Polícia prende ‘falsa babá’ que cuidava dos filhos do chef Erick Jacquin 35

Mulher, que já possuía passagens por furto, se apresentou com nome falso para o jurado do MasterChef. Ela foi presa na madrugada de sábado (2)

Jacquin e sua esposa participavam de um jantar na Capital na noite de sexta-feira (1º). Ele recebeu um alerta a respeito da suposta babá falsa por meio de uma mensagem de WhatsApp. Do local onde estava, o chef francês pediu ajuda a um delegado de polícia para poder investigar a verdadeira identidade da babá.

Na pesquisa, foi verificado que a mulher era Andrea Lopes da Silva, de 38 anos. Para Jacquin, ela se apresentou utilizando o nome da irmã. Segundo a Polícia Civil de São Paulo, ela foi presa na madrugada de sábado (2).

Nesta segunda-feira (4), Jacquin publicou uma foto ao lado de delegados da Polícia Civil de São Paulo por terem resolvido o caso. O chef francês afirmou, ainda, que sua família e seus filhos estão bem.

https://www.atribuna.com.br/noticias/atualidades/pol%C3%ADcia-prende-falsa-bab%C3%A1-que-cuidava-dos-filhos-do-chef-erick-jacquin-1.74386

Elio Gaspari diz que a plateia que aplaudiu Tropa de Elite em 2007, em 2018 elegeu os populistas da lei da bala 16

Quando foi que isso tudo começou?

Plateia que aplaudiu ‘Tropa de Elite’ em 2007 mandou um sinal e ele materializou-se na eleição de 2018

Elio Gaspari

Em 2007, o filme “Tropa de Elite” mostrava uma cena na qual o capitão Nascimento, do Bope da PM do Rio, queria saber onde estava o traficante “Baiano”, espancava um jovem e mandava que o torturassem asfixiando-o com um saco de plástico. Esse momento foi aplaudido em muitas salas do país.

Passaram-se 12 anos, Jair Bolsonaro está no Planalto e Wilson Witzel (Harvard Fake ‘15) governa o Rio de Janeiro. Durante a campanha do ano passado o capitão-candidato foi a um quartel do Bope, discursou e repetiu o grito de guerra de “Caveira!”. Eleito governador, Witzel anunciou sua plataforma para bandidos que empunhassem fuzis: “A polícia vai mirar na cabecinha e… fogo!”.

As plateias de “Tropa de Elite” haviam mandado um sinal e ele materializou-se na eleição. Tudo começou ali. O cidadão que aplaudiu a cena da tortura acreditava que aquele deveria ser o jogo jogado, reservando-se o direito de achar que só se deve torturar quem se mete com traficante ou que só se deve acertar a cabecinha do sujeito que vai para a rua com um fuzil.

Wagner Moura como capitão Nascimento em cena do filme 'Tropa de Elite' (2007)
Wagner Moura como capitão Nascimento em cena do filme ‘Tropa de Elite’ (2007) – Divulgação

Passou-se um ano, não se sabe como o ex-PM Fabrício Queiroz “fazia dinheiro”, e a polícia do Rio acerta não só cabecinhas de bandidos, como também crianças.

O cidadão do aplauso é capaz de fingir que não sabia que esse seria uma das consequências da sua manifestação de felicidade. Por trás da cena do capitão Nascimento havia muito mais.

O repórter Rafael Soares mostrou um aspecto desse desfecho. No dia 13 de novembro de 2014 um PM que servia no Bope tentou convencer o traficante “Lacosta” a executar um major que atrapalhava os negócios do setor: “Manda ver onde mora e quando ele for sair da casa, forja um assalto e rasga ele”.
Depois entrou em detalhes: “Glock com silenciador e carregador goiabada de 100 tiros pow vai brincar com ele. Esse cara tá com marra de brabo”.

Dois meses antes dessa conversa, a PM do Rio havia prendido 23 policiais acusados de extorsão. Entre eles estava o terceiro homem na hierarquia da corporação, sob cujas ordens ficavam os comandantes dos Bopes.

O dilema da segurança nas grandes cidades brasileiras nunca esteve num confronto simples, como a da retórica de Bolsonaro e Witzel, com o capitão Nascimento de um lado e o traficante “Baiano” do outro.

Nas camadas do meio estão policiais, milicianos e todas as combinações possíveis com a bandidagem. Aquilo que começou com o aplauso à cena de “Tropa de Elite” seguiu seu curso e transformou-se numa necropolítica.

Ela finge que combate o crime, mas contém o ingrediente que inibe esse propósito: o PM que queria “rasgar” o major, negociava com o traficante “Lacosta”, a quem chamou de “meu rei”, porque há quem precise de bandido vivo e solto. “Lacosta” vai bem, obrigado. A facção à qual ele se associou foi pioneira na criação de holdings com milícias.

Não há nada de novo nessa constatação. O ex-sargento da PM Ronnie Lessa, acusado de ter participado do assassinato da vereadora Marielle Franco, teve uma carreira complementar à sua atividade no Bope.

Foi guarda-costas de contraventor, teria ligações com a Escritório do Crime e na casa de um de seus amigos guardava 117 fuzis desmontados. Tinha amigos na milícia de Rio das Pedras e uma boa vida, a ponto de ter comprado uma boa casa no condomínio da Barra da Tijuca onde vivia o deputado Jair Bolsonaro.

Elio Gaspari

Jornalista, autor de cinco volumes sobre a história do regime militar, entre eles “A Ditadura Encurralada”.

Secional Centro – Dr. Roberto Monteiro – pessoalmente dá cana em falsa doméstica e receptador de Rolex 11

Hoje de madrugada conduzi presa em flagrante para o 78º DP a falsa Babá Andréa Lopes da Silva, que havia obtido emprego na residência do Chef e apresentador de televisão Erick Jacquin. Estávamos com as esposas na casa de um amigo comum, quando a mulher do Jacquin recebeu um alerta pelo WhatsApp noticiando a ação criminosa da falsa doméstica. Usando as técnicas de investigação,
consegui desvendar a verdadeira identidade dessa pessoa, que se apresentava como Ângela Maria Lopes Santos. Assim como descobrir que a mesma Babá já havia furtado, pelo menos, um relógio da vítima.
Já na Distrital, com a ajuda da equipe do Delegado de Polícia Luís Guilherme, logramos identificar o receptador Sérgio Whashington Talarico. Em diligência realizada nesta tarde, o mesmo receptador foi preso quando pegava a caixa do relógio furtado, franqueando logo depois a entrada dos policiais civis na sua casa e loja (no centro de SP), onde foram aprendidos o relógio do Jacquin e mais outros relógios, entre eles 10 da marca Rolex. A furtadora e o receptador estão presos. Parabéns a todos pela dedicação, competência e redobrado empenho. Fica a lição: todo cuidado é pouco na hora de contratar funcionários para o trabalho doméstico.
Aqui no Estado de São Paulo, lugar de bandido é na cadeia!A imagem pode conter: 2 pessoas

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SECCIONAL DE AMERICANA – Promotoria e Corregedoria prendem cinco policiais que davam segurança a jogos de azar 8

Promotoria e Corregedoria prendem cinco policiais que davam segurança a jogos de azar

Operação Belaggio, nas cidades de Americana e Santa Bárbara d’Oeste, no interior paulista, apreendeu R$ 200 mil

Pedro Prata

04 de novembro de 2019 | 16h56

O Ministério Público de São Paulo e a Polícia foram às ruas de Americana e Santa Bárbara D’Oeste, no interior de São Paulo, nesta segunda, 4, para investigar e prender policiais civis e militares que estariam trabalhando como seguranças de casas de jogos de azar.

Foram apreendidos cerca de R$ 200 mil. Foto: Pixabay/@stokpic/Reprodução

Cerca de 170 policiais militares, 10 promotores de Justiça, 2 delegados da Corregedoria da Polícia Civil e quatro policiais civis cumprem 20 mandados de busca e apreensão e 10 de prisão no âmbito da Operação Bellagio.

Entre os presos estão três policiais militares e dois policiais civis. Houve apreensão total de R$ 200 mil.

As informações são da Assessoria de Comunicação do Ministério Público de São Paulo.

As investigações mostram que os agentes utilizavam de sua função pública para atuar na segurança dos locais de exploração do jogo de azar.

Com o apoio da Corregedoria da Polícia Civil, foram identificados agentes que também estariam integrados na organização criminosa e que praticavam atos de corrupção.

COM A PALAVRA, A POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

“A Corregedoria da Polícia Militar realizou, nesta segunda-feira (04), uma operação em conjunto com a Corregedoria da Polícia Civil e Ministério Público de São Paulo. Participaram da ação cerca de 170 PMs e seis policiais civis, além de promotores de justiça para o cumprimento de 20 mandados de busca e apreensão e 10 de prisão. Entre os presos estão três policiais militares e dois policiais civis.

O caso trata de investigação iniciada pela Corregedoria da Polícia Militar para apurar o envolvimento de policiais militares em atividades ilícitas relacionadas a jogos de azar.”

COM A PALAVRA, A POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO

A reportagem aguarda o posicionamento da Polícia Civil de São Paulo. O espaço está aberto para manifestação