RODRIGO:
A denominação fidelidade e comprometimento, antes de um slogan, surgiu como definição do pequeno grupo de amigos formado no Fórum da Associação dos Delegados. Você é grande exemplo de fidelidade, comprometimento e atitude. A razão maior para eu me candidatar, isoladamente, é representar “o nosso pequeno grupo” – sei que tais palavras poderão ser distorcidas – demonstrando que os nossos ideais não se acham apenas do plano virtual, ou melhor, “cibernético” como fala o colega Lew. Quando eu fizer a nossa retrospectiva – do nosso grupo formado no Fórum, verdadeiramente o grupo mais revolucionário desta Carreira, possivelmente o único – demonstrarei, com maior propriedade, o “porquê” do surgimento do Delpol-PC e do Delegados-Delegados. Um grupo que, buscando aproximação pessoal, se reuniu na Adpesp sem direito a recepção e participação dos membros daquela diretoria. Em virtude do pouco caso da Associação em relação aos colegas do interior, mas muita atenção e reverência para os fiéis convivas do restaurante da Adpesp. Do diretor presidente da Adpesp sequer recebemos pequena resposta. Para os quais nunca passamos de um “bando de inimputáveis”. Eu não compareci, mas vocês compareceram fazendo história. É muito fácil formar chapa para concorrer a Adpesp por aqueles que, diuturnamente, lá estão. Debater, sobre as mesas, também é muito mais fácil e prazeroso. Muito mais fácil quando se tem a colaboração de agentes políticos com livre trânsito na administração policial e na própria Associação. Difícil é congregar colegas dispersos neste Estado gigantesco. Também, “coragem e transparência” são atributos apenas dos participantes do Fórum. Coragem de expressamente externar opiniões e críticas em desfavor do governo, da administração policial e de autoridades. Transparência ao colocar as manifestações e objetivos às claras. O discurso oral logo é esquecido. Os excessos verbais facilmente explicáveis e perdoados pelos ofendidos. Acabam na conta do copo. Não me lembro de nenhuma manifestação dos colegas Paulo Lew, Emanuel, Teresinha ou do suscitado candidato da situação, no espaço destinado a congregar os consortes da Adpesp. Não me lembro de subscreverem a convocação da assembléia extraordinária. E não lembro que tenham eles reivindicado da Adpesp a reativação do Fórum. Sequer buscaram explicações. Talvez não avaliassem a importância daquele espaço para os colegas do DEINTER. Dos colegas do DECAP lembro, apenas, da contundente manifestação do colega Brito – se não me falta memória – manifestando-se em desfavor do Doutor Roque pela maneira que ele tomou para si a conquista dos plantões de 5 equipes; além de relatar suposto superfaturamento das reformas da colônia de férias. Estas as últimas manifestações do Fórum, posto dia seguinte ser violentamente suprimido. Coragem e transparência é mostrar aquilo que se pretende fazer. Sem quaisquer medos de perseguições ou da apropriação das idéias. Coragem e transparência não cabe àqueles que escamoteiam os objetivos e, principalmente, se apropriam das idéias e criações alheias. O esboço para reforma do estatuto da Adpesp ou eventual constituição de uma nova associação – por mim elaborada em Santos há cerca de um ano, foi publicado no Fórum. O Blog Flit Paralisante não foi criado oportunisticamente. Foi criado, experimentalmente, no mês de março de 2007, posto vislumbrar ou intuir o iminente fim do Fórum. Não foi o pioneiro da blogosfera policial, mas foi o primeiro criado por Delegado de Polícia deste Estado para tratar de assuntos da Carreira. Não estou cobrando créditos, apenas estou demonstrando que oportunismo e apropriação de idéias são próprios de quem não possui coragem para inovar e transparência para mostrar aquilo que pensa. A denominação FLIT PARALISANTE – ao contrário do que se pensa – em quase nada se relaciona com o poeta Cazuza. Tem o significado de instrumento neutralizador das condutas que nos são nefastas. Eu disse quase nada, pois do poema apenas serviriam as estrofes: “meu mundo que você não vê… meus sonhos que você não crê”. Servindo em relação àqueles que acham que nos escondemos; que nos julgam meros falastrões sem ações. Para quem, ainda, não viu e avaliou o impacto que o grupo remanescente do Fórum causou na Instituição.
Arquivo diário: 28/09/2007
A ADPESP NÃO PODE EFETUAR CRÍTICAS DE CUNHO POLÍTICO-PARTIDÁRIO

Artigo 7o. – É expressamente vedado à “ADPESP” envolver-se em questões político-partidárias e religiosas, bem como ceder a sua sede e sub-sedes para fins estranhos aos da Associação.
Parágrafo único – A proibição não atinge, individualmente, a nenhum dos sócios, inclusive aqueles que componham os órgãos dirigentes e representativos da “ADPESP”.
Assim, salvo melhores e abalizadas interpretações, não cabe ao Presidente da Adpesp falar em favor ou desfavor deste ou daquele partido.
E se os governos Tucanos fossem inimigos da valorização policial, os Delegados da Polícia Federal e demais carreiras – além de outras polícias estaduais – não perceberiam bons vencimentos.
Não foi o PT quem os valorizou.
A questão, neste Estado, não é partidária.
O problema “é o cultural roube quem puder”; entre nós institucionalizado.
Nº
Estado
Remuneração/ 2007 (inicial bruto), em R$
Polícia Federal (Delegado Federal)
10.862,14 ( a maior remuneração do país)
04
Goiás 7.635,41 (salário válido até 31.05.2007, a partir de 01.06.2007 passa a ser de R$ 8.748,00)* ex-vice e sucessor do Senador M. Perillo(PSDB)
06
Alagoas (com inclusão do adicional noturno)
7.166,87
10
Roraima
6.000,00
15
Rio Grande do Sul
5.296,01
16
Rio Grande do Norte
5.091,34
25
Minas Gerais
3.734,93
27
São Paulo (existem 3 pisos salariais, incluídas todas as vantagens)
3.024,00 –
ALE I e II
3.159,07 –
ALE III
3.508,15 –
ALE V
* ATUALIZAÇÃO EFETUADA EM JUNHO DE 2007.
O INQUÉRITO CIVIL INSTAURADO POR DELEGADO DE POLÍCIA Resposta
A IMPUNIDADE E SINAIS EXTERIORES DE RIQUEZA
O atual Delegado-Geral fala em corregedoria preventiva.
Nada mais preventivo do que a Corregedoria verificar os sinais de riqueza ostensivamente exibidos por quantidade considerável de autoridades e policiais civis.
Parece que sempre foi um tabu cuidar da vida do alheio, digo, do patrimônio. A vida íntima muito se bisbilhota.
Assim, pouco importa se um investigador, cujo salário não ultrapassa R$ 2.500,00, possui um veículo Mercedes de R$ 200.000,00.
Também, nenhuma importância se dá ao fato de determinados Delegados, com vencimentos em torno de R$ 5.000.00 a 8.000.00, serem proprietários de imóveis de R$ 500.000,00; 800.000,00; 1.500.000,00 e até casas na praia de Acapulco – no Guarujá – na ordem de R$ 2.000.000,00.
E o pior: tal tipo agente público é considerado exemplar.
Um modelo a ser imitado.
São os diletantes.
Os herdeiros de ricas famílias que, desprendidamente, abraçam a carreira policial por espírito público.Antiga desculpa de gente corrupta; na esteira de uns poucos abnegados, verdadeiramente, afortunados de berço.
Os desonestos, entre outros malefícios coletivos, acabam,indiretamente, sendo úteis para o Governo, pois nada reivindicam.Quando nos postos de comando adotam, falsamente, postura irrepreensível.
Não necessitam dos vencimentos. Sendo contrários a quaisquer reivindicações; especialmente a greve.
E, obviamente, não querem que os honestos se fortaleçam, passando a desenvolver seus trabalhos sob condições de vida mais equilibradas; menos adversas.
Os preferem vulneráveis.
E peculiar a sólida situação financeira de empresas de segurança de propriedade de alguns policiais.
Estão sempre em franca expansão.
Enquanto boa parcela das legalmente constituídas acaba falindo; pelos custos operacionais e encargos trabalhistas.
As primeiras não apresentam dívidas trabalhistas e fiscais.
Diga-se a propósito; raramente seus funcionários efetuam reclamação trabalhista.
Não ficaria bem para um policial demandar outro policial, denunciando o “bico”.
Em alguns casos um “bico” como segurança de um cassino ou congênere.
Nestes estabelecimentos, por vezes, acabam mortos durante assaltos (roubos).
E, quando possível, a versão oficial dá conta de ato de bravura praticado em momento de folga.
De qualquer forma: na Polícia o enriquecimento com empreendimento lícito é raro.
De regra o enriquecimento se dá com proventos de atividades criminosas; e as empresas de “fachada”, sejam elas de segurança, consultoria, pequenos mercados, pousadas, imobiliárias, bares, lanchonetes e restaurantes, servem apenas para lavagem de dinheiro.
Apurar o enriquecimento ilícito de policiais.
Um fundamento, mais que razoável, para que ao Delegado de Polícia se atribuísse poderes para instauração de inquérito civil.
Inquérito Civil, mas sob o controle Judicial e do Ministério Público.
METÁSTASE DA CORRUPÇÃO
Os três últimos Secretários da Segurança, e respectivos adjuntos, são ou foram Procuradores de Justiça.
Eles nomeiam a cúpula da Polícia Civil.
Pouco, ou quase nada, fizeram para combater a corrupção de gente graúda.
Delegados inquinados como ímprobos são familiares ou parentes de Procuradores de Justiça.