Em 1988, estive na posse de um grande amigo – Paulo Marcos Vieira – que estava ingressando na magistratura. Havia sido promotor de Justiça do mesmo concurso que eu, e, em 1986, quando ingressei na magistratura, ele era o promotor que passou a trabalhar comigo. Não poderia faltar à sua posse como juiz, mesmo porque fui um dos incentivadores para que fizesse o concurso.
Lá na posse, no entanto, além da alegria de ver o “Paulinho Boa Pessoa” ser empossado (hoje ele é juiz em São José do Rio Preto), conheci uma jovem empossanda que me chamou a atenção pelo nome e pela sua forma amiga de se relacionar com os colegas que, juntamente com ela, tomavam posse no cargo de juiz substituto. Seu nome: MARIA LÚCIA PIZZOTtI MENDES (na reportagem faltou o MENDES). PIZZOTTI MENDES, na época, era um nome muito conhecido e respeitado no Ministério Público. Dizia-se ali que ela era “filha do homem”, referindo-se ao respeitadíssimo promotor PIZZOTTI MENDES.
Nunca mais voltei a vê-la, até que um dia, anos depois, a vi no corredor do Fórum Cível Central. Abordei-a e disse-lhe, rapidamente, que ela honrava a magistratura.
Não tronei a vê-la.
E acho possível que hoje, muitos daqueles que com ela tomaram posse no cargo de juiz, sejam hoje seus maiores críticos. Asseguro que “Paulinho Boa Pessoa” (Paulo Marcos Vieira) não, muito embora não o veja há mais de 20 anos.
Quando dois presidentes do TJ, de qualquer Estado do Brasil, em particular de SP, representam buscando a instauração de processo contra um juiz (como foi o caso de Maria Lúcia), é porque esse juiz está fazendo a coisa certa.
Parabéns Desembargadora MARIA LÚCIA PIZZOTTI MENDES! V. Exa. honra o Poder Judiciário!
Ronaldo TOVANI