Arquivos de facção criminosa chegam a ‘chefes’ na prisão por pen drive 14

01/10/2012-05h00

ROGÉRIO PAGNAN AFONSO BENITES DE SÃO PAULO JOSMAR JOZINO DO “AGORA”

Editoria de arte/Folhapress

PEN DRIVE

Os arquivos apreendidos eram destinados aos chefes da organização como uma forma de prestar contas. Os documentos são salvos em pen drives ou chips de celular e entregues semanalmente por motoboys nas principais prisões do Estado, onde entram clandestinamente.

“Referente às planilhas, toda semana devem mandar para o 4º, 6º PV [pavilhões da penitenciária Presidente Venceslau], as listas de empréstimos e a lista de dívidas gerais”, afirma trecho do relatório assinado por um “diretor” que se identifica como Judeu, o responsável pela área financeira.

Nos arquivos constam ainda informações sobre parte do patrimônio do grupo: 13 imóveis, 88 fuzis, 63 pistolas, 11 revólveres, oito dinamites, 67 carros (sendo três blindados), sete motos e um caminhão. Nessa relação não estão os bens dos bandidos, como armas e carros pessoais.

O armamento que está nas planilhas fica sob a responsabilidade de alguns integrantes. Por exemplo, quando é necessário cometer um roubo, um criminoso pega um fuzil emprestado para o crime e depois o devolve. Se perder a arma, contrai uma dívida com a facção no valor do equipamento perdido.

Em março do ano passado, um criminoso identificado como XT foi preso pela Rota sob suspeita de planejar a morte de um policial. Dias depois, na casa dele a polícia apreendeu um fuzil. Como a arma era do PCC, consta em uma das planilhas que ele contraiu uma dívida de R$ 35 mil com a facção.

Editoria de arte/Folhapress

Um Comentário

  1. Alguém me diga há quanto tempo não se tem rebelião no sistema penitenciário em SP?
    E porque não se tem rebeliões? Porque o governo está fazendo o seu papel,não, é porque o PCC não deixa,hoje em dia para se virar uma cadeia tem que ter aval do PCC.
    É resultado do acordo de 2006,só que perante a sociedade o governo diz que é porque ele está fazendo um bom trabalho!
    Acontece o mesmo que ocorreu com os índices de homicídio no estado,caiu muito se comparado com os anos 90 e inicio dos anos 2000,diminuiu porque hoje em dia o ladrão para matar ele tem que ter o aval da facção,porque se agir por conta ele será julgado e possívelmente será condenado a morte ou terá a chamada “sobrevida”(que é ter que fazer um serviço para o PCC ,possívelmente atacar policias ).
    Isso lembra um ditado antigo que dizia” Quando vc elogia uma pessoa por mais que ela suspeite que vc esta mentido ela gosta”.
    O governo fala que a policia está fazendo um excelente trabalho,que o sistema penitenciário está uma beleza!
    A policia e os asp gostam,mesmo sabendo que é mentira.

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  2. Esqueceram de colocar aí que todas as cadeia do estado, disse cadeias, que estão sob o dominio do pcc também pagam uma taxa mensal. Isso é fato comprovado aqui na região de itapeva e olha que no mapinha acima ela nem aparece, então suponho que o numero de “filiados’ desta facção é muito maior e o buraco é mais embaixo.

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  3. o outro lado ta pagando melhor. viu só quando ganha um vapor?depois dizem que o pcc não existe. o que não existe em são paulo é governo e politica de segurança publica.

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  4. Que piada! esses dados devem ser do Persival
    Nada a ver, quem é Polícia de rua sabe que esses dados estão bem errados!

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  5. A verdade é uma só “TÁ TUDO DOMINADO”, vejam o nível de organização. E esse governo o PSDBosta faz de tudo para deixar a policia cada vez mais inoperante. Esse tipo de organização não vai ser desbaratada fazendo bloqueio na rua ou matando 20 ou 30 malas, tem que ser feito com serviço de inteligencia, e o nosso secretario esta tornando a PC em uma pastelaria(frita um BO e entrega no próximo guiche). Não quer policiais investigando. Quem tiver interesse vejam como foi aniquilada a máfia na Itália com a operação MÃOS LIMPAS. São Paulo virou um picadeiro, nos policiais somos os palhaços, e a população acha tudo engraçado e pensa que tudo vai bem.

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  6. Estas noticiais de dominio publico, assim pergunto qual é o papel do Estado, para com os cidadões de bens, que são contribuintes e exigem os direitos explicitos na CARTA MAGDA.

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  7. REAFIRMO MINHA DEFICIÊNCIA EM MATEMÁTICA

    MAS QUALQUER CRIANÇA PODERIA PERCEBER QUE

    PCCSSDB HOMENS LIVRES =1343

    POLICIAIS PAULISTAS MORTOS NO ÚLTIMO ANO = ~ 130

    10 %

    DEZ POR CENTO

    EM NÚMERO PURO

    QUAL É A ESSÊNCIA DESTA RELAÇÃO ???

    OS APARENTE POUCOS QUE ESTÃO LIVRES

    ESTÃO MOTIVADOS O SUFICIENTE PARA

    ACABAR COM A FAMÍLIA DE 130 POLICIAIS PAULISTAS . . .

    ENQUANTO O DESGOVERNO PCCSSDB

    PARALISA AS FORÇAS DE SEGURANÇA ESTADUAIS

    O PCC AMPARA, ESTIMULA E PREMIA SEUS TERRORISTAS

    O PCC AMPARA, ESTIMULA E PREMIA SEUS TERRORISTAS

    O PCC AMPARA, ESTIMULA E PREMIA SEUS TERRORISTAS

    PRECISO SER REPETITIVO

    PARA NÃO TER QUE DESENHAR . . .

    E AINDA VEM UM SFB TIRAR ESTA GENTE DE COITADINHO !!!

    TEM GENTE QUE ACREDITA QUE CRIMINOSO TERRORISTA

    VAI MUDAR . . .

    NO MÁXIMO VAI MUDAR DE ENDEREÇO !!!

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  8. PCC NÃO EXISTE ………. QUEM ME CONTOU FOI O SACI PERERE QUE FICOU SABENDO ATRVÁS DO PAPAI NOEL QUE É O DONO DA RENA DO NARIZ VERMELHO QUE É PRIMA DO BAMBI QUE POR SUA VEZ É SOBRINHO DE UM CERTO SECRETÁRIO DE UM CERTO ESTADO EM UM PAIS NÃO TÃO TÃO DISTANTE……………….

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  9. 01/10/2012 – Estadão – Notas e Informações – O balanço da violência

    Depois de ter caído nos últimos anos, a violência criminal voltou a crescer no Estado de São Paulo. Segundo as últimas estatísticas da Secretaria da Segurança Pública, em agosto de 2012 os homicídios dolosos (em que há intenção de matar) aumentaram 8,6%, com relação ao mesmo período em 2011. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

    Na capital, o crescimento acumulado do número de homicídios dolosos nos oito primeiros meses do ano foi de 15,2%. Nos 93 Distritos Policiais da cidade, somente 2 – o da Liberdade, na região central, e o de Monções, na zona sul – não registram homicídios, entre janeiro e agosto deste ano. Com 35 assassinatos em oito meses, o Parque Santo Antônio, na zona sul, foi o bairro mais violento da capital.

    Até o mês passado, a Secretaria da Segurança Pública contabilizou 3.109 vítimas em todo o Estado, em 2012. Quase todos os demais indicadores também registraram aumento da criminalidade. Apesar de ter caído na capital, o número de latrocínios (roubo seguido de morte) cresceu 71,4% no Estado. Os crimes de estupro aumentaram 31%. Nos oito primeiro meses de 2012, foram roubados 58.948 automóveis – um número 15,3% superior do que o verificado no mesmo período no ano passado. Já a apreensão de entorpecentes aumentou 15,37%. Entre janeiro e agosto deste ano, foram realizadas 27.648 ocorrências.

    Dos 17 tipos de crime cujas estatísticas são divulgadas com regularidade pela Secretaria da Segurança Pública, só 3 registraram queda significativa no Estado. Os homicídios culposos (em que não há intenção de matar) caíram 7,1%. As mortes culposas decorrentes de acidentes de trânsito despencaram 37,5%. E os roubos a banco diminuíram 52%. Por causa da melhor qualidade das câmeras de segurança e da preferência da população de pagar contas com cartão de crédito, este foi o crime patrimonial que mais diminuiu. “As câmeras mostram até a cicatriz do ladrão. Antes, não permitiam identificar ninguém. O roubo a banco envolve um risco imenso, para resultados modestos”, afirma o delegado-geral da Polícia Civil, Marcos Carneiro Lima.

    As estatísticas sobre violência criminal, cuja divulgação periódica se tornou obrigatória há quase duas décadas, são um instrumento fundamental para se avaliar a trajetória da criminalidade no Estado. Com base nos números coletados pelos boletins de ocorrência, as Polícias Civil e Militar (PM) passaram a planejar melhor suas atividades. Mas, apesar do aumento da eficiência policial, os bandidos – sobretudo os do crime organizado – são criativos. Para financiar a compra de drogas, por exemplo, o narcotráfico antes assaltava bancos, lembra o delegado-geral da Polícia Civil. Com o aumento da repressão a esse tipo de crime, os traficantes passaram a recorrer a roubo de veículos.

    A tendência de recrudescimento da violência criminal é preocupante, mas alguns dos fatores responsáveis por esse aumento são conhecidos. Um deles é a reincidência de criminosos que aguardam em liberdade o julgamento de seus processos ou foram beneficiados pelo regime da progressão da pena, obtendo indulto e liberdade condicional. Outro é a crescente participação de adolescentes em assaltos. Menores de idade e, portanto, inimputáveis, eles são usados como mão de obra preferencial pelo crime organizado.

    A reforma do Código Penal que vem sendo preparada pelo Senado era uma excelente oportunidade para resolver esses dois problemas. Mas o anteprojeto ficou tão ruim que 19 entidades da comunidade jurídica, lideradas pela OAB, pelo Instituto Brasileiro de Ciências Criminais e pelo Departamento de Direito Penal e Criminologia da Faculdade de Direito da USP, estão pedindo que a tramitação da reforma seja suspensa. E a falta de uma legislação moderna e eficaz prejudica o trabalho da polícia, afirmam as autoridades da área da segurança pública, que realizaram uma megaoperação policial em todo o Estado, no dia seguinte ao da divulgação do aumento nos índices de criminalidade, mobilizando 23 mil policiais militares, e trocaram o comando da Rota e de várias outras unidades da PM.

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  10. Os caras do lado de lá estão organizados. E os policiais? Nas delegacias – ou numa única delegacia – existe essa organização entre os policiais? E nos quartéis ou em um quartel?
    Se os policiais não se unirem e se organizarem vai ser difícil. Mas a arrogância deixa? A prepotência? A jactância?
    Antes de se organizar e se unir é preciso a humildade. Difícil, né?

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  11. QUE INVEJA, AQUI NO ESTADO DE SÃO PAULO OS PRESOS TEM O PODER PARALELO, MANDAM EXECUTAR POLICIAIS .

    02/10/2012 – 18h54
    Cartas de presos de NY revelam detalhes da vida na cela solitária
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    MOSI SECRET
    DO “NEW YORK TIMES”

    As cartas manuscritas chegaram às dezenas, vindas de homens que, em linguagem cheia de erros mas dolorosa, descreveram como era enlouquecer.

    “Sinto que estou começando a ter uns comportamentos de isquitzofrenia”, escreveu um homem. “Ouço vozes ecoando quando tento dormir.” Outro disse que sua mente “apodrece” com “pensamentos que são incomuns ou antinaturais, e você se pergunta de onde diabos eles vieram?”.

    Eles são detentos do sistema carcerário do Estado de Nova York, condenados por uma gama grande de crimes, incluindo tráfico de drogas e homicídio. Foram tirados da população carcerária geral e colocados em prisão solitária –ou, no jargão deles, na “caixa”–, onde viveram em celas minúsculas, do tamanho de um elevador, isolados de praticamente qualquer contato humano. Os motivos foram diversos: participação em brigas, fumar, usar drogas. Em muitos casos, porém, detentos são isolados por crimes mais graves, como apunhalar outros detentos, atacar carcereiros ou fazer tentativas de fuga.

    Tendo ficado prisioneiros de sua própria imaginação por semanas, meses ou, em alguns casos, anos a fio, os homens –muitos dos quais já sofriam de doenças mentais– colocaram sua paranoia, raiva, ansiedade e esperanças no papel, com descrições em alguns casos literárias e em outros, quase indecifráveis. Mais que qualquer outra coisa, os textos transmitem uma consciência tenebrosa de que suas identidades estavam se fragmentando –um sentimento tão desconcertante para alguns que os levou a tentar pôr fim a suas próprias vidas.

    O cabedal de cartas escritas por mais de cem detentos à União de Liberdades Civis de Nova York (NYCLU), que se correspondia com os homens para reforçar suas tentativas de combater a prática da detenção solitária, traz novos insights sobre um mundo fechado e que geralmente só é visto por uma pessoa de cada vez.

    As cartas podem acrescentar novos elementos no debate nacional sobre se manter detentos em isolamento extremo é ou não castigo cruel e incomum. Recentemente muitos Estados americanos vêm abandonando a prática, que foi tema de audiências federais no verão deste ano mas ainda é largamente aplicada no Estado de Nova York.

    Em qualquer dia dado, quase 4.500 detentos no Estado estão em detenção segregada, cerca de metade deles em detenção solitária e metade em celas com outro detento. A informação é da NYCLU, que planejava publicar na terça-feira um relatório de 72 páginas sobre suas conclusões. Uma cópia do relatório foi entregue ao “New York Times” com antecedência.

    O grupo de defesa das liberdades civis descreveu os dois tipos de encarceramento como “arbitrários, inumanos e inseguros”, argumentando que as autoridades carcerárias têm poder discricionário excessivo para enviar detentos a celas segregadas por períodos longos, mesmo por infrações menores.

    O relatório não pede a abolição da detenção solitária, mas recomenda que o departamento correcional estadual adote normas mais restritivas que reservem o isolamento para castigar detentos pelos delitos mais violentos e que o Estado faça um censo de suas celas para averiguar quais detentos realmente merecem estar nelas.

    Um porta-voz do departamento correcional, Peter K. Cutler, limitou as declarações que deu numa entrevista na segunda-feira, porque o relatório ainda não tinha sido divulgado. “A segregação disciplinar é algo que levamos muito a sério no sistema carcerário”, disse Cutler. De acordo com ele, os fatores pelos quais o departamento pauta sua ação são o comportamento do detento e a segurança das prisões. “Há um processo. Isso não é feito de modo unilateral.”

    “Os detentos têm direitos e nunca devem ser sujeitados a violência”, falou em comunicado à imprensa Donn Rowe, presidente da Associação Benevolente de Carcereiros e Policiais do Estado de Nova York. “Mas suas queixas anônimas também devem ser recebidas com uma dose apropriada de ceticismo, e é preciso lembrar ao público que o sistema carcerário de Nova York abriga alguns dos indivíduos mais violentos e problemáticos do país.”

    Nas cartas, os detentos –cujos nomes reais não foram divulgados pela NYCLU porque, segundo a organização, eles poderiam ser alvos de represálias por parte das autoridades carcerárias– aceitaram a responsabilidade pelos crimes que cometeram fora da prisão, mas questionaram se seu comportamento dentro da prisão justificava o tratamento recebido. Eles criticaram autoridades de saúde mental, enfermeiros e carcereiros que, segundo eles, ignoram suas queixas.

    “Por favor, alguém me ajude”, escreveu um homem que, meses depois, tentaria o suicídio. “Preciso de AJUDA!”

    Os detentos começaram a cumprir suas penas entre a população carcerária geral em prisões espalhadas pelo Estado. Foram transferidos para celas segregadas depois de infringir as regras. Eles foram acusados de brigar, fumar cigarros e apresentar resultados positivos em exames de drogas, entre outros comportamentos. Um deles disse que foi autuado por “olhar inapropriadamente e perseguir”, depois de olhar para o traseiro de uma carcereira quando ela se abaixou para pegar suas chaves.

    A maioria dos homens acabou ficando em um dos dois presídios estaduais dedicados exclusivamente a celas de isolamento, o Upstate Correctional Facility, na cidade de Malone, perto da fronteira canadense, e a Southport Correctional Facility, em Pine City. A monotonia era a regra durante 23 horas por dia. Eles recebiam suas refeições através de fendas nas portas. Durante uma hora por dia podiam exercitar-se numa pequena jaula metálica conhecida como “o canil”.

    Os homens “pescavam”, ou seja, passavam bilhetes, livros e revistas um para o outro, usando folhas rasgadas com tubos de pasta de dente em cima para dar peso. Mas passavam a maior parte do tempo olhando as paredes.

    “A água da pia tem cor leitosa”, escreveu um detento. “Não é branca, mas não é transparente. Nosso chuveiro é muito quente e continua a pingar mesmo depois de o desligarmos –pinga sem parar. Devido à umidade do chuveiro e da pia, estamos começando a notar mosquitos, também conhecidos como ‘moscas-das-frutas’. As paredes são marcadas com símbolos de gangues, desenhos demoníacos, muco, fezes e ferrugem. Não somos autorizados a desinfetar nossas celas. Há pasta de dentes endurecida sobre minhas lâmpadas, paredes, cama, o teto, as portas e as aberturas para entrar ar. No meu chuveiro há vários adesivos, mofo, resíduo de sabonete e o que parecem ser gotinhas de sangue ressecado.”

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