Enquanto mais de 84 policiais foram assassinados em apenas um ano, milhares de paulistas são vítimas da violência e bandidos fazem ondas de arrastões bem ao lado do Comando-Geral da Polícia Militar de São Paulo, a Polícia Civil está empenhada em desvendar um outro fato: quem são as fontes do jornalista Sandro Barboza, da TV Band.
Só neste ano ele foi chamado duas vezes para prestar depoimento em inquéritos e apurações preliminares onde o objetivo era descobrir quem repassava informações sigilosas de dentro da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.
O primeiro é o inquérito 539/2012 do 13 DP/Decap, aberto a pedido do vereador eleito de São Paulo, Paulo Telhada, sua esposa, Ivânia Telhada e o filho do casal, o tenente da PM Rafael Telhada. O segundo é a Apuração Preliminar 731/2012 em andamento na Corregedoria da Polícia Civil. Nos dois depoimentos ele usou do direito Constitucional de não revelar suas fontes. E falou sobre a possibilidade de integrantes da Secretaria de Segurança Pública estarem envolvidos com o crime organizado, com prevaricação e improbidade administrativa.
Mesmo tomando conhecimento destes fatos, as autoridades competentes só teriam olhos para apurar o que interessa à administração: quem são as fontes do jornalista e se houve quebra de sigilo funcional.
Estranhamente além de não apurar as graves acusações envolvendo a alta cúpula da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, nenhum procedimento foi aberto para descobrir quem são as fontes de outros jornalistas.
Recentemente o Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto, foi flagrado por câmeras de um shopping center de São Paulo com um envelope nas mãos. Ele entregou o mesmo para um jornalista do jornal Folha de S. Paulo. Alguns policiais civis estão sendo investigados por isso. Mas e o secretário? Há alguma investigação contra ele? O que continha aquele envelope? Estava vazio? Tinha valores? Tinha algo sigiloso? Tinha algo comprometedor?
A Polícia Federal, a Procuradoria da República, o Conselho Nacional de Justiça e o Ministério Público de São Paulo estão com investigações abertas para apurar supostas irregularidades dentro da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.
A elas agora também está sendo anexada a Apuração Preliminar 731/2012. A Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo terá de explicar por que faz tão somente uma investigação para apurar a quebra do sigilo funcional de funcionários públicos e nada para apurar a prática do crime de prevaricação e envolvimento com o crime organizado de integrantes da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, bem como possíveis atos de improbidade administrativa.
Enquanto os policiais e os cidadãos são mortos e vítimas de vários delitos, a Secretaria de Segurança Pública se empenha: em descobrir quem é a fonte! Os criminosos e suas vítimas? Isso não tem importância!
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A Polícia Civil ( para afagar o Pinto ) se transformou naquele tipo de valentão que só bate em mulher, criança e vive a vangloriar-se de chutar cachorro morto.