Tiroteio entre policiais de SP e MG em Juiz de Fora completa um ano; processo está na fase final
Segundo a Justiça, todas as audiências já foram realizadas e após a alegação final será dada a sentença. O crime ocorreu em outubro de 2018 e envolveu negociação entre empresários; duas pessoas morreram.
Por Caroline Delgado, G1 Zona da Mata
Policiais civis se envolveram em tiroteio em hospital em Juiz de Fora — Foto: Reprodução/TV Integração
O tiroteio entre policiais civis de São Paulo e Minas Gerais em Juiz de Fora completa um ano neste sábado (19). O G1 acompanhou todo o andamento do processo que, segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), está em fase final e aguarda que seja proferida a sentença. O caso segue em segredo de Justiça.
No dia 19 de outubro do ano passado, ocorreu uma troca de tiros no estacionamento do Hospital Monte Sinai entre policiais que participavam de uma negociação entre empresários. Na ocasião, duas pessoas morreram e foram apreendidos cerca de R$ 15 milhões nos carros do grupo de São Paulo. A maioria do dinheiro era composto por notas falsas.
O G1 apurou que até nesta sexta-feira (18), a ação está em fase final de alegação – onde são apresentados os argumentos finais de ambas as partes, por meio de debate ou apresentação de memoriais – para que depois seja proferida a sentença.
Ainda conforme o órgão, as quatro audiências de instrução foram realizadas em julho, agosto e setembro. (veja abaixo os detalhes sobre as sessões)
Apontado como o proprietário do dinheiro falso, Antônio Vilela, retornou para o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) de Juiz de Fora, após ser transferido de um presídio em Ribeirão das Neves (MG). Já o motorista do empresário, Nivaldo Fialho da Cunha, que estava foragido até novembro, também permanece preso na cidade de Cataguases.
Audiências
Na primeira sessão, em 11 de julho, foram ouvidas várias testemunhas. Conforme informações apuradas pela TV Integração no dia da audiência, 14 das 30 testemunhas foram ouvidas entre 14h e 22h.
As outras duas sessões ocorreram em agosto. No dia 2, o G1 mostrou que apenas uma nova testemunha foi ouvida.
No dia 23 de agosto, prestaram depoimento os policiais Leonardo Soares Siqueira, Marcelo Martolla de Resende e Rafael Ramos dos Santos, além de Antônio Vilela, apontado como o proprietário do dinheiro falso, que responderá pelo crime de estelionato tentado.
Já no dia 6 de setembro, Nivaldo Fialho da Cunha, motorista do empresário Antônio Vilela, foi ouvido pela Justiça. Nivaldo estava foragido desde novembro do ano passado, quando teve a prisão preventiva decretada. Ele foi preso na cidade de Cataguases no dia 22 de agosto.
Denúncia
Em dezembro do ano passado, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou os três policiais mineiros pelos crimes de latrocínio – roubo seguido de morte, organização criminosa, lavagem de dinheiro e fraude processual.
Policiais mineiros envolvidos em tiroteio em Juiz de Fora devem ser ouvidos em audiência — Foto: Reprodução/TV Integração
Outro envolvido na ação, um empresário de 66 anos, segue preso em Juiz de Fora.
No dia 25 de abril, o G1 divulgou que o Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, determinou o retorno ao trabalho dos quatro policiais civis de São Paulo, que são dois delegados, e dois investigadores, envolvidos no tiroteio. Eles não podem usar armas.
O que se sabe sobre o tiroteio
O que ocorreu?
Por volta das 16h de 19 de outubro, um tiroteio no estacionamento de um prédio anexo do Hospital Monte Sinai mobilizou as polícias Militar (PM) e Civil de Juiz de Fora. A informação inicial era de que a ocorrência envolvia policiais civis de São Paulo e de Minas Gerais.
O policial de Juiz de Fora, Rodrigo Francisco, morreu no local e os empresários da cidade e de São Paulo foram atendidos na unidade hospitalar. O mineiro teve alta e dono da empresa de segurança de SP morreu no dia 25 de outubro.
A investigação mostrou que empresários de SP e um doleiro de MG também estavam envolvidos na ocorrência. Os tiros começaram por causa de um “desacerto” por causa de R$ 14 milhões em notas falsas que o doleiro levava.
Tiroteio entre policiais civis de Minas e São Paulo deixou dois mortos em Juiz de Fora — Foto: Reprodução/TV Globo; Polícia Civil/Divulgação
Quem são os envolvidos?
Nove policiais e dois empresários de São Paulo. Cinco policiais, um empresário, um advogado, um motorista, um comparsa e outra pessoa ainda não identificada de Minas Gerais.
Quem foi preso?
Quatro policiais civis de São Paulo – os investigadores Caio Augusto Freitas Ferreira de Lira e Jorge Alexandre Barbosa de Miranda e os delegados Bruno Martins Magalhães Alves e Rodrigo Castro Salgado da Costa – tiveram a prisão ratificada por lavagem de dinheiro. Eles foram soltos após um habeas corpus concedido pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Reynaldo Soares da Fonseca.
Três policiais civis mineiros – Leonardo Soares Siqueira, Marcelo Martolla de Resende e Rafael Ramos dos Santos. Eles foram transferidos para a Casa de Custódia, em Belo Horizonte.
Antônio Vilela, apontado como o proprietário do dinheiro falso, responderá pelo estelionato tentado. Ele retornou para o Ceresp de Juiz de Fora, transferido de um presídio em Ribeirão das Neves (MG).
Nivaldo Fialho da Cunha, de 53 anos, motorista do empresário Antônio Vilela no dia do crime.
Policiais civis se envolveram em tiroteio em hospital em Juiz de Fora — Foto: G1/G1
Vai dar rua pra todo mundo, vou falar uma coisa viu, da forma que foi ,vai ser sem massagem
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Por onde anda o Narciso comédia?
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Até onde sei a Corregedoria está fazendo o possível para ajudar os Delegados. O correto é: sem massagem!!! Um estava até em estágio probatório. Não tem possibilidade alguma de continuar na PC a não ser que a Corregedoria de uma ajudinha. Prestar bastante atenção neste caso!!! Qualquer resultado que não seja DEMISSÃO será a prova cabal que a corregedoria ajuda somente os Delegados amigos.
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Hater, depende muito de quanto “pano e Veja” a Corro usara. Da para passar um pano com bastante Veja e deixar tudo limpinho, basta “querer”.
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Rua? Será? Se der rua depois voltam.
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Menos nutelas na puliça e mais vagas kkkkkk
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Sem um tapa não vão sair, mas, o pessoal de MG estão fudi…s.
Aqueles são ladrões mesmo!
Estão presos e vão pra rua sim, agora, os daqui, sei lá, estavam apenas fazendo bico, errado sim, mas, sem trapalhadas.
Parafraseando o colega C.A. É o que penso.
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Os daqui estavam fazendo bico : detalhe levando os reais falsos e usando todo o armamento da policia civil.
Por si só fazer bico com o material do estado e em outro estado da federação é rua. Quero ver quem mata essa piça no peito
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Ed
Arma, distintivo e algemas são cargas pessoais, e como falei, é o que penso.
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Os de MG vão rodar merecidamente, os daqui provavelmente não vai dar nada ainda mais que tem delegado na fita, embora estavam fazendo bico, sem falar da utilização de Patrimônio público em beneficio particular.
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Exatamente isso. O Delegado em estágio probatório vai justificar como isso? O nome não está a lápis? Caso não rode vou usar esse exemplo para sempre!!!! Não tem a menor possibilidade. Teve homicídio também. Impossível não dar rua para quem está no probatório. Vamos ver né…
A carga pessoal não é como um “aluguel”? Vc não é responsável por sua correta utilização? Não confessou que era bico (atividade expressamente proibida pela LOP)? Não tem como matar isso.
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Hater
Posição minha.
Gostaria que não desse nada pros Polícias daqui.
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Todo mundo precisa se phoder ( delegado, ganso, tira, 171, doleiro etc etc etc. Afinal de contas, tem gente que foi demitido por muuuiiitoooo menos que isso!
O Dr selfie vai dizer que, não sabia o que havia nas malas ?????
Escolta sem saber do que se trata ????
Aí não dá
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Todo mundo precisa se phoder ( delegado, ganso, tira, 171, doleiro etc etc etc. Afinal de contas, tem gente que foi demitido por muuuiiitoooo menos que isso!
O Dr selfie vai dizer que, não sabia o que havia nas malas ?????
Escolta sem saber do que se trata ????
Aí não dá
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