Seria até louvável que a ROTA , cumprindo estritamente o dever legal, sacrificasse criminosos violentos no “mano a mano” , mas é praticamente tudo sem necessidade e na covardia 37

Capitão e delegado contrariam comando da PM e pedem que Rota mate mais

09/02/20 por Kaique Dalapola

Filho do deputado estadual Paulo Telhada e delegado usaram as redes sociais para comentar dado da Ouvidoria da Polícia de SP que aponta alta de 98% de mortos pelo batalhão mais letal da PM

Capitão Rafael Telhada atuou no batalhão mais letal da PM de SP | Foto: Reprodução/Instagram

Dois dias depois da divulgação do relatório da Ouvidoria da Polícia de São Paulo que apontou um aumento de 98% no número de pessoas mortas por policiais militares da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) no ano passado na comparação com 2018, o capitão Rafael Henrique Cano Telhada usou as redes sociais para comemorar e estimular nova meta: “200% em 2020”.

Conhecido como Telhadinha, por ser filho do ex-comandante da Rota e atual deputado estadual Paulo Telhada (PP), atualmente Rafael é comandante da Força Tática do 4° Batalhão, na zona oeste de São Paulo.

A publicação do capitão aconteceu como resposta a uma postagem na qual ele foi marcado, na ferramenta de story do Instagram (que fica pelo período máximo de 24 horas). O compartilhamento original mostra uma reportagem do Portal G1 sobre a alta da letalidade do batalhão acompanhada de elogios aos PMs.

Além de Rafael Telhada, o delegado da Polícia Civil de São Paulo Rafael Vallejo Fagundes foi para as redes sociais comentar o aumento no número de mortos por policiais militares da Rota. “Bora dobrar a meta, meus irmão da Rota. Porque enquanto a criminalidade estiver abaixando e o cidadão de bem estiver mais seguro, eu quero mais é que vagabundo se exploda”, escreveu em um comentário de compartilhamento da notícia.

O pai do capitão, deputado Paulo Telhada, também comentou os números do relatório da ouvidoria durante sessão na Assembleia Legislativa. “Parabéns à Rota por ter aumentado o número de mortos”, disse o político. “Porque não são cidadãos mortos, não são inocentes mortos, são criminosos, bandidos”, continuou.

Antes de comandar a Força Tática do 4º Batalhão, Rafael Telhada passou, dentre outros batalhões, pela própria Rota e pelo COE (Comandos e Operações Especiais).

Ponte pediu explicação sobre a publicação ao capitão Rafael Telhada, no entanto, até a publicação desta reportagem, ele não retornou. A Polícia Militar também foi questionada e, por meio de nota, disse que “as opiniões pessoais do oficial são de sua inteira responsabilidade, pois como cidadão, o policial militar tem direito à liberdade de expressão, sendo ele inteiramente responsável por suas declarações”.

A SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo) também disse que “as opiniões pessoais do oficial são de sua inteira responsabilidade”. A pasta afirmou ainda que as declarações dos policiais “não vêm ao encontro do posicionamento institucional que sempre será a defesa da vida”.

A nota da secretaria diz que “as polícias paulistas contam com um rigoroso sistema corregedor, que não compactua com eventuais desvios de conduta de seus agentes”. “Todas as denúncias são investigadas e as apurações têm início na área dos fatos e sempre são encaminhadas às respectivas Corregedorias antes do envio ao Judiciário”, continuou.

A SSP-SP informou que o trabalho das corregedorias resultou, em 2019, em 510 policiais presos, demitidos ou expulsos das instituições.

Rafael Telhada comentou alta de letalidade da Rota | Foto: Reprodução/Instagram

Alta na letalidade

A Ouvidoria de Polícia divulgou, na última quinta-feira (6/7), o relatório anual de prestação de contas contendo os números de mortos pelos batalhões mais letais de São Paulo. A Rota continua sendo o que mais mata no Estado.

De acordo com os dados da ouvidoria, das 845 mortes cometidas por PMs no primeiro ano do governo João Doria (PSDB), 104 foram por policiais militares da Rota, sendo que no ano anterior houve 58 mortes. O número supera em mais de três vezes o segundo batalhão mais letal da PM paulista, que é o 2º Baep (Batalhão de Ações Especiais da Polícia), de Santos, com 30 mortes em supostos confrontos.

O posicionamento de Telhada também vai contra a postura adotada pelo comandante da Polícia Militar de São Paulo, coronel Marcelo Vieira Salles, que disse em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, publicada no último dia 2 de fevereiro, que “o desejável é que não morra ninguém” nas ocorrências policiais.

Na entrevista, o número 1 da PM paulista também disse que “há todo um cuidado do comando da Polícia Militar, da instituição, para combater esse tipo de incentivo [à violência policial]”, e disse que não gosta desse tipo de discurso.

Histórico

O capitão Rafael Telhada tem histórico de participar de ações policiais com morte de suspeitos. Em março do ano passado, enquanto atuava pelo COE, ele participou de uma ocorrência, com outros quatro PMs, que vitimou o jovem Djaedson Roque da Silva Júnior, de 23 anos, em Osasco, região metropolitana de São Paulo.

Na ocasião, os PMs envolvidos na ação disseram que foram atrás de suspeitos de roubarem uma motocicleta e, durante uma tentativa de abordagem, os suspeitos atiraram. No suposto revide, acertaram o rapaz negro. Os próprios policiais levaram o homem para o hospital, onde constatou a morte, fugindo do procedimento regulamentar.

Após essa ocorrência, o capitão também usou o Instagram para exaltar a morte. “O facínora tombou baleado e, socorrido, evoluiu a óbito. Graças ao bom Deus, todos os guerreiros do COE estão bem. A caveira sorriu mais uma vez”, escreveu na ocasião.

Quatro meses depois, a Ouvidoria da Polícia de São Paulo apontou excessos na ação que Telhada participou. O documento enviado à Corregedoria da Polícia Militar paulista, apontou que os PMs se excederam na legítima defesa, pois eram maioria em relação ao homem, baleado quatro vezes, e interferiram na perícia do local do crime, procedimento padrão que não foi feito.

Reportagem atualizada às 13h do dia 9/2 para as seguintes alterações: inclusão da informação de que o delegado Rafael Vallejo Fagundes, assim como capitão Rafael Telhada, também comemorou o aumento de mortes da Rota e estimulou o aumento da violência, e inclusão do posicionamento da SSP-SP. Alteração no título e no texto.

Errata: Capitão Rafael Telhada é comandante da Força Tática do 4º Batalhão. A sigla COE significa Comandos e Operações Especiais.

Comentários

ROTA ensina como forjar flagrante de tráfico para promoção de tenente para capitão…Vergonha mesmo é o Poder Judiciário coonestar essa espécie de fraude; o PCC agradece por mais um associado que futuramente executará um policial e com certa razão 18

Fala guerra.

Achei este vídeo no youtube https://www.youtube.com/watch?v=g27jPw3Pb2c&feature=youtu.be

PMs da Rota alegam receber denuncia anonima e combinam cercar o ponto de drogas. Começa correria na favela e consegue deter um rapaz que alega qie correu pq não tinha ido assinar a carteirinha. Logo em seguida junto a uma arvore localizam uma nécessaire com drogas e dizem que o rapaz havia lançado ali durante a fuga. No entanto a camera acompanha toda a ação e pouco antes de deter o rapaz, dá para ver que não tinha nada nas arvores, tudo registrado pelas cameras. Operação comandada por 1o. tenente (deve ser capitão hoje. Se não publicar eu entendo, tem que ter cuidado com essa escumalha. Passe para a imprensa.

 

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Esses PMs são piores do que bandidos, pois a pretexto de combater um grave crime cometem crimes ainda mais graves.

Nitidamente passam pelos arbustos e nada se vê pelo chão.

Em seguida chega outra viatura , estaciona ao lado da árvore , então ,  milagrosamente,  aparece uma pacoteira de drogas : KIT FLAGRANTE! 

Heróis …Tá se vendo de que calibre!

O PODER DA IGNORÂNCIA – A IURD pela simbólica taxa de 10% administrará as finanças dos PMs garantindo-lhes prosperidade 13

Universal se une a quartéis para amenizar o estresse e dar força a policiais militares

Apresentado em 2018, projeto está sob batuta de um ex-capelão da PM maranhense

Policiais militares participam de programa no Templo da Igreja Universal do Reino de Deus, em São Paulo

Policiais militares participam de programa no Templo da Igreja Universal do Reino de Deus, em São Paulo Zanone Fraissat/Folhapress

RIO DE JANEIRO e SÃO PAULO

Curiosos se aproximam: aconteceu algo no templo? Na manhã da última sexta-feira de janeiro, viaturas da Polícia Militar dominam arredores de uma Igreja Universal do Reino de Deus na zona leste de São Paulo. Nenhuma ocorrência: ali estão para orar.

Homens fardados, suas armas na cintura, tomam os bancos. Cenas afins se repetem Brasil afora, às vezes em quartéis das PMs de cada estado.

Eles saem dessas reuniões com o estômago cheio (servir café da manhã é praxe) e a mente fornida com orações sugeridas por um pastor que, como eles, pode ser militar.

A congregação do bispo Edir Macedo, que já realiza extenso trabalho missionário com presidiários, passou a atuar também na outra ponta. É o UFP (Universal nas Forças Policiais), que se pôs como missão defender “os ensinamentos da Bíblia nas forças de Segurança Pública, Forças Armadas e órgãos governamentais”.

Na internet, alguns definiram o programa como “milícia do Edir Macedo”, outros ressaltaram seu valor como mais um serviço que a Universal oferece para preencher crateras que o poder público não ocupa.

Na pregação acompanhada pela Folha, voluntários da igreja vestiam camisetas com o símbolo do UFP: o formato do distintivo da PM com a pomba e o coração da Universal dentro.

A jornalista Patrícia Lages palestrou sobre educação financeira. ”

Ter inadimplência, para um policial, é pior do que para qualquer pessoa. Imagine estar trabalhando na rua e ter o celular tocando, gente ligando com cobrança”, diz.

( Nota do blog: pelo menos o pastor cobrará o PM por meio do whatsapp )

No fim, um bolo de festa coberto de glacê branco. Nada festivo é um dos temas centrais ao UFP: a saúde mental em frangalhos num país onde mais policiais se mataram (104) do que morreram em operações (87), segundo o 13ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, lançado em 2019 com números do ano anterior.

“A quantidade de suicídios é absurda. Lidamos com coisas psicologicamente muito difíceis”, diz à Folha o tenente Tiago Pereira de Souza, relações públicas do 19º batalhão da PM-SP.

Ele anuncia ao batalhão: começará uma oração ecumênica. “Aqueles que não se sentirem à vontade, podem se retirar, sem nenhum problema”. A reportagem não viu ninguém sair.

É dentro da Universal que acontece uma cerimônia de entrega de medalhas para aquele pelotão, com cerca de 600 membros. Nessas reuniões, cena comum é a doação de livros com o selo da Universal, como “Casamento Blindado” (dicas matrimoniais elaboradas por filha e genro do bispo Edir) e “Como Vencer suas Guerras pela Fé”.

Muitos ali não são da Universal. Tem quem nem a curta muito, caso de uma oficial que não quis se identificar: Ela diz ter ido a um encontro de casais porque estava com problemas com o meu marido, no Templo de Salomão, mas não gostou do evento.

A cada cinco minutos, segundo ela, o pastor pedia dinheiro. A abordagem do líder religioso que orienta os batalhões é diferente, diz.

A Universal classifica como uma “campanha sórdida contra ela” a ideia de que estaria formando um exército particular de policiais com esse programa. O tenente Souza se dá como exemplo. “Não se fala da igreja, se fala de Deus. Sou da Congregação Cristã do Brasil e participo.”

O motivo da adesão é unânime entre entrevistados: a pressão do trabalho faz qualquer tipo de ajuda ser bem-vinda.

À frente do UFP, o pastor Roni contou, em papo gravado com Edir Macedo, que foi da tropa de choque da PM paulista, quando se tornou “uma pessoa que, poderia dizer, era um perigo para a sociedade”.

A ansiedade era tamanha que dormia com uma arma sob o travesseiro, diz. “Chegou ao ponto de achar que a vida não tinha mais sentido. Era um policial depressivo.”

Ele conta que sua atitude mudou após a conversão. “O indivíduo que enfrentava a polícia… Dentro dele habitava o mal, uma força maior que ele é que fazia ele comete aquela atrocidade. Não conseguia mais ver o homem criminosos, pessoa que eu, policial, tinha que matar.”

À Folha ele exemplifica. Em 2018, três ladrões lhe tomaram carro, documentos e celulares, um deles menor de idade. Acabaram capturados. “Preguei para aqueles rapazes que tinham acabado de colocar uma arma na minha cabeça. Diria que quem tem domínio da palavra de Deus, e sou testemunha, se torna uma pessoa mais humanitária.”

A rigor, não há impeditivo para o trânsito de religiosos em quartéis, diz Rafael Alcadipani, professor da FGV-SP e integrante do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Basta lembrar de grupos como os PMs de Cristo e o templo na sede do Bope no Rio, isso para ficar só no segmento evangélico.

O problema é o policial se voltar à Bíblia para justificar uma maior letalidade, afirma. E quem procura acha. As mesmas Escrituras que zelam pelo mandamento “não matarás”, afinal, têm versículos como “se o ladrão for achado arrombando uma casa e, sendo ferido, morrer, quem o feriu não será culpado do sangue”.

“Já vi grupos em que os caras colocam a Bíblia junto, para a arma ser benzida”, conta Alcadipani. “Há aqueles que se sentem ungidos por Deus para matar. É a lógica do bem contra o mal, estou do lado de Deus contra o demônio.”

O cabo Fábio Almeida, que vai às reuniões do UFP, diz não ver relação entre os valores bíblicos e os da PM. “A polícia é legalista. Não precisa ter uma religião por trás para nortear o comportamento do policial. Isso vem de berço, além da conduta profissional.”

Já a mistura entre fé e labuta rendeu ao major Roni uma citação na Justiça. Em 2012, a 4ª Vara do Trabalho de São Luís (MA) condenou a Universal a pagar R$ 80 mil por usar militares em sua segurança privada, sentença depois rejeitada no Tribunal Regional do Trabalho do Maranhão (TRT-MA).

Roni era o superior hierárquico da PM que elaborava a escala de plantões de oficiais na igreja, segundo o Ministério Público do Trabalho, o que foi negado pelas testemunhas ouvidas pela juíza do caso.

A procuradora havia apontado direitos trabalhistas ausentes na prática, como férias e 13º salário, e um acúmulo de atividades que estressava esses oficiais, prejudicando seu desempenho. A igreja, para ela, acabava se valendo de uma força aparelhada pelo Estado em benefício próprio.

Questionada, a igreja afirmou que “a tentativa de ligar um processo de oito anos atrás –e que, ao fim, deu razão à Universal–, com uma pauta sobre um programa social e humanitário, é tentar torcer a realidade para que ela se encaixe numa versão preconceituosa dos fatos”.

O último despacho da disputa judicial foi assinado em 9 de janeiro. Nele, a juíza Angela Cristina Carvalho Mota Luna pede que a Superintendência Regional do Trabalho no Maranhão fiscalize três unidades da Universal em São Luís para verificar se há algum empregado sem registro de ponto ou carteira assinada.

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Verdadeiramente, a IURD não evangeliza ninguém…

Faz um nefasto proselitismo religioso que deveria ser reprimido pelo Governo.

Espiritualidade, religiosidade, crença, fé , devoção , deveriam ser escolhas absolutamente individuais; nunca uma prática institucional.

Batalhão ou qualquer dependência governamental não podem ser empregados para cultos…Ecumênicos ou não! 

“A quantidade de suicídios é absurda. Lidamos com coisas psicologicamente muito difíceis”, diz à Folha o tenente Tiago Pereira de Souza, relações públicas do 19º batalhão da PM-SP. 

Ele anuncia ao batalhão: começará uma oração ecumênica. “Aqueles que não se sentirem à vontade, podem se retirar, sem nenhum problema”. A reportagem não viu ninguém sair.

Tenente Tiago – nome bem a propósito – qual o PM que confiaria na sua palavra e deixaria de assistir esse  teatro de mentiras ? 

Obviamente,  sofreria retaliações.

E mesmo abominando essa prática , não seriam deselegantes com os colegas crentes.

Confiar em Tenente  prosélito já demais, né? 

Sabem o que é psicologicamente muito difícil para um Praça suportar;  muito mais do que trabalhar como um burro e viver endividado? 

É ver a “Instituição” tratar melhor os seus cães e cavalos do que os próprios soldados. 

O Brasil não tem conserto!

A miséria moral e material desta nação pode ser medida pela quantidade de Igrejas católicas , templos evangélicos , Clubes de Rotary e Lojas Maçônicas. 

Tais empresas , algumas – no caso de certas seitas religiosas –  com fins deseducativos e segregacionistas,  sob o pretexto da de fazer o bem à humanidade , abundam em países com as piores condições de saúde e distribuição de renda do planeta. 

Gente saudável , inteligente e próspera não precisa de intermediários entre a íntima fé e o Criador!