Cidade pobre, políticos ricos – O Márcio França , prefeito de São Vicente nos anos 1997 a 2004 , em 2020 , em vez de se candidatar a prefeito da Capital, deveria ser candidato a prefeito de São Vicente…Abra o olho, Paulistano!   36

Assim , quem sabe, possa consertar os erros pessoais, a inépcia , a improbidade  e as “cagadas” dos seus prepostos! 
Com efeito, como alguém pode ter a pretensão de ser governador do estado, agora candidato a prefeito de uma das maiores cidades do planeta, tendo , em sua cidade , criado um sistema político nefasto que , depois de alguns anos de falsas expectativas , fez com que a cidade regredisse 30 anos . 
A cidade é pobre, feia e tão atrasada que não possui uma só livraria ou cinema exibindo filmes na língua original ( o povo não sabe ler as legendas ), mas em contrapartida seus políticos e homens de confiança – gente de origem pobre, inclusive –  são todos muito bem sucedidos:
“Porque eu só moro em cobertura
Eu só ando em limusine
Um milhão no porta mala
Cinco mina de biquíni
Eu sou o Sheik, Sheik, Sheik
Vou te comprar pro meu harém, ah yeah”

Reduto natal do Márcio França – A inépcia e improbidade dos políticos de São Vicente trouxeram o caos para os munícipes e moradores das cidades circunvizinhas vizinhas 2

Ponte dos Barreiros, em São Vicente, é fechada para o tráfego de veículos

Estrutura passa por teste de cargas até às 16h e, a partir daí, seguirá bloqueada para o tráfego de veículos automotores

De A Tribuna On-line

Ponte dos Barreiros, em São Vicente, foi interditada por decisão da Justiça

Os trabalhos começaram por volta das 10h40. Cinco caminhões carregados com 24 toneladas de areia cada (carga máxima suportada, de acordo com laudo do IPT) vão trafegar pela ponte para verificar os impactos na estrutura. pedestres e ciclistas terão de aguardar até o fim dos testes.

A administração municipal afirmou que a interdição seguirá até que o novo laudo técnico sobre a estrutura da ponte seja entregue para conhecimento do magistrado.

Cinco caminhões carregados com 24 toneladas de carga cada vão trafegar pela ponte para verificar os impactos na estrutura
Caminhões carregados com 24 toneladas passarão pela ponte para testar os impactos na estrutura (Foto: Alexsander Ferraz/AT)

A decisão da Justiça se deu a partir de laudo técnico apresentado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), que apontou situação crítica da parte estrutural da ponte, com foco principalmente nas estacas e possibilidade de colapso total da estrutura.

De acordo com o juiz Fábio Francisco Taborda, diante dessa avaliação, a interdição é importante para garantir a segurança dos motoristas que utilizam a Ponte dos Barreiros. Ainda segundo a Justiça, a liberação para o tráfego de veículos, com ou sem restrições, somente será analisada após a conclusão do estudo iniciado pelo IPT.

O laudo do IPT aponta para um elevado grau de risco de colapso parcial ou até total da estrutura se o peso sobre a ponte for considerado excessivo em um teste de carga. A prefeitura informou que a prova de cargas a ser realizado no sábado será dentro da capacidade estabelecida.

Cinco caminhões carregados com 24 toneladas de areia cada vão trafegar pela ponte para verificar os impactos na estruturaCaminhões carregados de areia são usados para testes de carga (Foto: Alexsander Ferraz/AT)

Ônibus intermunicipais

Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU-SP) anunciou mudanças no trajeto de ônibus intermunicipais devido à interdição da ponte.

Para manter o atendimento aos usuários da Área Continental de São Vicente, as linhas, que contam com 83 ônibus, foram modificadas. De acordo com a EMTU, a estimativa é que o tempo de viagem aumente, em média, de 50 a 70 minutos em cada sentido. Por isso, a empresa recomenda que os passageiros se planejem com bastante antecedência. Mesmo com a alteração da rota, todos os pontos de parada continuarão a ser atendidos durante o percurso.

Jogo de empurra-empurra

Os episódios recentes que envolvem a Ponte dos Barreiros são vistos com grande preocupação, também, pelo Legislativo da cidade. O vereador Gil do Conselho (PSDB) mostrou indignação no que diz respeito ao ‘jogo de empurra-empurra’ entre prefeitura e estado sobre a responsabilidade para obras e reformas estruturais na ponte.

“Não precisamos mais de culpados, desse jogo de empurra-empurra do estado e da prefeitura. O dever agora é do estado, é do município, é de todos nós. Isso precisa ser resolvido. Os moradores da Área Continental querem respostas”, afirmou em entrevista à Rádio Nova FM.

“A preocupação como vereador, e também como morador, é qual ação será tomada agora. Falava disso desde maio, de como seria feito o processo de recuperação da estrutura da ponte. Temos que unir forças da região metropolitana. Imagine o caos que se irá se instalar, o reflexo que terá para as cidades de Praia Grande, Mongaguá e demais municípios do Litoral Sul”, completou o parlamentar.

Respostas

O Governo de São Paulo, por meio da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU-SP), afirmou, em nota, que contratou os serviços do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) para avaliação técnica das condições estruturais, funcionais e a durabilidade da Ponte dos Barreiros. O laudo, divulgado na quarta-feira, resultou na interdição total do tráfego de veículos na ponte.

O estado reitera que “é de responsabilidade do município a administração e recuperação rodoviária e estrutural da Ponte dos Barreiros. Cabe exclusivamente à prefeitura a adoção de medidas de restrição de tráfego ou interdição do local. A gestão estadual está à disposição do município para prestar apoio no que for necessário. É importante esclarecer que o estado é responsável exclusivamente pela parte férrea e atualmente não utilizada, que fica paralela à ponte rodoviária, para futura implantação do terceiro trecho do VLT”.

Por sua vez, a Prefeitura de São Vicente, também em nota, disse que “o Instituto de Pesquisas Tecnológicas [IPT] não fez laudo sugerindo a interdição da Ponte A Tribuna, popularmente chamada Ponte dos Barreiros, que é de responsabilidade do estado. A informação foi confirmada nesta quarta-feira [27], à Prefeitura de São Vicente, por representantes da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo [EMTU]”.

Ponte Jornal A Tribuna, a Ponte dos Barreiros, em São Vicente (Foto: Carlos Nogueira/AT
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O Márcio França , prefeito de São Vicente nos anos 1997 a 2004 , em 2020 , em vez de se candidatar a prefeito da Capital deveria ser candidato a prefeito de São Vicente. 
Assim , quem sabe pudesse consertar os erros pessoais, a inépcia , a improbidade  e as “cagadas” dos seus prepostos! 

Sequestro e execução do adolescente Lucas – Segundo doutrina da ala facínora da PM executar crianças e adolescentes é mera prevenção criminal; na cabeça dessa gente salvaram muitas “vidas inocentes” 3

Laudo confirma que corpo encontrado em lago é de jovem desaparecido no ABC paulista

Causa da morte de Lucas Eduardo Martins dos Santos, 14 anos, ainda não foi confirmada; dois PMs estão afastados

São Paulo

Um exame de DNA confirmou nesta quinta-feira (28) que o corpo encontrado no início da manhã do último dia 15, em um lago no Parque Natural Municipal de Pedroso, em Santo André (ABC), é de Lucas Eduardo Martins dos Santos, de 14 anos.

O jovem desapareceu por volta da 0h10 do dia 13, quando saiu para comprar um refrigerante, também em Santo André. Parentes do garoto acusam policiais militares pelo sumiço. A PM afastou dois agentes preventivamente enquanto o caso é investigado.

Familiares de Lucas Eduardo Martins dos Santos, de 14 anos, acusam policiais militares de terem desaparecido com o jovem, por volta da 0h10 de quarta-feira (13) em Santo André (ABC). A PM afastou dois agentes preventivamente enquanto o caso é apurado. – Arquivo Pessoal

A reportagem apurou que a causa da morte do garoto ainda não foi confirmada oficialmente pelo IML (Instituto Médico Legal). Porém, segundo policial envolvido nas investigações, a suspeita é a de que o menino tenha sido afogado.

O ouvidor das polícias, Benedito Mariano, afirmou que, com a confirmação de que o corpo encontrado é de Lucas, as investigações devem se concentrar sobre a forma como o jovem foi raptado e em seguida morto. “Estamos aguardando mais um laudo de sangue encontrado em uma viatura [da PM]. A corregedoria da PM avocou o caso a pedido da Ouvidoria e temos confiança na apuração do órgão corregedor da PM que investiga indícios de participação de policiais militares na morte do garoto Lucas”, afirmou.

O corpo de Lucas foi encontrado somente de cueca, boiando de barriga para baixo, às margens do lago. Um policial afirmou na ocasião, em condição de anonimato, que o cadáver não apresentava sinais de violência.

Para a realização do exame, foram coletadas amostras de DNA do pai e de um dos irmãos de Lucas para serem confrontadas com o material genético do corpo encontrado no lago.

Agora apurou que a Polícia Científica coletou sangue humano dentro de uma viatura da PM, no dia em que Lucas desapareceu. O material foi encaminhado para ser também confrontado com as amostras de DNA coletadas dos parentes do jovem desaparecido. As análises ainda não foram concluídas.

A viatura passou por perícia após parentes de Lucas reconhecerem um policial que supostamente estaria envolvido no desaparecimento do jovem.

Resposta

À época do crime, a PM instaurou um procedimento para apurar o caso e, preventivamente, afastou do serviço operacional dois agentes que foram apontados por testemunhas como supostos participantes da abordagem ao garoto.

Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), sob gestão João Doria (PSDB), “todas as circunstâncias relativas aos fatos seguem em apuração pela Polícia Civil, assim como o IPM (Inquérito Policial Militar) instaurado pela Polícia Militar”.

Mais uma vez Bolsonaro emprega mentiras para fugir da responsabilidade pelo pessoal incentivo à grilagem , desmatamento e queimadas na Amazônia 1

Bolsonaro associa Leonardo DiCaprio a incêndios na Amazônia

Relação foi feita em comentário sobre queimadas em Alter do Chão. Presidente apontou ONG como responsável pelas chamas, contrariando o entendimento do MPF

Bolsonaro associa Leonardo DiCaprio a incêndios na Amazônia
Segundo o MPF, não há indícios de participação de brigadistas ou da sociedade civil nas queimadas (Foto: Facebook/Jair Messias Bolsonaro)
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) relacionou o ator de Hollywood Leonardo DiCaprio aos incêndios em Alter do Chão, em Santarém (PA), conhecido como “Caribe Amazônico”.

A declaração foi dada durante sua transmissão semanal pelas redes sociais, feita na última quinta-feira, 28, quando o presidente comentou o caso dos brigadistas da Brigada de Incêndio Florestal de Alter do Chão, da ONG paraense Instituto Aquífero Alter do Chão, – que estavam detidos até a última quinta-feira, 28, investigados pela Polícia Civil por suspeita de envolvimento nas queimadas.

Durante a transmissão, Bolsonaro citou uma doação de R$ 70 mil à ONG paraense. Essa doação foi feita organização WWF-Brasil, que afirmou, através de um comunicado, que o valor seria para compra de equipamentos para o combate a incêndios, algo que estava previsto em contrato.

“Uma ONG contratou, pagou R$ 70 mil por uma fotografia de queimada. Então, o pessoal ali da ONG, o que eles fizeram? O que é mais fácil? Toca fogo no mato. Tira foto, filma, manda para a ONG, a ONG divulga aquilo, faz uma campanha contra o Brasil, entra em contato com o Leonardo DiCaprio e o Leonardo DiCaprio doa US$ 500 mil para essa ONG. Uma parte foi para o pessoal que estava tocando fogo. Leonardo DiCaprio, você está colaborando com as queimadas na Amazônia”, disse Bolsonaro durante a transmissão.

O ator Leonardo DiCaprio, conhecido por filmes como Titanic e O Regresso, é um grande ativista pelo meio ambiente, e faz doações recorrentes pela preservação do ecossistema em diferentes partes do mundo. No último mês de agosto, ele se manifestou, pelas redes sociais, sobre os incêndios na Amazônia. Boa parte do conteúdo compartilhado em suas mídias é voltada para a preservação do meio ambiente.

Ao citar DiCaprio, Bolsonaro afirmou que uma parte da suposta doação de US$ 500 mil foi repassada para a Brigada de Incêndio Florestal de Alter do Chão, que, segundo ele, seria a responsável pelas queimadas. No entanto, a WWF-Brasil, responsável pela doação de R$ 70 mil à ONG – prevista em um acordo assinado no último mês de outubro -, negou que tenha recebido dinheiro do ator.

“Importante salientar que o WWF-Brasil não adquiriu nenhuma foto ou imagem da Brigada, nem recebeu doação do ator Leonardo DiCaprio. Tais informações que estão circulando são inverídicas”, afirmou em um comunicado divulgado na última terça-feira, 26.

Em outra nota, a WWF-Brasil voltou a falar sobre as acusações que seus parceiros estão sofrendo. No comunicado, a organização voltou a negar ter comprado uma foto vinculada a uma doação feita por DiCaprio, conforme afirmou Bolsonaro.

“O WWF-Brasil repudia os ataques a seus parceiros e as mentiras envolvendo o seu nome, como a série de ataques em redes digitais com base em mentiras, como a compra de fotos vinculada a uma doação do ator Leonardo DiCaprio. Como o WWF-Brasil já informou em nota no dia 26 de novembro, não houve compra de imagens da Brigada Alter do Chão. O fornecimento de fotos por qualquer parceiro da organização é inerente à comprovação das ações realizadas, essencial à prestação de contas dos recursos recebidos e sua destinação no âmbito dos Contratos de Parceria Técnico-Financeira”, destacou a nota.

Entenda o caso

A Polícia Civil do Pará prendeu na última terça-feira quatro brigadistas da Brigada de Incêndio Florestal de Alter do Chão. Os detidos eram suspeitos de terem iniciado incêndios na região, durante o último mês de setembro, para promover doações para a ONG.

A prisão preventiva foi decretada pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Santarém (PA), Alexandre Rizzi. Na última quarta-feira, 27, o juiz chegou a negar um pedido de liberdade impetrado pela defesa dos brigadistas. No entanto, na última quinta-feira, Rizzi determinou a soltura dos brigadistas.

Na ordem de prisão preventiva, Rizzi havia destacado a necessidade da “garantia de ordem pública”. Já na soltura, o magistrado apontou a grande quantidade de material apreendida pela Polícia Civil, que ainda precisa ser analisada, segundo informou a revista eletrônica Consultor Jurídico (Conjur).

O advogado Wlandre Leal, que defende os brigadistas Daniel Gutierrez Govino, João Victor Pereira Romano, Gustavo de Almeida Fernandes e Marcelo Aron Cwerner, classificou a prisão como “desnecessária e abusiva”. Segundo a defesa, a polícia inverteu a ordem do processo legal ao pedir a prisão preventiva com as investigações ainda em aberto.

Já o WWF-Brasil, que é parceira da Brigada de Incêndio Florestal de Alter do Chão e repudiou as constantes acusações à ONG, apontou a “falta de clareza sobre as investigações” e a “falta de fundamento das alegações usadas”, além da “dúvida sobre o real embasamento jurídico dos procedimentos adotados pelas autoridades contra os acusados”. Para a organização, “acusação sem provas é ataque à Constituição”.

“O WWF-Brasil expressa sua confiança nesta organização, que tem colaborado desde o início das investigações policiais sobre a origem dos focos de incêndio em Alter do Chão, tendo sido ouvida pela Polícia Civil, e fornecendo informações e documentos às autoridades policiais de forma voluntária”, destacou a organização.

Paralelamente às investigações da Polícia Civil, o Ministério Público Federal (MPF) pediu acesso ao inquérito que acusa os brigadistas por serem os responsáveis pelos incêndios. Segundo o MPF, a investigação federal não conta com nenhum elemento que aponte para a participação de brigadistas ou da sociedade civil nas queimadas.

“Ao contrário, a linha das investigações federais, que vem sendo seguida desde 2015, aponta para o assédio de grileiros, ocupação desordenada e para a especulação imobiliária como causas da degradação ambiental em Alter. Por se tratar de um dos balneários mais famosos do país, a região é objeto de cobiça das indústrias turística e imobiliária e sofre pressão de invasores de terras públicas”, afirmou o MPF através de uma nota do último dia 27 de novembro.

Já no último dia 28 de novembro, o MPF pediu vista do processo. O objetivo é analisar se a competência das investigações é estadual ou federal. Caso seja federal, caberá à Polícia Federal, não à Polícia Civil, conduzir o processo.

“Existe inquérito na Polícia Federal com objeto idêntico ao do inquérito instaurado pela Polícia Civil, para apurar incêndios florestais ocorridos em setembro de 2019 na Área de Proteção Ambiental de Alter do Chão. Como supervisor do inquérito federal, o MPF é titular de eventual ação penal a ser ajuizada, caso as investigações apontem para um incêndio criminoso”, explicou através de um comunicado.

No texto, o MPF explicou que a PF não trabalha com suspeitos nessa nova investigação, buscando laudos técnicos para definir as origens dos incêndios. No entanto, ainda na nota, o órgão reforçou que investiga, desde 2015, os ataques de grileiros na região.

“Se confirmado que as queimadas ocorreram em terras públicas federais, o MPF entende que a atribuição para investigar não é da Polícia Civil. O MPF já investiga ataques de grileiros sobre essa área desde 2015 e tem dois processos judiciais que tratam de grilagem e danos ambientais na APA Alter do Chão, tramitando na Justiça Federal de Santarém”, apontou o Ministério Público Federal.

Fora de contexto?

Enquanto as investigações seguem em andamento, uma conversa apreendida pela Polícia Civil ganhou as redes sociais. No diálogo, Gustavo, que estava entre os brigadistas detidos, conversa com uma mulher sobre a situação na região.

Compartilhando o diálogo pelas redes sociais, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, não entrou no mérito das investigações, limitando-se a afirmar: “Tirem suas próprias conclusões”.

Ricardo Salles MMA

@rsallesmma

Tirem suas próprias conclusões

Ver imagem no Twitter

Através de uma nota divulgada no último dia 27, a Brigada Alter do Chão informou que “os trechos de áudio de um brigadista voluntário que foram vazados para a imprensa estão sendo disseminados sem a devida contextualização”.

Troca de delegados

Apontando a especificidade do caso, o governo do Pará anunciou, através de uma nota, a troca de delegados responsáveis pelo inquérito sobre os brigadistas. O delegado Fábio Amaral Barbosa deixa a investigação a cargo do delegado da Polícia Civil Waldir Freire Cardoso, atual Diretor da Delegacia Especializada em Meio Ambiente.

“O Governo do Estado do Pará ainda esclarece: Que NÃO interfere em investigações da Polícia Civil do Estado, que é autônoma e NÃO tem o poder de realizar prisões sem autorização judicial”, destaca a nota do governo.

Helder Barbalho

@helderbarbalho

Sobre o caso ocorrido em Santarém, determinei a substituição da presidência do inquérito para que tudo seja esclarecido da forma mais rápida e transparente possível. O diretor da Delegacia Especializada em Meio Ambiente, Waldir Freire, estará à frente das investigações.

Vídeo incorporado

Posicionamentos diferentes

Desde que assumiu o governo federal, Bolsonaro mostrou-se contrário aos trabalhos promovidos por ONGs. Já durante o mês de janeiro, o secretário de Regulação Fundiária do Ministério da Agricultura, Nabhan Garcia, afirmou que, durante o governo Bolsonaro, “não haverá mais dinheiro para ONGs escusas”.

Já em agosto, Bolsonaro voltou a atacar as ONGs. Na ocasião, diante da alta das queimadas na região da Amazônia, o presidente levantou a possibilidade de que as organizações estivessem por trás dos incêndios. De acordo com o presidente, pode ter havido ação criminosa dos “ongueiros para chamar a atenção contra a minha pessoa, contra o governo do Brasil”. Diferentes ONGs rebateram as acusações.

Na última transmissão semanal pelas redes sociais, feita na última quinta-feira, Bolsonaro direcionou, mais uma vez, ataques a ONGs. Após fazer as alegações sobre doações e ações dos brigadistas em Alter do Chão, ele acusou as organizações de agirem em função própria.

“Logicamente que o mundo não está vendo o que eu estou falando aqui, mas não doe dinheiro para ONG. Acaba a questão de doar dinheiro para ONG. Eles não estão lá para preservar o meio ambiente. Estão em causa própria, ganhar dinheiro em causa própria”, afirmou o presidente.

O posicionamento, porém, contrasta com o do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), com quem Bolsonaro esteve na última quarta-feira para a inauguração da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Através da mesma nota em que anunciou a troca dos delegados da Polícia Civil, o governo do estado do Pará reforçou a confiança nas ONGs que atuam na região, exaltando seus trabalhos.

“O Governo do Pará reitera que as ONGs são fundamentais para a preservação das florestas no estado, e que o Executivo continua parceiro de todas as instituições e entidades que respeitam as leis brasileiras”, conclui a nota.

Policiais do 12º DP da Capital fecham clínica de abortos clandestina 2

Materiais encontrados em clínica ilegal na região central de São Paulo - Polícia Civil

RESUMO DA NOTÍCIA

  • A Polícia Civil descobriu uma clínica clandestina na rua Hannemann, no Pari, região central de São Paulo
  • Um falso médico foi preso e diversos medicamentos irregulares apreendidos
  • A Polícia Civil aponta que o local pode ter sido utilizado para a realização de abortos

Polícia fecha clínica clandestina suspeita de realizar abortos em SP

No local foram encontrados diversos medicamentos chineses, instrumentos cirúrgicos e até uma cadeira para gestante

Ao menos nove pessoas foram detidas pela polícia no local

Ao menos nove pessoas foram detidas pela polícia no local

Reprodução

A Polícia Civil fechou no fim da noite desta quinta-feira (28) uma clínica médica clandestina suspeita de realizar abortos na zona norte de São Paulo.

No local foram encontrados diversos medicamentos chineses, instrumentos cirúrgicos e até uma cadeira para  gestante.

Ao menos nove pessoas foram detidas, entre eles o responsável pela clínica.O local já era alvo de investigações da Polícia Civil, pois no local havia grande movimentação de pessoas.

No andar de cima da clínica a Polícia ainda encontrou uma casa de jogos de azar, onde outros oito homens foram detidos e assinaram um termo circunstanciado, por envolvimento com jogos de azar, e vão responder processo em liberdade.

O caso foi registrado no 12º DP (Pari), que será responsável por concluir a investigação e confirmar se o local era utilizado para que mulheres pudessem abortar de forma ilegal.

A investigação foi presidida pelo titular Dr. Fusita e investigador-chefe Arruda;  com o apoio do Dr. Roberto Monteiro e equipe do  chefe Zaparolli, da Seccional Centro.

Parabéns Desembargadora MARIA LÚCIA PIZZOTTI MENDES! V. Exa. honra o Poder Judiciário! 2

Em 1988, estive na posse de um grande amigo – Paulo Marcos Vieira – que estava ingressando na magistratura. Havia sido promotor de Justiça do mesmo concurso que eu, e, em 1986, quando ingressei na magistratura, ele era o promotor que passou a trabalhar comigo. Não poderia faltar à sua posse como juiz, mesmo porque fui um dos incentivadores para que fizesse o concurso.
Lá na posse, no entanto, além da alegria de ver o “Paulinho Boa Pessoa” ser empossado (hoje ele é juiz em São José do Rio Preto), conheci uma jovem empossanda que me chamou a atenção pelo nome e pela sua forma amiga de se relacionar com os colegas que, juntamente com ela, tomavam posse no cargo de juiz substituto. Seu nome: MARIA LÚCIA PIZZOTtI MENDES (na reportagem faltou o MENDES). PIZZOTTI MENDES, na época, era um nome muito conhecido e respeitado no Ministério Público. Dizia-se ali que ela era “filha do homem”, referindo-se ao respeitadíssimo promotor PIZZOTTI MENDES.
Nunca mais voltei a vê-la, até que um dia, anos depois, a vi no corredor do Fórum Cível Central. Abordei-a e disse-lhe, rapidamente, que ela honrava a magistratura.
Não tronei a vê-la.
E acho possível que hoje, muitos daqueles que com ela tomaram posse no cargo de juiz, sejam hoje seus maiores críticos. Asseguro que “Paulinho Boa Pessoa” (Paulo Marcos Vieira) não, muito embora não o veja há mais de 20 anos.
Quando dois presidentes do TJ, de qualquer Estado do Brasil, em particular de SP, representam buscando a instauração de processo contra um juiz (como foi o caso de Maria Lúcia), é porque esse juiz está fazendo a coisa certa.
Parabéns Desembargadora MARIA LÚCIA PIZZOTTI MENDES! V. Exa. honra o Poder Judiciário!

Ronaldo TOVANI

Quem foi que disse que não há negro de alma branca: Sérgio Nascimento de Camargo é um grande exemplo de alma branca , boa e pura ! 11

Nomeado para Palmares que ataca movimento negro é filho de escritor ativista

Sérgio Nascimento de Camargo se descreve como ‘negro de direita’; seu irmão fez um abaixo-assinado contra a nomeação

Sérgio Nascimento de Camargo, novo presidente da Fundação Palmares Foto: Reprodução da internet

São Paulo

Filho de peixe nem sempre peixinho é. Se o novo presidente da Fundação Palmares, Sérgio Nascimento de Camargo, se descreve como “negro de direita” e defende que o Brasil tem “racismo nutella”, seu pai, Oswaldo de Camargo, é especialista em literatura negra e militante do movimento.

Autor de livros como “Raiz de um Negro Brasileiro” e “O Negro Escrito – Apontamentos sobre a Presença do Negro na Literatura Brasileira”, o escritor é um dos mais importantes importante representante do gênero no país.

Oswaldo já foi coordenador de literatura do Museu Afro Brasil, em São Paulo, participou da primeira edição dos Cadernos Negros —importante publicação de literatura afro-brasileira— e foi homenageado com a medalha Zumbi dos Palmares, da câmara de Salvador.

Por seus estudos sobre o poeta negro simbolista Cruz e Sousa, ele ainda recebeu, em 1998, da Secretaria de Cultura de Santa Catarina, a medalha de Mérito Cruz e Sousa.

Minha militância é na literatura” disse, em entrevista para a revista da Câmara Municipal de São Paulo, em março de 2016. “O negro não é só vítima do preconceito, também é vítima da indiferença”, afirmou àquela altura.

O pai, contudo, não seria o único a discordar das ideias do novo presidente. Seu irmão, o músico e produtor cultural Oswaldo de Camargo Filho, o Wadico Camargo, fez um abaixo-assinado contra a nomeação de Sérgio. Até a publicação deste texto, a petição já havia coletado 24 mil assinaturas.

“Tenho vergonha de ser irmão desse capitão do mato. Sérgio Nascimento de Camargo, hoje nomeado presidente da Fundação PALMARES”, escreveu no Facebook.

A nomeação de Sérgio Nascimento de Camargo faz parte de uma mudança na Secretaria de Cultura, comandada por Roberto Alvim semanas após assumir a subpasta, hoje subordinada ao Ministério do Turismo.

Chegam ao governo secretários responsáveis pela promoção da diversidade, pelo fomento e incentivo à cultura (à frente da Lei Rouanet), pela economia criativa, além de um secretário adjunto especial.

Juízes têm visão egoísta, diz desembargadora que travou gasto bilionário do TJ-SP 17

Juízes têm visão egoísta, diz desembargadora que travou gasto bilionário do TJ-SP

Principal voz questionadora de atos da corte paulista, Maria Lúcia Pizzotti vê individualismo excessivo na magistratura

São Paulo

​​Ao perceber que não foram tomadas providências de segurança após um incêndio no 14º andar do fórum paulista João Mendes, local onde trabalhava, a juíza Maria Lúcia Pizzotti oficiou o Corpo de Bombeiros para que fechasse o local e fizesse uma averiguação.

Em inspeção, o órgão identificou fiação aparente, portas corta-fogo mantidas abertas, além da falta de alarmes e de treinamento dos funcionários.

O episódio aconteceu entre os anos de 2008 e 2009 e abriu caminho para uma série de reformas no João Mendes, o maior fórum do Brasil.

Mas também rendeu à juíza um processo administrativo aberto pelo presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, à época Roberto Antonio Vallim Bellocchi, que foi arquivado anos depois.

​Pizzotti, 56, que em 2014 foi promovida a desembargadora, é a mesma que provocou neste ano a suspensão da licitação do projeto executivo de um prédio estimado em R$ 1,2 bilhão, que seria construído para abrigar os gabinetes dos magistrados no centro de São Paulo.

Só o projeto executivo tinha um valor referência de R$ 25,3 milhões.

Ela contestou a forma como a concorrência pública tramitou e disse que faltava transparência e divulgação dos detalhes da obra. No último dia 12, após dois meses suspensa, a licitação foi cancelada pelo presidente do TJ, Manoel Pereira Calças.

Nos últimos anos, Pizzotti tem sido a principal voz contestadora dos atos do tribunal entre os 360 desembargadores.

Na magistratura desde 1988, ela passou a carreira apontando problemas em decisões internas da corte, principalmente em relação a gastos com dinheiro público.

O caso do João Mendes não foi a primeira vez que a magistrada havia feito esse tipo de ofício aos bombeiros. Antes, já havia pedido vistoria de segurança no fórum de Santo Amaro, na zona sul da capital paulista.

Em 2005, questionou em ofício a escolha de um colega que passou à frente de outros 48 magistrados na lista de antiguidade e virou juiz auxiliar do Tribunal de Justiça.

Dez anos depois, em 2015, rompeu um “acordo de cavalheiros” e se lançou candidata a presidente da Seção de Direito Privado do TJ, para evitar que o posto tivesse um concorrente único, como era tradição.

Mais recentemente, em 2017, levantou suspeitas de superfaturamento em contratos do tribunal com a Argeplan, empresa que pertence ao coronel João Baptista Lima Filho, amigo do ex-presidente Michel Temer (MDB). O caso é investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público.

Essa suspeita fez com o presidente do Tribunal de Justiça na época, Paulo Dimas Mascaretti, hoje secretário da Justiça do governo João Doria (PSDB), provocasse a abertura de um procedimento no CNJ (Conselho Nacional de Justiça) contra ela —também arquivado.

Ela própria enviou uma representação contra o então presidente, que chegou ao CNJ mas nunca foi distribuída a um relator.

Num tribunal que pouco expõe os seus próprios problemas, Pizzotti colecionou inimigos. Não da parte dela, diz. “Eu não sou inimiga de ninguém, eu faço isso desde que eu entrei na carreira”, afirma a desembargadora em entrevista à Folha.

Ela relata que, logo que iniciou a carreira como juíza, em Santos (SP), descobriu uma situação que envolvia corrupção em um cartório, e denunciou.

Isso, diz, lhe rendeu um processo administrativo que quase não permitiu que ela fosse estabilizada como magistrada —há um prazo de dois anos para que isso aconteça, segundo a Lei Orgânica da Magistratura.

“Porque eu me insurgi contra um sistema, eu quase não fui vitaliciada. Eu não tenho vergonha de dizer isso. Eu quase não fui confirmada na carreira.”

Avalia que, entre outros motivos, no início também sentiu resistência dos outros integrantes do Judiciário por ser mulher –em suas contas, a 20ª a se tornar juíza em todo o estado de São Paulo–, ter ingressado no Judiciário ainda jovem e sempre ser “muito expansiva e muito aguerrida”.

Questionada sobre por que poucos magistrados têm o mesmo comportamento de denunciar problemas internos, afirma que há “uma visão egoísta, que é um pouco do ser humano, não é só dos desembargadores”.

“Por que os juízes não o fazem? Muitos têm medo porque há retaliação. Eu sofri muita retaliação, mas eu não tive medo.”

Segundo ela, no Judiciário, “há um individualismo excessivo, as pessoas estão muito preocupadas consigo”.

“Todo mundo está preocupado com as prerrogativas. Veja você, se tiver alguma coisa que aconteça para mexer com as prerrogativas, eu garanto que é capaz dos 360 se unirem pela primeira vez na história do tribunal”, diz Pizzotti.

“Se alguém for mexer com os carros do tribunal, eu garanto que os 360… vão ser 359, porque eu não vou entrar nesse grupo, que eu não defendo carro oficial. Há uma visão muito individualista, não há uma visão de espírito público.”

Ainda em 2017, a magistrada se destacou em outra situação que, segundo os registros do TJ de São Paulo, é inédita. Entre 2016 e 2017, ela foi substituta no órgão especial, que reúne os 25 desembargadores de cúpula do tribunal.

São eles que aprovam a proposta de orçamento encaminhada ao governo, que a adapta à realidade financeira estadual e encaminha todos os valores que o estado pretende gastar no ano seguinte para aprovação do Legislativo.

Em geral, o valor proposto pelo tribunal sofre uma redução significativa após ser enviado para o Executivo —o que faz com que os presidentes do TJ tenham que pedir a suplementação de verba ao governo.

Ao substituir outro desembargador no órgão especial, Pizzotti ficou entre os responsáveis por julgar a proposta de orçamento, de R$ 21,8 bilhões.

No entanto, em vez de aprovar sem questionamentos, ela pediu vista, analisou as cifras e voltou com um voto que divergia dos outros magistrados. Em resumo, dizia que “valores vultosos” não eram explicados e que não era possível entender as bases de cálculo deles.

“Estudei o que qualquer pessoa com o mínimo de tutano possa fazer”, afirma. Ela solicitou documentos e ficou “sentada em uma sala de tribunal durante sete horas”.

Seu voto acabou vencido por 24 a 1. Outros magistrados cobraram que ela deveria “votar em confiança”.

Reservadamente, outros desembargadores veem, por vezes, Pizzotti como uma pessoa muito crítica e pouco propositiva. Também enxergam que a forma como ela age, sempre por meio escrito, com questionamentos por ofícios e de forma aberta, expõe as divergências do tribunal.

Ela contesta. “Eu ouço essa frase há anos: Pizzotti, você tem razão, o problema é a forma de fazer”, afirma. “E eu me pergunto qual é a forma mais adequada de fazer que não seja a forma escrita? Para mim é a mais clara, democrática e transparente. E a mais oficial.”

“‘A imprensa é nossa inimiga’, eles acham. ‘É péssimo para nossa imagem eles divulgarem essas coisas’. Não é péssimo, é ótimo”, afirma. Um dos motivos para isso, segundo ela, é que essa é a maneira de mostrar que, em vez de ser corporativista, “o Poder Judiciário está tentando corrigir as suas mazelas”.

Raio-X

Formada e com mestrado na PUC-SP, Maria Lúcia Pizzotti, 56, ingressou na magistratura de São Paulo em 1988, em Santos. É desembargadora desde 2014. Foi substituta do órgão especial (cúpula do Tribunal de Justiça) entre 2016 e 2017.

Centrão pede a Bolsonaro para liberar jogos de azar 6

Centrão pede a Bolsonaro para liberar jogos de azar

Deputados do bloco retomam ofensiva para aprovar projeto que permite abertura de cassinos no País; presidente recomenda a parlamentares consultar bancada evangélica

Renato Onofre e Daniel Weterman, O Estado de S.Paulo

27 de novembro de 2019 | 05h00

BRASÍLIA – Deputados do bloco conhecido como Centrão retomaram a ofensiva para liberar a abertura de cassinos no País. O presidente Jair Bolsonaro chegou a ser consultado para saber se o governo apoiaria um projeto com esse teor, mas não deu resposta definitiva. Bolsonaro disse aos interlocutores que, antes, seria preciso consultar a bancada evangélica. O grupo é contra o projeto, mas já admite discutir uma alternativa. O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, defende a autorização do jogo de azar, mas apenas para estrangeiros.

Em conversa com deputados, na semana passada, Bolsonaro afirmou que tudo pode ser “conversado”, desde que passe pelo crivo dos evangélicos. Avisou, no entanto, que não concorda com a liberação do caça níquel porque “pais de família” podem usar o dinheiro do salário para jogar. Mesmo sendo contrário aos jogos, o presidente já deu sinais de que há a possibilidade de deixar cada Estado decidir o assunto por conta própria.

Deputados do Centrão
Em reunião com o presidente Bolsonaro, deputados do Centrão questionam sobre autorização para jogos de azar Foto: Divulgação

A ideia foi discutida durante almoço, na quarta-feira, entre Bolsonaro, o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e vários deputados – na lista estavam, por exemplo, o líder do DEM, Elmar Nascimento (BA), o presidente do Solidariedade, Paulo Pereira da Silva (SP), e Cláudio Cajado (PP-BA). Bolsonaro fez o convite para a reunião, no Palácio do Planalto, com o objetivo de se reaproximar dos deputados, que ali reclamaram, mais uma vez, do atraso no pagamento das emendas parlamentares. Mas o bate papo foi além e chegou aos jogos de azar.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é favorável à legalização de cassinos, mas restrita a resorts. Um projeto de lei com relatório apresentado em 2016, autorizando a exploração de jogos de azar em todo o território nacional, está pronto para votação em plenário. Duas propostas com conteúdo defendido por Maia foram anexadas ao mesmo texto e ele se mostra inclinado a pautar a medida.

O coordenador da Frente Parlamentar Evangélica na Câmara, Silas Câmara (Republicanos-AM), disse que o grupo – formado por 195 dos 513 deputados – é majoritariamente contra a ideia, mas não descartou o debate de opções. “A bancada ouviria, dependendo de quem vier com a explicação”, afirmou Câmara, citando o exemplo do prefeito do Rio. “Sendo ele (Crivella) um evangélico, não seria difícil ouvi-lo. A gente dialoga. Agora, dialogar e trazer uma proposta que não seja correta é complicado”, completou.

O deputado citou a possibilidade de vício, prostituição e corrupção como justificativas para o veto, mas o Estado apurou que a tendência do Republicanos é liberar a bancada, se esse assunto for votado.

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O presidente Jair Bolsonaro e o prefeito Marcelo Crivella em cerimônia em maio deste ano Foto: Marcos Corrêa/PR

Crivella é a favor da liberação de cassinos apenas para estrangeiros e tenta atrair um empreendimento para a capital fluminense. A Secretaria Municipal de Urbanismo do Rio preparou um parecer, ao qual o Estado teve acesso, a favor de liberar a instalação de um cassino em Porto Maravilha – área portuária revitalizada na cidade –, se o Congresso permitir os jogos por lei.

A intenção é autorizar a construção de um cassino associado a um resort integrado, que, além de hotéis, abrigaria centro de convenções, shoppings, cinema e teatro. “Eu sou favorável a que se faça isso. A princípio, apenas para os estrangeiros, até que o Brasil tenha certeza de controles e normas para não haver nenhuma possibilidade de lavagem de dinheiro da criminalidade ou da corrupção”, afirmou Crivella, em nota encaminhada à reportagem.

Campanha

No ano passado, antes do segundo turno da eleição, o então candidato Bolsonaro negou que fosse favorável a liberar a abertura de cassinos. “Vou legalizar cassinos no Brasil? Dá para acreditar em uma mentira dessas?”, disse Bolsonaro, em vídeo postado nas redes sociais. “Nós sabemos que o cassino aqui no Brasil, se tivesse, seria uma grande lavanderia, serviria para lavar dinheiro. E também para destruir famílias. Muita gente iria se entregar ao jogo.”

O tema, que desperta polêmica, foi objeto de idas e vindas na Câmara. Em 2015, a Casa instalou uma comissão especial para avaliar propostas de legalização de cassinos, bingos e jogo do bicho, entre outras modalidades.

Investidores de multinacionais e lobistas entraram em ação, à época, na tentativa de destravar as discussões, mas nada foi para frente. A Associação Brasileira de Bingos, Cassinos e Similares estima que o setor – ao lado de loterias e todas as atividades que envolvem apostas – pode aumentar a arrecadação em R$ 30 bilhões por ano.

Policiais e dono de startup acusados de extorquir sócio da BWA Investimentos são libertados 14

Policiais e dono de startup acusados de extorquir sócio da BWA Investimentos são libertados

Policiais e dono de startup acusados de extorquir dono da BWA Investimentos são libertados
Foto: Divulgação

A Justiça concedeu habeas corpus aos cinco policiais civis, um tenente da Rota, três soldados e três empresários acusados de participarem do sequestro e extorsão do dono da BWA Investimentos.

O juiz Marcello Ovidio Lopes Guimarães, da 18.ª Vara Criminal de São Paulo, deu o despacho na quinta-feira (21) e libertou os 12 suspeitos do caso que envolveu um conhecido empresário do ramo de bitcoin em Santos.

De acordo com o documento, foi solto Guilherme Aere dos Santos, acusado de ser o mandante do crime. Além dele, também estão em liberdade Marcelo Nogueira Chamma, Davi Carlos de Souza Queiroz, Matheus de Souza Paula, Amauri Moreira da Silva, Ramon Almeida da Silva, José Ricardo Nahrlich Júnior, Roger Hiroshi Toda, Wailton Sena Rios, Tiago Antonio dos Santos Viana, Thomas Luiz Zan e Geraldo Francisco Oliveira Subrinho.

Outro pedido de habeas corpus havia sido negado no início do mês pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Dono BWA e policiais civis e militares

Já havia uma pressão política para a libertação dos suspeitos, pelo menos no caso dos policiais militares. No final de outubro, em uma sessão na Assembleia Legislativa de São Paulo, o deputado estadual Coronel Nishikawa (PSL) defendeu o tenente da Rota e disse que as acusações eram falsas.

Caso envolveu o de sequestro de P.R.R.B, empresário do ramo de Bitcoin de Santos (SP), dono da BWA Investimentos. Em depoimento à Corregedoria da Polícia Civil, ele afirmou que o caso ocorreu em junho, data em que foi levado por policiais civis até a 73ª DP em São Paulo, onde foi mantido em cativeiro.

Lá, segundo o relato, o empresário foi cobrado por uma dívida que os policiais afirmavam que ele tinha com o empresário Guilherme Aere dos Santos, o suposto mandante do crime.

P.R.R.B chegou a pagar quase R$ 1 milhão aos policiais civis. O restante que havia combinado de pagar — mais uma parcela de R$ 1 milhão — nunca foi paga.

Aere do Santos, o criador da Home Refill, nega as acusações. Por outro lado, ele afirma que P.R.R.B é o nome por trás do Bitcoin Banco, uma empresa com sede em Curitiba que lesou milhares de pessoas — entre elas, Ares dos Santos.

Farsa do PCC virou caso de polícia e manchou a carreira do apresentador GUGU; também da credibilidade do SBT que instrumentalizou PMs – seguranças da empresa – naquele enredo macabro 7

Gugu: Farsa do PCC virou caso de polícia e manchou carreira do apresentador

Paulo Pacheco

Do UOL, em São Paulo

23/11/2019 11h35

Gugu Liberato, que teve sua morte confirmada ontem, passou pela pior fase da carreira na entrevista com falsos integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital). Líder de audiência nos anos anteriores, o apresentador viu seu prestígio e sua grande audiência fugirem após a exibição da farsa, que virou caso de polícia e manchou a trajetória do apresentador.

Falso PCC no Domingo Legal - Montagem/Reprodução/YouTube/Fabio Marckezini
Falso PCC no Domingo Legal

Imagem: Montagem/Reprodução/YouTube/Fabio Marckezini

Na entrevista, veiculada em 7 de setembro de 2003, os supostos criminosos, identificados como Alfa e Beta, assumiram a autoria do sequestro do padre Marcelo Rossi, ocorrido na semana anterior, e ameaçaram de morte os apresentadores José Luiz Datena, Milton Neves, Marcelo Rezende e Oscar Roberto Godói, que comandavam programas policiais.

Os supostos bandidos, encapuzados e armados, também voltaram a ameaçar o padre Marcelo, uma dos amigos mais próximos de Gugu, e o vice-prefeito de São Paulo na época, Hélio Bicudo.

Vítimas revoltadas

A resposta foi imediata. Datena, no Brasil Urgente (Band), se revoltou com o sensacionalismo de Gugu: “Silvio Santos, para mostrar um jornalismo rasteiro desse no programa do Gugu, não vale a pena ter jornalismo mesmo. Vai lá ver lá em casa como está minha família, com medo de sair, botar o nariz na rua!. Estou profundamente magoado, desiludido”.

Rezende, que apresentava o Repórter Cidadão (RedeTV!), entrevistou Hélio Bicudo: “As pessoas que fazem ameaça cometem um crime. E aqueles que divulgam a ameaça, não cometem?”, indagou o então vice-prefeito da capital paulista.

Caso de polícia

O material exibido no SBT virou caso de polícia. O Ministério Público do Estado de São Paulo abriu inquérito e pediu as fitas do programa, e o procurador-geral de Justiça, Luiz Antonio Guimarães Marrey, suspeitou de farsa: “Ambos os indivíduos, que disseram ter cumprido penas longas, não parecem ter linguagem de quem esteve anos no sistema prisional”.

O secretário de Segurança Pública, Saulo Castro de Abreu, disse que Gugu “montou um personagem”. Na época, a secretaria negava a existência do PCC: “Pegou uma situação que tomam por realidade, um negócio chamado PCC, que estava morto e enterrado em São Paulo, travestiu duas pessoas, colocou capuz, montou um personagem e aproveitou uma semana de debate sobre sequestro de autoridades, de atentado ao padre Marcelo”.

Promotores levantaram a suspeita de que os bandidos eram ex-policiais que trabalhavam no SBT como seguranças. O Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) apreendeu as fitas. O chefe de reportagem do Domingo Legal, Wagner Mafezolli, negou a farsa em depoimento ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado).

Gugu calado

Preocupado, Silvio Santos se reuniu com diretores temendo retaliações do governo. Orientado pelo SBT, Gugu permaneceu calado. Na mesma semana cancelou reuniões e passou a semana acompanhando o estado de saúde do pai, Augusto (internado com embolia), e da mãe, Maria do Céu, com diverticulite.

As retaliações começaram do bolso. A Petrobras cancelou uma megacampanha publicitária com Gugu (avaliada em R$ 1,7 milhão). O Domingo Legal, que faturava até R$ 750 mil, viu o montante cair para R$ 400 mil duas semanas após o escândalo do PCC.

O Ministério da Justiça advertiu o SBT, e o Tribunal de Justiça ordenou a saída do Domingo Legal do ar. Durante duas semanas, a emissora preencheu o horário com reprises do Programa do Ratinho, Grammy Latino e Troféu Imprensa.

Pedido de desculpas

Gugu finalmente se retratou em 15 de setembro, no programa de Hebe Camargo. De surpresa, ele pediu espaço à colega para pedir desculpas às personalidades ameaçadas pelos supostos bandidos do PCC e afirmou não ter visto o material antes de ir ao ar.

Hebe, que viu seu programa saltar de 10 para 19 pontos com a retratação de Gugu, também fez perguntas ao apresentador e lhe deu um conselho.

“Posso te dar um conselho como mãe? Não sofra tanto por um negócio de audiência, meu amor. Você tem o seu programa há tantos anos, é tão querido. Quando um programa dá dois ou três pontos a menos, você tem uma audiência magnífica. Não tem que sofrer por causa de dois, três pontos que o Faustão ganha. De repente, no outro domingo, o público acha que o seu programa está melhor”, disse a apresentadora.

Na semana seguinte, Gugu prestou depoimento e responsabilizou o SBT pela exibição do material. Segundo o delegado Alberto Pereira Matheus, o apresentador admitiu ter pedido à produção do programa a realização de uma reportagem sobre ameaças do PCC ao padre Marcelo, mas negou ter visto a gravação antes da exibição.

A investigação policial confirmou a farsa, e o Ministério das Comunicações multou o SBT em R$ 1.792,53 pela falsa entrevista. Já Gugu nunca mais conseguiu manter a enorme audiência dos anos anteriores.

 

https://tvefamosos.uol.com.br/noticias/redacao/2019/11/23/gugu-farsa-do-pcc-virou-caso-de-policia-e-manchou-carreira-do-apresentador.htm

 

Sinal de falência cerebral terminal do Brasil – GUGU é mais exaltado pelo governo federal do que o genial e universal João Gilberto 34

Vamos falar sério, o GUGU sempre foi um apresentador de mediocridades e fraudulências…

Não fez nada pela cultura.

Obviamente, não estamos felizes ou enaltecendo o seu intempestivo falecimento.

Não era jovem, mas 60 anos não é idade para morrer.

Nossos sentimentos à família…

Todavia, o trabalho dele sempre foi muito raso ; a exposição da vida íntima alheia em certos quadros  nada recomendável.

Outro falso mito nacional…

Fake, total!

Resultado de imagem para gugu liberato fake

Fotógrafo policial , em legítima defesa , mata PM “descaracterizado”…Enfim, se tá armado – em bando , sem farda ou distintivo – é ladrão! 61

POLÍCIA CIVIL

GARRA / DOPE

OCORRÊNCIA ENVOLVENDO POLÍCIA CIENTÍFICA

Por volta das 23:00 hrs, as equipes do Grupo 90 do Garra, coordenadas pelo Dr xxxx, foram acionadas via Cepol para se dirigirem à rua Cassiano Gabus Mendes, Itaquera, tendo em vista uma ocorrência envolvendo agentes da Polícia Técnico Científica e Policiais Militares.

O Garra Piloto para lá se deslocou, contatando tratar-se de uma esquina (Cassiano Gabus Mendes X Av. Radial Leste), sendo que neste local estavam parados 3 veículos, respectivamente: 1 viatura da Polícia Científica, patrimônio S1144, prefixo IML02, 1 GM Celta cor prata, placas AXO4759 e 1 táxi GM Spin, placas GJU3479.

O local já encontrava-se preservado por viaturas da Polícia Militar, e ao solo uma grande quantidade de substância hematóide.

Segundo o apurado, os agentes xxxx e xxxxx (fotógrafo e auxiliar de necropsia) componentes da vtr IML 02, estavam parados no semáforo existente no sítio dos fatos, quando avistaram a motocicleta modelo Yamaha/Faser, cor preta, placa BZG8799 sendo roubada por dois indivíduos desconhecidos.

Neste instante o fotógrafo policial xxxxx, desceu da viatura para abordar os roubadores, instante em que percebeu outros indivíduos saindo do interior do veículo GM Celta, que também estava parado no semáforo, sendo que ambos também estavam armados.

Acreditando tratar-se de outros roubadores, o fotógrafo policial xxxxx efetuou diversos disparos contra o trio do GM Celta, logrando alvejar um deles (xxxxx) no braço e no pescoço.

Após os disparos, o fotógrafo percebeu tratar-se de policiais militares descaracterizados, que também desceram do GM Celta para efetuarem a prisão dos ladrões da moto.

A motocicleta em questão foi levada pelos roubadores, e a vítima ajudou a fazer massagem cardíaca no Policial Militar baleado, que na sequência foi socorrido ao PS Planalto pela UR03216, encarregado xxxx, entrando em óbito logo em seguida.

A ocorrência foi apresentada no 63º DP, sendo que o Delegado do plantão, Dr xxx, determinou o encaminhamento de todos os envolvidos à Corregedoria da Polícia Civil.

O local foi preservado pela equipe Garra 95, patrimônio 27388, e pela PM patrimônio 39109.

A perícia foi realizada pela equipe S0929, perita xxx.

A testemunha xxxxx, que conduzia o táxi acima descrito, e que também encontrava-se parado no mesmo semáforo, ratificou a versão dos agentes da Polícia Científica.

A ocorrência foi apresentada na Corregedoria da Polícia Civil, pela policial militar xxxx.

Até o presente momento 06:30 hrs a ocorrência presidida pelo Delegado da DOP, Dr xxxxxxx não fora finalizada, nem tampouco decidida a natureza do RDO n xxx/19

Colaboração: Seutito.


 

Só falta o delegado da Corregedoria ter lavrado auto de prisão por flagrante homicídio!

Lamentável a morte do policial militar, mas é melhor o agente ser julgado por 7 do que carregado por 6!

 

Resultado de imagem para melhor ser julgado por 7 que carregado por 6


Complementação: A PM AFIRMA QUE O MORTO ESTAVA DE FOLGA

 

NATUREZA: MORTE DE POLICIAL MILITAR DE FOLGA
SIOPM: 19164
QTR: 23h22
BTL: 39º BPM/M
CIA: 1ª
DP: 32º DP
QTH: Acesso Radial Leste – Centro, 900 – Itaquera/ SP.
HISTÓRICO: O Sd 2ª Classe PM 181750-7 David da Silva Santos, pertencente ao efetivo da Escola Superior de Soldados, lotado pela fase do específico no CPA/M-4, de folga foi intervir no Roubo da motocicleta Yamaha/Fazer BZG-8799, quando ao sacar a arma foi confundido com um dos criminosos, por uma equipe de Polícia Técnico Científica que estava próxima do local no momento dos fatos. O Sd PM Da Santos foi baleado no pescoço e foi socorrido pela UR-03216 ao Hospital do Planalto, porém veio a óbito.

 

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E trouxas, doutrinados  como escravos 

continuarão , em folga , portando armas  acreditando ser policial 24 horas…

Bando de coitados: 5%!

Tensão entre a propaganda e a realidade na crise do governo paulista com as polícias estaduais 18

Tensão entre a propaganda e a realidade na crise do governo paulista com as polícias estaduais

REDAÇÃO – ESTADÃO

08 de novembro de 2019 | 09h26

Rafael Alcadipani, é professor Adjunto da EAESP-FGV, External Fellow no Cardiff Crime & Security Research Institute – Cardiff University e associado pleno ao Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

O governo do Estado de São Paulo conseguiu um feito para poucos na gestão pública: em um cenário de escassez orçamentária e de crise econômica, foi capaz de fornecer um aumento de 5% para policiais e agentes penitenciários, ao custo de 1,5 bilhões ao erário público, e ao invés de colher os louros deste aumento na categoria gerou uma grande revolta. Para entender o que está acontecendo é necessário pensarmos a lógica que perpassa a atual política de segurança pública do Estado.

A despeito da pujança econômica de São Paulo, os policiais e agentes penitenciários possuem salários e condições de trabalho muito aquém do que era de se esperar. Há muitos anos os salários dos trabalhadores da área de segurança pública não recebem sequer a reposição da inflação. Há uma crônica falta de reposição de efetivos que faz com que policiais tenham que atender a uma maior demanda com menores recursos humanos e materiais. Não é incomum que policiais do Estado paguem do seu próprio bolso o conserto de viaturas, ou consigam algum comerciante que arque com o reparo. Os processos de trabalho ainda são extremamente burocráticos e pouco atualizados. Os sistemas de informação são pouco integrados. Há um número inaceitável de suicídios de policiais.

Durante as eleições, o atual governador lançou algumas grandes ideais para a segurança pública do Estado: a criação de BAEPs, batalhões policiais padrão ROTA, o aumento do número de delegacias da mulher (DDM) e a privatização de presídios. Nunca foi apresentada a sociedade nenhum estudo que mostrasse os dados, os fundamentos e as análises que justificam estas ações para a Segurança Pública do Estado.

Na prática, BAEPs estão sendo criados e planejados para áreas do Estado que não possuem a necessidade deste tipo de programa de policiamento, tanto porque não possuem alto grau de violência quanto porque os BAEPs precisam de recursos humanos que na realidade não estão disponíveis na PM. Com isso, estão sendo realocados policiais para compor este tipo de programa de policiamento deixando áreas mais sensíveis e necessárias como as rádio patrulhas desguarnecidas. BAEPs ainda concorrem com um programa de policiamento que existe e dá resultados: as Forças Táticas, estruturas muito mais enxutas.

As DDMs estão causando o mesmo impacto: elas consomem recursos de uma polícia que está com um número muito alto de claros de pessoal. A violência contra a mulher é um grave problema no Estado, mas isso não se resolve com a criação e abertura de DDMs, pois na prática muitas não possuem demanda que justifique a sua abertura 24 hs. Há formas mais inteligentes e racionais de lidar com a questão da violência contra a mulher, como a criação de equipes volantes especializadas no atendimento deste tipo de crime. As privatizações dos presídios, tema polêmico e que está longe de ser simples como apresentado pelo governador, tem encontrado resistências no Poder Judiciário e do Tribunal de Contas do Estado. Na prática, as promessas de campanha do governo estão mais fundamentadas em achismos do que em estudos técnicos aprofundados ao mesmo tempo que estão colocando mais pressão nos escassos recursos das polícias de São Paulo. As consequências ao longo prazo das práticas dos programas do atual governo é as polícias utilizarem mais recursos de todos os tipos para gerar um resultado menor.

Além disso, o governador, por diversas vezes, disse que faria da polícia de São Paulo uma das mais bem pagas do país. Mas, ofereceu um reajuste de 5% sem mostrar uma proposta clara e estruturada a respeito de como chegará ao objetivo de pagar aos policiais um salário maior. A sensação, mais uma vez, é de que faltam ações concretas e que a imagem vale mais do que a essência. Há em São Paulo uma redução importante de boa parte dos indicadores criminais. Porém, o mesmo tem acontecido em diversas unidades da federação. Como possuímos raros estudos com rigor científico que mostre o que está causando a redução dos indicadores, não é possível dizer ao certo quais fatores estão realmente gerando a redução dos crimes. Não há dúvida que o trabalho da polícia tem ajudado nisso, mas isso tem muito mais a ver com a continuidade do trabalho dos comandos e dos policiais do que de da política de segurança pública do governo do Estado.

O Governo gastou milhões em uma peça publicitária das polícias de São Paulo que mostram uma realidade que não é a que se apresenta nem aos policiais, nem a população. A sensação dos policiais é que se quer vender uma realidade que não existe. Assim, a atual crise entre governo e polícias é fundamentalmente uma crise de credibilidade onde os policiais não percebem que a propaganda do governo corresponde a realidade. É urgente que o Governo de São Paulo faça política de Segurança Pública com base em estudos técnicos aprofundados e que haja um ajuste entre imagem que se quer vender e a realidade.

https://politica.estadao.com.br/blogs/gestao-politica-e-sociedade/tensao-entre-a-propaganda-e-a-realidade-na-crise-do-governo-paulista-com-as-policias-estaduais/?fbclid=IwAR0TzuB6o04EEuq-wjuFqlnIEo2gMaCbHn72FblC1dnl85lM6ZStOmuNUis

Excludente de Ilicitude: o primeiro ato do novo AI 5…Flagrantemente, Bolsonaro busca empregar militares e policiais contra quaisquer opositores 5

Excludente de Ilicitude: o primeiro ato do novo AI 5

Por Alberto Kopittke*

Os primeiros comentários na grande mídia sobre o PL (veja a íntegra aqui) da excludente de ilicitude apresentado por Bolsonaro ontem (21) não compreenderam de fato do que trata o Projeto. Mesmo os comentários críticos abordaram o PL como se ele fosse uma repetição do PL do Pacote de Sergio Moro, apenas ampliado a excludente para Militares em Operações de GLO (Garantia da Lei e da Ordem).

No entanto, o Projeto praticamente não tem relação com “Segurança Pública” e com o debate sobre a letalidade policial, que polariza o país e revela o forte protagonismo das polícias militares na vida política. Apesar das Operações de GLO serem utilizadas de forma cada vez mais ampla pelos Governos do PT e agora do PSL, nos últimos 10 anos, o número de mortes provocadas em Operações GLO é muito pequeno se comparado com os números do cotidiano da segurança pública brasileira, por geralmente se tratarem de operações de estabilização de território.

O que não foi percebido, é que o PL de Bolsonaro é praticamente uma cópia do Decreto Supremo 4078 editado há 5 dias atrás pela autoproclamada Presidente da Bolívia, Jeanine Ãnez, que garantiu a excludente de ilícitude para as Forças Armadas bolivianas reprimirem os movimentos que eclodiram no país. Outro sinal que passou quase que desapercebido foi que o Ministério da Defesa e não o da Justiça e Segurança Pública é que foi acionado para construir a minuta da proposta.

Na verdade, o PL de Jair Bolsonaro não tem nenhuma preocupação com o problema da criminalidade do país. Ele tem como alvo a possibilidade de um aumento das mobilizações de rua no país, como está ocorrendo em todo o continente, autorizando policiais e as forças armadas a fazerem uso da força letal contra pessoas envolvidas em manifestações sociais. O Projeto é uma preparação para a possibilidade do Brasil viver um processo de mobilização social e segue a sugestão dada pelo filho 03 do Presidente, Eduardo Bolsonaro, há poucos dias atrás, sobre a necessidade de se tomar medidas duras, como um novo AI5 no país.

É preciso compreender que o Projeto de Lei apresentado por Bolsonaro não está isolado na história. Ele é o ápice de toda uma estrutura jurídica que vem tornando a GLO um verdadeiro regime de exceção nas mãos do Presidente da República, sem a necessidade de aprovação do Congresso Nacional. Há uma aposta na radicalização como tática diversionista de concentração de poderes pelo Presidente e esvaziamento de quaisquer agendas que não sejam por ele emuladas.

Em 2013, findadas as manifestações populares, o Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas publicou a regulamentação das Operações de GLO (Portaria Normativa nº 3.461/2013/MD). A Portaria alterou pela primeira vez desde a redemocratização o conceito de Força Oponente, que é o conceito central que autoriza o uso da força por parte das Forças Armadas, o qual desde a redemocratização era entendido como as Forças Armadas de outro país soberano que venha a atacar o território nacional. A partir dessa Portaria, a utilização do uso de força militar passou a ser autorizada contra “qualquer grupo interno que instabilize a ordem social”. Além disso, a Portaria ainda previu pérolas como a possibilidade de realizar operações psicológicas junto a população civil brasileira e a autorização para a restrição do livre exercício do jornalismo nas áreas sob intervenção.

Em razão de forte reação de movimentos sociais, a regulamentação foi suavizada (Portaria Normativa Nº 186/MD/2014), embora tenha mantido como força oponente a ideia abrangente e vaga de “agentes de perturbação da lei e da ordem”. Agora, o novo Projeto de Lei retoma o espírito da Portaria original e incluí terrorismo no rol de situações autorizativas para a excludente de ilicitude. Há uma sutil mas clara reorientação político institucional em curso e que poucos estão percebendo. A questão é que não bastam votos em uma democracia; é preciso que as instituições sejam democráticas e sujeitas a mecanismos transparentes de controle e supervisão.

Em seu brilhante livro “Political (in)justice: authoritarianism and the rule of law in Brazil, Chile, and Argentina” sobre os regimes autoritários na América do Sul, o Professor Anthony Pereira, do Kings College de Londres, destaca uma peculiaridade do autoritarismo militar nacional. Diferentemente dos demais países, a ditadura brasileira, embora constitucionalmente ilegal, sempre se preocupou em garantir a legalidade formal mesmo de seus atos mais autoritários, a começar pelos diversos Atos Institucionais, cuidadosamente escritos até milhares de Inquéritos Militares, que registravam todas as perseguições totalmente arbitrárias.

Embora pudesse ter feito tudo o que fez apenas fazendo uso da força, como fizeram as Ditaduras Argentinas, Chilenas e Uruguaias, a Ditadura Brasileira preocupou-se em ser formalmente adequada, seguindo o “melhor” da tradição jurídica brasileira que prima pela forma em detrimento dos princípios do Estado Democrático de Direito.

O Projeto de excludente de Ilicitude em Operações GLO faz parte dessa tradição do legalismo autoritário brasileiro que vem ressurgindo e ganhando mais forças a cada dia no país. Num momento em que o futuro sobre nossa democracia é incerto, a única certeza é que o primeiro Projeto de Lei do novo AI5 já foi apresentado.

* Diretor Executivo do Instituto Cidade Segura e associado do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.