RANÇOSAS MANIFESTAÇÕES CONTRA A POLÍCIA MILITAR(como fazer inimigos externos e cultivar descrédito)

“Sexta-feira, 7 de Setembro de 2007

SOBRE A CARTA DOS OFICIAIS DA P.M.
FIQUEI ABSOLUTAMENTE INDIGNADO COM A CARTA DA ASSOCIAÇÃO DOS OFICIAIS DA POLÍCIA MILITAR E ENVIEI O E-MAIL ABAIXO AO PRESIDENTE DA ADPESP – ASSOCIAÇÃO DOS DELEGADOS DE POLÍCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO.APESAR DE NÃO TER DEFENDIDO OS TERMOS DA CARTA DO DR. GAMA, QUANDO ENVIADA, ACHO QUE A POSTURA DA A.O.P.M. FOI DE EXTREMA ARROGÂNCIA, INTROMIÇÃO E PREPOTÊNCIA, DEMONSTRANDO CLARAMENTE INTENÇÃO DE CENSURAR E CONTROLAR AS MANIFESTAÇÕES E OPNIÕES DOS DELEGADOS.
QUEM ELES PENSAM QUE SÃO?* * * * * * * * * * * * * * * * * *Ilmo. Dr. Sergio M. Roque,
Acabei de tomar conhecimento no site http://www.aopm.com.br/ de carta endereçada à V. Sa. e fiquei pasmo com tamanha arrogância e agressividade. Vejamos os termos:
“Ao Sr. Presidente da ADPESP
Dr. Sérgio Marcos Roque
1. Tendo em vista divulgação no site dessa entidade, no item Notícias, com conteúdo deselegante, irresponsável e inconseqüente, sob o título “Carta aberta ao Governador” , assinada pelo Delegado Marcos Antonio Gama, dirigimo-nos a V.Sª. visto o excelente relacionamento entre nossas Associações, representantes dos interesses profissionais comuns, já demonstrados em inúmeras ocasiões, e não acreditando que o conteúdo desse documento expresse o pensamento da categoria.
2. Também, causa-nos estranheza o fato de matéria tão aviltante ter sido inserida em veículo oficial de divulgação dessa entidade, sem aprovação de responsabilidade de quem de direito.
3. Ao nosso entender, o comportamento desequilibrado desse cidadão, Delegado Marcos Antonio Gama, não pode afetar excelente relacionamento entre as nossas entidades, pelo que solicitamos a manifestação de V.Sª.
Aproveito a oportunidade para renovar os votos de elevada estima e apreço.Cel. Res. PM Salvador Pettinato Neto
Presidente Interino – AOPM”

Apesar de não concordar com o conteúdo demasiadamente emocional da carta-desabafo do Dr. Gama, entendo que os termos da missiva acima transcrita são ofensivos para com a classe dos Delegados, além do próprio Dr. Gama.A carta-cobrança da AOPM demonstra justamente o contrário do que afirma, qual seja, o de que nunca mantivemos qualquer espécie de “bom relacionamento” com os oficiais da PM, mas sim sempre fomos por eles usados e sugados. Não é verdade, tampouco, que possuam “interesses profissionais comuns” com o de nossa categoria, pois exercem (ou deveriam exercer) atividade diversa da nossa.
De fato, são eles os responsáveis pelo patrulhamento preventivo ostensivo (muito embora seja bastante difícil achar um oficial desempenhando essas funções), enquanto que aos Delegados incumbem as funções de polícia judiciária.
Além disso, muito me estranha a afirmativa de que o Dr. Gama enviou a carta “sem aprovação de responsabilidade de quem de direito”, dando a entender que a ADPESP deveria censurar previamente as manifestações e idéias dos associados, cerceando-lhes a liberdade de expressão, como se estivéssemos sob a égide da caserna nos tempos da ditadura.
Aproveito aqui para manifestar o quanto entendo equivocada a realização de curso superior de polícia entre Delegados e oficiais.
Para mim isso soa tão absurdo como se recebêssemos a notícia de que os Juízes estivessem fazendo um curso superior na Escola Paulista da Magistratura com oficiais de Justiça.
Será muito difícil lutar para manter o Delegado de Polícia no rol das carreiras jurídicas se a Administração insiste em nos equiparar a patrulheiros. Sem desmerecer a função, mas como diria o caipira: “anú com anú, nambú com nambú”.
Espero que V. Sa., como digno representante de nossa classe, apresente o necessário desagravo a essa estapafúrdia carta.
Atenciosamente,
Emanuel M. Lopes”(Blog coragem e transparência).

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Com todo o respeito à liberdade de opinião e de manifestação dos colegas Delegados de Polícia, quero ressaltar que desde a divulgação da Carta Aberta ao Governador – de autoria do Dr. Gama digno secretário da ADPESP – vislumbrei efeitos nefastos em nosso desfavor. E neste sentido fiz diversos comentários e, também, elaborei a carta que denominei “A outra Face”, publicada aqui e no blog da CPMAI.
Com efeito, a missiva – possivelmente de cunho eleitoreiro (eleições na ADPESP) – repete antigas falácias. Cantinelas do Dr. Bismael B. Moraes, cujos temas preferenciais sempre foram as críticas em desfavor da Polícia Militar.
O Dr. Gama apenas repetiu vetustos assuntos como: “canil”, “cavalaria” e “folha de pagamento” privada, isto é, a dita “caixa preta da Polícia Militar” (seria um caixa dois?). Faltou criticar a existência da Banda da Polícia Militar.
Tudo tão antigo quanto a paridade de vencimentos e a realização dos cursos superiores de polícia por Oficiais e Delegados.

Políticas de governo adotadas desde o meado da década de 70(setenta).

Como, também, a existência das Delegacias Regionais de Polícia cuja base territorial compreendia a um Comando de Policiamento de Área.
As políticas de segurança sempre buscaram a integração das policias civil e militar.
Não assistindo razão ao colega Emanuel quando afirma: “será muito difícil lutar para manter o Delegado de Polícia no rol das carreiras jurídicas se a Administração insiste em nos equiparar a patrulheiros”.
Afirmação tão repugnante quanto a de certos Oficiais que nos desqualificam com a denominação “polícia cartorária”.

Há leviandades dos dois lados; e prestadores de desserviços .
E Oficiais e Delegados de Polícia sempre foram remunerados equivalentemente, ainda que em datas diferentes.

Pois, os Delegados – por questões meramente administrativas – tinham seus vencimentos revistos, um pouco, antes dos Oficiais.

E, por mais absurdo que possa parecer, as duas carreiras recebiam vencimentos equivalentes aos dos Promotores de Justiça; estes, por sua vez, com vencimentos sempre equivalentes aos dos Magistrados.

Quem necessitar de prova deve buscar ler os ementários de legislação policial que eram editados pela Secretaria de Segurança Pública na década de setenta. Conferindo-se os Decretos e respectivas tabelas.

A paridade de vencimentos, entre as Polícias, sempre foi o costume do Governo; raramente interrompido neste Estado.

Ou melhor: tal equivalência é cultural.

É histórica… Desafio alguém vir refutar tal afirmação.
E que me perdoem alguns colegas – como escrevi no primeiro artigo publicado neste “blog” – a nossa Carreira perdeu o prestígio de função jurídica a partir do momento em que passamos a agir como “tiras de gravatas”. Meros arrombadores de portas (enquanto não necessitávamos de mandado para realizar busca domiciliar) e subscritores de “ordens de recolha” (prisões ilegais para averiguações).
O Oficialato, por sua vez, manteve o seu perfil e doutrina; enquanto nós continuamos caldeados: ingressa qualquer um que possua faculdade de direito.

Tal requisito, por si só, não qualifica ninguém a se autoproclamar como uma espécie de profissional de elite da polícia, especialmente quando a carreira dos Delegados é composta, em sua maioria, por ex-investigadores.

Fato que, na prática, equivale – em seus efeitos – à promoção derivada.

Um mero acesso por melhores vencimentos.

Não há, na maioria dos casos, vocação para as atividades típicas da autoridade de polícia judiciária.

E por mais cultos fossem os ex-policiais não se pode afirmar terem eles conhecimento daquilo que, verdadeiramente, possa ser qualificado como próprios de operadores do direito.

Assim, se um Oficial é um mero “patrulheiro”; se poderá dizer que o Delegado é um mero “investigador melhorado”; nada mais.

Eu nunca permitiria que um Promotor nos definisse como “investigadores melhorados”.

Por fim, o elitismo descabido de alguns Delegados rançosos só nos causa prejuízos…

E cada vez com mais inimigos.

Ficaremos isolados e fracos; em todos os sentidos.

Em homenagem ao Doutor Paulo Fernando Furquim de Almeida e ao Coronel Octavio Adauto Cotrim, respectivamente, Delegado Regional e Comandante do CPA de Santos. Exemplos de cultura, profissionalismo e harmonia entre as carreiras policiais, os quais se formaram no primeiro Curso Superior de Polícia há três décadas.

NOVO DGP FORTALECERÁ O TRABALHO DA CORREGEDORIA

Radiografia da Institutição
O novo delegado-geral da Polícia Civil disse que quer fazer uma “radiografia” de todos os departamentos da instituição antes de fazer mudanças na corporação, comuns quando há a troca de comando.
“Vamos dar continuidade à política do governador [José Serra], as orientações do secretário, mas peço um tempo para poder fazer uma “radiografia’ ampla dos departamentos de polícia. Depois, com o secretário [da Segurança, Ronaldo Marzagão], vou tomar decisões”, afirmou o novo delegado-geral.
Lemos Freire já atuou em quase todos os departamentos da Polícia Civil ao longo de seus 30 anos de carreira na corporação. Para coibir o desvio de policiais, Lemos Freire diz que fortalecerá o trabalho da Corregedoria.
Além da Corregedoria, o delegado-geral também afirmou que quer aprimorar os serviços de investigação, prevenção e inteligência da polícia. “Quero dar continuidade ao trabalho feito atualmente, de uma polícia atuando com firmeza, mas dentro do equilíbrio necessário, entre liberdade individual e segurança pública. Substituir quando possível a força pela inteligência“, afirmou Lemos Freire.

DELEGADO-GERAL PEDE EXONERAÇÃO – ASSUMIRÁ O CARGO DE SUBPREFEITO DA SÉ

Chefe da Polícia Civil assumirá a administração de subprefeitura da Capital
O delegado-geral de Polícia de São Paulo, Mário Jordão Toledo Leme, que pediu exoneração do cargo nesta segunda-feira vai assumir a subprefeitura da Sé, cargo acumulado pelo secretário municipal de Coordenação de Subprefeituras, Andrea Matarazzo.
A idéia nasceu ontem (10) numa conversa entre Matarazzo e o governador José Serra (PSDB). Leme foi indicado pelo próprio Matarazzo ao cargo de delegado-geral. Ele foi delegado seccional do centro e conhece a região da Sé.
O próprio Serra telefonou para o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), para consultá-lo sobre a proposta. Convidado por Matarazzo, Leme aceitou.
PARABÉNS AO DOUTOR JORDÃO NESTA NOVA MISSÃO.
ALÉM DE SER MOTIVO DE ORGULHO PARA TODOS DELEGADOS DE POLÍCIA, A SUA INDICAÇÃO REPRESENTA UM ATESTADO DE COMPETÊNCIA E INTEGRAL CONFIANÇA.