O Dope (Departamento de Operações Policiais Estratégicas) mostrando para o que veio 13

Polícia estoura seis bingos em SP e leva mais de 40 para delegacia

Investigação resultou na apreensão de quase 300 máquinas de jogos de azar em quatro regiões da cidade

  • Alfredo Henrique
SÃO PAULO

A polícia estourou na noite desta quinta-feira (29) seis imóveis usados como bingos clandestinos na região central e nas zonas norte, sul e oeste da capital paulista. Mais de 40 pessoas foram encaminhadas para a delegacia e cerca de 300 máquinas de jogos de azar acabaram apreendidas. Entre os detidos estavam jogadores e funcionários.

Segundo o Dope (Departamento de Operações Policiais Estratégicas), policiais investigaram os seis endereços, constatando que os imóveis eram usados como fachada para casas de jogo.

Policiais em um dos seis bingos que foram estourados nesta quinta-feira (29) na capital paulista –Divulgação/Polícia Civil

Na região central, foram apreendidos 39 monitores de jogos, folhas de cheque, dois rádios portáteis e R$ 680 em dinheiro em um bingo localizado na alameda Itu. Já na rua Padre João Manuel, policiais encontraram 41 máquinas de jogos e R$ 960.

Em um imóvel na avenida Antônio de Salles Penteado, na zona oeste, foram apreendidos 44 equipamentos de jogos, uma máquina para cartões de débito e crédito, contabilidade e R$ 1.327. Em outro endereço, na Vila Leopoldina (também na zona oeste) foram apreendidos 62 máquinas de caça-níquel.

Durante a ação, policiais também apreenderam 53 monitores de jogos na Freguesia do Ó (zona norte), além de 52 monitores de bingo no Campo Limpo (zona sul).

Todos os locais foram periciados. As pessoas detidas foram encaminhadas ao 78º DP (Jardins, na região central), onde foram fichadas e em seguida liberadas. Todo o material apreendido foi encaminhado para análise.

Projeto para acabar com delegacias divide área da Segurança Pública 15

Especialistas dizem que medida é inconstitucional e impactará no policiamento ostensivo feito pela PM. De outro lado, associações falam em solução para otimizar recursos e investigações

Por GUSTAVO RIBEIRO

Na Cidade da Polícia, Witzel participou da destruição de material pirata apreendido e disse que primeiro distrito policial será na Tijuca

Na Cidade da Polícia, Witzel participou da destruição de material pirata apreendido e disse que primeiro distrito policial será na Tijuca – Reginaldo Pimenta
Rio – O anúncio do governador Wilson Witzel (PSC), que divulgou ontem um projeto para acabar com o modelo atual das delegacias, dividiu opiniões na área de segurança pública. Ele pretende transferir os registros de ocorrências, em todo o estado, para a Polícia Militar. A proposta é realocar os policiais civis em 40 distritos, que funcionarão em imóveis que ainda serão construídos, começando pela Tijuca. Cada imóvel, segundo o governador, custará cerca de R$ 30 milhões — num total de R$ 1,2 bilhão. No primeiro andar, ficarão os PMs com a atribuição de atender a população.
Witzel explicou que a ideia de retirar dos policiais civis a tarefa de registrar ocorrências permitirá que os agentes se concentrem no trabalho de investigações, atribuição da Polícia Civil. Atualmente, 139 delegacias distritais fazem esse serviço, além de 25 especializadas. O governador não especificou, no entanto, se todas entrarão no pacote de mudança proposto.
“Cada distrito vai custar R$ 30 milhões, mas vai dar dignidade e uma nova dimensão para o policial civil. Esse conceito de delegacia é custoso. Se nossa receita fosse de R$ 200 milhões ao ano, teríamos 200 delegacias”, disse o governador, ontem, durante solenidade de destruição de material pirata na Cidade da Polícia.
“Quando eu digo que precisamos colocar a Polícia Civil no segundo andar da delegacia, não é que eu queira fechar as delegacias, no sentido de extinguir a Polícia Civil. O policial civil tem um papel na investigação mais relevante”, acrescentou, voltando-se para o secretário de Polícia Civil, Marcus Vinicius Braga, e dizendo: “Desapega”.
Segundo o governador, o primeiro distrito será criado na Tijuca, na área do 6º BPM, e os batalhões funcionarão integrados às delegacias nos novos prédios. “As estruturas, hoje, precisam ser reformadas. Tanto delegacias, quanto batalhões. Em vez de reformar estruturas antigas, a minha proposta é construirmos o distrito policial”, justificou Wilson Witzel.
O governador lembrou que o modelo já está em teste na Ilha do Governador. Desde junho, PMs estão registrando boletins de ocorrência nas ruas, com tablets.
Especialista: Witzel quer algo que ‘a lei não permite’
Para o presidente do Instituto de Criminalística e Ciências Policiais da América Latina, José Ricardo Bandeira, o modelo anunciado demandaria mudança na legislação. Isso porque, ao contrário dos Estados Unidos, que possui uma polícia unificada em distritos, a lei brasileira prevê duas polícias — Civil e Militar — com atribuições diferentes. “Seria o modelo ideal, se tivéssemos uma única polícia. Ele está pegando algo que a lei não permite e criando uma ‘jabuticaba'”.
Bandeira apontou outros riscos. Entre eles, piora no atendimento ao público. “Com 150 delegacias, há um atendimento pulverizado. Mas com 40 distritos, muitos locais não terão mais acesso a atendimento por perto”, destacou. Outro impacto, na visão de Bandeira, é a redução do policiamento ostensivo nas ruas, feito pela PM. “Teríamos um déficit muito grande de policiais nas ruas efetuando o combate ao crime. Vai causar aumento da criminalidade”, acrescentou.

Deputada Martha Rocha: proposta de Witzel é inconstitucional – REPRODUÇÃO DO FACEBOOK

A deputada Martha Rocha, que já foi chefe da Polícia Civil no governo de Sérgio Cabral, também vê inconstitucionalidade: “Não consigo entender a eficiência dessa decisão, nem como ela pode ser adotada, se contraria a Constituição. Ele está mudando o perfil da atividade da Polícia Militar”, reforçou. Ela também criticou os custos para construção dos distritos. “De acordo com o Secretário de Fazenda, será necessário fazer uma movimentação no orçamento, porque ainda faltam cerca de R$ 1,8 bilhão para fechar a última folha de pagamento. Se falta dinheiro para o pagamento, como vamos conseguir construir 40 distritos policiais? O que será feito com as delegacias que existem?”.

Antonio Rayol, delegado federal aposentado, fala em proposta eleitoreira para levantar a imagem da Polícia Militar. “Esses R$ 30 milhões poderiam ser melhor aplicados aumentando os recursos da Polícia Civil, e não fechando delegacia”, concluiu.
Representantes da Segurança são favoráveis
O anúncio feito pelo governador Wilson Witzel foi elogiado por representantes da Segurança Pública, como o presidente da Associação Brasileira dos Profissionais de Segurança do Rio de Janeiro, Vinícius Cavalcante. “É um avanço e será uma solução para otimizar recursos, uma vez que o estado não tem dinheiro para novas contratações”, defende. Para ele, como a Polícia Civil sofre com pouco efetivo, poderá se dedicar às atividades-fim, como as investigações.

Presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Rio (Sindpol), Marcio Garcia opinou no mesmo sentido. “A missão constitucional e atividade-fim da Polícia Civil é a investigação criminal, portanto não há problemas dos registros menos complexos serem confeccionados pela PM, numa base de dados compartilhada com os investigadores”. Para ele, “deixando o policial civil investigar, a sociedade ganha com a celeridade, a PM não fica presa na delegacia e a Polícia Civil ataca o que é importante e grave”.

Deputado Delegado Carlos Augusto: medida pegou de surpresa – Vanessa Ataliba/Parceiro
Hoje deputado, o delegado Carlos Augusto (PSD) diz que a medida de Witzel o pegou de surpresa e, segundo ele, nada foi apresentado à Comissão de Segurança Pública. “É uma ideia nova. Mas se for ruim para a população, e se for um processo que vai prejudicar o andamento das investigações, serei terminantemente contra”, diz o deputado.
Destruição de material apreendido
Na cerimônia realizada ontem, na Cidade da Polícia, foram destruídas 40 toneladas de produtos falsificados. O material é fruto de 80 apreensões deflagradas desde o início do ano passado, pela Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial. Entre os objetos inutilizados estavam cigarros, óculos, calçados, bolsas falsas de grife, além de acessórios e produtos eletrônicos.
O delegado titular, Maurício Demétrio, enfatizou que a Lei 8.377/19, de autoria do deputado estadual Jorge Felippe Neto (PSD), aprovada em abril, permitiu que os materiais sejam destruídos sem ordem da Justiça com o trânsito em julgado. Ele ressaltou, ainda, que seis policiais civis, que trabalhavam nos depósitos, passariam a ser liberados para outras funções. “Isso demorava de 4 a 5 anos. Hoje é de 10 a 15 dias. Eu destruo o material só com o laudo pericial”

Seccional Centro realiza grande operação na região conhecida por “Boca das Motos”; 14 lojas foram lacradas 29

Operação nas ruas onde tem comércio de motos e peças área do 3dp

100 policiais civis
119 guardas civis metropolitanos (canil)
50 agentes administrativos ( detran , prefeitura, procon)
60 viaturas
150 pessoas abordadas
250 motocicletas consultadas (placas e chassis)
50 estabelecimentos comerciais vistoriados
Consulta de mais de 3mil peças entre motores, quadros e demais acessórios
16 autuações administrativas
14 interdições (lacração e emparedamento)
1 motor adulterado
2 detidos ( procurado e receptação)

 

Bolsonaro diz que assinará indulto de natal para policiais presos “injustamente” por pressão da mídia 17

Bolsonaro diz que vai adotar caneta Compactor porque ”Bic é francesa”

Segundo o presidente, a nova marca será usada para assinar o indulto de fim de ano para policiais presos ”injustamente”

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, na noite desta quinta-feira (29/8), que indultos de fim de ano serão dados a “policiais presos injustamente”, que teriam sido condenados por “pressão da mídia”.
A assinatura do documento seria feita “com caneta Compactor porque a Bic é francesa”, falou rindo o presidente em live transmitida pelo Facebook, ao sugerir um boicote à França.
O presidente ainda chamou o dinheiro oferecido pelo presidente francês, Emmanuel Macron, para combater incêndios na Amazônia de “esmola”. “O Brasil vale muito mais do que 20 milhões de dólares”, afirmou. “O Macron me acusou de mentiroso, colocou em jogo a nossa soberania sobre a Amazônia”, completou.
A tensão entre os dois países começou quando o presidente francês, Emmanuel Macron, criticou a forma como Bolsonaro está lidando com as queimadas na Amazônia. Depois de o presidente brasileiro ofender a primeira-dama francesa com um comentário em uma rede social, Macron declarou que  “espera que brasileiros tenham presidente à altura do cargo”. Com isso, Bolsonaro disse que só aceitaria o dinheiro francês com um pedido de desculpas de Macron.
Bolsonaro ainda disse que verbas que vêm de outros países acabam indo para ONGs, e que na opinião dele, “o problema não é desmatar é desmamar esse pessoal”.

Terras indígenas em pauta

Na mesma oportunidade, Bolsonaro voltou a falar da demarcação de terras indígenas. De acordo com o presidente, hoje 14% do território nacional recebe essa classificação e que, se ele atendesse a todos os pedidos que existem, esse número subiria para 20%. “A agricultura vai ficar inviabilizada. Eu não vou usar minha caneta, a não ser que seja obrigado, para demarcar mais áreas”, decretou.
O general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que estava ao lado do presidente, acrescentou que as demarcações já existentes precisam ser revistas. “Essas demarcações merecem todas ser revistas porque existem provas de fraudes”, disse.

Imprensa como inimiga

Boa parte da live foi dedicada a críticas à mídia. De acordo com Bolsonaro, a imprensa “potencializa” e muitas vezes “mente”. Entre as críticas do presidente, está a derrubada do veto pelo Congresso Nacional à lei da fake news nesta quarta-feira (28/8). O veto ocorreu em junho, quando a Lei nº 13.834/2019, que atualiza o Código Eleitoral, chegou à mesa do presidente da República e aumenta para até oito anos a pena para quem propaga notícias falsas em eleições.
Para Bolsonaro, não há sentido na pena estabelecida pela publicação de notícias falsas por cidadãos e porque os erros de jornalistas não são punidos da mesma forma. “A imprensa vive errando porque o repórter não pode pegar oito anos de prisão?”
De acordo com ele, “acontece” da pessoa enviar uma notícia que  não seja verdade. “Um clique você pega uma pena maior do que um ‘teco'”, afirmou comparando a propagação de fake news com um homicídio.

Como uma academia de polícia veio parar na USP? 4

Instituição que forma policias civis fez parte da Universidade quando era um Instituto de Criminologia

Por Crisley Santana

Ao entrarmos e sairmos do campus central da USP pelo portão principal, é praticamente inevitável avistar o majestoso prédio da Academia de Polícia Civil “Dr. Coriolano Nogueira Cobra” (Acadepol), instalada na Portaria 1. Mas por que ela está ali, e desde quando?

Foi o que me perguntei ao ver o prédio pela primeira vez, em 2015. Estava no ensino médio e vim à USP para o “Show de Física”, apresentação de fenômenos científicos promovida pelo Instituto de Física (IF).

Depois que me tornei caloura, o prédio não me despertou tanta atenção, até o dia em que, conversando com um motorista de aplicativo, ele perguntou: “E aquele prédio da polícia, funciona?”. Eu não soube responder e decidi investigar.

Para minha surpresa, não foi difícil descobrir. Entrei em contato com a Acadepol e fui informada de que estava em cartaz uma exposição sobre os 50 anos do prédio. Chegando nele, descobri um espaço imenso, aberto e cheio de salas. Não houve nenhum obstáculo para entrar na exposição.

Observei fotos da construção e li matéria de jornal contando como o prédio foi parar na USP. As informações foram confirmadas pela Delegada de Polícia, Carla Del Nero.

Voltando no tempo

 A Polícia Civil de São Paulo possui escola de formação desde 1934. Era a chamada Escola de Polícia, depois Instituto de Criminologia do Estado de São Paulo. Reformulado em 1939, incorporou os ensinos superior, técnico e profissional, como os cursos superiores de Criminologia para formar Delegados de Polícia e de Criminalística, os famosos Peritos Criminais.

Foi quando a atual Acadepol passou a fazer parte da USP. Por decisão do Conselho Universitário (CO), foi juntada aos Institutos Complementares da Universidade em sessão realizada no dia 16 de janeiro de 1939.

Segundo Carla Del Nero e os registros da exposição, a escolha do terreno partiu da Secretária de Segurança Pública (SSP). O diretor da então Escola de Polícia acionou a Procuradoria do Patrimônio Imobiliário para pedir desapropriação de um espaço onde pudesse ser construído um novo abrigo para o ensino policial. Por Decreto de abril de 1939, o governo do Estado declarou o terreno onde está a Acadepol de utilidade pública, passando-o à administração da SSP.

Ainda naquele ano, foi assinado o convênio com a USP para a construção do prédio que ficou a cargo do Fundo para Construção da Cidade Universitária, responsável também pelo Plano Diretor, as projeções urbanísticas e arquitetônicas da obra.

Em 1969, o Instituto virou, finalmente, a Academia de Polícia de São Paulo que vemos na USP. O dia exato do início das atividades: 11 de maio de 1970.

A Academia deixaria de compor o quadro de Institutos Complementares da Universidade de São Paulo 15 anos mais tarde. O motivo? Deixemos para outra edição.

Como uma academia de polícia veio parar na USP?

Bico do delegado para complementar salário: cultura canábica…( Vergonhoso! ) 2

Delegado é preso suspeito de cultivar maconha em cobertura na Pampulha; confira as fotos

José Vítor Camilo
jcamilo@hojeemdia.com.br
29/08/2019 – 18h13 – Atualizado 18h52

Dezenas de pés de maconha, estufa para o cultivo e sementes da planta foram apreendidos no local

Dezenas de pés de maconha, estufa para o cultivo e sementes da planta foram apreendidos no local

O delegado da Polícia Civil (PC) Felipe Cordeiro, de 48 anos, foi preso na manhã desta quinta-feira (29), em Belo Horizonte, após serem encontrados, na cobertura de um apartamento dele, no bairro Itapoã, na região da Pampulha, dezenas de pés de maconha. Agora, segundo a própria instituição, ele responderá por tráfico de drogas e associação para o tráfico.

Dentro do imóvel, os militares localizaram vários pés de maconha de vários tamanhos, sementes da planta, uma estufa climatizada usada no cultivo e vários outros apetrechos para o plantio. Em fotos que circulam nas redes sociais, é possível contar pelo menos 10 pés grandes da planta e outros 20 de tamanho médio e mudas.

Por se tratar de um oficial de outra corporação, a PM acionou a Corregedoria Geral da PC, que assumiu a ocorrência e fez a prisão em flagrante do policial. Além dele, um jovem de 20 anos, que estava na casa, também foi preso pelos mesmos crimes.

Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da PC confirmou, por meio de nota, que o delegado foi preso. “Ele será encaminhado à Casa de Custódia do Policial Civil. Um outro homem, de 20 anos, também foi preso e encaminhado ao sistema prisional”, completa o texto.

Defesa do policial não foi encontrada

Hoje em Dia tentou localizar o advogado do policial. Segundo o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindipol-MG), os advogados da instituição ainda não tiveram acesso ao delegado Felipe Cordeiro, sendo que a última informação recebida por eles foi que o oficial preso foi encaminhado para a Corregedoria e, depois, seria levado para o Instituto Médico Legal (IML), onde passaria por exame de corpo de delito.

O sindicato espera ser procurado pelo delegado entre a noite desta quinta e a manhã desta sexta-feira (30), já que ele é filiado e pode contar com o auxílio jurídico em sua defesa no caso.

Dezenas de pés de maconha, estufa para o cultivo e sementes da planta foram apreendidos no local

Policiais do 78º DP encontram Delegado da Polícia Civil de Mato Grosso morto dentro de apartamento em São Paulo 1

Delegado da Polícia Civil de Mato Grosso é encontrado morto dentro de apartamento em São Paulo

DA REDAÇÃO / MATO GROSSO MAIS
redacao@matogrossomais.com.br

Reprodução

O delegado da Polícia Civil de Mato Grosso, Israel Pirangi Santos, de 40 anos, que era titular da Delegacia de Diamantino, unidade da Regional de Diamantino, foi encontrado morto, em  um apartamento, na cidade de São Paulo (SP), na madrugada desta quarta-feira (28.08).

Ele foi para São Paulo no dia 21 de agosto, para retorno de uma consulta médica, referente a tratamento de saúde que passava. Ao lado de seu corpo foi encontrada uma carta pedindo privacidade e respeito à situação.

Sem notícias desde o último domingo (26),  policiais de Diamantino pediram ajuda à Polícia Civil do 78 Distrito Policial de SP, que esteve em seu apartamento, constando a morte nesta madrugada. O corpo foi encontrado já em estado de decomposição.

Israel Pirangi Santos era natural de Brasília, no Distrito Federal, e delegado da Polícia Civil de Mato Grosso desde 13 de janeiro  de 2014, quando tomou posse no cargo.

Ele atuou como delegado nas cidades de Alta Floresta, Guarantã do Norte, Nova Monte Verde, Peixoto de Azevedo. Por último, estava na lotado em Diamantino desde junho de 2018.

O delegado geral da Polícia Civil, Mário Dermeval de Resende, lamentou a morte prematura do delegado e estendeu condolências a sua família, colocando à disposição de todos os familiares à Polícia Civil de Mato Grosso, no auxílio do que for necessário, neste momento de dor e tristeza.

“Era um delegado que desde 2014 prestava trabalhos na Polícia Civil com muita qualidade e isso foi marco em breve sua carreira. Infelizmente acabou nos deixando e fará muita falta à instituição que sempre o lembrará pela qualidade enquanto ser humano e profissional de segurança pública”, lamentou.

O delegado era solteiro, deixou pai, mãe e três irmãos, que moram em Brasília (DF). O corpo será transladado para o Distrito Federal, local em que deve ser sepultado

Entrou de gaiato no navio – ‘Estou cogitando deixar o PSL’, diz Major Olimpio 19

‘Estou cogitando deixar o PSL’, diz Major Olimpio

O senador Major Olimpio (PSL-SP) - 18.jan.2019 - Simon Plestenjak/UOL

O senador Major Olimpio (PSL-SP) Imagem: 18.jan.2019 – Simon Plestenjak/UOL

Camila Turtelli

Brasília

28/08/2019

O senador Major Olimpio (PSL-SP) disse ao Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que está pensando em deixar o PSL. “Eu aprendi na vida que são os incomodados que se mudam. Então, se eu estou incomodado, devo me mudar”, disse.

Olimpio, que é líder do partido no Senado, era presidente estadual do partido até abril do ano passado, mas deixou o comando na mão do deputado Eduardo Bolsonaro. Desde então, o senador vem cultivando alguns atritos com a nova diretoria estadual. Sem entrar em detalhes, ele alega apenas que vem tendo “alguns incômodos” que o levam a considerar essa saída do partido.

Olimpio diz que, se decidir por deixar a legenda de Jair Bolsonaro, ficará sem partido, mas não nega a possibilidade de ir para outra legenda como o Podemos. “Lá todos são meus amigos”, diz sobre o partido presidido pela deputada Renata Abreu.

O senador disse que não chegou a conversar ainda com os líderes do PSL sobre sua possível saída e diz que não precisa pedir permissão a ninguém para deixar o partido

Bolsonaro quer congelar promoções e adicionais dos servidores públicos 12

Governo quer propor congelamento de progressões de servidores

A medida integra um conjunto de ações que poupariam mais de R$ 10 bilhões em despesas obrigatórias no ano que vem

Idiana Tomazelli e Adriana Fernandes, O Estado de S.Paulo

28 de agosto de 2019 | 23h33

BRASÍLIA – O governo quer propor o congelamento das progressões de servidores públicos nas carreiras para economizar recursos em 2020, segundo apurou o Estadão/Broadcast.

A medida integra um cardápio de ações que poupariam mais de R$ 10 bilhões em despesas obrigatórias no ano que vem, iniciativa necessária para fechar a proposta orçamentária de 2020 sem risco de estouro do teto de gastos (regra que impede o crescimento das despesas acima da inflação) e sem sacrificar tanto as despesas com custeio da máquina e investimentos, hoje já estranguladas.

Orçamento do governo prevê salário mínimo de R$ 788 em 2015

Gasto com pessoal é um dos que mais crescem, ao lado dos benefícios previdenciários. Foto: Fabio Motta/Estadão

De acordo com o tempo de serviço, os servidores avançam na carreira e ganham aumentos salariais. Na carreira de auditor-fiscal da Receita Federal, por exemplo, o funcionário hoje começa ganhando R$ 21 mil mensais e vai progredindo com os anos, até chegar à remuneração de R$ 27,3 mil mensais.

A intenção do governo é congelar as progressões que seriam chanceladas no ano que vem como medida emergencial para poupar recursos. Mesmo sem reajustes para o funcionalismo, o gasto com pessoal é um dos que mais crescem, ao lado dos benefícios previdenciários.

Segundo apurou o Estadão/Broadcast, a maior parte das medidas que estão sendo elaboradas pelo governo deve ser encaminhada via Medida Provisória, que tem vigência imediata. Uma reunião foi realizada no início da noite desta quarta-feira (28) no Palácio do Planalto para tentar definir ações adicionais para fechar as contas do ano que vem. Além da economia já atingida, a equipe segue em busca de saídas para conseguir mais cerca de R$ 15 bilhões para as chamadas despesas discricionárias, que incluem o custeio da máquina.

A mira da equipe econômica está centrada nas despesas obrigatórias porque o maior obstáculo hoje é o teto de gastos, que vai crescer só 3,37% no ano que vem. Medidas pelo lado da receita reduzem o déficit, mas não resolvem o problema da despesa porque, mesmo com arrecadação maior, existe a trava do teto.

Outra medida, como antecipou o Estadão/Broadcast, é o fim do adicional de 10% da multa rescisória sobre o FGTS pago pelas empresas. Hoje, as empresas pagam 50% de multa nas demissões, 40% ficam com o trabalhador e os outros 10% vão para os cofres da União, que repassa os recursos para a administração do fundo. Por ano, esses 10% correspondem a R$ 5,4 bilhões pagos pelas empresas, dinheiro que passa pelo Orçamento e consome espaço do teto de gastos.

A equipe econômica está tendo de convencer os demais ministros da importância das medidas. Segundo uma fonte da área econômica, as ações “mexem com muitas áreas” e por isso devem enfrentar resistências. Além disso, mesmo que elas sejam enviadas por MP, elas precisarão do aval do Congresso Nacional para não caducarem.

Sem as ações, as chamadas despesas discricionárias previstas para 2020 ficariam pouco acima dos R$ 85 bilhões, nível já considerado muito baixo para garantir que os ministérios consigam manter as atividades e a prestação de serviços à população.

A situação é tão dramática que não há mais cortes que possam ser feitos “só com a caneta” do presidente Jair Bolsonaro para adequar o Orçamento de 2020 ao teto de gastos e desafogar os ministérios, segundo uma fonte da área econômica. Qualquer iniciativa que resulte em alívio nas despesas obrigatórias precisará ser feita por meio de lei.

O quadro é de dificuldades mesmo depois de os técnicos terem decidido incluir nas contas o cenário de aprovação da reforma da Previdência – o que resulta em economia de R$ 10 bilhões a R$ 12 bilhões nos gastos previdenciários. É a primeira vez que o governo decide incluir os efeitos da reforma no Orçamento. Sem isso, a situação estaria ainda mais apertada.

Dos pouco mais de R$ 85 bilhões reservados até agora para as despesas discricionárias, R$ 4 bilhões estão reservados para a capitalização de estatais e não poderão ser usados na manutenção da máquina pública. O valor também está bem abaixo dos R$ 10 bilhões previstos para capitalizações em 2019.

PMs são presos acusados de tentar extorquir dinheiro em SP 5

Os policiais militares Heber Monteiro Gervásio e Eliel Wendel Apolinário dos Santos foram presos nesta segunda-feira (26/8) suspeitos de estarem extorquindo um empresário que supostamente tem ligação com o tráfico de drogas na zona norte de SP.

O flagrante aconteceu no estacionamento do Shopping Center Norte, região do 42º DP, depois de os soldados passarem a ser investigados pela Corregedoria da Polícia Civil de SP.

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Dois policiais militares foram presos acusados de se passar por investigadores da Polícia Civil, com o intuito de extorquir dinheiro de vítimas. A prisão ocorreu nesta segunda-feira (26), perto de um shopping center da Vila Guilherme (zona norte).

Segundo a polícia, uma denúncia indicou que dois supostos policiais civis estariam exigindo R$ 45 mil de um empresário, que teria envolvimento com o tráfico de drogas. A identidade do suposto empresário não foi informada.

Com base nas informações, a Corregedoria da Polícia Civil iniciou uma investigação. Na avenida Otto Baumgart, os dois soldados do 19º Batalhão da PM foram flagrados se passando por policiais civis. “Os dois policiais militares foram presos em flagrante […] por extorsão”, diz trecho de nota da SSP (Secretaria da Segurança Pública), gestão João Doria (PSDB).

Até o fim de 2018, cinco PMs cumpriam pena por extorsão no Romão Gomes, na Vila Albertina (zona norte de SP). As informações são da PM.

Os assassinatos foram os crimes mais praticados pelos 131 policiais militares que cumpriam pena no presídio militar na ocasião.

Os 55 agentes que estão atrás das grades por homicídio correspondiam a 41% do total de encarcerados, até dezembro de 2018.

Estupros e roubos correspondiam, respectivamente, ao segundo e terceiro tipo de crimes que mais levaram PMs para atrás das grades. Eram 21 policiais cumprindo pena por crimes sexuais (16%) e 14 por assaltos (10%).

Policiais também cumpriam pena por tráfico de drogas (8), concussão (6) -quando funcionário público tira vantagem do cargo, para si ou terceiros- além de corrupção (5).

Policiais de Santos cobram do Governo os dias extras trabalhados na Operação Verão 18

Policiais da região cobram pagamentos de jornadas por trabalho extra na Operação Verão

Trabalhadores de Bertioga a Barra do Turvo ainda não receberam pelos dias a mais trabalhados entre janeiro e março

Pino, do Sinpolsan, diz que 160 policiais civis esperam quitação do Dejec

Faltando cerca de três meses para o início da próxima Operação Verão, policiais civis de Bertioga a Barra do Turvo ainda não receberam pelos dias a mais trabalhados entre janeiro e março. O valor se refere às Diárias Especiais por Jornada Extraordinária de Trabalho Policial Civil (Dejec).

Há funcionários que já processam o governo estadual. O sindicato da categoria teme baixa adesão de policiais na próxima temporada, justamente quando a segurança exige reforço.

A Tribuna apurou com funcionários de delegacias que o problema é comum, mas a demora no pagamento está maior.

Segundo o presidente do Sindicato da Polícia Civil de Santos e Região (Sinpolsan), Márcio Pino, cerca de 160 profissionais aderiram ao trabalho remunerado durante a folga para cobrir as vagas abertas.

Em maio, o sindicato protocolou um requerimento à assessoria técnica do Governo, lembrando o atraso.

Ainda de acordo com o sindicalista, “o que preocupa mais é que está vindo a próxima Operação Verão. O efetivo já é defasado. E a realidade é que esses trabalhadores que deixaram de passar Natal, Ano Novo e outras datas com a família porque queriam complementar o salário com esse bico oficial. Daí, a pessoa conta com o dinheiro e se prejudica”.

O advogado do sindicato, Luiz Guilherme Jacob, está com casos de profissionais que já entraram com ação de cobrança contra o estado.

Também são solicitados também honorários e correção monetária pelo atraso. “Isso quem paga somos todos nós”, destaca Jacob.

Governo promove mais de 2,4 mil policiais militares, civis e técnico-científicos 6

Atos foram publicados no Diário Oficial do Estado de sábado (24); para reforçar efetivo, há concursos em andamento para 8,1 mil vagas

Ter, 27/08/2019 – 19h24 | Do Portal do Governo

O Governo do Estado de São Paulo promoveu 2.451 policiais militares, civis e técnico-científicos a classes superiores no último sábado (24). As promoções, publicadas no Diário Oficial do Estado (DOE), atingiram todas as carreiras e classes e foram concedidas por merecimento e antiguidade. Foram 654 ascensões na Polícia Militar, 1.516 na Polícia Civil e 281 na Polícia Científica.

Na Polícia Militar, foram contemplados três coronéis, 26 tenentes-coronéis, 37 majores, 48 capitães, 226 1º tenentes, 234 2º tenentes, 19 tenentes médicos, um tenente-coronel dentista, dois majores dentistas, três capitães dentistas, 37 1º tenentes dentistas, sete 1º tenentes veterinários, além de um major e 10 capitães do Quadro Auxiliar.

Nas polícias Civil e Científica foram 160 delegados, 665 investigadores, 356 escrivães, 175 agentes de telecomunicações, 65 agentes policiais, 31 carcereiros, 39 papiloscopistas, 25 auxiliares de papiloscopistas, 47 médicos legistas, 141 peritos criminais, 19 desenhistas técnico-periciais, 44 fotógrafos técnico-periciais, 14 atendentes de necrotério e 16 auxiliares de necropsia.

Reforço policial

Para reforçar o efetivo das polícias, estão em andamento concursos para preencher 8.100 vagas de soldados da Polícia Militar e 2.750 vagas da Polícia Civil, sendo 250 delegados, 600 investigadores, 800 escrivães, 300 agentes de telecomunicações, 400 entre papiloscopistas e auxiliares, e 400 agentes policiais.

A Polícia Militar conta ainda com 5.291 soldados em formação na Escola Superior de Soldados (ESSd). A Polícia Científica, por sua vez, tem em formação, na academia, 429 profissionais, sendo 77 fotógrafos técnico-periciais, 42 médicos legistas, 289 peritos, 19 desenhistas e 2 auxiliares de necropsia.

Há também 2.939 vagas autorizadas para futuras seleções, sendo 2.750 para a Polícia Civil e 189 para a Polícia Científica

MP abre inquérito para investigar condições das delegacias de SP 10

Por Walace Lara, TV Globo

 


Goteira no teto de delegacia de Indaiatuba, no interior de SP — Foto: Reprodução/TCE Goteira no teto de delegacia de Indaiatuba, no interior de SP — Foto: Reprodução/TCE

Goteira no teto de delegacia de Indaiatuba, no interior de SP — Foto: Reprodução/TCE

O inquérito tem como base uma fiscalização surpresa do Tribunal de Contas do Estado (TCE), realizada em maio, nas 275 delegacias de do estado. Na ocasião, os fiscais perceberam que 60% das delegacias não têm o espaço físico conservado e 60% delas têm fissuras, goteiras e infiltrações, além de cupim.

Na ocasião, o presidente do TCE, Roque Citadini, afirmou que o governo estadual terá que justificar ou corrigir os problemas nos distritos.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública informou que, “até o momento, não foi notificada da solicitação do Ministério Público. A pasta permanece à disposição do MP para prestar os esclarecimentos necessários.”

Inquérito

Na portaria que determinou a instalação do inquérito, o promotor salientou os resultados da blitz: “Em vistoria realizada pelo TCE em 275 delegacias, constatou-se que 83% estão sem auto de vistoria e 60% possuem problemas estruturais”, diz a portaria.

O promotor cita ainda que o Ministério Público de Contas – órgão ligado ao Tribunal de Contas do Estado – apontou que tal situação provoca subnotificação dos crimes.

Em ofício enviado a Secretaria de Segurança Pública do Estado, o promotor pediu uma relação dos funcionários exonerados dos últimos dez anos, indicação dos concursos realizados e a apresentação dos alvarás de funcionamento dos prédios.

Por ocasião da fiscalização do TCE, a SSP informou que a Polícia Civil já iniciou um programa para reformas e modernização das delegacias e que técnicos estão atualizando os projetos já existentes e realizando vistorias técnicas nos distritos para apontar as melhorias necessárias.

Tribunal de Contas do Estado fiscaliza delegacias
SP2
Tribunal de Contas do Estado fiscaliza delegacias

Tribunal de Contas do Estado fiscaliza delegacias

Polícia Civil prende dois PMs por extorsão…Infelizmente a imagem e identidade desses bandidos foi mantida sob sigilo 15

Por Bom Dia SP — São Paulo


Equipes da polícia prenderam dois policiais acusados de extorsão — Foto: Reprodução/TV GloboEquipes da polícia prenderam dois policiais acusados de extorsão — Foto: Reprodução/TV Globo

Equipes da polícia prenderam dois policiais acusados de extorsão — Foto: Reprodução/TV Globo

A Polícia Civil prendeu em flagrante, na noite desta segunda-feira (26), dois policiais militares suspeitos de extorsão. O caso aconteceu na Avenida Otto Baumgart, na Vila Guilherme, na Zona Norte da cidade.

O trabalho de investigação para chegar aos dois homens foi feito pelas equipes de investigação da Corregedoria Geral da Polícia Civil, que foram as responsáveis por prender os dois homens. A corregedoria da Polícia Militar também foi acionada e os policiais foram encaminhados para o presídio Romão Gomes.

Medidas protetivas concedidas a mulheres aumentam 29% em 2019 em SP…Como dar conta 10

Por Léo Arcoverde e Cíntia Acayaba, Globo News e G1SP — São Paulo

 

A cada 5 minutos uma mulher em SP consegue na Justiça uma medida protetiva
Jornal Hoje
A cada 5 minutos uma mulher em SP consegue na Justiça uma medida protetiva

A cada 5 minutos uma mulher em SP consegue na Justiça uma medida protetiva

A Justiça de São Paulo concedeu 57.240 medidas protetivas de urgência para mulheres em situação de violência doméstica de todo o Estado entre janeiro e junho deste ano. Esse número representa um aumento de 29% na comparação com o mesmo período de 2018, quando 44.483 medidas protetivas foram determinadas judicialmente nos municípios paulistas. No mesmo período, os casos de feminicídio aumentaram 44%.

Houve no primeiro semestre deste ano uma média de uma decisão dessa natureza a cada cinco minutos. É o que aponta levantamento feito pelo Tribunal de Justiça de São Paulo a pedido do G1 e da GloboNews.

De acordo com o Tribunal de Justiça, o aumento registrado em 2019 é também a maior variação percentual entre dois anos seguidos verificada ao longo da série disponibilizada pelo órgão. Os 13% de aumento contabilizados entre 2015 e 2016 era o maior avanço registrado até então.

Medidas protetivas concedidas no estado de SP

Primeiro semestre

  • 2013 – 29.263
  • 2014 – 32.021
  • 2015 – 33.821
  • 2016 – 37.329
  • 2017 – 42.365
  • 2018 – 44.483
  • 2019 – 57.240
Medidas protetivas aumentam 29% no 1º semestre
SP1
Medidas protetivas aumentam 29% no 1º semestre

Medidas protetivas aumentam 29% no 1º semestre

Só no primeiro semestre deste ano, a Polícia Civil de São Paulo solicitou à Justiça 32.562 medidas protetivas de urgência, o que equivale a um aumento de 23% na comparação com as 26.446 solicitações feitas no mesmo período de 2018, segundo dados da corporação obtidos pela reportagem por meio da Lei de Acesso à Informação.

Para a magistrada, o aumento dos pedidos indica ainda uma possível alta dos casos de violência contra a mulher. “Tenho a impressão que aumentaram os casos, não as notificações, pela falta de serviços. Ninguém consegue sair da situação de violência sem o acolhimento. Eu acho que teve mais procura das mulheres pela medida porque aumentou a violência. A gente precisa de mais estímulo para a mulher sair da situação de violência.”

Segundo a promotora de Justiça Silvia Chakian, coordenadora do Grupo Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica (Gevid), medida protetiva é “um mecanismo de proteção, uma ferramenta, prevista pela Lei Maria da Penha, que permite que, a partir de decisão judicial, o agressor da mulher seja afastado do lar ou não se aproxime dela, fixado um limite de distância, para preservação de integridade física e psicológica dela”.

De acordo com especialistas, além de poder partir do delegado, promotor, defensor público ou advogado, a própria vítima pode solicitar uma medida protetiva, em um distrito policial, ou até mesmo no setor de protocolo de um fórum, desde que, nesse caso, o pedido esteja vinculado a um processo judicial em andamento.

Essa é a segunda vez que ela conta com essa proteção, que interrompeu um ciclo de violência doméstica iniciado em 2015. Ela foi casada por 12 anos com o ex-companheiro.

“Em 2015, ele tentou me atropelar. Aí eu fiz um boletim de ocorrência, mas não dei continuidade. Depois, a gente sentou, conversou e nos reconciliamos”, conta. “Em 2018, ele tentou me enforcar. Foi a primeira vez que eu fui até a Delegacia da Mulher, porque, da primeira vez, eu fui numa delegacia normal. Lá, fiz o boletim de ocorrência, daí eles me encaminharam para a Coordenadoria da Mulher [órgão de acolhimento da Prefeitura de Taboão da Serra]. Lá, eu solicitei uma medida protetiva.”

A vendedora conta que chegou a pedir a suspensão da primeira medida protetiva concedida pela Justiça. “Só que aí ele veio para conversar novamente e acabamos nos reconciliando. Mas eu não imaginava que este ano iria acontecer novamente. Uma vez que agrediu, vai agredir sempre.”

“Em maio deste ano, fiz um boletim de ocorrência de agressão. Com o BO, após três dias, já entrou a medida protetiva. Com isso, ele não podia chegar perto de mim 200 metros. Mas, antes de eu conseguir a medida protetiva, ele ficava me rondando. Antes de me mudar aqui para o condomínio, eu me mudei para uma outra casa. E ele não me dava sossego, ficava na porta da casa, 24 horas me vigiando. Todo mundo me orientou a me mudar para um condomínio, que um condomínio seria bem mais seguro. Graças a Deus, agora eu tenho em paz.”

“São 57 mil mulheres salvas”, avalia advogada

A advogada Sueli Amoedo chefia a Coordenaria dos Direitos da Mulher da Prefeitura de Taboão da Serra e atuou no processo que resultou na concessão da medida protetiva dada à vendedora. Tendo a experiência de quem lida diariamente com mulheres em situação de violência, Sueli vê um aspecto positivo e outro, negativo, no aumento do número de medidas protetivas concedidas neste ano pela Justiça paulista.

“O lado positivo é que as mulheres estão denunciando mais. Antigamente, havia um tabu muito grande. Esse aumento pode estar ligado a elas estarem falando mais, porque já não há tanto julgamento pela sociedade”, explica a advogada. “Por outro lado, as medidas protetivas de urgência são concedidas quando há uma gravidade maior na agressão. São agressões físicas graves, são ameaças de morte, são perseguições. Essas 57 mil medidas protetivas significam 57 mil mulheres salvas.”

Vítima de violência doméstica em São Paulo — Foto: GloboNews/ReproduçãoVítima de violência doméstica em São Paulo — Foto: GloboNews/Reprodução

Vítima de violência doméstica em São Paulo — Foto: GloboNews/Reprodução