segunda-feira (29), pela primeira vez, o governo admitiu que foi de bandidos dessa comunidade que partiu a determinação de executar policiais.

    “Dali emanaram algumas ordens de atentados contra PMs”, afirmou o secretário da Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto. O objetivo é asfixiar o tráfico de drogas e causar prejuízos ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

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