PCC se articula nos quatro presídios federais do país 54

Facção criminosa se articula em presídios federais no país

MARCO ANTÔNIO MARTINS
DO RIO

24/11/2014 02h00

O PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa que dominou as penitenciárias de São Paulo, agora tenta expandir seus domínios para os quatro presídios federais construídos no país.

O alerta vem sendo feito por agentes penitenciários ao Ministério da Justiça desde o ano passado, mas a situação se agravou em setembro.
Uma ala inteira do presídio federal de Porto Velho (RO) teve o interior de suas celas destruídas pelos detentos, no que foi considerado o primeiro motim em uma unidade federal desde que elas começaram a ser
inauguradas, em 2006.

Também mudou o comportamento dos presos, que passaram a desafiar os agentes.

O cálculo de servidores é de que 56 detentos do sistema tenham se tornado adeptos da facção, ou “batizados”.

Além disso, toda a direção dos presídios está ameaçada de morte pela quadrilha. Em especial, os dirigentes de Porto Velho, que fica próxima da fronteira com a Bolívia, onde o PCC possui negócios.

Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress

O Depen (Departamento Penitenciário Nacional), do Ministério da Justiça, não se pronunciou até a conclusão desta edição.

São nas prisões federais que estão os maiores chefes do crime organizado de vários Estados: dos traficantes do Comando Vermelho carioca ao comendador José Arcanjo, acusado de mais de 40 homicídios, passando por milicianos do Rio ou traficantes de Paraná, Santa Catarina e Maranhão.

Agentes prisionais ou procuradores que atuam nas quatro unidades federais -Catanduvas (PR), Porto Velho, Mossoró (RN) e Campo Grande (MS); todas de segurança máxima- aceitaram falar desde que fosse mantido o anonimato.

TRANSFERÊNCIA

Em Porto Velho, pias, chuveiros e vasos sanitários das celas foram quebrados, surpreendendo agentes e a direção da unidade.

Para os agentes penitenciários, a manifestação de setembro tem um motivo: a transferência para Mossoró de Roberto Soriano, 41. O detento é um dos chefes do PCC.

Desde que chegou a Rondônia, em 2013, após a acusação de ter ordenado o assassinato de policiais em São Paulo, Soriano vem sendo flagrado em escutas ambientais, autorizadas pela Justiça, articulando a facção nas unidades federais.

A suspeita é de que ordens têm sido enviadas aos outros presídios na visita íntima. O local destinado para receber sua mulher é o único nos presídios em que não há escuta.

Nas celas, durante a refeição e no banho de sol, os presos são monitorados 24 horas por dia. Mesmo assim, Soriano não se intimidou.

Em 16 de novembro de 2012, foi flagrado numa escuta conversando com Francisco Cesário da Silva, o Piauí, da favela de Paraisópolis.

No diálogo, Soriano fala dos ataques em São Paulo e de que o PCC praticaria atentados até a Copa do Mundo, o que acabou não acontecendo.

O flagrante ao criminoso resultou em 120 dias de isolamento e a transferência de Piauí para Mossoró.

DESAGUAR

Ao deixar o isolamento, em março de 2013, durante um banho de sol, Soriano foi novamente flagrado na escuta. Desta vez, conversava com outros presos sobre os colegas do sistema penitenciário de Alagoas.

Para os agentes prisionais, Soriano utilizava o termo “desaguar” para falar de novos “batizados”. Foram mais 360 dias no RDD (Regime Disciplinar Diferenciado).

Ao sair da punição, seu primeiro ato foi reclamar da presença de milicianos do Rio na unidade. Não queria ficar na mesma ala que ex-policiais. Pediu novo isolamento.

Assim permaneceu por oito meses, já que sua atuação de influir na vida do sistema foi mencionada por outros detentos da unidade.

A solução encontrada pela direção de Porto Velho foi transferi-lo para Mossoró, onde a ordem judicial prevê que fique isolado até fevereiro de 2015. Banho de sol apenas na cela, mas a visita íntima está liberada pela administração.

1533

A ala destruída não foi a única marca deixada pela transferência de Soriano no presídio de Porto Velho.

Os presos se recusam a seguir a determinação dos agentes de que o último detento que chegar para o banho de sol bata e trave a porta atrás de si, algo até então comum nos presídios federais.

Agora, para agentes, a maior mudança acontece à noite. Quando a luz da unidade se apaga, um grito captado nas escutas ambientais chama a atenção: “1533”.

O grito interrompe o silêncio da unidade e é a senha para o início de conversas, aos berros, entre os detentos de uma mesma ala. Na linguagem da cadeia, “1533” tem outro significado: PCC.

A ideia surgiu durante a formação da facção nos presídios paulistas. O “P” é a 15ª letra do alfabeto quando soletrado sem K, Y e W.

Transcrito da Folha de São Paulo ; nos termos do artigo 46 da Lei nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998.‏

Alckmin participa da formatura de 164 escrivães da Polícia Civil 64

 

Segunda-feira, 24 de Novembro de 2014

Alckmin participa da formatura de 164 escrivães da Polícia Civil

 

Capital receberá 86 formandos e os outros 78 serão distribuídos pelo interior

O governador Geraldo Alckmin participou nesta segunda-feira, 24, da formatura de 164 escrivães da Polícia Civil, em cerimônia no Palácio dos Bandeirantes. O concurso que selecionou os novos policiais civis – 93 homens e 71 mulheres – teve 11.714 candidatos inscritos. A capital receberá 86 formandos e os outros 78 serão distribuídos pelo interior.

Estes novos escrivães vão reforçar o efetivo da Polícia Civil responsável pelos inquéritos policiais e para lavrar boletins de ocorrência, autos, termos, mandados e ordens de serviço.

“Hoje, a Polícia Civil forma 164 escrivães que já terminaram a academia e começam a trabalhar a partir de amanhã. Em janeiro, serão mais 52 escrivães. E teremos ainda mais 781. É o maior fortalecimento de recursos humanos na Polícia Civil dos últimos tempos”, disse o governador.

O curso de formação tem 24 disciplinas, dentre elas direitos humanos, polícia comunitária e armamento e tiro. A preparação tem duração de pouco mais de três meses, totalizando 572 horas/aula. Após o fim do curso, há 15 dias de estágio supervisionado, onde atuam diretamente nas unidades policiais.

Reforço policial

Desde 2011, o Governo do Estado de São Paulo contratou 16.419 novos policiais, com 13.409 militares, 2.590 civis e 420 técnico-científicos, além de 599 oficiais administrativos destinados à Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC).

Além disso, as polícias aguardam a contratação de 3.092 policiais militares e civis que estão em formação.

Concursos

Estão abertos concursos para o preenchimento de 9.517 vagas para carreiras policiais no Estado de São Paulo. Só para a Polícia Civil, estão disponíveis 2.301 vagas, com 129 para delegados, 1.384 para investigadores e 788 para escrivães.

Além dos concursos em andamento, há ainda 5.000 vagas para cargos de oficiais administrativos da Polícia Militar, que não é uma carreira policial. A PM vai contratar ainda mais 6.220 homens e mulheres, com seis mil soldados e 220 alunos oficiais.

A Polícia Técnico-Científica tem concursos abertos para 996 novos agentes, com 89 atendentes de necrotério, 447 peritos, 140 médicos legistas, 120 fotógrafos técnico-periciais, 55 desenhistas técnico-periciais e 145 auxiliares de necropsia.

Secretaria da Segurança Pública

Assessoria de Imprensa

(11) 3291-6685

www.saopaulo.sp.gov.br

Governo do Estado de São Paulo

 

Amanhã eleições do SINPOLSAN – Chapa 1 – FUTURO É HOJE – Presidente: Walter de Oliveira Santos- veja os locais de votação 2

Eleições do SINPOLSAN – veja os locais de votação
Amanhã , dia 25 de novembro, das 09:30 horas às 19 horas, o SINPOLSAN – Sindicato dos Policiais Civis de Santos e Região realizará eleições para sua diretoria e conselho fiscal.

O policial civil associado deverá no momento da votação apresentar a carteira funcional e poderá votar em qualquer  dos locais abaixo :

Veja os locais de votação na Capital de São Paulo:
SANTOS – SINDAPORT – Sindicatos dos Trabalhadores da Administração Portuária
Rua Julio Conceição, 91 – Vila Mathias – Santos – SP.

DELEGACIA SEDE DE SÃO VICENTE
Rua João Ramalho, 940 – Centro – São Vicente – SP

DELEGACIA SEDE DE PRAIA GRANDE
Avenida Roberto de Almeida Vinhas, 9101 – Vila Tupi – Praia Grande – SP

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