Parabéns Desembargadora MARIA LÚCIA PIZZOTTI MENDES! V. Exa. honra o Poder Judiciário! 2

Em 1988, estive na posse de um grande amigo – Paulo Marcos Vieira – que estava ingressando na magistratura. Havia sido promotor de Justiça do mesmo concurso que eu, e, em 1986, quando ingressei na magistratura, ele era o promotor que passou a trabalhar comigo. Não poderia faltar à sua posse como juiz, mesmo porque fui um dos incentivadores para que fizesse o concurso.
Lá na posse, no entanto, além da alegria de ver o “Paulinho Boa Pessoa” ser empossado (hoje ele é juiz em São José do Rio Preto), conheci uma jovem empossanda que me chamou a atenção pelo nome e pela sua forma amiga de se relacionar com os colegas que, juntamente com ela, tomavam posse no cargo de juiz substituto. Seu nome: MARIA LÚCIA PIZZOTtI MENDES (na reportagem faltou o MENDES). PIZZOTTI MENDES, na época, era um nome muito conhecido e respeitado no Ministério Público. Dizia-se ali que ela era “filha do homem”, referindo-se ao respeitadíssimo promotor PIZZOTTI MENDES.
Nunca mais voltei a vê-la, até que um dia, anos depois, a vi no corredor do Fórum Cível Central. Abordei-a e disse-lhe, rapidamente, que ela honrava a magistratura.
Não tronei a vê-la.
E acho possível que hoje, muitos daqueles que com ela tomaram posse no cargo de juiz, sejam hoje seus maiores críticos. Asseguro que “Paulinho Boa Pessoa” (Paulo Marcos Vieira) não, muito embora não o veja há mais de 20 anos.
Quando dois presidentes do TJ, de qualquer Estado do Brasil, em particular de SP, representam buscando a instauração de processo contra um juiz (como foi o caso de Maria Lúcia), é porque esse juiz está fazendo a coisa certa.
Parabéns Desembargadora MARIA LÚCIA PIZZOTTI MENDES! V. Exa. honra o Poder Judiciário!

Ronaldo TOVANI

Quem foi que disse que não há negro de alma branca: Sérgio Nascimento de Camargo é um grande exemplo de alma branca , boa e pura ! 11

Nomeado para Palmares que ataca movimento negro é filho de escritor ativista

Sérgio Nascimento de Camargo se descreve como ‘negro de direita’; seu irmão fez um abaixo-assinado contra a nomeação

Sérgio Nascimento de Camargo, novo presidente da Fundação Palmares Foto: Reprodução da internet

São Paulo

Filho de peixe nem sempre peixinho é. Se o novo presidente da Fundação Palmares, Sérgio Nascimento de Camargo, se descreve como “negro de direita” e defende que o Brasil tem “racismo nutella”, seu pai, Oswaldo de Camargo, é especialista em literatura negra e militante do movimento.

Autor de livros como “Raiz de um Negro Brasileiro” e “O Negro Escrito – Apontamentos sobre a Presença do Negro na Literatura Brasileira”, o escritor é um dos mais importantes importante representante do gênero no país.

Oswaldo já foi coordenador de literatura do Museu Afro Brasil, em São Paulo, participou da primeira edição dos Cadernos Negros —importante publicação de literatura afro-brasileira— e foi homenageado com a medalha Zumbi dos Palmares, da câmara de Salvador.

Por seus estudos sobre o poeta negro simbolista Cruz e Sousa, ele ainda recebeu, em 1998, da Secretaria de Cultura de Santa Catarina, a medalha de Mérito Cruz e Sousa.

Minha militância é na literatura” disse, em entrevista para a revista da Câmara Municipal de São Paulo, em março de 2016. “O negro não é só vítima do preconceito, também é vítima da indiferença”, afirmou àquela altura.

O pai, contudo, não seria o único a discordar das ideias do novo presidente. Seu irmão, o músico e produtor cultural Oswaldo de Camargo Filho, o Wadico Camargo, fez um abaixo-assinado contra a nomeação de Sérgio. Até a publicação deste texto, a petição já havia coletado 24 mil assinaturas.

“Tenho vergonha de ser irmão desse capitão do mato. Sérgio Nascimento de Camargo, hoje nomeado presidente da Fundação PALMARES”, escreveu no Facebook.

A nomeação de Sérgio Nascimento de Camargo faz parte de uma mudança na Secretaria de Cultura, comandada por Roberto Alvim semanas após assumir a subpasta, hoje subordinada ao Ministério do Turismo.

Chegam ao governo secretários responsáveis pela promoção da diversidade, pelo fomento e incentivo à cultura (à frente da Lei Rouanet), pela economia criativa, além de um secretário adjunto especial.