“Sou ameaçado todo dia por telefone por um monte de coisa e continuo morando no mesmo lugar porque não tenho condição de mudar de casa nem de sair do país” – A. Telhada 13

“Nunca o ameacei”, diz Telhada sobre jornalista

O coronel reformado da PM e vereador eleito de São Paulo Paulo Adriano Lopes Lucinda Telhada afirma que não conhece o repórter da “Folha de S.Paulo” André Caramante

DANILO THOMAZ

O tenente-coronel Paulo Adriano Lopes Lucinda Telhada (Foto: Mauricio Camargo/Futura Press)O tenente-coronel Paulo Adriano Lopes Lucinda Telhada em foto de arquivo (Foto: Mauricio Camargo/Futura Press)

Eleito vereador de São Paulo com um discurso duro na área da segurança, Paulo Adriano Lopes Lucinda Telhada, 50 anos, ou simplesmente Coronel Telhada (PSDB), afirma que sua expressiva votação (quase 90 mil votos) reflete o “reconhecimento” do paulistano ao trabalho da Polícia Militar. “Muitas pessoas querem mostrar o criminoso como vítima do sistema, mas a vítima do sistema é o cidadão. A população cansou de ser explorada, de ter que ficar presa dentro de casa, de ver bandido ser elogiado por todas as pessoas. Quem tem que ser valorizado é a população de bem.”

Telhada comandou a Rota, grupo de elite da PM paulista, até o final do ano passado, quando se aposentou. Sua votação foi a segunda maior do PSDB para a Câmara Municipal de São Paulo, e ele, o quinto vereador mais votado neste ano. No início de sua campanha, ele se envolveu em polêmica com o repórter André Caramante, especialista em segurança pública, da Folha de S.Paulo. Segundo o jornalista, em entrevista a Eliane Brum, Telhada, em perfil no Facebook, o criticou por conta de uma reportagem publicada pela Folha. “No dia da publicação no jornal, 14 de julho, ele postou no Facebook uma mensagem na qual me acusava de ‘defender abertamente o crime’ e pedia uma mobilização contra mim. A conduta desse senhor deflagrou uma onda de tentativas de intimidação, de incitação à violência contra um jornalista – um profissional que apenas retratou o que o próprio coronel reformado registrou publicamente na rede social. Não estou dizendo que ele quis ou que ele não quis incitar atos violentos. Estou dizendo que acabou incitando”, disse Caramante, que está vivendo com sua família fora do Brasil

O vereador eleito nega ter feito ameaça. “Nunca conversei com esse cidadão. Não o conheço, nunca falei com ele nem por telefone. Desconheço esse cidadão, nunca falei com ele, nunca conversei com ele, nunca o ameacei, se tiver alguma ameaça minha que você consiga levantar, terei até prazer em responder (…) Saiu do país por quê? Sou ameaçado todo dia por telefone por um monte de coisa e continuo morando no mesmo lugar porque não tenho condição de mudar de casa nem de sair do país. Agora, se ele saiu do país, alguma coisa ele fez, não sei o que foi. Não sei quem é esse cidadão.”
Leia a entrevista:
ÉPOCA – A que o senhor atribui a sua vitória? Telhada – Primeiro , à minha história de vida. Tenho 33 anos de polícia, 50 de idade.Tenho uma vida pública ilibada com várias atuações em combate ao crime, várias ações em prol da comunidade. E também ao reconhecimento do trabalho da polícia junto à sociedade. Acho que isso é uma resposta aos problemas que a população tem enfrentado com a violência. As pessoas querem que gente que trabalhe nessa área tenha uma postura adequada, honesta.
ÉPOCA –  A população apoia uma política de segurança mais dura? Telhada – Acho que a população precisa de uma polícia que cumpra as leis do jeito que elas são. Infelizmente, no Brasil, alguns setores passaram a encarar o criminoso como uma vítima da sociedade. Passou a se mostrar o criminoso como aquele coitadinho que sofreu na mão da sociedade e agora luta contra o sistema. O cara é quase um caubói social. Bandido é bandido. O bandido quer ganhar dinheiro não importa de que maneira. E a população tem sido a grande vítima. Muitas pessoas querem mostrar o criminoso como vítima do sistema, mas a vítima do sistema é o cidadão. A população cansou de ser explorada, de ter que ficar presa dentro de casa, de ver bandido ser elogiado por todas as pessoas. Quem tem que ser valorizada é a população de bem.

ÉPOCA – Como o senhor acredita que a polícia deve agir diante dos criminosos? Telhada – Dentro da lei. O bandido tem que ser preso, cumprir a pena integral, tem que ser colocado no lugar dele na sociedade. Muita gente quer mostrar o bandido como vítima. Tive um sargento que tomou não sei quantos tiros na cara no litoral e é normal. Queria ver se um criminoso morresse assim. Semana retrasada nós enterramos um soldado morto com dois tiros de fuzil nas costas e eu não vi publicação na imprensa. Quando morre um policial barbaramente todo mundo acha normal. Quando a gente vê um criminoso morrer trocando tiro com a polícia, muita gente se dói. A resposta está aí. Quem tem que ser valorizado é o policial, o cidadão de bem. Bandido tem que ir pra cadeia, cumprir pena.

ÉPOCA – O senhor acredita que falta rigor, por parte da sociedade, com os criminosos no Brasil? Telhada – Muita gente no Brasil confunde o criminoso com o guerrilheiro dos anos 70, onde tinham ideias de liberdade, de lutar contra o sistema. Muita gente confunde o criminoso comum – aquele ladrão que entra em casa, estupra, mata o pai de família, agride a vítima – com uma vítima. “Eles são violentos porque não tiveram oportunidade”. Eu vim de uma família pobre, da periferia Freguesia do Ó, passamos fome, estudei em escola pública, comecei a trabalhar com 14 anos, hoje sou coronel aposentado, graças a Deus eleito vereador. Não se valoriza o cidadão que levanta cedo, pega ônibus lotado, come marmita. Hoje quem tem valor é o cara que fica na rua empinando moto, é o cara que não trabalha, fica a noite no baile funk. O cara que tem que levantar no dia seguinte de madrugada é o trouxa da sociedade.
ÉPOCA – Que projetos o senhor pretende apresentar à cidade como vereador? Telhada – É dificil falar em projetos por enquanto, porque não temos nem um prefeito definido. Precisamos definir o prefeito para saber como vamos trabalhar. A minha pretensão é trabalhar diretamente com a segurança municipal, visando a Guarda Civil metropolitana, que a gente sabe que tem muita coisa pra fazer. Temos que retomar curso na Guarda Metropolitana, fazer novos cursos. Melhoria salarial para todo funcionalismo público municipal, que está muito esquecido, o pessoal esqueceu dessa classe. QUero ajudar em tudo que for possível: educação, saúde, segurança. Não interessa de quem seja o projeto. Seja de que partido for. Se a pessoa apresentar um projeto que for fazer bem pro cidadão, eu vou apoiar. O que interessa é apoiar a população. Devemos ser fiscalizados, acompanhados. A mídia tem que acompanhar, exigir postura. É o que precisamos em São Paulo: Pessoas que trabalhem firme, com honestidade e deem retorno à população.

ÉPOCA – Na sua gestão, a violência da Rota aumentou em 63%. Qual a causa disso? Telhada – Onde você viu essa informação? Eu desconheço. Não se fala em número de presos, armamentos apreendidos, presos recapiturados. Essa informação é oficial?
ÉPOCA – É. Telhada – Eu desconheço.
ÉPOCA – O senhor considera a Polícia Militar violenta? Telhada – Estou falando de um sargento que tomou tiro de fuzil na cara e vem falar que a Polícia Militar é violenta? Um dia eu saí de casa sábado de manhã e tomei 11 tiros na porta da minha casa. Este ano morreram 78 policiais. O crime é violento. Quem está atacando a populaçao é o crime. A polícia se defende porque a obrigação dela é guardar a sociedade. As nossas leis precisam ser revisadas.

ÉPOCA – Revisadas de que forma? Telhada – Todo o sistema legal, todo sistema juridíco. Você tem pessoas que cometem crimes hediondos, pegam 200 anos, cai para 30, com bom comportamento cai pra 25, primeira vez que comete crime vai para 20. No final, o cara “puxa” oito anos de prisão. O nosso sistema jurídico não pune exemplarmente. O cara comete um crime e não paga o crime. Isso incentiva que novas pessoas cometam crimes. Nós precisamos rever o sistema penal. A população sente muito isso. Sente que o criminoso não está sendo punido.
ÉPOCA – Ao mesmo tempo o Brasil tem a quarta população carcerária do mundo. Telhada – Você não quer que o coronel Telhada explique a segurança do país, não é? Você tem que entender: Nosso sistema legal é falho. As cadeias não recuperam ninguém. A turma fala tanto em Estados Unidos. A gente vê nos filmes o sistema penintenciário americano, a pegada lá é outra. Lá o cara puxa pena, tem prisão perpétua. O crimininoso sabe que vai morrer na cadeia. Nós temos que mudar muita coisa. Mas não sou eu, coronel Telhada, recém-promovido a vereador, que vou resolver o problema. Eu sou um velho soldado só.
ÉPOCA – Embora a taxa de homicídios em São Paulo tenha caído, a violência foi do sexto para o segundo lugar no ranking de preocupações dos paulistanos, segundo o Datafolha. Como o senhor explica isso? Telhada – A violência sempre foi uma preocupação. São Paulo cresceu muito. Todos os problemas cresceram. O problema de segurança também. Não só em São Paulo. Em Conchichina da Serra nós temos violência. O cidadão tem que se preocupar, sim. Tem três condições básicas para se viver em sociedade: educação, saúde e segurança.

ÉPOCA – O que o senhor vê como causas da violência? Telhada – A falta de educação leva à violência, a falta de religião, de emprego, de estrutura familiar, social. Não sou sociólogo, sou policial. Você tem que perguntar isso pro sociológo. Se a gente tivesse investido mais nessa parte, talvez muitos criminosos não seriam criminosos. Mas não cabe a mim discutir isso com você. Como policial que fui a vida toda, cabia a mim prender o bandido, combater o crime. O motivo que levou o cidadão a virar criminoso não sou eu que vou falar pra você, nem sou eu que vou cuidar disso.

ÉPOCA – Quais os principais problemas relativos à segurança pública? Telhada – Precisamos de uma legislação mais forte no combate ao crime. A nossa legislação não pune o criminoso da maneira adequada, ela até incentiva determinados crimes porque as penas são baixas. O criminoso prefere correr o risco de fazer o crime.
ÉPOCA – O senhor é a favor da prisão perpétua? Telhada – Sou.
ÉPOCA  – E da pena de morte? Telhada – Sou contra. A pena de morte no Brasil criaria muitos heróis. Não resolveria nada. A punição eficaz seria séria, severa e prisão perpétua em muitos casos. Muita gente ia pensar antes de fazer as loucuras que fez esses anos.

ÉPOCA – O repórter da Folha de S.Paulo André Caramante deixou o país recentemente, alegando sofrer sucessivas ameaçadas que foram atribuídas ao senhor. O que senhor tem a dizer a respeito? Telhada – Ameaçado por mim? Ele que mostre onde foi ameaçado por mim. Nunca conversei com esse cidadão. Não o conheço, nunca falei com ele nem por telefone. Desconheço esse cidadão, nunca falei com ele, nunca conversei com ele, nunca o ameacei, se tiver alguma ameaça minha que você consiga levantar, terei até prazer em responder. Desconheço que seja isso. Nunca falei com ele, nunca ameacei. Saiu do país por quê? Sou ameaçado todo dia por telefone por um monte de coisa e continuo morando no mesmo lugar porque não tenho condição de mudar de casa nem de sair do país. Agora, se ele saiu do pais, alguma coisa ele fez, não sei o que foi. Não sei quem é esse cidadão.

Um Comentário

  1. Policial Civil e Militar sim são geralmente ameaçados; tem de se acautelar quando deixam a Cia ou DP rumo à residência! Agora, um jornalista????; Faça o favor de não querer se “autovalorizar” prá vender livro com estórias metirosas…..logo logo esse camarada vai lançar um libro tipo Rota 66, Cobras e Lagratos, etc…..sempre nas costas da polícia…..ohhh maldito dinheiro………..

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  2. alguem percebe como as perguntas do reporte são sempre com segundas intenções? vem dizer que a policia é violenta. a policia só responde na mesma altura que o mala. a verdade é que estamos fudidos com essa imprensa.

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  3. A violência, intrínseca ao ser humano, não escolhe instituição, partido, etnia, religião e nem demais circunstâncias. Acho que deve ser mitigada, a qualquer custo. Veja-se, por exemplo, que uma das cadeiras da futura composição da Câmara Municipal paulistana será ocupada pelo vereador Massataka Ota o qual, desde 1997, luta por justiça. Transformou seu indelével sofrimento em superação, que certamente será direcionada e revertida em prol dos que padecem das mesmas agruras. O filho dele, Yves, tinha por volta de sete anos de idade quando brutalmente assassinado por “policiais militares” que exerciam a “segurança” da família dele, no chamado “bico”. É possível que a maioria tenha esquecido esse lamentável episódio, aliás, não trazido à tona, por nenhum jornalista, atualmente. Portanto, reitero, não importa a origem ou autoria da violência. Importa é que seja mitigada, notadamente no nascedouro. Imprescindível, sem dúvida alguma, mudança (atualização) da legislação, como, aliás, já antecipa o Coronel Telhada, mas, sem os pressupostos da Ética, de nada adiantaria. Tudo deve ser atualizado, não apenas a legislação. Basta se constatar quanto mudança foi agregada à estrutura policial paulista, mas a criminalidade se mostra mais célere, infelizmente. Há vinte anos, por exemplo, nem se cogitava uso de colete balístico. Atualmente é tábua de salvação, embora literalmente suada, e, por vezes, pouco higienizada, pois não é individualmente distribuída pelo Estado mais rico da federação que não se envergonha dessa horrível jornada noturna na Polícia Militar Paulista, na verdade, um embuste porque todos os depoimentos, prestação de declarações, “paga micos” nos quartéis (sobretudo nas SJD – Seção de justiça e Disciplina), Delegacias, Fóruns e demais necessidades atinentes ao serviço, somente ocorrem durante o dia, em flagrante desrespeito a quem sequer teve um local digno para comer um lanche, durante a chamada “zero hora”, muitas vezes isso ocorrendo em refeitórios de empresas particulares, como se a mais primária das necessidades humanas (nanição, ou, melhor, fazer um “QAR”) devesse ser objeto de tão sórdida humilhação. Considerando-se que o PM DEVE chegar ao quartel por antecedência de meia-hora, para a famigerada “preleção”, verifica-se que o regime de 12hs por 36hs é uma falácia. Impossível, do ponto de vista biológico, que o agente da lei conserve os seus reflexos por tanto tempo, privado do sono, uma das mais dramáticas proezas na qual se tenta enganar a natureza. Ela não se defende: se vinga. O bandido sabe disso, escolhe, portanto, a melhor ocasião do ataque, geralmente na passagem de serviço, quando certamente o autor dessa criminosa jornada de trabalho ainda repousa, tranquilamente no seu dulcíssimo lar!
    Sem os pressupostos da ética, de nada adiantaria outras mudanças, nem mesma na legislação. Por exemplo, é esperar para ver se a tão demonstrada bravura o futuro vereador Coronal Telhada assustará os vendilhões de fardamento militar da Avenida Tiradentes e adjacências, vizinhos do QG da PM. De que adiantou a “Lei Siraque”, estampada, em manchete, na capa do DOE/SP de 30/06/07? Quem mais “vende a farda”, em toda essa cadeia de omissões, prevaricações, e jogo de interesses? Por que, por exemplo, nunca vi nenhum Cmt de Batalhão circunstanciar em documento público e encaminhar ao seu superior as míseras condições do quartel, verdadeiras “casas do espanto”? Quem, em sã consciência, tem ética para falar de tolerância zero, se viu a “baiúca” que era o 30º BPM/M, uma esquisita e indefinida simbiose com cara de quartel e corpo de restos de Estádio Municipal de Mauá? Quantos quartéis permaneceram (e permanecem) anos a fio sob infindáveis reformas, muitas, registrem-se, na base do “QSA”? Incomoda-se o chefe ao levar-lhes problemas ou o interesse é mais subliminar, para não perderem as boquinhas, nas subprefeituras paulistanas? Como dizia Galileu Galilei: “A verdade é filha do tempo, não da autoridade”. Hoje a verdade revela os marajás nas subprefeituras, enquanto os miseráveis morrem nos “bicos” de “quinta categoria”!
    Lamentavelmente, a descrição de episódios trágicos que conheço demandaria enfadonhas laudas. Cito apenas mais o seguinte, para que o leitor se convença de que a ética deve se antecipar à lei: em Santo André, acaba de ser eleito a vereador o “Coronel Sardano”. Campanha pautada em “mais segurança”. Se aplicada nos moldes como comandou a 2º Companhia do 10º BPM/M: Deus nos acuda! Sei que acidentes com viaturas são muito recorrentes. Mas, a chegar ao ponto em que as viaturas M-10220 e M-10290 literalmente trucidaram um veículo particular (tipo Gol), ASSASSINANDO fulminantemente um dos ocupantes e deixando outro tetraplégico, para sempre, aí já é covardia, ou, melhor, concorrência desleal com o “PCC”! Ao despertar indignação em decorrência daquele acidente, envolvendo viaturas de noutro Pelotão, fui imediatamente arrancado do que eu comandava. Mais importava que as falcatruas se processassem tranquilamente, sem interferência de ninguém, nem da minha, quando já na função de Subcomandante da tal Subunidade, “por conveniência do serviço”. Se o leitor pensa em apuração rigorosa, garanto-lhe que ao me predispor a encarregado daquela Sindicância, o então Capitão Sardano, amenizou o “sumiço” dos escombros da viatura M-10290, completamente destruída, alertou-me: “na política não importa o fato, mas, a versão que a ele se dá”. Depois de uns dois meses, “reapareceram” tais “escombros”, desta feita sob a forma de uma viatura em estado de “zero KM”. Ele se lisonjeava! Passou a desfilar, tranquilamente, naquela relíquia, inigualável, pois fugia aos padrões das demais. Percebia-se nitidamente, que não era do modelo comum (básico) à vista dos incrementos que lhe foram possíveis (dotada de opcionais que somente aos do modelo top de linha seria possíveis). A filha do tempo (a verdade) se deparou com a patifaria fardada, tentando demonstrar que aquelas viaturas, por ocasião do acidente, eram conduzidas sob espírito de emulação (tirando “racha”), e, pior, não estavam em atendimento de ocorrência, aliás, retornavam de uma “voada” para o município de São Caetano do Sul, tanto que o motor da M-10290 era “envenenado”, para altas velocidades, mas a perícia “nada viu”! Ao desconfiar da maneira como e onde e quem havia recuperado aqueles destroços, fui imediatamente transferido para a sede do CPA/M-6, “por conveniência do serviço”. No referido Comando de Policiamento, depois de sete meses no COPOM/ABC, fui transferido para aquela Motomecanização, por indicação do então Capitão Quesada, atual suplente de vereador em São Caetano do Sul. Ele sabe das falcatruas, desvios de finalidade e outras patifarias que lá relatei, a rigor. Sabe até o motivo pelo qual me mudou de função. Sei que ele sabe!
    Covardia seria eu gastar a paciência do leitor, a descrever as demais transferências, “por conveniência do serviço”, (VINTE E CINCO, de 1998 a janeiro de 2010) em cuja saga fui subjugado a reiteradas humilhações, represálias, ameaças, distanciamento da família, despesas e agruras num infindo vai-e-vem, regado a 39 (TRINTA E NOVE) “Procedimentos Disciplinares”, dois CJ e dois “Processos-crimes”, um deles resultando na mais EXPLÍCITA PATIFARIA, dentre as muitas que conheci e denunciei, ou seja: minha prisão em “flagrante”, pelo crime de “injúria” em razão de documento no décimo dia de trâmite! Por conta de PATIFES FARDADOS que chafurdaram na mesma vala do chantagista de quinta categoria, já identificado no forjado Processo nº 53.872/2009, coisa de BANDIDO DA PIOR SAFRA, conheci, por dentro, o Presídio Militar Romão Gomes.
    Finalizando, já que me consideraram incompatível com o Oficialato, pelas recorrentes falcatruas que documentei, restam-me tantas indagações cujas respectivas descrições nenhum livro comportaria, pela dificuldade de alguém transportá-lo. Por exemplos: por que a “conveniência do serviço” não mexeu com nenhum dos envolvidos no tal acidente? Como se explica o “sumiço” da Sindicância? Quantas, daquela camarilha, participaram, direta ou indiretamente, da montagem da viatura M-10290 sobre um veículo roubado, em Santo André? Por que o “ladrão fardado” foi escalado no CDP de Santo André, como raposa cuidando de poleiro? Quem, além dos integrantes do “PCC”, lucrou com aquelas facilitações de fuga? Por que os SAFADOS que forjaram a minha prisão foram preservados? Por que o TJM/SP insiste em ocultar a prova que me teria absolvido, mantendo-o na folha 442 do também forjado Processo? Por que uma dúzia (LITERALMENTE) já tiveram vistas do Processo, covardes, hesitantes e omissos na revisão criminal? Ameaçados? Corrompidos? Desídia contagiosa? E os farsantes, mentirosos e sem-vergonhas que desmascarei no PD nº CMTG-105/362/10 do qual, no mínimo, quem o assinou (Coronel Camilo, ex-Comandante-geral) DE-VE-RIA se envergonhar? Essa é a instituição que se arvora no combate ao “PCC’, a perpetrar iguais ou piores patifarias, atrás do manto corporativista? Quem perde entre o signatário do PD nº CMTG-105/362/10 e o que me insultou, ironizando que “na política não importa os fato, mas, a versão que a ele se dá” senão o desgraçado do contribuinte, enganado e escravo pagador dos seus polpudos salários, nos requintados gabinetes?
    Querem saber as respostas? Façam um teste de ética: contate-os e sugira que, neste espaço, eles as descrevam. Esperarei (sentado)!

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  4. ACABAM DE EXECUTAR MAIS UM POLICIAL MILITAR NA ZONA SUL DE SP (37º BPM/M), ESTAVA CHEGANDO EM CASA QUANDO FOI SURPREENDIDO….

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  5. Reformulo a pergunta: por que uma dúzia de advogados (LITERALMENTE) já tiveram vistas do Processo, revelando-se covardes, hesitantes e omissos na revisão criminal? Ameaçados? Corrompidos? Desídia contagiosa?

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  6. O ESTADO JÁ FEZ A SUA PARTE, SÃO CENTENAS DE MILHARES DE PRESOS E MILHARES DE TONELADAS DE DROGAS APREENDIDAS, A LEGISLAÇÃO É FALHA, O POLICIAL É DESMOTIVADO PELOS BAIXOS SALÁRIOS E PREFERE DEIXAR ROLAR, O TRÁFICO É A ALAVANCA DO PODER PARA OS MARGINAIS E AÍ A POLÍCIA FALHA, POIS O VERDADEIRO COMBATENTE QUE ESTÁ LÁ NA LINHA DE FRENTE, DESMOTIVADO JÁ NÃO PRENDE O BANDIDO QUE TRAFICA NA SUA REGIÃO DE PATRULHAMENTO, O INV POL PREFERE ASSIM COMO O PM PEGAR O SEU ARREGO MENSAL ENCHARCADO DO SANGUE DE SEUS COLEGAS EXECUTADOS A ENFRENTAR O CRIMINOSO POIS ESTÁ DESMOTIVADO POR SALÁRIOS MISERÁVEIS E FALTA DE ESTRUTURA PARA TRABALHAR. PRONTO É A VERDADEIRA RECEITA, O TRAFICANTE ANDANDO DE JETTA E O PM HONESTO ANDANDO DE FUSQUINHA OU “ELBA”.

    QUER MELHOR RECEITA QUE ESTA??? BAIXO SALÁRIO, CORRUPÇÃO MOTIVADA PELO ABANDONO DO ESTADO, LEGISLAÇÃO FALHA QUE SOLTA O BANDIDO ANTES DE CHEGAR AO CDP, OU PIOR O MALA SENDO SOLTO POR PAGAR UMA MIXARIA DE FIANÇA QUANDO COMETE UM FURTO DE AUTOMÓVEL, PORTE DE ARMA E OUTROS CRIMES,

    ACABOU. INFELIZ,ENTE, ACABOU, VOU PRO MÉXICO QUE ESTÁ MAIS SEGURO…..

    ABS.

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  7. chapeleta com zinabre :
    alguem percebe como as perguntas do reporte são sempre com segundas intenções? vem dizer que a policia é violenta. a policia só responde na mesma altura que o mala. a verdade é que estamos fudidos com essa imprensa.

    Não existem perguntas ruins ou com segundas intenções.
    Existem sim, pessoas incapazes de respondê-las, por incapacidade ou falta de inteligência.

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  8. ESSES LIXOS DO psdb ESTÃO TRAVESTIDOS DE POLÍTICOS, MAS NA VERDADE É UMA CORJA DE BANDIDOS. QUEM É O RECOLHA DO psdb? UM TAL DE PAULO PRETO! ESSES ROUBOS A BANCO , CARRO FORTE E EMPRESAS DE SEGURANÇA É PARA FINANCIAR CAMPANHAS ELEITORAIS, DINHEIRO PARA COMPRAR VOTOS, SÃO TODOS DA MESMA PANELA pcc e psdb. CADÊ OS ÓRGÃOS DE SEGURANÇA FEDERAIS PARA DAR UM BASTA NESSA FACÇÃO. SERÁ QUE A ABIN NÃO SABE DISSO? FAZ 20 ANOS QUE O psdb GOVERNA SP E FOI AI QUE NASCEU O pcc. O QUE O GOVERNO DO psdb, TANTO SERRA COMO ALCKIMIM FIZERAM, DESTRUIRÃO AS POLICIAIS, SUCATEARAM AS POLICIAS , PAGAM SALÁRIOS DE FOME PARA OS POLICIAIS, ACABARAM COM AS INVESTIGAÇÕES, FECHARAM DELEGACIAS, PRATICARAM BARBARIDADES CONTRAS AS POLÍCIAS E ASSIM O PCC PODE AGIR SEM SER INCOMODADOS E HOJE É O PODER PARALELO COM PODER DE FOGO QUE MUITOS PAÍSES DA AMÉRICA LATINA NÃO POSSUEM, TEM DINHEIRO, TEM UM EXÉRCITO DO CRIME AO SEU COMANDO, ALGUNS CHEFES DO pcc ESTÃO SEGUROS EM SEUS ESCRITÓRIOS DENTRO DOS PRESÍDIOS E DE LÁ COMANDAM AS MORTES. O PCC E PSDB SÃO ALIADOS, POR ISSO QUE SÃO INTOCÁVEIS, SÃO PROTEGIDOS PELO GOVERNO PAULISTA. UM BANDO DE CANALHAS. QUANDO A POLÍCIA MATA BANDIDOS DO pcc O GOVERNO ACHA RUIM E PEDE APURAÇÃO RIGOROSA CONTRA AS POLÍCIAS, ELES ESTÃO DO LADO DOS BANDIDOS E NÃO DA SOCIEDADE.

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  9. A população tem os politicos que merecem, apósto e ganho que teve um monte de praça engraxa bótas que votou na Lucinda Telhada, Deus me livre como tem tonto iludido nessa cidade!!!!!!

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  10. Parabéns, Zé. Em simples palavras, resumistes a PATIFARIA generalizada. O pior cego é quem não quer ver a verdadeira VIOLÊNCIA dentro dos quartéis da PM: alojamentos de soldados piores que a casinha do cachorro do Comandante-geral; Soldados Temporários escravos do maldito imperialismo, com único direito: não ter direito a nada. Falta coragem nos Comandantes, todos vaquinhas de presépio, covardes, boçais. Na APMBB foram construídas várias torres (entenda-se como prédios) que consumiram milhões e milhões de reais, para nada, pois se tronaram escombros verticais. Explico: aquele grande canteiro de obra ocorreu a pretexto de a então Prefeita Erundina não prolongar a Avenida Engenheiro Caetano Álvares a qual cortaria aquela invernada. A fábula de dinheiro gasta também produziu estragos no subsolo, pela clandestina alteração da galeria de captação das águas do Córrego Mandaqui. Não tardou que a natureza resolveu falar, como vingança àquela trapalhada geodésica (erro crasso no comprimento da curva). Literalmente ela se impôs, dizendo àqueles imbecis: “vamos ver quem MANDA AQUI”, abrindo enorme cratera (por processo erosivo). No “buraco da safadeza” não caiu apenas a viatura, acidentando o Al Of PM. Caiu também quase um milhão de reais, em 2007, para a perfeita acomodação térrea (tamponamento). Na justa medida, “dei o troco” ao imbecil, arrogante e autoritário que me escalou a “cuidar do buraco”. Num forjado e mentiroso Procedimento Disciplinar sobre a “repavimentação geral” daquela invernada, fui obrigado a dizer que tal processo licitatório era um embuste, uma balela e que a única “recapeação” ocorreria gratuitamente, por conta dos semoventes (cavalos), durante os desfiles, nas solenidades. Como eu tinha certeza que o xucro bípede não era imbuído da necessária perspicácia para analisar a metáfora, fui claro e direto, afirmando que a repavimentação seria de MERDA, mesmo! Por que não instauraram CJ? Por medo, covardia e temor ao revés! Cito apenas esse exemplo de dinheiro público defenestrado (jogado pela janela) para evidenciar tantos paradoxos, por exemplo, a humilhação dos Soldados Temporários, como os então Padilha e Gabriel, obrigados a carregarem esterco de cavalos, daquelas baias, mas nunca houve a minha anuência para aquele desvio de finalidade, embora fossem meus subordinados, diretamente. Tal “missão” a eles destinada tinha um deliberado propósito: continuidade do assédio moral ao qual fui submetido, desde 1998, quando despertei interesse num estranho acidente de viaturas no 10º BPM/M. Resisti. Jamais temi aquela camarilha da APMBB e nem das demais Unidades: bando de covardes permeado de “secretários de luxo”, puxa-sacos do “Chefinho”. Nenhum foi capaz de gritar, espernear, procurar a justiça e a imprensa para evitar tamanho desperdício de dinheiro com aquelas obras, inacabadas, há décadas, numa evidente demonstração de como é perdulária a gestão que exercem, enquanto o “armário” do Soldado mais parece um guarda-volume de supermercado de periferia. Mal cabe o par de botas, tudo espremido do qual a camisa parece sair de uma garrafa. É desse coitado e humilhado que EXIGEM uniforme impecável, muitas vezes comprados dos aproveitadores da Avenida Tiradentes, contra os quais ninguém grita. Bando de Comandantes frouxos, espertos e parasitas do poder. Não contestam para não perderem a esperada boquinha, quando passam à reserva! Tantos milhões desperdiçados poderiam ser revertidos numa estrutura minimamente digna aos que, de fato e de direito, estão na linha de frente, entregues à própria sorte, feito buchas de canhão, aturdidos entre o “PCC” clandestino e o estatal!

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  11. Aff, eh mto comentário acerca desse palhaço….vamos discutir coisas da POLICIA CIVIL.

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  12. ¨OFICIAIS¨,porque toda essa fúria…quase uma centenas de praças mortos só este ano,e a PMESP com seus oficiais diante de um discurso orquestrado pelo secretário de segurança pública, negando a existencia do PCC,enterrando praças como se fossem cachorros,prendendo o sgt.que tinha p4 guardado,os senhores não são legalistas…,que se faça justiça na forma da lei,agora porque o PCC tá partindo pro lado dos maçanetas do governo mudaram o discurso…que se aplique a lei,independente que as vítimas sejam oficiais ou praças,alias acho que neste caso pode ter vários fatores…,o Capitão pode estar envolvido com o crime organizado,pode ter sido uma simples tentativa de assalto,os rapazes podem estar procurando algum homosexual e etc,porém a única coisa que não pode ter acontecido é o Cap. ser vítima do PCC,pois eu acredito no secretário de segurança pública e no comando da PMESP,o PCC,não passa de um bando de trinta e quarenta homens,sendo que todos estão presos por trafico de drogas.(provem do seu próprio veneno)

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