Para disfarçar, maconha vira morango nos relatos da facção
DE SÃO PAULO
DO “AGORA”
Pera, figo e morango são frutas, certo?
Não para o PCC. Para tentar enganar as autoridades, os criminosos usam os nomes dessas frutas para denominar as drogas que vende em suas bocas de fumo.
Maconha vira morango, pedra (de crack) é pera e farinha (gíria para cocaína), figo.
A cebola é um falso nome para mensalidade. Tem essa denominação porque a pessoa “chora” para pagar.
Em parte dos 400 documentos a que a Folha teve acesso, estão ainda outros nomes que são usados como forma de disfarce.
Os bandidos chamam os advogados de gravatas, os veículos são os pés de borracha, o dinheiro é arame, as armas são ferramentas, os recados repassados a outros comparsas são as pipas, as informações enviadas a toda a facção ou a grupos específicos são os salves, os imóveis do bando chamam-se tijolos.
As funções ocupadas por membros do grupo criminoso também têm apelidos. O vapor é quem vende a droga. O campana é o olheiro da boca-de-fumo. O toca é aquele que esconde a droga em sua casa. Além disso, tem o sintonia (uma espécie de chefe e contato de determinado setor da facção) e os torres (os que mandam em presídios ou em alas de penitenciárias).
(RP, AB E JJ)
Saiba mais
Documentos já apontaram ações em outros países
DE SÃO PAULO
Desde a década passada policiais têm apreendido documentos contábeis do PCC. Até o momento, contudo, nenhum dos arquivos retidos continha detalhes como os dos obtidos pela Folha.
Com base em documentações anteriores, policiais concluíram que a facção criminosa estabelece contatos com traficantes no Paraguai e na Bolívia e já fez parcerias com o grupo criminoso Comando Vermelho, do Rio.
Esses documentos mostraram também a compra de fuzis e que a facção usa contas bancárias de “laranjas” para movimentar dinheiro.
O PCC foi criado em 31 de agosto 1993 por oito criminosos que estavam presos na Casa de Custódia de Taubaté (a 130 km de São Paulo). Entre 1998 e 2001, algumas das lideranças foram transferidas para presídios do Paraná, do Mato Grosso do Sul, do Distrito Federal e do Rio de Janeiro.
Em maio de 2006, depois do isolamento de 755 presos da facção da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, o PCC fez uma megarrebelião, atingindo 74 dos 144 presídios de São Paulo, e atacando forças de segurança. Na ocasião, 47 assassinatos foram atribuídos ao grupo criminoso.
deixa os caras venderem sua droga. não querem discriminalizar as drogas? pra se preocupar com a venda. traficar não da cadeia, pra que então esquentar a cabeça.
CurtirCurtir
Ué, eles tem acesso a 400 documentos e divulgam uns picados e escrevem textos toscos? Divulguem TODOS os 400 documentos para a população ler!
CurtirCurtir
01/10/2012 – Estadão – Notas e Informações – O balanço da violência
Depois de ter caído nos últimos anos, a violência criminal voltou a crescer no Estado de São Paulo. Segundo as últimas estatísticas da Secretaria da Segurança Pública, em agosto de 2012 os homicídios dolosos (em que há intenção de matar) aumentaram 8,6%, com relação ao mesmo período em 2011. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Na capital, o crescimento acumulado do número de homicídios dolosos nos oito primeiros meses do ano foi de 15,2%. Nos 93 Distritos Policiais da cidade, somente 2 – o da Liberdade, na região central, e o de Monções, na zona sul – não registram homicídios, entre janeiro e agosto deste ano. Com 35 assassinatos em oito meses, o Parque Santo Antônio, na zona sul, foi o bairro mais violento da capital.
Até o mês passado, a Secretaria da Segurança Pública contabilizou 3.109 vítimas em todo o Estado, em 2012. Quase todos os demais indicadores também registraram aumento da criminalidade. Apesar de ter caído na capital, o número de latrocínios (roubo seguido de morte) cresceu 71,4% no Estado. Os crimes de estupro aumentaram 31%. Nos oito primeiro meses de 2012, foram roubados 58.948 automóveis – um número 15,3% superior do que o verificado no mesmo período no ano passado. Já a apreensão de entorpecentes aumentou 15,37%. Entre janeiro e agosto deste ano, foram realizadas 27.648 ocorrências.
Dos 17 tipos de crime cujas estatísticas são divulgadas com regularidade pela Secretaria da Segurança Pública, só 3 registraram queda significativa no Estado. Os homicídios culposos (em que não há intenção de matar) caíram 7,1%. As mortes culposas decorrentes de acidentes de trânsito despencaram 37,5%. E os roubos a banco diminuíram 52%. Por causa da melhor qualidade das câmeras de segurança e da preferência da população de pagar contas com cartão de crédito, este foi o crime patrimonial que mais diminuiu. “As câmeras mostram até a cicatriz do ladrão. Antes, não permitiam identificar ninguém. O roubo a banco envolve um risco imenso, para resultados modestos”, afirma o delegado-geral da Polícia Civil, Marcos Carneiro Lima.
As estatísticas sobre violência criminal, cuja divulgação periódica se tornou obrigatória há quase duas décadas, são um instrumento fundamental para se avaliar a trajetória da criminalidade no Estado. Com base nos números coletados pelos boletins de ocorrência, as Polícias Civil e Militar (PM) passaram a planejar melhor suas atividades. Mas, apesar do aumento da eficiência policial, os bandidos – sobretudo os do crime organizado – são criativos. Para financiar a compra de drogas, por exemplo, o narcotráfico antes assaltava bancos, lembra o delegado-geral da Polícia Civil. Com o aumento da repressão a esse tipo de crime, os traficantes passaram a recorrer a roubo de veículos.
A tendência de recrudescimento da violência criminal é preocupante, mas alguns dos fatores responsáveis por esse aumento são conhecidos. Um deles é a reincidência de criminosos que aguardam em liberdade o julgamento de seus processos ou foram beneficiados pelo regime da progressão da pena, obtendo indulto e liberdade condicional. Outro é a crescente participação de adolescentes em assaltos. Menores de idade e, portanto, inimputáveis, eles são usados como mão de obra preferencial pelo crime organizado.
A reforma do Código Penal que vem sendo preparada pelo Senado era uma excelente oportunidade para resolver esses dois problemas. Mas o anteprojeto ficou tão ruim que 19 entidades da comunidade jurídica, lideradas pela OAB, pelo Instituto Brasileiro de Ciências Criminais e pelo Departamento de Direito Penal e Criminologia da Faculdade de Direito da USP, estão pedindo que a tramitação da reforma seja suspensa. E a falta de uma legislação moderna e eficaz prejudica o trabalho da polícia, afirmam as autoridades da área da segurança pública, que realizaram uma megaoperação policial em todo o Estado, no dia seguinte ao da divulgação do aumento nos índices de criminalidade, mobilizando 23 mil policiais militares, e trocaram o comando da Rota e de várias outras unidades da PM.
CurtirCurtir
01/10/2012 19h08 – Atualizado em 01/10/2012 20h18
Professora é baleada em frente a escola na Zona Oeste de SP
Crime aconteceu nesta segunda-feira (1º) no Rio Pequeno.
Segundo a polícia, ela sofreu uma tentativa de assalto.
Do G1 SP
1 comentário
Uma professora foi baleada em frente a uma escola na Zona Oeste de São Paulo no fim da tarde desta segunda-feira (1°). Segundo a Polícia Militar, a vítima sofreu uma tentativa de assalto.
O crime aconteceu na Rua Joaquina da Lapa, no bairro do Rio Pequeno, por volta das 18h30. De acordo com a PM, três criminosos, todos adolescentes, participaram da ação e conseguiram levar o carro da professora. Eles foram detidos pouco depois.
A vítima foi encaminhada para o Pronto-Socorro Sara. Ela foi atingida por um tiro no ombro e precisou ser internada, mas passa bem.
O carro da professora foi recuperado. A polícia apreendeu também a arma utilizada pelos criminosos durante o assalto, um revólver calibre 32. Os suspeitos foram levados para o 89° Distrito Policial, no Portal do Morumbi, onde o caso será registrado. De acordo com a PM, todos possuíam passagem pela Fundação Casa.
NEM A POBRE EDUCADORA TEM SEGURANÇA PARA VOLTAR PARA CASA! ESSE É O ESTADO DE SÃO PAULO QUE GERALDO ALCKIMIM É GOVERNADOR E PERTENCE AO PSDB !
CurtirCurtir
PRECISAMOS DE UM ÚNICO DOCUMENTO PARA COMPROVAR A FALÊNCIA DA SEGURANÇA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO … NOSSOS HOLLERITHS!!!
CurtirCurtir
TUDO ISSO É A AUSÊNCIA DO ESTADO, NA VERDADE, OS POLICIAIS REPRESENTAM O ESTADO, MAS A BEM DA VERDADE, O ESTADO ABANDONOU OS POLICIAIS Á MUITOS ANOS, SÓ PODIA DAR NISSO !
COMO PODE ALGUÉM ACREDITAR, SOMENTE UM TOLO ACREDITA QUE O SERVIDOR PÚBLICO, SEJA ELE DE QUALQUER ÁREA, É APENAS UM SERVIDOR E NADA MAIS, ANTES DE TUDO ELE É UM HOMEM OU UMA MULHER COM ASPIRAÇÕES DE PROSPERAR FINANCEIRAMENTE E PROFISSIONALMENTE, SÃO TODOS PASSIVOS DE ERROS, É NORMAL QUE ALGUNS TEM MAIORES OU MENORES GANÂNCIAS, MAS TODOS TEM, MESMO QUE NÃO FAÇA OU PARTICIPE DE COISAS ILÍCITAS, MAS NO FUNDO TEM DESEJOS DE PROSPERAREM DE ALGUMA MANEIRA, É AI QUE MUITOS SE LANÇAM, POR TOTAL DESESPERO DE VER OS ANOS PASSAREM E NÃO HÁ O MÍNIMO PROGRESSO FINANCEIRO E PROFISSIONAL, ENTÃO O SUJEITO ACABA CEDENDO AS TENTAÇÕES DAS POSSIBILIDADES QUE SÃO LHE APRESENTADAS NO DIA A DIA E, POR FIM, MUITOS PARTEM PARA O MUNDO DO CRIME, COM CERTEZA NOSSOS POLÍTICOS SÃO OS PÉSSIMOS EXEMPLOS E GRANDES RESPONSÁVEIS PELA MAZELA NAS POLÍCIAS, NÃO É RARO VERMOS NA TV SENADORES, DEPUTADOS, GOVERNADORES, PREFEITOS, VEREADORES, SECRETÁRIOS ETC SENDO EXONERADOS E CASSADOS POLITICAMENTE EM RAZÃO DE INÚMERAS FALCATRUAS, SAQUEIAM OS COFRES PÚBLICOS E UTILIZAM OS CARGOS PARA AS MAIS DIVERSAS MODALIDADES DE CORRUPÇÃO.
O QUE A SOCIEDADE DEVE FAZER É EXIGIR QUE OS GOVERNADORES E A PRESIDENTE DA REPÚBLICA ELABOREM UM PLANO DE SEGURANÇA PÚBLICA ONDE INCLUAM OS POLICIAIS NA CATEGORIA DE SERVIÇOS ALTAMENTE ESSENCIAIS E DE GRANDE RISCO E PAGUEM A ELES SALÁRIOS DIGNOS; QUE FAÇAM UM PLANO DE CARREIRA ONDE TODOS POLICIAIS TENHAM A CERTEZA QUE PRESTAR SERVIÇOS DE ALTO RISCO AINDA É GRATIFICANTE E VALE A PENA FINANCEIRAMENTE, COM A CERTEZA DE UMA APOSENTADORIA GARANTIDORA DE UMA VELHICE DIGNA E TRANQUILA, POIS SOMENTE SER UM BONECO COM UMA ARMA NA CINTURA NÃO É O SUFICIENTE PARA OS HOMENS E AS MULHERES PRESTAREM SERVIÇOS DE BOA QUALIDADE E SE AFASTAREM DA LINHA QUE DIVIDE A POLÍCIA HONESTA E A CRIMINALIDADE. É UM ERRO GRAVE DO PODER EXECUTIVO COM TOTAL CONIVÊNCIA DO PODER LEGISLATIVO TRATAR OS POLICIAIS TÃO INDIGNAMENTE COM SALÁRIOS INCOMPATÍVEIS COM A PROFISSÃO. REPITO, O POVO TEM QUE EXIGIR DOS NOSSOS GOVERNANTES MEDIDAS CONCRETAS PARA QUE POSSAMOS TER A POLÍCIA CONFIÁVEL QUE TODOS NÓS QUEREMOS E SONHAMOS.
ABRO UMA PARENTESES PARA EXPLICAR UMA BRUTALIDADE QUE COMETE NOSSOS GOVERNANTES CONTRA OS POLICIAIS ( todos policiais são submetidos a exames psicológicos na fase de admissão, todos psicólogos examinadores sabem muito bem o potencial que o policial possui em reagir nos casos de extremas necessidades de matar ou morrer, portanto, o policial possui as mesmas características dos criminosos no quesito coragem de matar ou morrer, porque não roubar ou traficar também? tem coragem para isso também; A diferença é que o policial tem formação moral e a maioria não se rende ás tentações do dinheiro fácil, mas tem muitos que não conseguem ver seus familiares passando por dificuldades financeiras e ai é o perigo, muitos fazem a jornada dupla, ou seja, muitos prestam os serviços para a polícia e para a criminalidade e acaba jogando contra a sociedade . Infelizmente o Brasil é carente de Governantes e legisladores sensatos ).
NÃO CREIO QUE A POLÍCIA PAULISTA SEJA CORRUPTA GENERALIZADAMENTE, MAS EXISTE SIM OS CORRUPTOS, ISSO NÃO É PRIVILÉGIO DO ESTADO DE SÃO PAULO E SIM DE TODOS ESTADOS DA FEDERAÇÃO !
CurtirCurtir
QUE INVEJA, AQUI NO ESTADO DE SÃO PAULO OS PRESOS TEM O PODER PARALELO, MANDAM EXECUTAR POLICIAIS .
02/10/2012 – 18h54
Cartas de presos de NY revelam detalhes da vida na cela solitária
PUBLICIDADE
MOSI SECRET
DO “NEW YORK TIMES”
As cartas manuscritas chegaram às dezenas, vindas de homens que, em linguagem cheia de erros mas dolorosa, descreveram como era enlouquecer.
“Sinto que estou começando a ter uns comportamentos de isquitzofrenia”, escreveu um homem. “Ouço vozes ecoando quando tento dormir.” Outro disse que sua mente “apodrece” com “pensamentos que são incomuns ou antinaturais, e você se pergunta de onde diabos eles vieram?”.
Eles são detentos do sistema carcerário do Estado de Nova York, condenados por uma gama grande de crimes, incluindo tráfico de drogas e homicídio. Foram tirados da população carcerária geral e colocados em prisão solitária –ou, no jargão deles, na “caixa”–, onde viveram em celas minúsculas, do tamanho de um elevador, isolados de praticamente qualquer contato humano. Os motivos foram diversos: participação em brigas, fumar, usar drogas. Em muitos casos, porém, detentos são isolados por crimes mais graves, como apunhalar outros detentos, atacar carcereiros ou fazer tentativas de fuga.
Tendo ficado prisioneiros de sua própria imaginação por semanas, meses ou, em alguns casos, anos a fio, os homens –muitos dos quais já sofriam de doenças mentais– colocaram sua paranoia, raiva, ansiedade e esperanças no papel, com descrições em alguns casos literárias e em outros, quase indecifráveis. Mais que qualquer outra coisa, os textos transmitem uma consciência tenebrosa de que suas identidades estavam se fragmentando –um sentimento tão desconcertante para alguns que os levou a tentar pôr fim a suas próprias vidas.
O cabedal de cartas escritas por mais de cem detentos à União de Liberdades Civis de Nova York (NYCLU), que se correspondia com os homens para reforçar suas tentativas de combater a prática da detenção solitária, traz novos insights sobre um mundo fechado e que geralmente só é visto por uma pessoa de cada vez.
As cartas podem acrescentar novos elementos no debate nacional sobre se manter detentos em isolamento extremo é ou não castigo cruel e incomum. Recentemente muitos Estados americanos vêm abandonando a prática, que foi tema de audiências federais no verão deste ano mas ainda é largamente aplicada no Estado de Nova York.
Em qualquer dia dado, quase 4.500 detentos no Estado estão em detenção segregada, cerca de metade deles em detenção solitária e metade em celas com outro detento. A informação é da NYCLU, que planejava publicar na terça-feira um relatório de 72 páginas sobre suas conclusões. Uma cópia do relatório foi entregue ao “New York Times” com antecedência.
O grupo de defesa das liberdades civis descreveu os dois tipos de encarceramento como “arbitrários, inumanos e inseguros”, argumentando que as autoridades carcerárias têm poder discricionário excessivo para enviar detentos a celas segregadas por períodos longos, mesmo por infrações menores.
O relatório não pede a abolição da detenção solitária, mas recomenda que o departamento correcional estadual adote normas mais restritivas que reservem o isolamento para castigar detentos pelos delitos mais violentos e que o Estado faça um censo de suas celas para averiguar quais detentos realmente merecem estar nelas.
Um porta-voz do departamento correcional, Peter K. Cutler, limitou as declarações que deu numa entrevista na segunda-feira, porque o relatório ainda não tinha sido divulgado. “A segregação disciplinar é algo que levamos muito a sério no sistema carcerário”, disse Cutler. De acordo com ele, os fatores pelos quais o departamento pauta sua ação são o comportamento do detento e a segurança das prisões. “Há um processo. Isso não é feito de modo unilateral.”
“Os detentos têm direitos e nunca devem ser sujeitados a violência”, falou em comunicado à imprensa Donn Rowe, presidente da Associação Benevolente de Carcereiros e Policiais do Estado de Nova York. “Mas suas queixas anônimas também devem ser recebidas com uma dose apropriada de ceticismo, e é preciso lembrar ao público que o sistema carcerário de Nova York abriga alguns dos indivíduos mais violentos e problemáticos do país.”
Nas cartas, os detentos –cujos nomes reais não foram divulgados pela NYCLU porque, segundo a organização, eles poderiam ser alvos de represálias por parte das autoridades carcerárias– aceitaram a responsabilidade pelos crimes que cometeram fora da prisão, mas questionaram se seu comportamento dentro da prisão justificava o tratamento recebido. Eles criticaram autoridades de saúde mental, enfermeiros e carcereiros que, segundo eles, ignoram suas queixas.
“Por favor, alguém me ajude”, escreveu um homem que, meses depois, tentaria o suicídio. “Preciso de AJUDA!”
Os detentos começaram a cumprir suas penas entre a população carcerária geral em prisões espalhadas pelo Estado. Foram transferidos para celas segregadas depois de infringir as regras. Eles foram acusados de brigar, fumar cigarros e apresentar resultados positivos em exames de drogas, entre outros comportamentos. Um deles disse que foi autuado por “olhar inapropriadamente e perseguir”, depois de olhar para o traseiro de uma carcereira quando ela se abaixou para pegar suas chaves.
A maioria dos homens acabou ficando em um dos dois presídios estaduais dedicados exclusivamente a celas de isolamento, o Upstate Correctional Facility, na cidade de Malone, perto da fronteira canadense, e a Southport Correctional Facility, em Pine City. A monotonia era a regra durante 23 horas por dia. Eles recebiam suas refeições através de fendas nas portas. Durante uma hora por dia podiam exercitar-se numa pequena jaula metálica conhecida como “o canil”.
Os homens “pescavam”, ou seja, passavam bilhetes, livros e revistas um para o outro, usando folhas rasgadas com tubos de pasta de dente em cima para dar peso. Mas passavam a maior parte do tempo olhando as paredes.
“A água da pia tem cor leitosa”, escreveu um detento. “Não é branca, mas não é transparente. Nosso chuveiro é muito quente e continua a pingar mesmo depois de o desligarmos –pinga sem parar. Devido à umidade do chuveiro e da pia, estamos começando a notar mosquitos, também conhecidos como ‘moscas-das-frutas’. As paredes são marcadas com símbolos de gangues, desenhos demoníacos, muco, fezes e ferrugem. Não somos autorizados a desinfetar nossas celas. Há pasta de dentes endurecida sobre minhas lâmpadas, paredes, cama, o teto, as portas e as aberturas para entrar ar. No meu chuveiro há vários adesivos, mofo, resíduo de sabonete e o que parecem ser gotinhas de sangue ressecado.”
CurtirCurtir