DGP ao Fantástico afirma que “relinte” sobre os ataques a policiais é falso: ELE NÃO SABIA DE NADA 118

ão do dia 11/11/2012– Atualizado em 11/11/2012 22h25

‘Deixo meus filhos tensos por estar trabalhando’, diz PM

Documentos obtidos com exclusividade pelo Fantástico mostram que Secretaria de Segurança foi avisada da onda de ataques que estaria para acontecer.

No batalhão, quando você chega para trabalhar, o clima é simplesmente tenso, horrível, cena de terror”, revela um policial militar.

Um ônibus incendiado esta semana ficou todo destruído. Segundo o motorista, oito homens armados entraram no ônibus e atearam fogo.

“Não tem tempo de ficar de luto”, diz uma PM.

Madrugada de sexta-feira (9) À 1h, já são 15 baleados na capital e na grande São Paulo.

“Nós não temos treinamento para nos defendermos de fuzil pelas costas”, revela o delegado.

A perícia recolheu pelo menos 14 cápsulas. A maioria, calibre 380.

Policiais civis e militares escondem o rosto porque não estão autorizados a dar entrevista e porque têm medo de ser as próximas vítimas do crime em São Paulo. Só neste ano, 90 policiais militares foram assassinados. A maioria no horário de folga, com sinais de execução.

Segundo documentos obtidos com exclusividade pelo Fantástico, a Secretaria de Segurança de São Paulo foi avisada – há três meses – de que uma onda de violência estava para acontecer. São relatórios das Policias Civil e Federal, e também do Ministério Público Estadual.

Um deles, do centro de inteligência da Polícia Civil, registra uma conversa telefônica entre bandidos do interior paulista. A quadrilha dá ordens para a morte de PMs.

O documento, “reservado”, é de 16 de agosto. No mesmo dia, a mesma mensagem é interceptada pelo ministério público estadual – agora transmitida por outros bandidos do grupo.

“O Ministério Público obteve numa interceptação telefônica judicialmente decretada essa informação e adotou todas as providências, comunicando inclusive para as polícias”, afirma Márcio Elias Rosa, procurador-geral de justiça de São Paulo.

Seis dias depois, em 22 de agosto, o alerta foi da Polícia Federal. O aviso: “urgentíssimo”. Uma delegada relata as ameaças feita pela quadrilha. Em nota, a PF diz ter repassado a mensagem para os órgãos interessados.

A partir de 16 de agosto , quando a ordem dos bandidos foi interceptada, 36 policiais foram mortos. O numero de homicídios na cidade de São Paulo também disparou: chegou a 135 em setembro, quase o dobro do mesmo mês no ano passado.

O Fantástico consultou mais de uma dezena de policiais militares e civis com cargos de chefia, na grande São Paulo. Todos disseram não ter recebido nenhum aviso oficial do plano para matar policiais.

“Não foi mandado nada para nós falando que realmente está acontecendo, que isso tomou uma proporção muito grande, oficialmente assim não foi mandado”, diz uma PM.

“Aqui, na associação de delegados de policiais, nós temos 4,1 mil delegados, não tivemos nenhuma informação a esse respeito”, conta Marilda Pansonato Pinheiro, presidente da Associação de Delegados de Polícia de São Paulo.

“Não sabíamos que ia acontecer. entendeu? Se os órgãos de informação tinham essa informação, obviamente que tinham que estar repassando pra tropa”, afirma o cabo Wilson Morais, presidente da Associação de Cabos e Soldados da PM de São Paulo.

A equipe do Fantástico procurou a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. O delegado-geral do estado, Marcos Carneiro Lima, afirmou que não foi alertado nem pelo Ministério Público nem pela Polícia Federal sobre os ataques: “Oficialmente nós não temos essa informação”.

O Fantástico teve acesso a um documento que seria do departamento de inteligência da Polícia Civil, dizendo que a policia tinha conhecimento disso no dia 16 de agosto. “Esse documento, para nós, é falso, mas a informação oficial, com base nesse grampo, não temos acesso”, diz Lima.

Quatro delegados do estado de São Paulo, três deles titulares, confirmaram ao Fantástico que tiveram acesso ao documento apontado como falso pelo delegado-geral. Segundo eles, o relatório é verdadeiro e ficou disponível nos computadores da Polícia Civil. O conteúdo do documento é o mesmo do relatório que o Ministério Público diz ter passado às polícias.

O comandante da Polícia Militar de São Paulo, coronel Roberval Ferreira França, também disse que não foi avisado sobre a ordem da quadrilha: “Se a polícia militar tivesse sido comunicada, obviamente ela ia diligenciar, tentar chegar a autoria desses comunicados, desses salves, para que nos pudéssemos prender esses autores e responsabilizá-los por isso”.

Ele também falou sobre como a polícia reforçou os cuidados com a tropa quando o número de ataques aumentou. “Nós determinamos que todos os policiais em todo o estado passassem a ter uma hora de instrução obrigatória por dia relembrando condutas de segurança em serviço de folga. A partir daí, nos emitimos uma série de cartazes e uma série de áudios e de vídeos com alertas e orientações de segurança”, diz o comandante.

Dois meses depois da ordem de ataques, o secretário de segurança, Antonio Ferreira Pinto, negava relação entre as mortes e o crime organizado: “São ações isoladas, de traficantes, alguns se aproveitam da situação para fazerem acerto de contas com alguns policiais. O vinculo ainda é muito prematuro pra chegar a uma conclusão”.

“É fácil falar que não existe uma guerra, que não tem ataque. Agora chegue na sua casa, com sua mulher te esperando, sem ninguém, e sabendo que você pode ser o próximo”, conta um PM.

“Já perdi minha amiga, foi a ultima agora… Covardemente, um absurdo”, diz uma PM.

A policial Marta Umbelina da Silva tinha 44 anos. Ela foi executada pelas costas quando chegava em casa com a filha de 11 anos.“Você quer chegar na sua casa, tomar um banho, relaxar e eu não consigo. Isso me foi cerceado. Eu não tenho esse direito. Só não sabia que a minha filha também não tinha”, revela a PM,

“Quando a minha mãe sai, ela me liga e fala para eu e a minha irmã dormir no chão. De repente se passam atirando, talvez no chão a gente não seja atingido, Talvez”, diz a filha da policial.

Só nesta semana foram assassinadas 65 pessoas na grande São Paulo. Ônibus também foram queimados. As forças policiais procuram reagir. A favela de Paraisópolis, uma das maiores de São Paulo, continua ocupada pela PM. Nesta semana, as operações em busca dos autores dos ataques foram ampliadas para Zonas Leste e Norte da capital, e também para Guarulhos.

“Estamos envolvendo aqui os cinco batalhões da Zona Norte, pra fazer com que a estrutura do trafico venha a ser abalada”, conta o major Marcelo Francisco.

Ao todo, 61 pessoas ja foram presas nas operações. Criminosos acusados de envolvimento nos ataques foram transferidos de cadeia. Além disso, segundo os policiais que entrevistamos, o comando da polícia agora tem orientado funcionários diretamente ameaçados pelos bandidos.

“Em uma denuncia anônima que havia chegado por meio do disque denuncia, a minha esposa seria executada na manha do último dia 7 de novembro”, conta um delegado ameaçado.

Por segurança, ele e os parentes saíram de casa. Nesse clima tenso, o delegado-geral diz estar confiante: “A população pode ficar tranquila que a Polícia Civil ta cumprindo o papel dela, com investigações consistentes e com prisões”.

“Nós temos nesse ano recorde de prisões em flagrante. Então em São Paulo nos temos 109 mil prisões em flagrante de janeiro a setembro”, afirma o comandante da PM.

As famílias de policiais, como tantas na grande São Paulo, esperam o fim da violência. “Eu acabo deixando meus filhos tensos por eu estar trabalhando. É irônico”, diz uma PM.

http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1681999-15605,00-DEIXO+MEUS+FILHOS+TENSOS+POR+ESTAR+TRABALHANDO+DIZ+PM.html

PCC – Cada PM morto custa R$ 600 42

COBERTURA ESPECIAL-         Especial MOUT- Segurança

11 de Novembro, 2012 – 12:44 ( Brasília )

PCC – Cada PM morto R$ 600


Assassinato de policial militar custa R$ 600 na maior cidade do país Investigações apontam que grande parte das mortes é encomenda do Primeiro Comando da Capital – PCC. Foto – ZH

Humberto Trezzi | São Paulo

Policiais paulistas estão sendo assassinados por quantias ínfimas. Meros R$ 600 ou R$ 850, devidos por alguma quadrilha ao Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior facção criminal dos presídios brasileiros. Isso não é teoria, mas realidade, comprovada em investigações.
A possibilidade de que dívidas na compra de drogas ou armas sejam anistiadas pela facção, mediante o assassinato de policiais, foi flagrada por promotores de Justiça do Grupo Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Em telefonemas desde uma penitenciária do oeste daquele Estado, grampeado pelo Ministério Público, bandidos lembram a quadrilheiros a necessidade de pagar a mensalidade do Partido do Crime (como é chamado o PCC). Uma das formas, para os que estão na rua, é matar policiais.
É por isso que drogados em dívida podem estar por trás da onda de assassinatos que já ceifou a vida de 90 PMs, três agentes penitenciários e dois policiais civis este ano. Grande parte das mortes é encomenda do PCC, apontam investigações.
Um dos que ordenaram a morte de seis policiais militares é Roberto Soriano, o Betinho Tiriça, que passou a outros presidiários bilhetes encomendando o assassinato de integrantes das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), a tropa de elite da PM paulista.
Tiriça, que está trancafiado em cela isolada em Presidente Bernardes, em presídio a mais de 600 quilômetros da capital paulista, quer vingança por duas matanças cometidas por policiais da Rota este ano. A primeira, em agosto, quando seis assaltantes foram metralhados ao tentarem explodir caixas-eletrônicos em um supermercado. A outra, em setembro, quando a tropa de elite matou nove criminosos que se preparavam para “julgar” um suspeito de estupro, em Várzea Paulista (Grande São Paulo).
A grande prova material contra os atentados praticados pelo PCC veio em 30 de outubro, quando a PM localizou o que chamou de “central de espionagem” do Partido do Crime em Paraisópolis, uma das maiores favelas paulistanas. Foi localizada uma mala com anotações feitas pelo bando de Francisco Antônio Cesário da Silva, o Piauí, um dos líderes do PCC. Ela estava recheada com cadernos nos quais havia nomes, endereços e hábitos de policiais civis e militares.
Ficou comprovado, pelos manuscritos, que os policiais eram seguidos por criminosos, que sabiam o percurso dos agentes e até seus hábitos, como jogo de futebol e sinuca. A motivação para os assassinatos é diversificada. Alguns policiais seriam eliminados por atrapalhar, no serviço, ações do PCC. Outros, por estarem envolvidos na morte de integrantes da facção. E, conforme investigações, alguns por cobrarem suborno em área controlada pelo Partido do Crime. Um quarto grupo é composto de policiais de rua, que seriam eliminados por serem alvos fáceis e como retaliação, aleatória, contra outros agentes que prejudicaram o PCC.
A apreensão da lista só aconteceu porque a comunidade foi tomada pelos policiais militares, num cerco denominado Operação Saturação. Ela ocorre em quatro regiões da periferia da Capital e Grande São Paulo.
Numa tentativa de neutralizar as ameaças, o governo estadual e o governo federal combinaram o isolamento de Piauí. Ele foi transferido de Avaré (SP) para a Penitenciária Federal de Porto Velho (Rondônia).
ENTREVISTA: Sargento jurado de morte pelo PCC
Sargento com 36 anos de serviço, Schmidt (foto, no detalhe) é um dos 40 policiais militares jurados de morte pelo PCC. Sua rotina estava descrita em minúcias nos manuscritos apreendidos num QG da facção, na favela de Paraisópolis. Acompanhe entrevista exclusiva a ZH:
Zero Hora — Como o senhor recebeu a notícia de que está marcado para morrer?
Sargento Schmidt – Cara… nunca fui de ter medo. Convivi no meu bairro com os “malas” (assaltantes), eles na deles, eu na minha. Agora, os noias (viciados) que devem para o Partido (PCC) devem ter entregue minha rotina. Alguma dívida, que tem de ser paga com sangue. Meu sangue, veja só. Logo eu, que ando na linha. Tem muito policial sem-vergonha, mas eu não sou. Nunca me corrompi. Vou pagar? É injusto.
ZH — O que mudou na sua rotina?
Schmidt – Tudo. Ando com escolta permanente, não uso farda — eu era do policiamento de rua —, a arma disfarçada nas costas. Minha mulher, filha e neta se mudaram para fora da cidade. A gente vivia numa casa avaliada em R$ 250 mil. Quero vender, mas agora se espalhou que estou precisando e aí não oferecem nem R$ 100 mil. Tá difícil, cara (o sargento começa a chorar, esconde o rosto com as mãos).
ZH — O seu irmão, que está aqui, também é PM. O que vocês farão?
Schmidt –
Ele era PM, agora tá no comércio. Eu dependo de ajuda do comando.
Irmão de Schmidt – Ele, não sei, porque o comando vai ajudar. Eu vou sair fora da cidade. Esperar que me achem?

http://www.defesanet.com.br/mout/noticia/8534/PCC—Cada-PM-morto-R$-600

“Nosso ‘turnover’” – Comandante Geral da PM é outro empulhador como o DGP , só que metido a falar como “CEO” de multinacional 45

11/11/2012-06h29

Pedido de demissão na PM é o maior em 12 anos

AFONSO BENITES ROGÉRIO PAGNAN DE SÃO PAULO

a foi dedicada à Polícia Militar. Acordava cedo, vestia sua farda, botava a arma no coldre, fazia uma oração ao lado da mulher e ia para o batalhão na Grande São Paulo.

Neste ano, estava trabalhando em Guarulhos, cidade onde dois PMs foram assassinados na mais recente onda de violência. Em todo o Estado, ao menos 92 policiais foram mortos em 2012.

Foi exatamente por conta desses ataques que Gabriel, nome fictício, decidiu deixar a corporação. Disse que se cansou de ser alvo de ladrões.

“Você põe a ‘cara’ na mira do bandido e é chamado de violento. É hostilizado por quem você quer defender e o salário é uma piada”, disse.

Eduardo Knapp/Folhapress
Aryldo de Paulo, ex-policial, mostra bracal que usou na PM
Aryldo de Paulo, ex-policial, mostra bracal que usou na PM

E Gabriel, que agora é supervisor de uma empresa de segurança, não está sozinho. Dos últimos 12 anos, 2012 já é o recordista em número de PMs que pediram demissão. Foram 440 até outubro.

Nem no ano dos ataques da facção criminosa PCC, em 2006, houve tantos pedidos de exoneração. De janeiro a outubro daquele ano, 411 PMs saíram por vontade própria.

Entre eles estava o então cabo Aryldo de Paula, que foi da Rota e da Força Tática (tropas de elite da PM), e hoje é advogado de policiais.

“Vi que não tinha o apoio de ninguém. Corria o risco de morrer e era chamado de ‘coxinha’ por algumas pessoas. Se me envolvesse numa ocorrência de resistência seguida de morte, mesmo estando certo, não teria suporte. Por isso, pedi para sair”, disse.

Para cinco comandantes de batalhões da PM ouvidos pela reportagem, a violência é o principal fator que influencia na saída dos militares. Mas há outros dois que precisam ser levados em conta: o salário baixo (o piso salarial de um soldado é de R$ 2.378) e a distância dos policiais até suas casas.

Há casos em que o PM é lotado em cidades a mais de 500 quilômetros de casa.

Quando perguntado sobre se sabia por que este ano registrou um recorde no número de PMs que pediram demissão, o comandante da corporação, coronel Roberval Ferreira França, disse que era boato.

Ao ser confrontado com os números que foram informados pela própria PM por meio da Lei de Acesso à Informação, o coronel mudou o discurso e afirmou que os dados não o preocupam. “Nosso ‘turnover’ (rotatividade) é baixo. Temos quase 100 mil policiais e menos de 0,5% pediram exoneração. Isso é sempre reposto.”

Desde o ano 2000, cerca de mil pessoas ingressam na corporação por ano. Nessa média, estão inclusos os oficiais recém formados pela Academia Militar do Barro Branco.

Para o deputado Olímpio Gomes (PDT), major da reserva da PM, o elevado número de pedidos de demissões demonstra que há muitas pessoas sem vocação na polícia.

“O salário é baixo, o risco é grande e, quando se põe na balança, alguns bons policiais saem para outras carreiras, como delegado federal ou agente rodoviário. Entre os que ficam, há aqueles que veem a polícia só como mais um emprego público”, disse.

—————————————-

Assim fica difícil dar crédito aos responsáveis pela condução das forças policiais deste Estado.

Falta sinceridade, transparência e, sobretudo,  humildade ao prestar informações.

Ah, e como militar tem a obrigação de empregar o VERNÁCULO.

Não venha com estrangeirismos para enganar trouxa e mostrar falsa qualificação em gerenciamento (  a Ciência ).

O momento é grave!

O “turnover” no IML  é elevadíssimo.

– “Quem é a PM baleada?” – “A Martinha.” – “Como ela está?” – “Zerou…” 16

11/11/2012-07h00

PM morta na Brasilândia, Marta vendia lingerie para elevar renda

RICARDO GALLO DE SÃO PAULO

Nove morrem em mais uma noite violenta na Grande SP Morto na Brasilândia, Willian, 13, sonhava em abrir uma oficina

Naquela noite de sábado, 3 de novembro, corria entre PMs da zona norte de São Paulo a informação de que uma policial militar fora atacada. Ana (nome fictício), 35, apressou-se em ligar para o batalhão onde trabalhava, na mesma região, para saber se a vítima era alguma colega.

Era. Mas a colega não estava apenas baleada: “zerar”, na polícia, significa morte.

Marta Umbelina da Silva de Moraes, 44, a Martinha, doce, animada e de voz fina, foi a primeira mulher a morrer nos assassinatos em série de PMs na Grande São Paulo.

Adriano Vizoni/Folhapress
Ao centro, Matilde, mãe de Marta Umbelina da SIlva, na missa de 7º dia da PM
Ao centro, Matilde, mãe de Marta Umbelina da SIlva, na missa de 7º dia da PM

Levou ao menos dez tiros ao chegar em casa, na Vila Brasilândia, também zona norte, depois de ter ido buscar a filha caçula, de 11 anos.

Era dia de folga e ela havia saído do carro para ajudar a filha a abrir o portão. Um homem atirou nas suas costas e fugiu. A filha viu tudo. Martinha, que estava sem farda (como sempre fazia na folga, a despeito de toda a vizinhança saber que era PM), chegou ao pronto-socorro morta. Na porta do PS, policiais mulheres choravam com a notícia.

Para a família, ela não foi morta por ser a PM Martinha; foi morta porque era policial.

VAQUINHA NO ENTERRO

Na quarta anterior, Ana falara com a amiga pela última vez. Martinha havia ligado para lhe oferecer lingeries, modo de engordar o salário líquido de R$ 2.500.

A vida financeira, aliás, ia mal, asfixiada pelas prestações do carro e da casa, esta comprada na Brasilândia.

Ainda assim, pensava em erguer uma laje e ampliar a casa onde vivia com os três filhos (a caçula, um de 18 anos e a mais velha, de 21), com quem passava o tempo livre desde o divórcio, anos atrás.

Não foi pelo salário que Martinha entrou na PM, em 1996, após largar emprego de telefonista; usar a farda e ajudar a comunidade era um sonho de juventude, diz a filha mais velha. Não há PM na família.

Na polícia, uma ironia: em boa parte da vida, trabalhou para auxiliar e confortar familiares de PMs mortos, uma das tarefas no setor de relações-públicas. De dois anos para cá, cumpria função administrativa noutra área (na rua, atuava só em ações específicas).

Seu corpo ficou quatro horas no IML, à espera de liberação. Depois, os amigos chegaram a fazer uma vaquinha para ajudar no enterro -e se cotizarão para não deixar os três filhos desamparados.

Soldado (a mais baixa patente da PM), Martinha morreu sem alcançar o maior sonho: tornar-se sargento.

Colaborou ROGÉRIO PAGNAN

Basta de lenga-lenga! – Quedê as cópias dos ofícios com as transcrições dos dialogos interceptados?…( Conversa de maricão não vale ! ) 22

10/11/2012- 05h11

PF avisou governo de SP sobre ações do PCC

MARCO ANTÔNIO MARTINS
EM SÃO PAULO
ROGÉRIO PAGNAN
DE SÃO PAULO

A Polícia Federal avisou, em junho deste ano, o governo de São Paulo que a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) aumentaria os ataques a policiais.

As informações foram repassadas pela PF com base em interceptações telefônicas feitas, com autorização judicial, durante o monitoramento de criminosos.

Conforme a Folha revelou ontem, a PF flagrou alguns chefes do PCC coordenando o tráfico de drogas e de armas a partir da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, um presídio de segurança máxima do governo paulista.

Gravações foram feitas pelo menos desde fevereiro de 2011 e atingiram criminosos como Roberto Soriano, o Betinho Tiriça, e Abel Pacheco de Andrade, o Vida Loka, apontados pela Promotoria como cabeças do PCC.

A Justiça determinou o envio de ambos para um presídio de segurança máxima. O pedido foi feito pelo Ministério Público utilizando material repassado pela PF.

A Promotoria, agora, quer a transferência de toda a cúpula da facção para presídios federais em outros Estados por acreditar que o governo paulista não consegue isolar os chefes do bando, como afirmava conseguir.

  Eduardo Anizelli/Folhapress  
Corpo de homem baleado na Cidade Dutra, na zona sul de SP
Corpo de homem baleado na Cidade Dutra, na zona sul de SP

DESDE 2007

As gravações com as informações sobre os planos do PCC de intensificar ataques contra policiais paulistas são dos primeiros dias de junho. A PF monitora, porém, a facção criminosa desde 2007.

Esse acompanhamento era feito por uma equipe de Brasília, comandada pelo delegado Roberto Troncon Filho. Hoje, ele é o superintendente da PF de São Paulo.

As informações, segundo os policias ouvidos pela reportagem, foram repassadas diretamente pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ao secretário da Segurança Pública de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto. O secretário, no entanto, nega ter recebido essa informação.

Neste ano, 92 policiais militares foram mortos (incluindo PMs da ativa e os aposentados), a maior parte em ataques de criminosos. Até o começo de junho, quando foi feito o alerta da PF, 41 policiais haviam sido mortos.

Além da PF, a Folha apurou que a Polícia Civil também tinha informações, com base em grampos, de ordens de criminosos para matar PMs.

Nessas conversas, a ordem era para que os policiais fossem atacados perto de suas casas ou na saída de seu segundo emprego, o “bico”. Apenas três dos policiais mortos por criminosos neste ano estavam de serviço.

GOVERNO

A Secretaria de Administração Penitenciária diz que, de janeiro a agosto, apreendeu 12 celulares. Disse, ainda, que até a Promotoria já enviou ofício reconhecendo a “atuação firme” da pasta.

Colaborou AFONSO BENITES

Uma verdadeira aula…Para recordar os bons tempos de uma Polícia Civil que não existe mais 55

Enviado em 11/11/2012 as 2:41 – TIRA 13

Quando entrei na policia há uns vinte anos atrás, sem boi você ia pro plantãozão. Especializada, nem com corre você conseguia. Nos distritos tinha a chefia e plantão. A chefia todo dia chegava com cana, independente se ia ser no óleo ou na salada, a chefia trabalhava. O plantão, alem de cuidar de 300 presos, ainda tocava inquérito. Cinco equipes, não tinha essa frescura de hoje de tira fazer BO, ou só escrivão da chefia tocava inquérito. Autoridades que sabiam mandar e peitavam muitas situações, ate de corregedoria. Na quebrada, a malandragem morria de medo dos policiais ¨DA GARRA E DA GOE¨. DEPATRI, sempre tinha matéria na imprensa e não era essa de pegar punguista com tampinha na bolinha! Cana de ladrãozão mesmo! DENARC, sempre canas e canas de kilos! DHPP, vixi, era uma atrás da outra. Era jornalista, promotor e os cambau em cana em rede nacional! A carceragem piana senão era esculacho e sem visita de 15 a 30 dias. Você fazia remoção pro interior, naqueles opalões e veraneios. Quando aprontava alguma cagada, era ripado e esperava a recolha já com o xiszão nas costas e amargando um plantão no 54 ou 25 D.P. A bandidagem tremia só de ouvir que iriam ser ripados pra Itapecerica. Ladrão que pensava em crescer no sistema, tomava um pau e era ripado pros cafundeus dos Judas. O bico corria atrás do policia. Sempre tinha um pra fazer. Armas eram de sua propriedade e só as especializadas e delegados recebiam as 45. Mas o policial era repeitado.
Daí proibiram transferência de preso sem permissão judicial; tiraram as carceragens e explodiram o Carandiru, sendo que os presos foram transferidos bem longe de seus familiares que ao invés de lhe dar apoio todo final de semana, agora o fazem a cada tres ou seis meses e com busão do partido do crime. Acabaram com as carceragens dos distritos e surgiu os CDPs. Iniciou uma caça aos policiais que saiam da linha e dos interesses políticos do governo. Veio a greve, e piorou ainda mais. A PM partiu pra cima dos manifestantes que apesar de tomarem borrachada, obtiveram aumento inclusive aos policiais que contrariaram o movimento. Agora ate cheque sem fundo estaria dando punição. Demissões arbitrarias e abusivas, acompanhadas pelo jargão, se defende na justiça, que daqui a uns cinco anos você volta! Primeiro os delegados não deram muita importância, pois somente os operacionais estavam sendo submetidos a este tratamento, mas com o passar dos tempos, as autoridades entraram na fila! Já estava muitíssimo ruim, e veio o golpe de misericórdia.
Cria-se as centrais de flagrante! No primeiro momento tinha que dar certo! Campanha política do governo de melhora no atendimento! Corró em cima e atendimento ao cidadão de reclamações. Esvaziou-se as especializadas, e o GOE e GARA que segurou o choque, forma motivos de chacota e foram extintos inclusive com apoio dos próprios colegas. Pms com salários absurdamente maiores que os policiais civis. Sargento ganhando mais que delegado. Soldado ganhando mais que escrivão e tira. Daí como não tem funcionário, impetra-se ordem na justiça para os operacionais fazerem a vez dos escrivães. Nos distritos, não há mais as canas! Hoje a sociedade é enganada por duas folhas de papeis que acha que vai resolver seu problema. Acredita que esta segura, quando nem os policiais que são preparados estão logrando em manterem-se vivos. Hoje quem está na vez é a bandidagem! Culpa da policia? NÃO. Culpa dos corruptos? NÃO. Culpa do governo, ONG, direitos humanos, do poder judiciário, estes são os culpados! Bandido não fica nem um ano preso! Saídas temporárias, benefícios, e o pior, patrocínio político.
Agora cortaram na carne da PM, não tem mais hora aula e RETP e SEXTA PARTE turbinado, apesar de direito liquido e certo, ganho processual, tomaram invertida do governo, o mesmo que massacra a policiai civil agora vai pra cima dos militares. Ano que vem é o final da operação delegada, mais um tombo pros militares. E ainda querem que façamos as vezes deles( governo)? Que morramos para nossa família passar fome? Que trabalhamos ate que esse episodio acabe, pois o mauricinho quer dar um role a noite! O filhinho quer ter segurança pra balada, enquanto a periferia tem que ficar trancada, e muitas vezes nem isso resolve e pais choram a perda de seus filhos e filhas!
QUEM SABE AGORA, O POVO APRENDE A VOTAR! QUEM SABE AGORA O POLICIAL ACORDOU PRA REALIDADE!

PEQUENAS SOLUÇÕES PARA COMBATE AO CRIME 18

SOLUÇÕES A CURTO PRAZO

 

1.      Todas as praças PMs da Cias, deveriam ser subordinadas diretamente aos Delegados do DPs, inclusive extinção de todas forças especiais, “ROTA, CHOQUE, DHPP, GARRA ETC…” pois são os que realmente são operacionais darão conta do recado, cada um na sua área de atuação e dão a cara a tapa.

2.      Extinguir os cargos de Tenentes, Capitães, Major, Ten Coronel e Coronel PM, (PARA QUE SERVEM?)que são apenas administrativos e só servem para prender operacionais e mamar nas tetas dos políticos.

3.      Imaginem qual a economia do erário publico sem necessidade de pagar Oficiais da PM improdutivos.

4.      O Comando geral da Policia de São Paulo, tem que ser de um General do Exército, subordinado diretamente ao Exército Brasileiro e o cargo de Comandante Geral tem que ser uma indicação do próprio Comando do Exército.

5.      Acababar com demissões administrativas, hoje qualquer oficialzinho diz que vai te mandar para a rua e administrativamente ele consegue isto muito rápido, portanto o único que poderia excluir, demitir etc… um policial, deria apenas o juiz de direito e após transito julgado, nunca antes disto e apenas por vaidades pessoais de oficiais PM.

ESTES SÃO OS PRIMEIROS PASSOS PARA SE COMBATER O CRIME EM SÃO PAULO

 FERNANDO DOS SANTOS SILVA