IMUNDÍCIE FARDADA – Laudo confirma que PMs da Capital estupraram jovem em Praia Grande durante DEJEM ( jornada extraordinária )…Os dois imundos pensaram que ficariam impunes por serem de outra localidade…Dane-se os policiais do 45° BPM/I que arcariam com a acusação em razão da viatura 25

Por G1 Santos

 


Jovem de 19 anos realizou exames no IML de Praia Grande para comprovar o abuso — Foto: Nina Barbosa/G1Jovem de 19 anos realizou exames no IML de Praia Grande para comprovar o abuso — Foto: Nina Barbosa/G1

Jovem de 19 anos realizou exames no IML de Praia Grande para comprovar o abuso — Foto: Nina Barbosa/G1

“O laudo técnico indica que houve relação sexual e uma pequena lesão genitália, o que aponta o ato criminoso, já que não foi consentido pela vítima”, relata o responsável pela Ouvidoria da Polícia de SP, Benedito Domingos Mariano.

De acordo com Mariano, a vítima também foi ouvida por ele no 1º DP de São Vicente. “Ouvi detalhadamente todo o relato da jovem. Foram cerca de três horas com a vítima para entender todas as circunstâncias do ocorrido”, relata.

“A partir do depoimento dela e tendo acesso ao laudo técnico da polícia, foi encaminhado um ofício com esses dados para a Corregedoria da Polícia Militar”, acrescenta.

Prisão Preventiva

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informa que os policiais envolvidos na ocorrência foram presos preventivamente no Presídio Romão Gomes. Os laudos periciais foram concluídos e estão sendo analisados pela autoridade policial.

“A nossa expectativa é que o Inquérito Policial Militar conclua pela expulsão dos dois policiais. Acompanharemos a investigação até sua conclusão”, finaliza Benedito Domingos.

Relembre o caso

Em entrevista ao G1a vítima relatou que voltava da festa de uma amiga, dia 12 de abril, quando pediu ajuda a dois policiais, perguntado onde encontrava um ponto do ônibus. “Eu estava vindo de outra cidade e tinha perdido o ponto de descida em São Vicente, onde moro. Então tive que descer em Praia Grande, por isso pedi ajuda”, contou.

De acordo com a jovem, nesse momento, os policiais ofereceram carona até o Terminal Rodoviário Tude Bastos, na mesma cidade, afirmando que seria mais fácil para ela conseguir pegar um ônibus.

A menina relata que sentou no banco de trás da viatura e um dos policiais sentou ao seu lado. Com o carro em movimento, ela conta que ele começou a puxar seu cabelo para que ela o beijasse. Momentos depois, ele a estuprou.

A jovem relatou que ficou em estado de choque quando o policial parou de abusar sexualmente dela. “Me deixaram na rodoviária como se nada tivesse acontecido”. Com medo, ela afirma que saiu sem olhar para trás e acabou esquecendo o celular no banco da viatura. “Ele ainda teve coragem de perguntar se estava tudo bem. Eu só queria ir embora”, acrescentou.

“Acho que agora terei um pouco de paz. Quando soube que eles foram presos me senti mais segura”, afirma a jovem de 19 anos sobre o decreto da Justiça de prisão preventiva dos dois policiais militares suspeitos de estuprá-la em uma viatura em Praia Grande, no litoral de São Paulo.

O laudo pericial feito pela vítima apontou indícios de violência sexual, segundo a Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo. E, de acordo com a Polícia Civil, os dois policiais militares apontados como culpados por ela foram presos preventivamente no Presídio Romão Gomes.

“Minha família ainda tem um pouco de medo que colegas deles tentem algo contra mim, mas o delegado afirmou que vai ativar uma medida protetiva”, relata. De acordo com a jovem, o único desejo dela no momento é que os policiais continuem presos. “Quero que eles paguem pelo que fizeram comigo”, acrescenta.

Recuperação

De acordo com a jovem, o processo de recuperação está sendo a parte mais difícil. “Tinham muitas pessoas me julgando, falando coisas horríveis. Me apontaram como mentirosa e falaram que eu queria fama. Até compararam com outros casos”, desabafa.

Com o resultado do laudo, ela afirma estar mais aliviada. “Tomei muitos remédios fortes para evitar que eu tivesse adquirido alguma DST. A recuperação vem sendo lenta, perdi 8 kg desde o ocorrido. As vezes lembro do que aconteceu e não sinto vontade de comer ou de sair de casa”, afirma.

Caso de estupro foi registrado na Delegacia Sede de Praia Grande, SP e segue em investigação pela DDM da cidade — Foto: Andressa Barboza/G1Caso de estupro foi registrado na Delegacia Sede de Praia Grande, SP e segue em investigação pela DDM da cidade — Foto: Andressa Barboza/G1

Caso de estupro foi registrado na Delegacia Sede de Praia Grande, SP e segue em investigação pela DDM da cidade — Foto: Andressa Barboza/