Dr. Luiz Mauricio Blazeck é o novo Delegado Geral 208

23/11/2012 22h22– Atualizado em                  23/11/2012 22h59

Mauricio Blazeck chefiará Polícia Civil em SP, e Benedito Meira, a PM

Mudança deve ser anunciada na segunda-feira (26). Troca ocorre após posse do novo secretário da Segurança.

Os responsáveis pelo comando das polícias Civil e Militar de São Paulo serão substituídos. A decisão foi tomada um dia após a posse do secretário da Segurança Pública, Fernando Grella, que assumiu a pasta na quinta-feira (22). O novo delegado-geral da Polícia Civil será Luiz Mauricio Blazeck, enquanto o comandante-geral da Polícia Militar será Benedito Roberto Meira.

A mudança deve ser anunciada na segunda-feira (26), conforme informou Renata Lo Prete no Jornal das Dez, da Globo News.

Com a mudança, deixarão o cargo o  comandante-geral da PM, Roberval França, e o delegado-geral Marcos Carneiro de Lima. As alterações na cúpula da Segurança são as primeiras anunciadas na gestão de Grella.
Benedito Meira ocupa atualmente o cargo de secretário-chefe da Casa Militar. Blazeck é o atual delegado Divisionário da Assistência Policial.

Cargo à disposição O delegado-geral Marcos Carneiro de Lima já havia anunciado na quinta-feira (22) que entregaria o comando da Delegacia-Geral de Polícia (DGP) em consideração ao então secretário da Segurança Pública (SSP), Antonio Ferreira Pinto, que o havia convidado para a função.

A saída de Carneiro foi confirmada um dia depois de ele também ter dito que parte das vítimas executadas nos ataques no estado tiveram suas fichas criminais pesquisadas horas antes de serem mortas. Policiais militares são investigados por suspeita de pertencerem a grupos de extermínio de criminosos. Uma facção criminosa ordenou os assassinatos de policiais em agosto. Desde então, os PMs estariam montando milícias para matar bandidos como forma de vingar a morte dos colegas de farda.
Quando foi empossado no Palácio dos Bandeirantes, o secretário da Segurança havia dito que iria discutir eventuais mudanças nos setores responsáveis pela segurança no estado.
Outra secretaria importante que estaria sendo avaliada é a da Administração Penitenciária, comandada por Lourival Gomes. A diferença é que uma mudança na pasta teria de ser feita pelo governo.
A permanência do diretor da Polícia Técnico-Científica, Celso Perioli, também foi questionada por pessoas ligadas à cúpula da Segurança.

http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2012/11/mauricio-blazeck-chefiara-policia-civil-em-sp-e-benedito-meira-pm.html

Como entram celulares nos presídios?…( O Flit responde: pela sala da diretoria! ) 50

Agentes penitenciários são eficientes, apreenderam mais de 8.000 celulares somente este ano.

 

A grande questão é: COMO ENTRAM OS CELULARES NOS PRESÍDIOS SR. SECRETÁRIO DA ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA?

 

Eu que sou agente penitenciário há 18 anos não sei responder essa pergunta. Pois sou revistado todos os dias que entro para trabalhar, e em todas as cadeias que trabalhei quando eu chego ao setor de portaria me sinto lindo e maravilhoso, pois pelo menos três ASPs desse setor ficam me olhando e acompanhando meus passos.

 

Apenas sei que não existem bloqueadores de celular e SCANNER CORPORAL nos presídios, o governo fala tanto em aparelho de RAIOS-X, mas esses são apenas para sacolas, precisamos de SCANNER CORPORAL e BLOQUEADORES DE CELULAR.

(…..melhor suprimir o nome , né )

Escrivães fazem rodízio de DPs em Ribeirão Preto…são disputados ‘a tapas’ 45

Efetivo pequeno estaria atrapalhando andamento de inquéritos da Polícia Civil

Jucimara de Pauda

Foto: 19.mar.2012 – Tiago de Brino / Especial

Membros de conselhos de segurança dizem que escrivães são disputados ‘a tapas’ nos DPs

A falta de escrivães nos Distritos Policiais de Ribeirão Preto e o aumento de criminalidade na cidade mobilizaram os nove presidentes do Conselho de Segurança de Bairros de Ribeirão Preto. Segundo funcionários dos Distritos Policiais, a situação é caótica e os escrivães fazem rodízio entre os DPs para conseguirem manter o serviço em ordem.

Os presidentes se reuniram com o coordenador estadual dos Consegs, Edvaldo Roberto Coratto, para pedir mais efetivo para a Polícia Civil da cidade. Segundo eles, os delegados estão disputando “a tapas” o profissional que está em falta nos Distritos Policiais. “Vou levar o pedido ao novo Secretário de Segurança Pública que tomou posse”.

Na reunião, os presidentes dos conselhos citaram que a falta de escrivão é alarmante a ponto de um distrito emprestar o profissional para o outro. “Nossos Distritos Policiais estão falidos e precisamos de mais efetivo”, diz Honor Alberto Vicente, presidente do Conseg de Ribeirão Preto.

Segundo a reportagem apurou, os escrivães estão fazendo um rodízio entre os distritos. Um deles, por exemplo, sai três vezes por semana de Cássia dos Coqueiros para trabalhar em Ribeirão. A Seccional também está emprestando seus escrivães para os DPs.

Um delegado da Polícia Civil, que não quer ser identificado, confirmou à reportagem a falta de escrivão. “Não tem como aplicarmos tolerância zero na criminalidade sem efetivo humano.”
Integrantes do Conseg Oeste, na região da Vila Tibério, também acham um absurdo o pequeno número de policiais do 3º DP. “São poucos para atender uma região de mais de cem mil habitantes. É humanamente impossível”, diz Honor.

José Golfieri, do Conseg do Centro, afirma que Ribeirão Preto pede socorro para combater o aumento de criminalidade. “Estamos com poucos policiais que não dão conta de atender todas as ocorrências e isto precisa ser mudado”.

Por e-mail, a assessoria de imprensa da Delegacia Seccional informou que não comentaria o assunto porque o delegado seccional Adolfo Domingos da Silva Júnior estava fazendo correições nas cidades da região.

http://www.jornalacidade.com.br/editorias/cidades/2012/11/22/escrivaes-fazem-rodizio-de-dps-em-ribeirao-preto.html

Dr. Mário Leite de Barros Filho poderá vir a ser o próximo Delegado Geral 54

Grella entrega nomes para a chefia da polícia em São Paulo

Delegado Mário Leite e coronel Benedito Roberto Meira estão na lista de cotados para assumir comandos das polícias Cívil e Militar, respectivamente

23 de novembro de 2012 | 12h 24
Marcelo Godoy – O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO – Os nomes do delegado Mário Leite e do coronel Benedito Roberto Meira estão na lista que o secretário da Segurança Pública Fernando Grella Vieira vai entregar na tarde desta sexta-feira, 23, ao governador Geraldo Alckmin com indicações para os cargos de delegado-geral da Polícia Civil e de comandante-geral da PM. O anúncio da nova cúpula da Segurança só deve sair depois da aprovação do governador.
Delegado de Polícia, de Classe Especial, do Estado de São Paulo. Professor da  Academia de Polícia de São Paulo. Professor universitário,  tutor do Ensino a  Distância, da Secretaria Nacional de Segurança Pública – SENASP. Autor de quatro  obras na área do Direito Administrativo Disciplinar e da Polícia Judiciária.

http://marioleitedebarrosfilho.blogspot.com.br/

João Alkimin: CORAGEM TARDIA 11

CORAGEM TARDIA
Espantou-me a declaração do ex Delegado geral Marcos Carneiro tomado de uma súbita valentia após a caída do Pinto. Agora é muito fácil dizer: eu era contra isso, eu era contra aquilo, e eu era contra aquilo outro. Mas quando o Secretário estava no poder não ousava vir a público e dar declarações tão corajosas. O que não faz a perda do poder.
Por outro lado sua Senhoria faz uma declaração gravíssima e que cabe agora rigorosa apuração de que os mortos em São Paulo tiveram antes seus nomes pesquisados no banco de dados da Prodesp e diz também sua Senhoria que é difícil chegar aos autores. Humildemente, pois não especialista em Segurança Pública e nem Policial, gostaria de fazer a seguinte sugestão ao Ilustre Delegado: Enquanto esta no cargo deve oficiar a Prodesp e determinar que lhe informem quais as últimas pesquisas efetuadas em nome das vítimas. Talvez sua Senhoria não saiba mas quando se pesquisa os antecedentes é inserida uma senha, senha essa que por óbvio é da pessoa que usou o terminal. Portanto, Senhor Delegado não requer prática e sequer habilidade. É mais fácil do que aplicar suspensão a quem já foi demitido como o Delegado Conde Guerra me parecendo que isso foi feito somente para tentar dificultar sua reintegração. Onde certamente não obterão exito, pois tanto a demissão quanto as suspensões são medidas anódinas  que certamente serão revistas pelo Poder Judiciário.
Causou-me também espanto o discurso de despedida do demitido Secretário Ferreira Pinto onde fez candentes elogios ao empresário do setor de segurança privada Berardino Fanganiello proprietário da G.P Guarda Patrimonial a maior empresa de segurança do Brasil pela ajuda que teria dado.
A pergunta que não quer calar que ajuda um empresário da Segurança Privada poderia oferecer ao aparato Estatal. Bem isso somente o próprio o ex- Secretário e o empresário poderão responder. Talvez por meio de uma investigação efetuada pelo Ministério Público por que a Polícia Civil com certeza não a fará.
Quero deixar claro que não consigo entender a linha de raciocínio do Governador Geraldo Alckmin se é que alguma ele tem pelo seguinte motivo: Nos anos de chumbo e quero deixar claro que não tenho nenhuma simpatia pelo ex-Governador Maluf, o mesmo conseguiu o Governo do Estado contra a vontade do poder central e dos Militares e era secretário de seu antecessor o Coronel Erasmo Dias. Ao tomar posse o Governador imediatamente nomeou contra todas as pressões o Desembargador Octávio Gonzaga Júnior que, e não é lenda imediatamente chamou o ícone da repressão delgado Sérgio Fleury então Delegado do D O P S e disse-lhe ” Vivemos novos tempos Dr. o senhor não pode continuar no D O P S, lhe ofereço o D E I C e os métodos serão outros e teve de imediato sua determinação acatada. E digo que não é lenda, porque para quem quiser pesquisar Dr. Otávio era Desembargador com meu pai Sylvio Barbosa e com meu primo então Corregedor Geral da Justiça José Geraldo Rodrigues Alckmin. Agora pergunto, porque a fixação do PSDB no Ministério Público. Não a ninguém competente e honesto no Poder Judiciário, não há Desembargadores aposentados que conhecem Polícia profundamente por terem sido Investigadores, Carcereiros, Escrivães ou Delegados de Polícia e também por ter judicado durante uma vida inteira funcional em Varas Criminais nos extinto TACRIM e na Secção Criminal do Tribunal de Justiça.
Já esta provado que Promotores de Justiça não são talhados para o cargo e os exemplos são inúmeros e não cansarei o leitor citando-os.
Por mais boa vontade que tenha o Dr. Fernando Grella, o que conhece de Segurança Pública. Disse sua Excelência que amigo da Polícia, bom eu também me considero mas não tenho nenhuma competência para ser Secretário de Segurança. Em resumo, no quesito Segurança Pública o Governador esta completamente perdido e não vejo solução a curto prazo, o salários continuaram os mesmos, a falta de Policias Civis a mesma, o trabalho insano e o reconhecimento nenhum. Portanto, só nos resta torcer para que as coisas melhorem. Eu particularmente não acredito, pois entre outras coisas ninguém pode ser feliz ou motivado ganhando salário de fome e tratado com desprezo. Parafraseando um apresentador de televisão para a Polícia Civil dêem DIGNIDADE JÁ.
Encerrando quero deixar claro para alguns leitores que não fui, não sou e nem serei amigo do Delegado Diretor do DEINTER 1 Dr. João Barbosa Filho. Sou sim amigo e sempre serei do João Barbosa seja ele diretor ou esteja no ostracismo. Portanto se tiver de criticá-lo o farei tranquilamente, pois não tenho acertos e não atendo pedidos para falar bem ou mal. falo o que e quero, quando quero, do jeito que quero e respondo pelos meus atos civil e criminalmente. Tanto isso é verdade que já fui processado por 22 delgados de São José dos Campos e o inquérito foi arquivado.
João Alkimin

O REVANCHISMO DO AVESSO – Mais uma mancada do ex – DGP : a sociedade acha que “matar pobre é matar o marginal de amanhã” 15

Delegado-geral da Polícia Civil de SP, Marcos Lima:“A gente nunca teve chacina nos Jardins aqui em SP. Por que será?”
Delegado-geral critica ações da PM na periferia
Carta Capital

O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Marcos Carneiro Lima, criou uma saia-justa nesta quinta-feira 22 ao afirmar, durante a posse de Fernando Grella Vieira na Secretaria de Segurança do estado, que moradores da região metropolitana tiveram suas fichas criminais acessadas pelo sistema interno da corporação antes de serem assassinados. Segundo o delegado, as mortes estão acontecendo na periferia porque a sociedade acha que “matar pobre é matar o marginal de amanhã”.

A fala de Carneiro Lima acontece após meses de atritos entre a Polícia Civil e a cúpula da Segurança Pública de São Paulo. Durante a gestão de Antonio Ferreira Pinto, que caiu na quarta-feira 21 diante da alta no número de assassinatos ocorrida no estado em 2012, a corporação foi deixada de lado e as investigações sobre o crime organizado passaram a ser concentradas pela Polícia Militar, sobretudo a Rota. A mudança aconteceu depois que policiais civis foram investigados por envolvimento e extorsão a integrantes do Primeiro Comando da Capital.
Desde então o delegado-geral da Polícia Civil se tornou uma das vozes mais críticas dos planos de segurança do governo Alckmin. Ele verbalizou as queixas mais uma vez ao dizer que as mortes de civis no período têm relação com os assassinatos de 95 policiais desde janeiro – a maioria cometida em sequencia desde setembro.
Para Carneiro Lima, ela legitima a ação dos criminosos responsáveis pela onda de violência na Grande São Paulo. De acordo com reportagem publicada pelo site da Folha de S.Paulo, o delegado diz ver “indícios” de ações de extermínio em São Paulo, mas a polícia ainda não foi capaz de identifica-los.
“A gente nunca teve chacina nos Jardins aqui em São Paulo. Por que será? Por que é tão fácil matar pobre na periferia? Por que ainda existe uma grande parcela da sociedade que acha que matar pobre na sociedade é matar o marginal de amanhã. Isso é uma visão preconceituosa da própria sociedade que encara que essa ação de matar é uma ação legítima. Não é legítima.”
Para Carneiro, é difícil solucionar os crimes em São Paulo porque eles possuem uma lógica diferente de outros lugares do mundo. “Em São Paulo existe um diferencial. Quem tem interesse em matar um único alvo no boteco, muitas vezes mata mais dois ou três inocentes. Daí a dificuldade da polícia chegar à autoria”, afirmou.
Muito trabalho. O novo secretário, por sua vez, declarou durante a cerimônia de posse que buscará novas formas de atuação policial para combater o crime em São Paulo. “O tempo agora é de trabalho, de muito trabalho”, declarou.
Ainda segundo a Folha de S.Paulo, Grella recebeu a incumbência de botar uma “focinheira” na PM para evitar abusos.
O novo secretário foi procurador-geral do Ministério Público por quatro anos. Com perfil de conciliador, ele foi nomeado em 2008 pelo então governador José Serra e reconduzido ao cargo em 2010
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A propósito (MUTATIS MUTANDIS  ) repetimos um de nossos comentários de dias atrás:

Complexo de inferioridade social e o revanchismo do avesso

Ferreira Pinto, muitos Delegados da Corregedoria, membros do Conselho e alguns Procuradores do Estado, são merecedores de morte bem lenta e dolorosa.

A maioria deles vindos de classe inferiores – como a maioria de nós policiais – procuram o serviço público como forma de ultrapassar barreiras sociais.

Querem mostrar para o mundo que apesar de não terem dinheiro, de não serem ricos, de descenderem de famílias pobres e sem nome e até de grupos sociais desprezados como imigrantes, nordestinos e negros, conseguindo fazer carreira têm algo de grande que os outros deverão respeitar…

Eu posso prender… Eu posso processar…Eu posso demitir…Eu posso indeferir direitos…Eu posso ameaçar…Eu sou uma autoridade e posso impor respeito.

É a síndrome do escravo condenada por Moisés durante a fuga do Egito, pois logo notou a tendência de  ex- escravo querer fazer o outro de escravo. Disso a regra: não faça a outrem o mal que fizeram contigo.

É a “revanche do avesso ” , nas palavras do mestre Fabio konder Comparato.

É uma revanche contra o passado, não é exercida contra os ricos e poderosos.

Impondo -se sob fracos, acreditam conquistar o respeito dos fortes.

É por isso que gente como Ferreira Pinto e outros – como quase toda a “elite” do funcionalismo público estadual – é violenta e cruel com os seus semelhantes que estão abaixo de si; nunca contra os que estão acima.

Infelizmente há muito comportamento desse tipo entre os policiais que lidam diretamente com a população.

Com uma agravante, porque são chibatados pelos superiores e pelo Governo acabam descontando na população.

Aprovada a PEC que restringe poder de investigação do MP 65

Emenda ainda precisa passar duas vezes pela Câmara e pelo Senado

BRASÍLIA – Por 14 votos a dois, foi aprovada nesta quarta-feira numa comissão especial do Congresso Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que dá às polícias o direito privativo de atuar em investigações criminais, retirando do Ministério Público o poder de apurar crimes. Os deputados da comissão não mantiveram, nem mesmo, a exceção para a atuação do Ministério Público em investigações de crimes contra a administração pública ou cometidos por organização criminosas, aberta pelo relator da PEC, deputado Fábio Trad (PMDB-MS).

Para ser promulgada, a emenda terá que ser aprovada em dois turnos no plenário da Câmara, com o apoio de pelo menos 308 votos, e depois no Senado.

O relatório de Trad dizia que o Ministério Público poderia atuar, “em caráter subsidiário” em investigações conduzidas pela polícia de crimes cometidos pelos próprios agentes públicos, contra a administração pública e crimes envolvendo organização criminosa. Trad enfatizou que seu parecer desagradava tanto representantes da polícia quanto do Ministério Público e beneficiava a sociedade. Mas não convenceu os colegas.

Procurador de Justiça licenciado, o deputado Vieira da Cunha (PDT-RS) apresentou voto em separado na comissão mantendo a possibilidade de o Ministério Público colaborar nas investigações criminais de qualquer natureza. Viera da Cunha defendeu que a comissão aguardasse o julgamento que será feito pelo Supremo Tribunal Federal sobre a competência nas investigações criminais para votar a emenda, mas também foi voto vencido.

Desde a semana passada, o presidente da comissão, deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) tenta votar o projeto. No início da tarde de nesta quarta-feira ele conseguiu mobilizar os deputados. Dispostos a evitar a votação, Vieira da Cunha (PDT-RS) e o deputado Alessandro Molon (PT-RJ) conseguiram impedi-la num primeiro momento, mas à noite, em seis minutos, Faria de Sá retomou a sessão e aprovou o relatório de Fábio Trad. Em seguida, simbolicamente, foi aprovado o destaque que modificou o relatório e inviabiliza que o MP possa fazer qualquer investigação.

– Ninguém questiona a importância do MP, mas cabe à polícia fazer a investigação. A investigação do MP não tem prazo, não tem controle. Os abusos são mais regra do que exceção – disse Bernardo Vasconcellos (PR-MG), autor do destaque que modificou o relatório de Trad.

Para Molon, o resultado final, com a retirada do artigo que permitia a investigação conjunta da polícia e do Ministério Público em alguns tipos de crime, ficou bem pior:

– Em vez de ampliar o poder de investigação, a comissão especial limitou. Quem perde é a sociedade.

Representantes de associações dos delegados atuaram para garantir o quórum na comissão, pedindo a presença de deputados na sessão no final da tarde. A Associação dos Delegados de Política do Brasil (Adepol), que reúne delegados civis, federais e do DF, apoiava o texto original.

– O Ministério Público continua com poder de requisitar diligências. E se o delegado prevaricar e não investigar, o MP pode denunciar – disse o vice-presidente da Adepol, Benito Tiezzi.

Já o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (Anpr), Alexandre Camanho, acredita que o plenário da Câmara vai reverter a decisão da comissão especial:

– O poder de investigação do MP deve ser irrestrito. Essa comissão foi majoritariamente composta por delegados, vejo engajamento corporativo. É um ambiente artificial. O plenário da Câmara terá visão diferente.

http://www.correiodoestado.com.br/noticias/aprovada-a-pec-que-restringe-poder-de-investigacao-do-mp_166855/

Audiência pública para discutir segurança 32

Enviado em 23/11/2012 as 0:27 – ALBERTO

22/11/2012 10:54

Da assessoria do deputado Luciano Batista

Em 31/10, a Comissão de Segurança Pública e Assuntos Penitenciários aprovou o requerimento apresentado por Luciano Batista (PSB), solicitando a realização de audiência pública na Baixada Santista. Segundo o deputado, a finalidade é discutir com autoridades do Estado a onda de violência que a região vem enfrentando. “Toda a população de 1,6 milhão da Baixada Santista está preocupada, e reivindicam mais investimentos na segurança pública e no combate ao tráfico de drogas”, disse Batista. No documento, Luciano pede que a comissão solicite a presença de representante do Ministério Público, do comandante da Polícia Militar, do delegado-geral das polícias Civil e Federal, o comandante do CPI-6 e o diretor do Deinter-6. “Essa reunião é de vital importância para que possamos, numa união de forças, dar resposta à sociedade que está assustada, ansiosa e aflita”. O requerimento foi aprovado, mas a data e local de realização serão divulgados oportunamente. Na reunião da Comissão de Segurança Pública e Assuntos Penitenciários também foi aprovado requerimento convidando o secretário de Segurança Pública, para falar sobre as ações de sua pasta. A data deste comparecimento não foi ainda estabelecida, mas houve acordo entre os parlamentares presentes de que seja o mais breve possível. Foi lembrado também o dever constitucional de os secretários de Estado virem prestar contas na Assembleia.

lbatista@al.sp.gov.br