Para governo, recálculo de vencimento da PM é irregular 69

Nossa Região

November 20, 2012 – 02:47

            Associações da categoria tentam reunião com o governador esta semana e ameaçam deflagrar uma onda de protestos

Xandu Alves São José dos Campos
O governo estadual considera irregular o pagamento de recálculo nos benefícios de policiais militares, que ganhavam uma diferença no vencimento pelo menos desde agosto. Alguns recebiam desde novembro de 2010. A diferença variava de R$ 100 a R$ 1.000, dependendo da patente e do tempo de serviço. Na região, a PM emprega 4.900 pessoas. No início de novembro, após decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que acatou recurso da PGE (Procuradoria Geral do Estado), o pagamento foi suspenso. Segundo a PGE, o recálculo feito nos benefícios dos policiais por meio da ação é diferente dos demais servidores estaduais e, portanto, irregular, gerando um “rombo” de R$ 1,49 bilhão. Ao invés de incidir sobre o salário-base, como nos demais servidores, as associações da categoria pleiteiam que quinquênio e sexta-parte incidam sobre o total dos vencimentos, incluindo gratificações, abonos e adicionais. O corte surpreendeu policiais em todo o Estado de São Paulo, que enfrentam uma onda de violência com ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital). Desde o início do ano, 94 PMs foram mortos no Estado. “O governo devia ter considerado que esse não era o momento para um corte. Se a gente não é valorizado, como é que vai arriscar a vida nas ruas”, disse um PM, que pediu para não ser identificado. Protestos.Os policiais recebiam a incorporação salarial por meio de uma liminar do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo). A ação foi movida por duas associações da PM no Estado –a de Cabos e Soldados e a de Oficiais da Reserva e Reformados. As entidades tentam uma reunião com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) esta semana e ameaçam uma onda de protestos caso ela não ocorra. “Fico muito triste que o corte tenha sido feito durante uma situação terrível para os policiais, que estão sob ataque”, afirmou Milton Vieira, presidente regional da Associação de Cabos e Soldados. “A traição do governo foi maior que a do PCC, de quem só esperamos violência. Com o governo, os policiais se sentiram atingidos pela costa.” Segundo Vieira, as associações entraram com recurso no STF, no dia 8 de novembro, para tentar cassar a decisão do ministro Ayres Brito, que suspendeu o pagamento. Ele disse que o corte provocou uma onda de “indignação e insatisfação”. “Eles (policiais) serão obrigados a fazer bico para ganhar aquilo que já ganhavam antes.”

http://www.ovale.com.br/nossa-regi-o/para-governo-recalculo-de-vencimento-da-pm-e-irregular-1.346218

Secretaria de Segurança de SP não quis trabalhar no feriadão 41

1º dia de bloqueio contra droga e arma em estradas de SP fica só na promessa

20 de novembro de 2012 | 2h 01
WILLIAM CARDOSO – O Estado de S.Paulo

Anunciados na semana passada como uma das principais ações para combater o crime no Estado, os bloqueios contra armas e drogas prometidos para começar ontem em estradas de São Paulo ficaram só na promessa – pelo menos nas estaduais, que representam 99% da malha.

 

Segundo a Secretaria da Segurança Pública, até as 20h de ontem, eles não haviam nem sequer começado. Já a Polícia Rodoviária Federal disse ter dado início à operação nas rodovias federais, com “ações relâmpagos”.

A parceria acertada entre os governos estadual e federal não só para estradas como para portos e aeroportos é uma das estratégias para enfraquecer o crime organizado e interromper a onda de violência que, apenas entre a noite de domingo e a madrugada de ontem, deixou mais 12 mortos na Grande São Paulo.

Além do bloqueio, a transferência de integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) para presídios federais são as únicas propostas de curto prazo da parceria Estado-União.

Segundo o porta-voz da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Fabiano Moreno, a operação começou nas estradas de sua responsabilidade (Dutra, Régis Bittencourt e Fernão Dias), na tarde de ontem, com reforço policial vindo de vários Estados. “São agentes especializados em narcotráfico. Não vamos trabalhar com aquela visão de barreira de fiscalização estática. Ela funciona na primeira hora, mas depois não cai nada. Tem efeito reduzido. Traz visibilidade, mas não é o que desejamos.”

Moreno explicou que a PRF trabalha com 30 equipes em movimento constante. “Não teremos grandes cenários montados. O crime organizado tem uma rede de informação, por isso vamos trabalhar com barreiras rápidas, itinerantes.” O inspetor afirmou que, durante a Conferência Rio+20, cerca de 8 toneladas de drogas foram apreendidas em menos de 20 dias com esse modelo. Por questão estratégica, locais e horários não foram divulgados. Segundo a Autopista, na divisa com Minas na Fernão Dias, não foram realizados bloqueios.

Uma das ações feitas ontem pela PRF aconteceu em Cascavel (PR), a 360 km da divisa com São Paulo. Foram encontrados em um caminhão que tinha São Paulo como destino 2,2 toneladas de maconha, 1.300 comprimidos de ecstasy e 2.940 munições de fuzil. Mas foram policiais rodoviários que já atuam na região que fizeram a apreensão.

Sem informação. No oeste do Estado, policiais rodoviários estaduais da Raposo Tavares e da Marechal Rondon nem sabiam que uma operação está sendo planejada. / COLABOROU RICARDO BRANDT

Por que o Governo de São Paulo jamais teve interesse em comprar o rastreador GI-2 ?…Será que tem esquema de aluguel de celular para organização criminosa ? 34

19/11/2012-19h55

Governo federal oferece aparelho para rastrear celulares em presídios de SP

FERNANDA ODILLA DE BRASÍLIA

O Ministério da Justiça ofereceu ao governo de São Paulo uma maleta de cerca de R$ 1 milhão capaz de rastrear celulares dentro de penitenciárias. O governo paulista, contudo, ainda não solicitou formalmente uma das principais armas do Depen (Departamento Penitenciário Nacional) para silenciar as organizações criminosas dentro das prisões.

Em um ano, o aparelho do Depen já localizou e identificou 9.289 linhas telefônicas em presídios de seis Estados e no Distrito Federal. Em junho deste ano, por exemplo, foram rastreados 458 celulares num presídio de Ribeirão Preto (a 131 km de São Paulo) e 32 em Araraquara (a 273 km de São Paulo).

Chamado de GI-2, o equipamento identifica com precisão o número do aparelho e o chip. Contudo, não bloqueia nem é capaz de interceptar conversas, apenas rastreia os aparelhos.

“Uma vez identificada a linha, pode-se ir à cela e recolher fisicamente o aparelho. Ou pode-se solicitar o bloqueio ou a interceptação”, explica Augusto Rossini, diretor-geral do Depen.

Segundo ele, qualquer governo pode comprar o equipamento e juízes, integrantes do Ministério Público, policiais e autoridades estaduais também podem solicitar os serviços de técnicos do Ministério da Justiça.

O Depen comprou a maleta em 2008 e, desde então, tem usado o aparelho nos presídios federais e, se solicitado, em penitenciárias nos Estados. Segundo Rossini, uma equipe do Ministério da Justiça vai ao presídio rastrear os aparelhos e linhas telefônicas. Ele não revela, contudo, se outros órgãos federais tem o mesmo equipamento.

SANTA CATARINA

Em janeiro deste ano, a maleta do Depen rastreou 2.094 celulares em 21 presídios de Santa Catarina.

Na noite desta segunda-feira (19), o diretor-geral do Depen também negou que o governo federal tenha montado uma força-tarefa para conter a onda de violência em Santa Catarina. Ele admitiu, contudo, que funcionário do Ministério da Justiça está no Estado fazendo vistorias de rotina em prisões locais.

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Até parece que tem muita gente no alto escalão faturando alto com o ingresso e manutenção de celulares em estabelecimentos prisionais.

Um milhão para o Governo de São Paulo é dinheiro de pinga!

Com um aparelho desses, desde 2008 ,  já daria para ter enconomizado mais de um bilhão em prejuízos materiais; além de poupar centenas de vidas.  

…ou será que a rede clandestina de espionagem do Governo de São Paulo foi instalada em Unidades do Sistema Prisional…Por isso não querem o DEPEN desmantelando a teia de aranha do grampo ilegal supostamente criada pelo nosso J. Edgar Hoover 18

Depen detecta mais de 9 mil linhas telefônicas em presídios estaduais em doze meses

19/11/2012 – 21h15

Aline Leal Repórter da Agência Brasil

Brasília – De novembro de 2011 a novembro de 2012, mais de 9 mil linhas de celulares foram detectadas em presídios estaduais brasileiros por meio de um equipamento que se assemelha a uma maleta e que pertence ao Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça (Depen).

O Ministério da Justiça ofereceu ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, os serviços do único aparelho desse tipo do Depen para ajudar a conter a onda de violência no estado.

De acordo com Augusto Rossini, diretor do Depen, o aparelho, que custa mais de R$ 1 milhão, detecta com precisão o local onde está o aparelho celular. Os estados podem adquirir o seu próprio aparelho ou solicitar a presença de uma equipe do Depen em seus presídios.

O Ministério Público, autoridades judiciárias e a administração de penitenciárias podem solicitar o serviço de uma equipe do Depen com o aparelho. “Nossa equipe vai para o estado com a ferramenta tecnológica e com a metodologia para usá-la e, a partir da solicitação, nós conseguimos identificar as linhas que estão naquele local [presídio]”, diz o diretor.

Rossini disse que a partir da detecção do aparelho, quem solicitou o serviço pode  apreender o celular encontrado ou pode solicitar judicialmente o bloqueio da linha e uma interceptação telefônica.

Edição: Fábio Massalli