Justiça bloqueia R$ 1,8 mi de ex-policiais e advogado condenados por forjarem investigação e exigir propina US$ 100 mil 7

Justiça bloqueia R$ 1,8 mi de ex-policiais e advogado condenados por forjarem investigação e exigir propina US$ 100 mil

Alvos são o ex-investigador da Polícia Civil de São Paulo Carlos Eduardo Ortolani, o ex-delegado João Achem Junior e o advogado Renato Aurélio Pinheiro Lima

Pepita Ortega

09 de março de 2020 | 12h51

Foto: Reprodução

O juízo da 14.ª Vara Cível Federal de São Paulo decretou a indisponibilidade R$ 1.865.141 do ex-investigador Carlos Eduardo Ortolani, do ex-delegado da Polícia Civil João Achem Junior e do advogado Renato Aurélio Pinheiro Lima, considerando que há ‘fortes indícios’ da prática de improbidade administrativa. Os três e também a ex-delegada de Polícia Federal Regiane Martinelli foram condenados na esfera criminal por supostamente forjarem relatório sobre operação policial e depois exigirem propina de US$ 100 mil em troca de intervenção na investigação que estaria em curso.

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A sentença da 14.ª Vara Cível Federal foi dada no último dia 20, no âmbito de uma ação de improbidade administrativa proposta pelo Ministério Público Federal. No mesmo dia, a Procuradoria instaurou procedimento administrativo a fim de levantar informações para embasar uma possível execução civil e cobrar danos causados pelo grupo condenado.

Segundo os autos, Regiane, Carlos Eduardo, Renato e João, ‘visando obter vantagem financeira indevida do advogado André Luiz Cipresso Borges, forjaram a elaboração de dossiê no qual se emulava relatório de investigação policial sobre suposta Operação Policial existente em desfavor da vítima’. Depois exigiram de André US$ 100 mil, em troca de intervenção na operação policial que estaria em curso.

O grupo foi alvo da Operação Corregedoria e, em 2014, condenado por concussão pelo juiz federal Fábio Rubem David Müzel.

Eduardo, João e Regiane pegaram quatro anos e seis meses de reclusão. Já Renato foi sentenciado a quatro anos, três meses e dez dias por ter fechado delação.

Após a condenação criminal, a União ajuizou ação de improbidade administrativa apenas contra Regiane. Segundo a Procuradoria, foi pedido que a ex-delegada fosse condenada a pagar multa civil de cem vezes o valor da remuneração recebida como servidora pública, R$ 22.850, totalizando R$ 2.285.000.

O Ministério Público Federal então, apresentou ação de improbidade contra os outros três condenados e foi no âmbito de tal ação que foi decretado o bloqueio dos mais de R$ 1,8 milhão.

A ação da Procuradoria e o bloqueio de bens

No pedido inicial, a Procuradoria pediu que fosse decretado o bloqueio de bens em de Carlos Eduardo, João e Renato em valor equivalente a cem vezes suas últimas remunerações. Segundo os autos, o último salário que João recebeu foi de R$ 9.796,15, então delegado da Polícia Civil; Carlos Eduardo, R$ 4.427,63, enquanto investigador; e Renato R$ 30 mil, advogado.

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No total foi requerido o bloqueio de R$ 4.442.378.

Ao analisar o caso, a juíza Tatiana Pattaro Pereira considerou que, nos casos dos ex-funcionários públicos, tomar como base os últimos salários era correto, mas que o mesmo parâmetro não poderia ser utilizado para Renato, profissional particular, porque trata-se de ‘montante que não sai dos cofres públicos’.

Assim, no caso do advogado a magistrada usou como base de cálculo para eventual multa civil a ser aplicada a menor remuneração dos ex-agentes públicos.

Procuradoria instaura procedimento de acompanhamento

No mesmo dia em que a juíza Tatiana decretou o bloqueio de bens dos ex-policiais e do advogado, o procurador Roberto Antonio Dassié Diana assinou portaria que instaurou procedimento administrativo de acompanhamento para coletar informações para ‘futuro ingresso de execução civil ex delicto, para cobrança de danos’ causados por Carlos Eduardo, Renato, Regiane e João Achem.

O texto publicado no Diário do MPF no último dia 2, aponta que é necessário obter informações sobre o andamento de um recurso apresentado pelo grupo junto ao Superior Tribunal de Justiça para então, ajuizar ação de execução ex delicto.

A portaria indica ainda que o ajuizamento de tal ação é possível após o trânsito em julgado da ação penal, para ‘fins de cobrança de valores a título de danos morais causados pelos réus, em face de lesão à imagem da Polícia Federal, órgão em que se encontrava lotada a Delegada Regiane Martinelli’.

Foto: Reprodução

COM A PALAVRA, A DEFESA DE REGIANE MARTINELLI

“Inicialmente, importante lembrar que a acusação sempre veio pautada única e exclusivamente em parcos indícios e limita-se, em linhas gerais, (i) ao fato de ter a Dra Regiane supostamente fornecido informações relacionadas a um inquérito policial instaurado em desfavor da vítima ANDRÉ LUIS CIPRESSO BORGES aos demais coimputados, (ii) de ter ela estabelecido contato telefônico no decorrer da empreitada criminosa com o coacusado CARLOS EDUARDO ORTOLANI e (iii) de ter ela comparecido na empresa deste último em algumas ocasiões.

Estamos, desde o início, buscando a produção de importante produção de prova defensiva que, mesmo com concordância do Ministério Público Federal, não puderam ser produzidas por falta de autorização judicial, em verdadeira desobediência Constitucional e CARLOS EDUARDO ORTOLANI é o seu amigo pessoal há anos, a justificar as ligações e encontros, sem nenhuma finalidade ilícita — como se tenta levianamente considerar.

Toda e qualquer informação financeira da Dra Regiane Martinelli está absolutamente à disposição e não tem absolutamente nada de irregular, estranho e muito menos ilícito.

Neste contexto, reiterando que acreditamos que nossa cliente está sendo indevidamente incluída em algo que desconhece por completo e, confiantes que tanto o Recurso Especial, como o Recurso Extraordinário permitirá a verdadeira aplicação da Justiça — nem que seja para, em um primeiro momento, anular o processo e permitir que seja a ela garantido o devido processo legal e o efetivo contraditório para desmontar que se algo de ilícito ocorreu, ela não participou —, aguardamos o julgamentos dos mesmos para permitir seja demonstrada e provada a sua inocência.”

COM A PALAVRA, A DEFESA

A reportagem busca contato com a defesa dos ex-policiais e do advogado. O espaço está aberto para manifestação.

DEIC do DEINTER-6 e SECCIONAL DE PRAIA GRANDE – As moscas, as formigas e o bolo de fubá cremoso 10

Resultado de imagem para mosca no bolo

Absurdamente, foram criadas duas excrecências na Baixada Santista, esse tal de DEIC , equipado com uma velharada que , regra geral, continua na polícia apenas para ganhar um troco extra e a Seccional de Praia Grande, segundo consta criada apenas para agradar o prefeito daquela cidade.

E no embalo servindo para açular a vontade de mordidas  de alguns personagens com a dita “área livre” .

Do lado de lá da Ponte Pênsil  já sonham puxar o tapete do atual titular de Sanvi ; com a finalidade nada republicana.

Esse DEIC , na verdade, não passa de uma DIG com um nome infamante, pois lembra muito mais a corrupção do que  polícia  que combate a corrupção e a criminalidade em geral.

Não passa de uma DIG com um titular de classe especial…Só isso!

E como novo diretor, digo, titular ,  terá o Dr. Gaetano Vergine.

Ah, com um DHPP local – duas delegacias – que tem como ponto de honra elucidar o homicídio de um maquineiro muito amigo da Polícia Civil.

Uma grande missão!

A Seccional de Praia Grande , na essência , continua a mesma Unidade precária e cansada de sempre; servirá apenas para , literalmente, atrapalhar a já atrapalhada São Vicente.

E já começou!

Pois a grande preocupação das moscas e formigas é com a arrecadação.

Um confeiteiro  já mandou o  recado: eles que repartam entre si o que já tomam.

Acabou a farinha e o  fermento!

Coronel Fernando Alencar Medeiros será o novo comandante-geral da PM 5

Doria anuncia novo comandante-geral e tenta afastar mal-estar com cúpula da PM

Coronel Fernando Alencar Medeiros será o novo comandante-geral em substituição a Marcelo Vieira Salles, que entregou o cargo

SÃO PAULO

O governador João Doria (PSDB) anunciou na tarde desta segunda (9) o coronel Fernando Alencar Medeiros, 51, como o novo comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, em substituição a Marcelo Vieira Salles, que entregou o cargo na semana passada.

O nome de novo comandante foi apresentado durante cerimônia de premiação do chamado Policial Nota 10, em discurso no qual Doria fez elogios ao trabalho de Salles e tentou afastar as notícias de mal-estar com a cúpula da Polícia Militar gerado após o episódio de Paraisópolis.

Coronel Alencar, como é conhecido na tropa, já era o subcomandante da PM desde 2018. Foi a primeira vez na corporação que alguém é indicado ao posto máximo da corporação após ter esse papel de adjunto. Em regra, o número 2 vai para a reserva junto com o número 1.

Considerado uma pessoa discreta e econômica com as palavras, Alencar já passou pelo comando de alguns batalhões, entre eles o mais famoso de São Paulo, o 1º de Choque, conhecido como Rota. Também foi instrutor de direitos humanos para forças de segurança.

“Sou um policial militar, filho de um policial militar, que tem como objetivo agora cuidar da Polícia Militar”, resumiu Alencar sobre si mesmo, em entrevista do lado do governador Doria.

Sobre Oficiais deixando postos de comando rumo aposentadoria 31

Trata-se de cuidar dos interesses pessoais, ou seja, garantir os direitos ainda assegurados e favorecer aqueles que assumirão tais cargos. Com a nova reforma administrativa a PM , como todo funcionalismo público, perderá inúmeras vantagens, entre as quais os adicionais por comando e aumento diferenciado na aposentadoria , denominado posto imediato . Nada a ver com divergências e defesa das Praças.

Comandante-geral da PM de SP entrega o cargo e Doria tem baixa estratégica na Segurança 75

Atropelo de Doria durante a crise de Paraisópolis pesou na decisão; substituto ainda não é conhecido

São Paulo

O comandante-geral da Policia Militar de São Paulo, Marcelo Vieira Salles, 52, colocou o cargo à disposição do secretário da Segurança Pública, João Camilo Pires de Campos, e vai deixar a função. A decisão é, segundo a Folha apurou, de caráter irrevogável.

Salles assumiu o cargo ainda gestão Márcio França (PSB), em 2018, e foi mantido após a assunção de João Doria (PSDB). Em caso raro, resistiu também a troca do secretário da Segurança, Mágino Alves Barbosa Filho. Desde que assumiu o comando, no lugar do coronel Nivaldo Restivo, assistiu à queda de praticamente todos os indicadores de violência.

O coronel Marcelo Vieira Salles que entregou cargo de comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo – Rafael Hupsel/Folhapress

A saída do coronel é resquício da operação policial em Paraisópolis que resultou na morte de nove pessoas, no final do ano passado. Salles tomou à frente na defesa dos PMs, mas ficou descontente com o governador Doria durante o processo. O caso mais grave foi o afastamento de todos os 31 PMs.

Naquele momento, seis policiais da Rocam (motos) estavam “preservados”. Foram tirados do serviço de rua, mas para não com caráter punitivo. Salles cobrava respeito ao seus homens, porque acreditava na correção do trabalho da tropa e esperaria até o final das investigações da Corregedoria.

Na época, o governador inicialmente defendeu a ação policial, mudou de lado após receber críticas por isso e conversar com as famílias das vítimas, em visita ao Palácio dos Bandeirantes.

A decisão do tucano deixou descontente toda a cúpula da PM paulista, Salles especialmente.

Foi neste cotexto que Salles, em discurso na formatura de novos soldados, fez um desagravo público. “Não esperem reconhecimento daqueles que não conhecem o cheiro da pólvora ou o calor dos incêndios.”

A saída de Salles é uma importante baixa na Segurança porque o coronel é muito respeitado pela tropa, incluindo os praças (que tem tratamento mais humanizado), e, também, de integrantes do Judiciário paulista. Também é elogiado por não defender o discurso da extrema de direita, que incentiva a violência policial como forma de combater a criminalidade.

O ex-ouvidor da Polícia, Benedito Mariano, por exemplo, quando despediu-se do cargo no mês passado, afirmou considerar Salles um dos melhores comandantes-gerais da história da PM.

O nome do substituto ainda está sendo discutido

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São Paulo não vai adotar medidas populistas por causa de pressões de policiais e nem do Legislativo’, diz Doria

O governador João Doria cumpre agenda em Belo Horizonte. Ele disse que o governador mineiro Romeu Zema vai colocar todos os outros estados sob pressão se autorizar o reajuste de 40% para servidores da segurança pública. O texto ainda não foi sancionado. Doria afirmou ainda que os governadores não podem ceder às pressões. Sobre o coronavírus, garantiu que o governo adotou todas as medidas necessárias de prevenção.

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O governador de São Paulo João Doria. Foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo (Crédito: )

O governador de São Paulo João Doria. Foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo

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