Policial Civil assassinado em Juquitiba 38

Policial Civil e ex-marido da prefeita de Juquitiba é assassinado

Atualizado em:  5/10/2012 | Karen Santiago

O policial civil João Pires e também ex-marido da atual prefeita de Juquitiba, Cida Maschio foi morto por volta das 20h30 desta sexta-feira, dia 5 de outubro, no bairro Justino. Ele foi morto com aproximadamente seis tiros. Os disparos foram efetuados por dois criminosos em uma motocicleta. Ele fazia bico como segurança de um mercado.

De acordo com informações iniciais o policial estava indo guardar as compras no carro que fica no estacionamento ao lado do mercado, quando foi alvo dos disparos. Ele foi atingido e tentou correr para dentro do supermercado, mas caiu na calçada e recebeu mais tiros.

Os suspeitos conseguiram fugiram. O policial foi levado para o hospital de Juquitiba, mas não resistiu e morreu momentos depois de ser socorrido. O caso vai ser registrado na delegacia de Embu das Artes e a polícia deve investigar o crime.

PCC é folclore 32

05/10/2012-06h00

Há ‘folclore’ sobre facção, diz coronel da Polícia Militar

DE SÃO PAULO DO “AGORA”

O coronel da Polícia Militar Marcos Roberto Chaves da Silva, comandante do policiamento da capital, disse ontem que existe “folclore” nas informações sobre a facção PCC.

“Existe um pouco de folclore nisso, mas é claro que não descartamos a possibilidade de ações criminosas organizadas. Mas se dá muito mais valor ao que de fato é”, disse.

“Agora, é importante dizer que esse pessoal ligado a qualquer tipo de facção também recua diante da atuação da polícia. Sem dúvida, a PM, nos últimos meses tem feito trabalho pesado contra o tráfico de drogas. São toneladas de apreensões e isso atinge direto o crime organizado.”

O oficial segue o tom do discurso do governo paulista, de tentar minimizar o tamanho de poder da facção.

O próprio governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse, nesta semana, que “há muita lenda” sobre o crime organizado.

“Crime organizado, desorganizado, ele é enfrentado. Todo dia a polícia vai pra cima de bandido, todo dia os criminosos são presos.”

O secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, também já afirmou que os integrantes do PCC são em um número muito menor.

“A facção é bem menor do que dizem. Não chega a 30 ou 40 indivíduos que estão presos há muito tempo e se dedicam ao tráfico”, disse, anteontem o secretário.

MORTES DE PMs

Questionado sobre as mortes de PMs, o coronel afirmou que só as investigações vão mostrar a motivação.

“Não fiz nenhum estudo sobre isso, mas particularmente fica claro que eles querem se sobressair e manter o trabalho para obter lucro. O que falta é um controle de fronteiras para evitar a entrada das drogas.”

Procurado ontem, Ferreira Pinto não comentou, até o fechamento desta edição, a informação de haver uma ordem para matar policiais.

Colaborou GIBA BERGAMIM JR.

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Folclórica é a honestidade intelectual desse coronel Marcos Roberto Chaves da Silva…

Sob a lógica dos números: cada PM assassinado custa cerca de R$ 2.000.000,00 .

Já são mais de 70.

O Estado perde aquilo que investiu nas vítimas , perde pela pensão que pagará  aos familiares  dos falecidos e perde por gastos com novas contratações apenas para preenchimento dos claros decorrentes dessas baixas.

Prejuízo “pesado” o PCC vem impondo à sociedade.

Lenda é Secretário de Segurança Pública honesto e competente 20

05/10/2012-06h00

Major da PM vê risco de novos ‘esquadrões da morte’ em SP

DE SÃO PAULO

O deputado estadual Major Olímpio Gomes (PDT), major da reserva da Polícia Militar de SP, diz que o governo não pode mais, por medo de desgaste político, dizer que é “lenda” o poderio da facção criminosa PCC e a ligação do bando com as mortes de PM.

A palavra “lenda” foi usada recentemente pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) e pelo secretário da Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto, ao comentar o a ação da facção criminosa.

Para o major, cresce um perigoso sentimento nas polícias de que as leis já não conseguem inibir a criminalidade e que os policiais podem querer “fazer justiça com as próprias mãos”. “Se nenhuma providência for tomada urgente, o medo é policial fazer justiça no caixa dois”, diz. (ROGÉRIO PAGNAN)

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Folha – Documentos mostram que há uma ordem dada pelo PCC para matar policiais. Já são 75 PMs mortos este ano…

Olímpio Gomes (PDT) – Está mais que clara a premeditação e a execução de policiais. Será que esse novo documento do PCC é mais uma lenda, como dizem certas autoridades? Só que as lendas vêm se confirmando a cada dia. Não adianta querer tapar o sol com a peneira, dizer que é lenda, que é coisa de promotor mal intencionado, jornalismo tendencioso: são 75 PMs mortos. Mais um indicativo de que estão cumprindo o salve [ordem do PCC].

Como o senhor recebe essa notícia de mais uma morte?

Eu tenho muita responsabilidade em falar isso, mas é preocupante quando surge o sentimento de duvidar que o Estado democrático de direito e as leis conseguem impedir o crime e surgem pessoas com vontade de fazer justiça com as próprias mãos.

Eu tenho ido a velórios, falado com coronéis, delegados. É o mesmo sentimento: se nenhuma providência for tomada urgente, o medo é policial fazer justiça no caixa dois”. E alguns comandantes dizem pensar em adotar um “dane-se”.

Deixar que os policiais façam isso e até incentivar. “Caixa dois” no jargão é um policial fora de serviço sair matando marginais.

Se o coronel, se o delegado de classe especial tem esse sentimento no momento de dor e de angústia, imagine o soldado e o investigador, que se sentem abandonados?

Os policiais acham que as leis não funcionam mais?

No dia 15, vamos fazer uma audiência na Assembleia para iniciar a coleta de assinaturas e apresentar proposta de uma lei de iniciativa popular para tornar hediondos crimes praticados contra agentes da lei e aumentar as penas.

Isso existe em muito países e muitos Estados norte-americanos. Precisamos mudar a lei para que seja um impeditivo aos marginais. O sentimento é o de que as leis não protegem o cidadão de bem. E os homens da lei são os alvos preferenciais dos bandidos.

Mandamento do PCC : ” Vida se paga com vida, e sangue se paga com sangue.” 22

05/10/2012-06h30

Facção deu ordem a criminosos para assassinar policiais em SP

ROGÉRIO PAGNAN AFONSO BENITES DE SÃO PAULO JOSMAR JOZINO DO “AGORA”

Documentos em poder da polícia e do Ministério Público de São Paulo revelam que chefes da facção criminosa PCC deram ordens expressas para a matança de policiais e que desde 2011 se estruturam para esses ataques.

Um desses documentos, que funciona como espécie de ordem permanente para todos os integrantes, diz que policiais deverão ser assassinados toda vez que um criminoso for morto pela polícia.

“Se alguma vida for tirada pelos nossos inimigos, os integrantes do comando que estiverem cadastrados na quebrada do ocorrido deverão se unir e dar o mesmo tratamento. Vida se paga com vida, e sangue se paga com sangue.”

Essa ordem, que integra um processo na Justiça, foi apreendida em dezembro de 2011 na casa do suspeito de ser um dos principais chefes do bando na Baixada Santistas. Cópias foram apreendidas em outras regiões de SP.

Só neste ano ao menos 75 policiais militares foram mortos –de janeiro a setembro do ano passado, foram 38. A suspeita é a de que parte desses crimes foi cometida por ordem da facção.

Conforme a Folha revelou nesta semana, com base em cerca de 400 documentos apreendidos pela polícia e Promotoria, a facção tem 1.343 integrantes cadastrados em 123 cidades de SP.

O governo paulista diz que as informações são uma “lenda” e que o número de criminosos da facção não passa de 40, quase todos traficantes e presos há tempos (leia texto nesta página).

GUERRA

Nesses mesmos papéis há comunicados produzidos entre setembro e outubro de 2011 em que os criminosos discutem o que fazer com policiais civis de São Paulo.

Um membro da cúpula do PCC diz: “Não é hora de entrar em guerra com a [polícia] Civil, pois já estamos numa guerra com a militar, onde nós estamos perdendo vários malandros na covardia.”

E segue: “Vamos nos fortalecer, organizar nossa família, no setor financeiro, progresso [droga], depois a sintonia das quebradas. Quando estivermos prontos para reação, aí iremos para ação, com inteligência, sem chance de defesa pra eles.”

Nesses documentos aos quais a Folha teve acesso, os criminosos relatam uma série de baixas sofridas pela facção, várias atribuídas à Rota, a tropa de elite da PM.

“Estamos passando a pior fase. Tá a maior covardia dos vermes da ‘R’ [Rota]. Tão tirando a vida de vários malandros da hora. Tão chegando muito rápido e não estamos conseguindo descolar de onde estão vindo”, diz trecho de relatório assinado com Érick.

A Promotoria acredita tratar-se de Érick Machado Santos, o Rick, considerado um dos principais chefes da facção criminosa em liberdade.

Colaborou ANDRÉ CARAMANTE

New York Times destaca mortes de policiais paulistas 9

Enviado em 05/10/2012 as 0:48 – LINO

‘NYT’ destaca mortes de policiais no Estado

O aumento do número de mortes de policiais paulistas chamou a atenção até do New York Times. O jornal americano publicou ontem reportagem que cita o assassinato do soldado das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) André Peres de Carvalho, de 40 anos, como um dos “mais de 70 policiais mortos neste ano em São Paulo”. Carvalho foi atingido com três tiros de fuzil ao sair de casa, no Butantã, na zona oeste de São Paulo. “A escala dos assassinatos deixou muitas pessoas assustadas. Para comparar, houve 56 mortes criminosas de agentes da lei em 2010 em todos os Estados Unidos”, ressalta a reportagem. O jornal afirma que o aumento repentino das mortes de policiais levantou temores de uma ressurgência do Primeiro Comando da Capital (PCC). “As autoridades tentaram reduzir o papel suspeito do grupo criminoso nos assassinatos”, mas “analistas de segurança e alguns integrantes da própria polícia caracterizaram as mortes como represálias da gangue”, explica o New York Times.

A HISTÓRIA ESCRITA NAS PAREDES – Parte II 13

2 – AS ETAPAS DA PERÍCIA

A dificuldade para realizar a perícia no P-9 começou na entrada: Quando chegamos ao distrito, o delegado do 9º. DP, Dr. Pepe, recebeu um “recado” e repassou ao perito: “os policiais que estão lá disseram para dispensar a perícia, porque é impossível entrar agora. Deve ficar para amanhã”. Mas estávamos absolutamente convencidos de que não voltaríamos sem fazer o exame. Respondemos, então, que não havia importância, iríamos até lá apenas para fazer umas fotos externas e descrever o ambiente de fora do P-9. A notícia, até então, é que havia oito mortos. Mas logo percebemos que o número deveria ser bem maior. Por fim, decidimos ir ao P-9, na viatura do delegado, perito e fotógrafo escondidos no banco de trás. Curiosidade: era o primeiro plantão do fotógrafo, recém-concursado, mas o fato de ser filho de antigo fotógrafo do IC ajudou muito as coisas, e ele teve um desempenho exemplar. Chegando à Casa de Detenção, fomos à Diretoria, onde se achavam reunidos vários oficiais, juízes, a Direção e o Chefe de Disciplina. Ali nos inteiramos do ocorrido (já falavam em 83 mortos) e garanti a todos que faria o exame pericial de qualquer forma, nos limites do possível. E todos por fim concordaram apesar da relutância de alguns oficiais, dizendo que poderia ser perigoso. “Recebemos RETP”, respondemos. E a perícia foi feita.

A perícia do Massacre do Carandiru foi realizada em três etapas: a primeira, no dia dos fatos, em 2 de outubro de 1992; a segunda, uma semana depois, em 9 de outubro e a terceira em 14 de outubro. Houve duas etapas intermediárias, em 4 e 7 de outubro, mas apenas serviram para ouvir relatos e preparar as próximas etapas, pois os demais pavimentos continuavam inacessíveis e no dia 7 houve um novo foco de revolta dos presos. Neste dia, o Diretor de Disciplina da Detenção mostrou-se horrorizado com o que havia acontecido e disse, com todas as letras, que não havia necessidade alguma daquela matança.

A primeira etapa foi cumprida no dia da ocorrência. E, embora não tivesse sido possível avançar além de parte do primeiro pavimento, foi a mais importante porque deu uma ideia geral do que havia acontecido ali. Observamos e fotografamos 89 cadáveres empilhados no primeiro pavimento, em dois saguões contíguos, andando pelas bordas, cuidando para não pisar nos cadávers. Como não calçávamos botas ou coturnos, o sangue que empoçava o local chegou às nossas canelas. O odor era infernal. Para quem já esteve em locais com um único cadáver, morto há mais de 3 horas, sabe do que falamos. Imagine-se 89 empilhados, mortos há mais de 8 horas! Como a energia do P-9 havia sido cortada, o exame foi feito sob a luz dos holofotes da PM ligados aos caminhões, que alcançavam apenas até este local. O restante do primeiro pavimento foi examinado à luz de lanternas, mas não houve condições de registrar em fotos os vestígios de tiro que existiam dentro das celas. O jeito foi interditar para nova perícia o P-9 (agendada a princípio para 4 de outubro). Os presos foram todos removidos para outros pavilhões até que a segunda etapa fosse realizada, o que só foi possível em 9 de outubro, quando a energia já havia sido religada e os presos sobreviventes reconduzidos a suas celas.

Durante a perícia, foram exibidos ao perito treze revólveres que teriam sido apreendidos com os presos, sendo sete com a numeração raspada, todas oxidadas e em mau estado de conservação. Na perícia feita pelo laboratório de Balística do IC, isto foi confirmado e as armas com numeração raspada não puderam ser identificadas. Até hoje não se conhece a origem de nenhuma destas armas. A Comissão Disciplinar da Detenção garante que jamais entrou arma no P-9, até por imposição dos próprios presos: quem ali tivesse uma arma de fogo, seria o rei do “pedaço” e faria o que quisesse.

Além das armas de fogo foram também exibidos inúmeros estiletes rudimentares apreendidos com os presos pela PM, além de armas improvisadas (“espadas” feitas de cantoneiras metálicas, canos, estiletes de alumínio, serras, serrotes, etc.). Não se sabe quando, onde e com quem foram tais armas apreendidas.

A esta altura, todos os presos sobreviventes estavam sentados, nus, com a cabeça entre as pernas no pátio do P-9, sob uma fria garoa. Esta etapa se encerrou com a recolha dos cadáveres nos caminhões azuis do presídio, levados cada um por dois presos nus, para encaminhamento ao IML. Aproveitamos para refazer a recontagem dos mortos, e concluímos por 89, depois de nos certificarmos que nenhum permaneceu no P-9 (entretanto, como explicamos abaixo, 13 cadáveres do quinto pavimento só foram recolhidos nos dias seguintes e não foram contados no dia). Nesta ocasião observamos que alguns policiais faziam fotos e filmagem. Indagados sobre o que fariam das gravações, disseram que era “praxe” da Corregedoria da PM documentar as grandes operações. Curiosamente, uma foto dos presos nus carregando cadáveres, feita pela PM, apareceu três dias depois num jornal de grande circulação.

Na segunda e terceira etapas foram examinadas todas as celas restantes do P-9. Pode-se dizer que foi feita quase uma reconstituição de local de crime, pois à medida que a equipe da perícia ia trabalhando, as Comissões de Presos e de Disciplina da Casa de Detenção iam narrando os fatos. Os que eram confirmados pelos vestígios, eram registrados, os demais eram rejeitados. Foi assim, por exemplo, que descobrimos que no dia 2, além dos 89 cadáveres empilhados, restaram 13 que foram mortos numa cela do quinto pavimento que não houve tempo de remover antes da chegada da perícia (talvez por isso tenha sido cortada a energia no dia) e mais 9 que haviam morrido a caminho do Pronto-Socorro. Mas o simples exame das paredes e do chão da cela 9513-E, comparado com o exame necroscópico de seus moradores feito pelo IML mostraram que aqueles 13 citados foram abatidos ajoelhados e de costas para a porta. Também foi constatado que, apesar das denúncias, nenhum preso foi “devorado” ou trucidado pelos cães da PM ou jogado nos poços dos elevadores desativados.

Todas as celas foram rigorosamente examinadas e o resultado de cada uma das análises foi descrito no laudo pericial. No caso de dúvida sobre o tipo de arma que teria produzido a cavidade de tiro na parede, material era colhido e analisado no laboratório do IC. Também assim se procedeu com as manchas de sangue ainda existentes (na época não existia o “luminol” ou similar). Dessa forma se provou que boa parte dos disparos partira de metralhadoras, alguns outros de “12” com projéteis múltiplos, alguns de pistolas e a maioria de revólveres.

Foi possível também provar, em conjunto com o IML, que no terceiro pavimento 75 presos foram executados dentro das celas, sendo que 68 morreram no local, no dia da invasão. No total, o saldo foi de 111 mortos e mais de 320 feridos que foram socorridos nos hospitais da Capital (este número de feridos foi informado pela Comissão Disciplinar da casa de Detenção). Não se sabe se alguns destes vieram a óbito posteriormente. A violência extrema praticada no terceiro pavimento era difícil explicar. Na invasão, o planejamento feito distribuía os pavimentos entre os diversos batalhões da PM, sendo que o terceiro, segundo informes da própria PM, coube à ROTA. Em seu relato, a Comissão de Presos informou que naquele pavimento a PM agiu diretamente contra inimigos previamente identificados, como se soubessem quem era quem e onde cada um morava. Na perícia constatou-se que, realmente, apenas algumas celas do terceiro pavimento foram metralhadas, como se estivessem previamente destinadas ao ataque, enquanto que muitas outras foram poupadas. Se não fossem estas 75 mortes do terceiro pavimento, talvez o caso não tivesse tido a repercussão que teve.

3 – AS CONCLUSÕES DA PERÍCIA

Em resumo, a perícia concluiu que:

a)      Em todas as celas, as trajetórias dos disparos indicavam atirador posicionado na soleira da porta apontando sua arma para os fundos ou laterais da cela;

b)      Não se observou quaisquer vestígios que denotassem reação dos presos, tais como vestígios de disparo na direção oposta aos descritos;

c)      Dadas as condições observadas pela perícia, pôde-se inferir que o objetivo principal da operação foi conduzir parte dos detentos à incapacitação imediata (ou seja, morte);

d)      O local foi violado antes da chegada da perícia, com a remoção dos cadáveres do local em que foram mortos e com a retirada de inúmeros estojos (cápsulas, no linguajar popular) vazios, notadamente de metralhadora (nenhum foi encontrado pela perícia).

Apesar desta violação, a perícia pode estabelecer as conclusões apresentadas porque, como sempre afirmamos, “a história estava escrita nas paredes”.

OBS: o Laudo, na íntegra, foi transcrito no livro de J. B. de Azevedo Marques, então Presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB.

 Osvaldo Negrini Neto

Perito Criminal aposentado, autor do laudo do Massacre da Detenção.