DISCURSO DE UM PUXA-SACO DO GOVERNO – Vai a merda deputado Roque Barbiere: ser policial é profissão …Quem não precisa de salário são políticos despreparados como Vossa Excelência…E vagabundo não é homem que vai ao mercado, vagabundo é quem fica fumando no carro oficial enquanto o motorista vai fazer a compra! 48

O município de Birigui a partir de agora de “Cidade-pérola” passa a ser conhecida como cidade das pérolas fecais do deputado Roquinho…

Que merda, porra caralho! 

 

 

 

Delegado Edison Remigio de Santi afirma que LULA não mandou matar CELSO DANIEL: “o Ministério Público, no afã de mostrar que sabe investigar mais que a Polícia Civil confundiu a opinião pública apresentando à sociedade a TEORIA DA CONSPIRAÇÃO ” 39

 

Prezados Senhores, tomo a liberdade de dirigir-me ao responsável pelo Blog e respectivos leitores para esclarecer, de forma sucinta, pontos importantes acerca do esclarecimento do seqüestro seguido de morte de Celso Augusto Daniel, eis que o Ministério Público, no afã de mostrar que sabe investigar mais que a Polícia Civil, confundiu a opinião pública apresentando à sociedade a “teoria da conspiração”, fato que, infelizmente, provoca discussões até os dias atuais, causando-me espanto que até nossos próprios colegas desconfiam do nosso trabalho.

O arrebatamento de Celso Daniel ocorreu na noite do dia 18 de janeiro de 2.002, na conhecida rua dos três tombos, Vila das Mercês, área do 26º Distrito Policial, e na manhã de domingo, 20 de janeiro, seu corpo foi encontrado numa estrada de terra em Juquitiba, alvejado por disparos de uma pistola de calibre nominal 9 mm.

Não foram feitos contatos telefônicos com parentes ou assessores do prefeito de Santo André, apenas duas ligações efetuadas para o telefone celular de Celso Daniel logo após o seqüestro, as quais registraram a ERB da conhecida favela Pantanal, localizada na divisão de São Paulo com Diadema, mais precisamente no Jardim Luso, zona sul, sendo este indicativo importante para a investigação.

Uma força tarefa foi criada para apurar o crime, composta pelo DHPP, Polícia Federal e Ministério Público, com dois membros de Santo André e um de Itapecerica da Serra.

Após recebimento de uma denúncia, este Delegado de Polícia, que atuava na época como Titular da 2ª Delegacia de Investigações Sobre Crimes Contra o Patrimônio – DEIC, foi autorizado a realizar uma diligência para apurar o denunciado, haja vista que inúmeras denúncias passaram a ser feitas sobre o caso, sendo certo que, juntamente com os demais policiais civis da unidade especializada, diligenciamos na rua do Guacurí, 80 F, Jardim Luso, um imóvel que havia funcionado como bar , porém estava abandonado, com o portão de correr apenas abaixado, onde localizamos a primeira prova da passagem do prefeito por aquela comunidade, ou seja, um recibo de plano de saúde Sul América em nome de Celso Augusto Daniel. A partir daí, passamos a integrar a força tarefa.

O DEIC ficou encarregado de investigar a quadrilha da favela Pantanal, com objetivo de identificar os seus integrantes, motivo pelo qual instauramos um inquérito policial de formação de quadrilha, atual tipificação – associação criminosa, cabendo ao DHPP manter o inquérito sobre o homicídio e a Polícia Federal com o foco na prefeitura, seus integrantes e empresas com relações junto ao órgão municipal.

A bem da verdade, a partir do momento em que informamos possuir alguns apelidos de criminosos da favela Pantanal, muita gente passou a correr atrás dos bandidos, atrapalhando nossa investigação. Isso a gente entende, pois o velho ditado nos indica que “bandido na rua não tem dono”, é de quem chegar primeiro.

Atuamos nessa investigação durante um ano e, com o esforço de todos policiais do DEIC envolvidos nos trabalhos, chegamos ao final com o total esclarecimento do crime – seqüestro seguido de morte, perpetrado por ladrões comuns que, no período em que o seqüestro foi banalizado, passaram a praticar seqüestros para fins de extorsões, sem que tivessem organização, inteligência e logística para esse tipo de atividade criminosa, salientando que as exigências financeiras começavam em milhões e acabavam finalizadas em milhares de reais.

Identificamos vinte e seis pessoas envolvidas com a quadrilha, sendo certo que sete delas estavam ligadas diretamente ao seqüestro de Celso Augusto Daniel, tratando-se de Ivan Rodrigues da Silva, vulgo Monstro, Itamar Messias Silva dos Santos, vulgo Zóio de Gato, Rodolfo Rodrigues dos Santos Oliveira, vulgo Bozinho, Elcyd Oliveira Brito, vulgo John, Marcos Roberto Bispo dos Santos, vulgo Marquinhos, José Edison da Silva, vulgo Edison, e Laércio dos Santos Nunes, vulgo Lalo, adolescente à época dos fatos.. Nós, pelo DEIC, prendemos vinte e um criminosos da quadrilha, tendo a Polícia Federal prendido três, o DHPP um, a delegacia de área – 98º Distrito Policial um e a Polícia Militar mais um.

As prisões efetuadas pela Polícia Federal deram-se através de informações passadas por nós, eis que alguns indivíduos são originais de Itabuna – BA, e para lá fugiram após o crime, tendo Itamar e Rodolfo sido presos pelos Agentes Federais retornando para São Paulo, já em Aparecida.

Cumpre-me ressaltar que após o arrebatamento, Celso Daniel passou pela favela Pantanal, conduzido dentro de um veículo GM Blazer, cor verde, e colocado no porta mala de um veículo VW Santana, cor azul, e daí removido por José Edison da Silva a um Sítio alugado pela quadrilha em São Lourenço da Serra. O veículo VW Santana foi abandonado, posteriormente, na região de Taboão da Serra.

A quadrilha tinha um alvo para seqüestrar – um comerciante do CEAGESP, possuidor de um veículo Dakota, cor vermelha, o qual foi seguido por José Edison, porém a seguidinha não deu certo e, para não perderem viagem, optaram pelo primeiro veículo de valor, como de fato se deu, ao avistarem a Pajero do amigo e assessor do prefeito, Sérgio Gomes da Silva, de apelido Sombra.

A realidade dos fatos é que os bandidos não sabiam que Celso Daniel era prefeito e apavoraram-se quando a Globo noticiou, já na madrugada de sábado, o seqüestro de Celso Daniel. Além disso, os registros das ligações na ERB próxima da favela, levaram vários policiais para aquela localidade, o que deixou os meliantes preocupados. Na manhã do sábado, todos os demais veículos de imprensa noticiaram o crime, eis que a Globo não segurou a notícia durante a noite, alegando que seus telespectadores tinham direito à notícia. Apenas para ilustrar, os demais veículos tinham um acordo de cavalheiros para não noticiar seqüestros, visando preservar as vidas dos seqüestrados, mas a TV Globo não acompanhou os demais canais de comunicações e divulgou o fato.

Na manhã de sábado, dia 19 de janeiro de 2.002, Ivan Rodrigues da Silva, vulgo Monstro, líder da quadrilha, ordenou a libertação da vítima, porém, os responsáveis pelo cativeiro, José Edison e Lalo, decidiram executá-lo, pois ele poderia reconhece-los no futuro. Apenas para salientar, treze dias antes José Edison e Lalo seqüestraram um travesti, o qual foi visto trafegando na área do Butantã com um veículo Audi, levando-o para o mesmo cativeiro por onde Celso Daniel passou dias depois e, porque o travesti não tinha como levantar o dinheiro pretendido por eles, executaram-no numa estrada de terra situada em Miracatu, próximo do local onde Celso Daniel foi morto treze dias depois.

Todos os indivíduos investigados por nós, foram condenados, inicialmente, às penas de sete anos pelo crime de formação de quadrilha e, posteriormente, os sete elementos envolvidos no seqüestro e morte de Celso Daniel foram condenados a penas que variam entre 19 e 24 anos de reclusão. Todos esclareceram minuciosamente que o crime foi um seqüestro para fim de extorsão, e não crime de mando como o Ministério Público aventou posteriormente. Aliás, quando prendemos Ivan Rodrigues da Silva, vulgo Monstro, em atividade, três meses depois da morte de Celso Daniel, ele nos levou a um cativeiro em Santa Isabel, uma casa onde mantinham três vítimas presas dentro de um quarto, sendo que um menino de nove anos estava prestes a ser libertado pela quantia de vinte e oito mil reais, pois é, esse era o naipe da quadrilha – seqüestros de curtas durações e baixos valores de resgates.

Ademais, as confissões inicialmente no DEIC, depois do DHPP, e também na Polícia Federal, além dos demais indicativos, levaram-nos ao esclarecimento de crime comum, sem motivações políticas. Os três órgãos chegaram à mesma conclusão. Posteriormente, a pedido do Ministério Público, o caso foi reaberto e concluído no 78º Distrito Policial, cuja Autoridade Titular chegou à mesma conclusão, afastando, assim, a possibilidade de “conspiração”.

Finalizando, respeitosamente, informo que nossos trabalhos culminaram com as libertações de cinco vítimas presas em cativeiros, cujas sensações de dever cumprido não tem preço. Quanto ao amigo do prefeito, acusado pelo Ministério Público de ser mandante do crime, ficou meses preso preventivamente e morreu antes de ir a julgamento, eis que o processo a que estava sendo submetido foi cancelado pelo STF por cerceamento de defesa, e os novos atos determinados pelo Ministro Marco Aurélio de Mello nem chegaram a ser realizados.

Muito obrigado pela atenção

Edison Remigio de Santi
Delegado de Polícia

 

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Muito nos honra o testemunho de quem viveu os fatos…

O leitor – especialmente os policiais – que tirem as próprias conclusões.

Na época do crime, LULA era apenas o eventual adversário do candidato indicado pelo PSDB do então Presidente FHC.

Ou seja: OPOSIÇÃO!

A Polícia Civil era toda Tucana e encantada com o sucessor – causa morte – de Mário Covas: Dr. Geraldo Alckmin!

Como se leu desse verdadeiro relatório de um dos delegados que atuaram nas investigações: todos os trabalhos foram realizados por diversos órgãos : DEIC, DHPP, DECAP, POLÍCIA FEDERAL  e MINISTÉRIO PÚBLICO …

Se a Polícia Civil fosse adepta de inventar teorias conspiratórias: O LULA JAMAIS TERIA SIDO ELEITO EM 2002!

Saudações SANTISTAS, Dr. de Santi!

P.S. – Para descontração, mantendo o respeito e seriedade ao assunto ,  pois ainda é preferível as paixões futebolísticas às políticas!