Seria até louvável que a ROTA , cumprindo estritamente o dever legal, sacrificasse criminosos violentos no “mano a mano” , mas é praticamente tudo sem necessidade e na covardia 37

Capitão e delegado contrariam comando da PM e pedem que Rota mate mais

09/02/20 por Kaique Dalapola

Filho do deputado estadual Paulo Telhada e delegado usaram as redes sociais para comentar dado da Ouvidoria da Polícia de SP que aponta alta de 98% de mortos pelo batalhão mais letal da PM

Capitão Rafael Telhada atuou no batalhão mais letal da PM de SP | Foto: Reprodução/Instagram

Dois dias depois da divulgação do relatório da Ouvidoria da Polícia de São Paulo que apontou um aumento de 98% no número de pessoas mortas por policiais militares da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) no ano passado na comparação com 2018, o capitão Rafael Henrique Cano Telhada usou as redes sociais para comemorar e estimular nova meta: “200% em 2020”.

Conhecido como Telhadinha, por ser filho do ex-comandante da Rota e atual deputado estadual Paulo Telhada (PP), atualmente Rafael é comandante da Força Tática do 4° Batalhão, na zona oeste de São Paulo.

A publicação do capitão aconteceu como resposta a uma postagem na qual ele foi marcado, na ferramenta de story do Instagram (que fica pelo período máximo de 24 horas). O compartilhamento original mostra uma reportagem do Portal G1 sobre a alta da letalidade do batalhão acompanhada de elogios aos PMs.

Além de Rafael Telhada, o delegado da Polícia Civil de São Paulo Rafael Vallejo Fagundes foi para as redes sociais comentar o aumento no número de mortos por policiais militares da Rota. “Bora dobrar a meta, meus irmão da Rota. Porque enquanto a criminalidade estiver abaixando e o cidadão de bem estiver mais seguro, eu quero mais é que vagabundo se exploda”, escreveu em um comentário de compartilhamento da notícia.

O pai do capitão, deputado Paulo Telhada, também comentou os números do relatório da ouvidoria durante sessão na Assembleia Legislativa. “Parabéns à Rota por ter aumentado o número de mortos”, disse o político. “Porque não são cidadãos mortos, não são inocentes mortos, são criminosos, bandidos”, continuou.

Antes de comandar a Força Tática do 4º Batalhão, Rafael Telhada passou, dentre outros batalhões, pela própria Rota e pelo COE (Comandos e Operações Especiais).

Ponte pediu explicação sobre a publicação ao capitão Rafael Telhada, no entanto, até a publicação desta reportagem, ele não retornou. A Polícia Militar também foi questionada e, por meio de nota, disse que “as opiniões pessoais do oficial são de sua inteira responsabilidade, pois como cidadão, o policial militar tem direito à liberdade de expressão, sendo ele inteiramente responsável por suas declarações”.

A SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo) também disse que “as opiniões pessoais do oficial são de sua inteira responsabilidade”. A pasta afirmou ainda que as declarações dos policiais “não vêm ao encontro do posicionamento institucional que sempre será a defesa da vida”.

A nota da secretaria diz que “as polícias paulistas contam com um rigoroso sistema corregedor, que não compactua com eventuais desvios de conduta de seus agentes”. “Todas as denúncias são investigadas e as apurações têm início na área dos fatos e sempre são encaminhadas às respectivas Corregedorias antes do envio ao Judiciário”, continuou.

A SSP-SP informou que o trabalho das corregedorias resultou, em 2019, em 510 policiais presos, demitidos ou expulsos das instituições.

Rafael Telhada comentou alta de letalidade da Rota | Foto: Reprodução/Instagram

Alta na letalidade

A Ouvidoria de Polícia divulgou, na última quinta-feira (6/7), o relatório anual de prestação de contas contendo os números de mortos pelos batalhões mais letais de São Paulo. A Rota continua sendo o que mais mata no Estado.

De acordo com os dados da ouvidoria, das 845 mortes cometidas por PMs no primeiro ano do governo João Doria (PSDB), 104 foram por policiais militares da Rota, sendo que no ano anterior houve 58 mortes. O número supera em mais de três vezes o segundo batalhão mais letal da PM paulista, que é o 2º Baep (Batalhão de Ações Especiais da Polícia), de Santos, com 30 mortes em supostos confrontos.

O posicionamento de Telhada também vai contra a postura adotada pelo comandante da Polícia Militar de São Paulo, coronel Marcelo Vieira Salles, que disse em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, publicada no último dia 2 de fevereiro, que “o desejável é que não morra ninguém” nas ocorrências policiais.

Na entrevista, o número 1 da PM paulista também disse que “há todo um cuidado do comando da Polícia Militar, da instituição, para combater esse tipo de incentivo [à violência policial]”, e disse que não gosta desse tipo de discurso.

Histórico

O capitão Rafael Telhada tem histórico de participar de ações policiais com morte de suspeitos. Em março do ano passado, enquanto atuava pelo COE, ele participou de uma ocorrência, com outros quatro PMs, que vitimou o jovem Djaedson Roque da Silva Júnior, de 23 anos, em Osasco, região metropolitana de São Paulo.

Na ocasião, os PMs envolvidos na ação disseram que foram atrás de suspeitos de roubarem uma motocicleta e, durante uma tentativa de abordagem, os suspeitos atiraram. No suposto revide, acertaram o rapaz negro. Os próprios policiais levaram o homem para o hospital, onde constatou a morte, fugindo do procedimento regulamentar.

Após essa ocorrência, o capitão também usou o Instagram para exaltar a morte. “O facínora tombou baleado e, socorrido, evoluiu a óbito. Graças ao bom Deus, todos os guerreiros do COE estão bem. A caveira sorriu mais uma vez”, escreveu na ocasião.

Quatro meses depois, a Ouvidoria da Polícia de São Paulo apontou excessos na ação que Telhada participou. O documento enviado à Corregedoria da Polícia Militar paulista, apontou que os PMs se excederam na legítima defesa, pois eram maioria em relação ao homem, baleado quatro vezes, e interferiram na perícia do local do crime, procedimento padrão que não foi feito.

Reportagem atualizada às 13h do dia 9/2 para as seguintes alterações: inclusão da informação de que o delegado Rafael Vallejo Fagundes, assim como capitão Rafael Telhada, também comemorou o aumento de mortes da Rota e estimulou o aumento da violência, e inclusão do posicionamento da SSP-SP. Alteração no título e no texto.

Errata: Capitão Rafael Telhada é comandante da Força Tática do 4º Batalhão. A sigla COE significa Comandos e Operações Especiais.

Comentários

ROTA ensina como forjar flagrante de tráfico para promoção de tenente para capitão…Vergonha mesmo é o Poder Judiciário coonestar essa espécie de fraude; o PCC agradece por mais um associado que futuramente executará um policial e com certa razão 18

Fala guerra.

Achei este vídeo no youtube https://www.youtube.com/watch?v=g27jPw3Pb2c&feature=youtu.be

PMs da Rota alegam receber denuncia anonima e combinam cercar o ponto de drogas. Começa correria na favela e consegue deter um rapaz que alega qie correu pq não tinha ido assinar a carteirinha. Logo em seguida junto a uma arvore localizam uma nécessaire com drogas e dizem que o rapaz havia lançado ali durante a fuga. No entanto a camera acompanha toda a ação e pouco antes de deter o rapaz, dá para ver que não tinha nada nas arvores, tudo registrado pelas cameras. Operação comandada por 1o. tenente (deve ser capitão hoje. Se não publicar eu entendo, tem que ter cuidado com essa escumalha. Passe para a imprensa.

 

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Esses PMs são piores do que bandidos, pois a pretexto de combater um grave crime cometem crimes ainda mais graves.

Nitidamente passam pelos arbustos e nada se vê pelo chão.

Em seguida chega outra viatura , estaciona ao lado da árvore , então ,  milagrosamente,  aparece uma pacoteira de drogas : KIT FLAGRANTE! 

Heróis …Tá se vendo de que calibre!

O PODER DA IGNORÂNCIA – A IURD pela simbólica taxa de 10% administrará as finanças dos PMs garantindo-lhes prosperidade 13

Universal se une a quartéis para amenizar o estresse e dar força a policiais militares

Apresentado em 2018, projeto está sob batuta de um ex-capelão da PM maranhense

Policiais militares participam de programa no Templo da Igreja Universal do Reino de Deus, em São Paulo

Policiais militares participam de programa no Templo da Igreja Universal do Reino de Deus, em São Paulo Zanone Fraissat/Folhapress

RIO DE JANEIRO e SÃO PAULO

Curiosos se aproximam: aconteceu algo no templo? Na manhã da última sexta-feira de janeiro, viaturas da Polícia Militar dominam arredores de uma Igreja Universal do Reino de Deus na zona leste de São Paulo. Nenhuma ocorrência: ali estão para orar.

Homens fardados, suas armas na cintura, tomam os bancos. Cenas afins se repetem Brasil afora, às vezes em quartéis das PMs de cada estado.

Eles saem dessas reuniões com o estômago cheio (servir café da manhã é praxe) e a mente fornida com orações sugeridas por um pastor que, como eles, pode ser militar.

A congregação do bispo Edir Macedo, que já realiza extenso trabalho missionário com presidiários, passou a atuar também na outra ponta. É o UFP (Universal nas Forças Policiais), que se pôs como missão defender “os ensinamentos da Bíblia nas forças de Segurança Pública, Forças Armadas e órgãos governamentais”.

Na internet, alguns definiram o programa como “milícia do Edir Macedo”, outros ressaltaram seu valor como mais um serviço que a Universal oferece para preencher crateras que o poder público não ocupa.

Na pregação acompanhada pela Folha, voluntários da igreja vestiam camisetas com o símbolo do UFP: o formato do distintivo da PM com a pomba e o coração da Universal dentro.

A jornalista Patrícia Lages palestrou sobre educação financeira. ”

Ter inadimplência, para um policial, é pior do que para qualquer pessoa. Imagine estar trabalhando na rua e ter o celular tocando, gente ligando com cobrança”, diz.

( Nota do blog: pelo menos o pastor cobrará o PM por meio do whatsapp )

No fim, um bolo de festa coberto de glacê branco. Nada festivo é um dos temas centrais ao UFP: a saúde mental em frangalhos num país onde mais policiais se mataram (104) do que morreram em operações (87), segundo o 13ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, lançado em 2019 com números do ano anterior.

“A quantidade de suicídios é absurda. Lidamos com coisas psicologicamente muito difíceis”, diz à Folha o tenente Tiago Pereira de Souza, relações públicas do 19º batalhão da PM-SP.

Ele anuncia ao batalhão: começará uma oração ecumênica. “Aqueles que não se sentirem à vontade, podem se retirar, sem nenhum problema”. A reportagem não viu ninguém sair.

É dentro da Universal que acontece uma cerimônia de entrega de medalhas para aquele pelotão, com cerca de 600 membros. Nessas reuniões, cena comum é a doação de livros com o selo da Universal, como “Casamento Blindado” (dicas matrimoniais elaboradas por filha e genro do bispo Edir) e “Como Vencer suas Guerras pela Fé”.

Muitos ali não são da Universal. Tem quem nem a curta muito, caso de uma oficial que não quis se identificar: Ela diz ter ido a um encontro de casais porque estava com problemas com o meu marido, no Templo de Salomão, mas não gostou do evento.

A cada cinco minutos, segundo ela, o pastor pedia dinheiro. A abordagem do líder religioso que orienta os batalhões é diferente, diz.

A Universal classifica como uma “campanha sórdida contra ela” a ideia de que estaria formando um exército particular de policiais com esse programa. O tenente Souza se dá como exemplo. “Não se fala da igreja, se fala de Deus. Sou da Congregação Cristã do Brasil e participo.”

O motivo da adesão é unânime entre entrevistados: a pressão do trabalho faz qualquer tipo de ajuda ser bem-vinda.

À frente do UFP, o pastor Roni contou, em papo gravado com Edir Macedo, que foi da tropa de choque da PM paulista, quando se tornou “uma pessoa que, poderia dizer, era um perigo para a sociedade”.

A ansiedade era tamanha que dormia com uma arma sob o travesseiro, diz. “Chegou ao ponto de achar que a vida não tinha mais sentido. Era um policial depressivo.”

Ele conta que sua atitude mudou após a conversão. “O indivíduo que enfrentava a polícia… Dentro dele habitava o mal, uma força maior que ele é que fazia ele comete aquela atrocidade. Não conseguia mais ver o homem criminosos, pessoa que eu, policial, tinha que matar.”

À Folha ele exemplifica. Em 2018, três ladrões lhe tomaram carro, documentos e celulares, um deles menor de idade. Acabaram capturados. “Preguei para aqueles rapazes que tinham acabado de colocar uma arma na minha cabeça. Diria que quem tem domínio da palavra de Deus, e sou testemunha, se torna uma pessoa mais humanitária.”

A rigor, não há impeditivo para o trânsito de religiosos em quartéis, diz Rafael Alcadipani, professor da FGV-SP e integrante do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Basta lembrar de grupos como os PMs de Cristo e o templo na sede do Bope no Rio, isso para ficar só no segmento evangélico.

O problema é o policial se voltar à Bíblia para justificar uma maior letalidade, afirma. E quem procura acha. As mesmas Escrituras que zelam pelo mandamento “não matarás”, afinal, têm versículos como “se o ladrão for achado arrombando uma casa e, sendo ferido, morrer, quem o feriu não será culpado do sangue”.

“Já vi grupos em que os caras colocam a Bíblia junto, para a arma ser benzida”, conta Alcadipani. “Há aqueles que se sentem ungidos por Deus para matar. É a lógica do bem contra o mal, estou do lado de Deus contra o demônio.”

O cabo Fábio Almeida, que vai às reuniões do UFP, diz não ver relação entre os valores bíblicos e os da PM. “A polícia é legalista. Não precisa ter uma religião por trás para nortear o comportamento do policial. Isso vem de berço, além da conduta profissional.”

Já a mistura entre fé e labuta rendeu ao major Roni uma citação na Justiça. Em 2012, a 4ª Vara do Trabalho de São Luís (MA) condenou a Universal a pagar R$ 80 mil por usar militares em sua segurança privada, sentença depois rejeitada no Tribunal Regional do Trabalho do Maranhão (TRT-MA).

Roni era o superior hierárquico da PM que elaborava a escala de plantões de oficiais na igreja, segundo o Ministério Público do Trabalho, o que foi negado pelas testemunhas ouvidas pela juíza do caso.

A procuradora havia apontado direitos trabalhistas ausentes na prática, como férias e 13º salário, e um acúmulo de atividades que estressava esses oficiais, prejudicando seu desempenho. A igreja, para ela, acabava se valendo de uma força aparelhada pelo Estado em benefício próprio.

Questionada, a igreja afirmou que “a tentativa de ligar um processo de oito anos atrás –e que, ao fim, deu razão à Universal–, com uma pauta sobre um programa social e humanitário, é tentar torcer a realidade para que ela se encaixe numa versão preconceituosa dos fatos”.

O último despacho da disputa judicial foi assinado em 9 de janeiro. Nele, a juíza Angela Cristina Carvalho Mota Luna pede que a Superintendência Regional do Trabalho no Maranhão fiscalize três unidades da Universal em São Luís para verificar se há algum empregado sem registro de ponto ou carteira assinada.

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Verdadeiramente, a IURD não evangeliza ninguém…

Faz um nefasto proselitismo religioso que deveria ser reprimido pelo Governo.

Espiritualidade, religiosidade, crença, fé , devoção , deveriam ser escolhas absolutamente individuais; nunca uma prática institucional.

Batalhão ou qualquer dependência governamental não podem ser empregados para cultos…Ecumênicos ou não! 

“A quantidade de suicídios é absurda. Lidamos com coisas psicologicamente muito difíceis”, diz à Folha o tenente Tiago Pereira de Souza, relações públicas do 19º batalhão da PM-SP. 

Ele anuncia ao batalhão: começará uma oração ecumênica. “Aqueles que não se sentirem à vontade, podem se retirar, sem nenhum problema”. A reportagem não viu ninguém sair.

Tenente Tiago – nome bem a propósito – qual o PM que confiaria na sua palavra e deixaria de assistir esse  teatro de mentiras ? 

Obviamente,  sofreria retaliações.

E mesmo abominando essa prática , não seriam deselegantes com os colegas crentes.

Confiar em Tenente  prosélito já demais, né? 

Sabem o que é psicologicamente muito difícil para um Praça suportar;  muito mais do que trabalhar como um burro e viver endividado? 

É ver a “Instituição” tratar melhor os seus cães e cavalos do que os próprios soldados. 

O Brasil não tem conserto!

A miséria moral e material desta nação pode ser medida pela quantidade de Igrejas católicas , templos evangélicos , Clubes de Rotary e Lojas Maçônicas. 

Tais empresas , algumas – no caso de certas seitas religiosas –  com fins deseducativos e segregacionistas,  sob o pretexto da de fazer o bem à humanidade , abundam em países com as piores condições de saúde e distribuição de renda do planeta. 

Gente saudável , inteligente e próspera não precisa de intermediários entre a íntima fé e o Criador! 

 

Doria nomeia o advogado progressista Elizeu Soares Lopes como nono Ouvidor da Polícia…Parabéns ao nomeado e ao Governador João Doria! 3

Doria troca ouvidor da polícia no dia da divulgação de balanço de ações

SÃO PAULO, PS (FOLHAPRESS) – O governador João Doria (PSDB) decidiu não reconduzir ao cargo o atual ouvidor da Polícia de São Paulo, Benedito Mariano, e, para seu lugar, escolheu o terceiro da lista tríplice, o advogado Elizeu Soares Lopes, que trabalhou na gestão Fernando Haddad (PT).

A decisão causou surpresa por ter ocorrido sem aviso prévio e no mesmo dia em que a Ouvidoria apresentaria seu balanço anual de trabalho, no qual apontou, entre outros fatos, o aumento das mortes de civis provocadas por policiais da Rota, a tropa de elite do estado.

Ligado ao PCdoB e ao movimento negro, o novo ouvidor foi secretário adjunto de Promoção da Igualdade Racial da gestão de Fernando Haddad (PT) na Prefeitura de São Paulo. Ele também atuou como chefe de gabinete da deputada estadual Leci Brandão (PCdoB).

Lopes é crítico do atual governador. No Twitter, em 2016, quando Doria disputava com Haddad a vaga de prefeito, o advogado criticou o tucano durante um debate —”um fiasco, não fala lé com cré”.

Mariano havia sido o mais votado em novembro de 2019 para formação de uma lista tríplice. Todos os nove conselheiros do Condepe (Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana do Estado de São Paulo) foram favoráveis à condução do atual ouvidor, incluindo o representante do governo paulista. Lopes foi o terceiro da lista com cinco votos.

Durante visita ao interior de São Paulo, ao ser questionado por jornalistas, o governador João Doria foi econômico ao falar do assunto. “É listra tríplice e, portanto, cabe ao governador escolher um dos três nomes. E foi feita a escolha. Ponto final.”

A decisão foi publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (6) e quebra uma tradição da Ouvidoria, criada na gestão Mário Covas (PSDB), de sempre reconduzir o ouvidor para mais dois anos de mandato.

Deputados vinham pressionando Doria a não manter Mariano. O líder do governo na Assembleia Legislativa, Carlão Pignatari (PSDB), chegou a dizer que Mariano é “mau caráter” e deveria sair do posto. A situação piorou após ele criticar ação da PM em Paraisópolis, quando nove pessoas morreram pisoteadas durante uma operação policial em um baile funk.

“Acho que pesou a Ouvidoria estar muito atuante. Esse foi principal ponto”, disse Mariano.

“Talvez o governador não tenha me nomeado pelo que eu fiz, não pelo que eu não fiz. Esses dois anos foram os anos de maior atuação dos 25 de existência da Ouvidoria. Nós produzimos uma pesquisa sobre força policial inédita no país. Produzimos uma pesquisa sobre suicídio policial inédita no país.”

A lei determina que o governador escolha qualquer um dos nomes da lista tríplice. A divulgação no Diário Oficial é irreversível.

“É legítimo escolher o terceiro, [mas] como nunca aconteceu do atual ouvidor não ser reconduzido, faltou delicadeza de ao menos avisar uma semana antes. Para avisar a equipe, preparar uma transição. Ele foi deselegante comigo.”

Mariano disse que, na semana passada, recebeu uma ligação do secretário-executivo da Polícia Militar, Álvaro Camilo, informando que a cúpula da Segurança Pública levaria ao governador Doria um pedido de recondução dele ao cargo em reconhecimento ao bom trabalho.

“Para mim, isso é muito caro. No período em que a Ouvidoria foi mais atuante, não criou tensão com o gabinete do secretário e com o comando das duas polícias. O governador não quis conduzir um ouvidor que tinha apoio das polícias e do secretário da Segurança Pública.”

O presidente do Condepe, Dimitri Sales, que estava com Mariano na apresentação do balanço dos trabalhos do Ouvidoria, disse considerar que o governador tomou uma decisão política para atender pedido dos deputados, “sacrificando o ouvidor para agradar a bancada da bala”.

“Essa decisão ocorre no contexto de disputa dentro da Assembleia Legislativa. Lá existem dois projetos, um querendo extinguir a Ouvidoria da polícia e outro para extinguir o Condepe.”

De acordo com o ouvidor, ele deixa o cargo antes de terminar o relatório sobre o caso de Paraisópolis que iria detalhar os erros cometidos pela Polícia Militar na ação. O documento teria como base o inquérito da Polícia Civil, com mais de 1.100 páginas.

Mariano disse que a analise dessa documentação reforçou as declarações dadas por ele na época. “A ocorrência de Paraisópolis foi improvisada, precipitada e desastrosa, dialogou diretamente com o resultado trágico. Mesmo que as mortes tenham sido de maneira indireta”, disse.

No documento que vinha sendo elaborado haveria um mapa mostrando a localização de cada viatura no episódio, o que, segundo o ex-ouvidor, demonstraria a falha dos policiais. “A localização das viaturas no baile funk mostrava que a ação não seguiu o próprio manual da PM sobre intervenção em controle de distúrbios civis, que é deixar o máximo de rotas de dispersão”, disse.

Para o sociólogo, o novo ouvidor não terá como produzir um relatório por não ter acompanhado o assunto até agora.

No relatório anual de prestação de contas, a Ouvidoria destaca ainda a quantidade de pessoas mortes pela Rota (tropa de elite da PM paulista), que praticamente dobrou no ano passado.

Segundo o balanço do ouvidor, com base em números da Corregedoria, os policiais desse grupo mataram no ano passado 101 pessoas durante o trabalho. Em 2018, foram 51.

Para Mariano, foi a letalidade dos homens da Rota que provocou uma elevação em todos os números do estado. Em 2018, a PM matou 642 pessoas durante a intervenção policial. No ano passado, foram 716.

Somando as duas polícias, as mortes decorrentes de intervenção policial foram de 655 para as 733 anotadas, na mesma comparação dos anos.

A reportagem entrou em contato com o coronel Álvaro Camilo, mas não teve resposta até publicação deste texto.

Houve também tentativa um posicionamento do secretário da Segurança, João Camilo Pires de Campos, e o governador João Doria, mas nenhum deles se manifestou ainda.

Em nota, a Secretaria da Justiça da gestão Doria informou que “a escolha de um novo mandato de Ouvidor das Polícias a cada dois anos é uma regra prevista pela Ouvidoria. Por se tratar de um cargo de fiscalização indicado por representantes da sociedade civil, cuja função é ser o porta-voz da população, a escolha é baseada estritamente em critérios técnicos.”

A Secretaria da Segurança respondeu que o posicionamento dela é o mesmo da Justiça.

Dr. Antonio Luis Tuckumantel , Delegado Seccional de Polícia de Limeira, receberá título de cidadão Ararense 3

Delegado responsável pela região vai se tornar Cidadão Ararense

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Ramon Rossi

Responsável pela Polícia Civil de Araras, Leme, Cordeirópolis, Iracemápolis, Santa Cruz da Conceição, Pirassununga e Limeira, o pirassununguense Antonio Luis Tuckumantel, delegado titular da Delegacia Seccional de Polícia de Limeira, recebe na sexta-feira, dia 14 de fevereiro, a cidadania ararense. A cerimônia será na Câmara Municipal, às 19h30, em sessão solene no Plenário Vereador Bruno Moysés Batistela.

A propositura aprovada pelos parlamentares em Plenário é de autoria do vereador Felipe Dezotti Beloto (PL), conforme decreto legislativo nº 17 de 12 de novembro de 2019.

Natural de Pirassununga-SP, Antonio Luis Tuckumantel é casado com Maria Silvia Luccas Tuckumantel com quem tem quatro filhos: Ivan, Elton, Renan e Marcio. São três netos: Davi, Miguel e Sofia.

Tuckumantel iniciou a carreira profissional como técnico de som na Rádio Difusora AM 1290 de São José do Rio Pardo, nos anos 1970. Paralelo ao trabalho na emissora, formou-se no curso de Filosofia, na Faculdade de Ciências e Letras de São José do Rio Pardo e depois em Direito, na Faculdade de São João da Boa Vista.

Em 1978, ingressou na Polícia Civil do Estado de São Paulo, na função de Investigador, exercendo a carreira em Araras-SP, onde ficou por sete anos, até 1985, mesmo ano em que foi aprovado em concurso público, iniciando a carreira de Delegado de Polícia.

Na função de delegado, atuou em Campinas, Casa Branca, Mogi Guaçu, Leme, Rio Claro e Limeira. O sucesso como delegado fez Tuckumantel receber vários prêmios, como o Diploma de Gratidão da Cidade de Limeira e a Medalha de Mérito Cívico XV de Setembro “Ordem Tatuiby”, também em Limeira, além do Grã-Colar “Libertadores da América” da Câmara Brasileira de Cultura, no Memorial da América Latina, em São Paulo. Em 2003, foi agraciado com o Título de Cidadão Limeirense.

Tuckumantel concluiu o Curso Superior de Polícia, realizado pela Academia de Polícia de São Paulo, com intercâmbio com a Polícia de Joanesburgo na África do Sul, onde esteve no ano de 2011. De volta ao Brasil, foi professor de Direito na UNIFIAN, em Leme, e no ISCA Faculdades, em Limeira.

Atualmente exerce a carreira de Delegado de Classe Especial na Delegacia Seccional de Limeira, comandando as cidades da região. Na carreira possui atuação de destaque, concluindo inquéritos policiais em menos de um mês, recebendo elogios até da Assembleia Legislativa de São Paulo. Foi o responsável por solucionar inúmeros casos de grande repercussão, como roubos, furtos, extorsões e homicídios, entre eles, um crime de grande repercussão nacional.

Também foi o responsável pelo trabalho de cadastramento dos flanelinhas e vigilantes de Limeira em 2002, cuja a ação gerou maior controle de pessoas que se utilizavam deste tipo de atividade para cometimento de pequenos delitos e eventuais constrangimento.

Também em Limeira, Tuckumantel propôs a implantação de portais na cidade para coibir a criminalidade e monitorar digitalmente o acesso de veículos e pessoas oriundos de outros municípios.

Em 2018, foi nomeado Diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior – DEINTER 9 – com sede em Piracicaba-SP, onde é o responsável pela gestão de 52 cidades, exercendo a função de diretor, focando seu trabalho, principalmente, no combate aos furtos e roubos de veículos nas cidades da região. No DEINTER 9, reativou o GOE – Grupo de Operações Especiais da Polícia civil.

Tuckumantel foi o grande responsável pela criação do grupo especializado na investigação de roubos a banco e explosões de agências bancárias e caixas eletrônicos, com atuação em toda a área Territorial do Departamento de Piracicaba. Mais recentemente, coordenou, enquanto Delegado Seccional, as equipes da Polícia Civil para o esclarecimento de forma célere de crimes igualmente de grande repercussão.

Participou da implantação do projeto pioneiro no Estado de São Paulo, conhecido como “Botão do Pânico”, que contou com a participação dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, das cidades de Limeira e Piracicaba.

Criou o Projeto denominado “Vigilante Noturno” em Limeira, o qual consiste no cadastramento dos vigilantes noturnos, trabalhando junto às Forças de Segurança do município.

A cerimônia é aberta ao público e terá transmissão ao vivo pela TV Câmara no canal 4 da NET, pelo site, Facebook e Youtube da Câmara Municipal.

Delegado responsável pela região vai se tornar Cidadão Ararense – Jornal Cidade >> Leia mais em: https://www.jornalcidade.net/rc/delegado-responsavel-pela-regiao-vai-se-tornar-cidadao-ararense/67215/

 

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Parabéns , homenagem que , além do agraciado , honra a carreira dos Delegados e a Polícia Civil.

Ademias, trata-se de autoridade querida e muito respeitada interna e externamente. 

Cabo PM é executado com 9 tiros…O que será que ele aprontava em serviço? 61

Cabo da PM é executado ao deixar restaurante na zona leste de SP

Wanderley  Junior foi abordado enquanto estava em um restaurante japonês. Ele foi levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos

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Fachada do restaurante onde o cabo da PM foi morto, na zona leste de SP

Fachada do restaurante onde o cabo da PM foi morto, na zona leste de SP

Reprodução Google Street View

Um cabo da Polícia Militar foi morto com nove tiros ao sair de um restaurante japonês na rua Ken Sugaya, altura do número 269, no bairro de Itaquera, na zona leste de São Paulo na noite desta quarta-feira (5).

Wanderley Oliveira de Almeida Júnior havia saído da academia e estava à caminho de casa quando parou no restaurante Nagami Sushi para pegar comida.

Segundo a Polícia Militar, Wanderley conversava com sua esposa por um aplicativo de mensagens no celular quando dois suspeitos com roupas espelhadas, semelhantes à uniformes de garis ou de empresas de telefonia se aproximaram por volta das 22h43 e dispararam contra o agente.

A dupla fugiu sem levar nada, o que levanta a hipótese de ter sido crime de execução contra o policial militar. A equipe de resgate foi acionada e Wanderley foi atendido e chegou a ser encaminhado ao pronto socorro do Hospital Santa Marcelina de Itaquera, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade.

Wanderley tinha 38 anos. Ele era Cabo do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP) e atuava na Policia Militar a cerca de 20 anos.

A delegacia que atende a área é o 32° DP de Itaquera, mas devido ao esquema de plantão noturno, o caso será registrado no 63° DP da Vila Jacuí. O distrito pediu assessoramento do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) e a Equipe E-Leste foi acionado para as investigações.

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A PM sempre fala que ninguém morre de graça…

Com quem será que ele buliu? 

Da forma que a PM desandou a atuar contra os civis em breve o PCC substitui o 190 11

Por G1 Vale do Paraíba e Região

 

Pai e filho acusam policiais militares de agressão durante abordagem em Campos do Jordão

Pai e filho acusam policiais militares de agressão durante abordagem em Campos do Jordão

Pai e filho acusam policiais militares de agressão durante uma abordagem em Campos do Jordão (SP). Imagens de uma câmera de segurança, obtidas pela defesa dos dois, registraram parte da ação e mostram agressões contra eles (veja acima). A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que a “PM não compactua com desvio de conduta” e apura o caso.

O caso aconteceu na madrugada do dia 26 de janeiro na região da Abernéssia. Igor Garcia, de 19 anos, e o pai Claudino, de 54, estavam em um bar quando o jovem contou que teria dito um palavrão em uma conversa com amigos em frente ao estabelecimento. Policiais que estavam em uma viatura próxima ao local alegaram que a ofensa teria sido direcionada a eles e fizeram a abordagem.

As imagens, divulgadas pela defesa dos dois, não mostram o início da abordagem, mas registram agressões dos policiais. Durante a ação, um dos policiais usa o cassetete e agride diversas vezes os dois e depois leva o jovem para uma área que não é alcançada pela câmera.

“Eu não ofendi os policiais e não resisti [à abordagem]. A todo momento eu e meu pai obedecemos e só questionamos o motivo da agressão. Eles são policiais, se não fossem essas imagens a gente ia seguir respondendo por uma coisa que nós não fizemos. Eles estão lá para proteger, mas não foi isso que aconteceu”, conta Igor.

Ocorrência por desacato

Após a abordagem, os policiais militares registraram boletim de ocorrência contra os dois por desacato, resistência à prisão e desobediência.

De acordo com a boletim de ocorrência, após o palavrão direcionado aos policiais foi feita busca pessoal, mas o pai de Igor tentou impedir a abordagem pedindo que os policiais soltassem o jovem. Nesse momento, outra equipe da Polícia Militar foi ao local para dar apoio e foi preciso usar o cassetete para afastar o pai.

Os policiais alegaram que foi preciso ‘usar de força moderada’ para conter o jovem e algemá-lo. Sobre os ferimentos, disseram que foram causados quando ele se jogou no chão em resistência à prisão e bateu o supercílio, além de bater continuamente a cabeça contra a parede. O registro feito na Polícia Civil ainda cita a contestação de pai e filho que contaram terem sido agredidos pelos policiais.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que a Polícia Militar não compactua com desvio de conduta de seus agentes e investiga rigorosamente todas as denúncias apresentadas.

“Em relação ao caso citado pela reportagem, a apuração está sob a responsabilidade do 5ºBPM/I. O trabalho é acompanhado pela corregedoria da corporação, que está à disposição para receber eventuais denúncias sobre o caso”, informou

PM ameaça até padre idoso 8

Por Glauco Araújo, G1 SP — São Paulo

 


Padre Júlio Lancelotti é ameaçado por PMs e corregedoria da corporação apura o caso. Nas redes sociais ele recebeu apoio — Foto: Reprodução/Rede socialPadre Júlio Lancelotti é ameaçado por PMs e corregedoria da corporação apura o caso. Nas redes sociais ele recebeu apoio — Foto: Reprodução/Rede social

Padre Júlio Lancelotti é ameaçado por PMs e corregedoria da corporação apura o caso. Nas redes sociais ele recebeu apoio — Foto: Reprodução/Rede social

A Corregedoria da Polícia Militar apura uma denúncia de ameaça contra o Padre Júlio Lancelotti, coordenador da Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de São Paulo e defensor dos direitos humanos. A Defensoria Pública da União afirmou, em nota, estar preocupada com a integridade pessoal e a liberdade de manifestação do padre (leia mais abaixo).

O caso aconteceu no dia 27 de janeiro, na Praça Barão de Tietê, no Belenzinho, Zona Leste de São Paulo. “A hora do Padre Julio Lancelotti vai chegar”, teriam dito os policiais a três jovens moradores de rua.

Padre Júlio Lancelotti disse ao G1 que a ameaça foi feita durante uma ação da polícia para tentar encontrar os suspeitos de terem roubado ou furtado o celular de uma moça na região. Os PMs disseram que três dos jovens de rua teriam pegado o celular de uma moça. Um deles foi levado para a delegacia, mas não foi reconhecido. Eles foram liberados, mas antes de serem liberados os PMs mandaram um recado.”

Ainda segundo o padre, os policiais “bateram neles” e disseram aos jovens, “entre outras ofensas” que “vocês são aqueles que o padre protege, aqueles vagabundos, estão sempre na igreja. Diz pro padre que a hora dele vai chegar.”

Em uma missa comandada pelo padre no domingo (2), ele já havia desabafado dizendo estar cansado das ameaças. “Como todo ser humano, há momentos em que o cansaço é grande. Seria muito fácil falar em defender os pobres e estar longe deles na hora em que eles sofrem. Eu agradeço a Deus e peço forças pra não falar uma coisa e fazer outra. A gente luta mesmo sabendo que vai ter incompreensão, que vai ser criticado, xingado e enfrentar até o desprezo.”

A denúncia

Juliana Hashimoto, advogada da Pastoral do Povo da Rua, disse que levou o caso à Corregedoria nesta segunda-feira (3). “Fomos direto para a Corregedoria. Lá, cada um dos rapazes passou por um processo de reconhecimento fotográfico dos policiais militares. Um dos rapazes reconheceu três PMs, outro reconheceu dois PMs. O terceiro não conseguiu fazer o reconhecimento, pois ficou o tempo todo de cabeça baixa.”

Segundo ela, a história começou com o registro de roubo/furto de celular feito por uma mulher no 8º Distrito Policial. “Ela foi acompanhada do pai, que é policial, não sabemos se militar ou civil. Os PMs fizeram uma ronda na região do DP, que fica perto da Praça Barão de Tietê, onde estavam os rapazes. Durante a abordagem, foram humilhados, diminuídos por serem catadores de reciclados e agredidos fisicamente.”

Juliana afirmou ainda que, na tentativa de acabar com as agressões, eles disseram que ajudam o Padre Julio Lancelotti. “Um deles foi levado para o 8º DP, esse rapaz foi levado algemado para a delegacia. Lá foi xingado e humilhado e agredido verbalmente pelos policiais e pelo pai da moça assaltada.”

Em nota, a Corregedoria da Polícia Militar disse que recebeu a denúncia na segunda-feira e que a instituição analisa quais as providências que serão adotadas.

Atuante que é na defesa dos direitos da população em situação de rua, o padre Júlio Lancellotti representa uma causa a que a Defensoria Pública da União dedica especial cuidado. Por isso mesmo, em um momento em que se noticia que, na cidade de São Paulo, nos últimos quatro anos aumentou em cinquenta por cento o número de pessoas que, por falta ou deficiência da política pública, dormem ao relento por conta de alguma circunstância pessoal que levou à desestruturação de suas vidas, torna-se ainda mais importante chamar a atenção para a violência a que estão submetidos, violência que, vê-se, alcança também quem milita e insiste em não os deixar permanecer invisíveis.

A Defensoria Pública da União espera que as ameaças sejam investigadas e debeladas, e que o padre Júlio Lancellotti, beneficiário de medida de proteção determinada pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos, possa prosseguir o trabalho que realiza há anos sem novas intercorrências.

Ameaças anteriores

Em março de 2018, advogados e entidades de direitos humanos entraram com representação no Ministério Público (MP) de São Paulo pedindo abertura de investigação sobre ameaças de morte contra o padre Júlio Lancelloti.

processo chegou a ser arquivado pela Justiça, mas foi reaberto para que o Facebook forneça os IP das pessoas que fizeram as ameaças ao padre pela rede social.

À época, ele reclamou que era vítima de ameaças de morte postadas em redes sociais, principalmente de moradores e comerciantes da região da Mooca, na Zona Leste de São Paulo, onde tem forte atuação.

Em posts publicados no Facebook, os agressores demonstram intolerância às ações de Lancelotti, que é defensor dos moradores de rua.

Padre Júlio Lancelotti durante celebração de missa  — Foto: Reprodução FacebookPadre Júlio Lancelotti durante celebração de missa  — Foto: Reprodução Facebook

Padre Júlio Lancelotti durante celebração de missa — Foto: Reprodução Facebook

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Ministério Público vai investigar ameaças contra o padre Júlio Lancellotti

Ministério Público vai investigar ameaças contra o padre Júlio Lancellotti

“Devido a situação da população de rua na cidade que cresce muito e está muito exposta, em vários bairros há um mal estar, uma hostilidade muito grande contra a população de rua”, afirmou o padre de 69 anos e que é pároco há quase 34 da Matriz Paroquial São Miguel Arcanjo.

O documento é assinado pelo Cardeal de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, pelo advogado Ariel de Castro Alves, coordenador da Comissão da Infância e Juventude do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana do Estado de São Paulo (Condepe), e por entidades como Ação dos Cristãos contra a Tortura, Grupo Tortura Nunca Mais, Comissão de Justiça e Paz, entre outras.

PM morre depois de baleado dentro de bar da Boca do Lixo de Santos…( Quem se importa ? ) 6

Por G1 Santos

 

Policial Militar de folga é baleado em bar no Centro de Santos

Policial Militar de folga é baleado em bar no Centro de Santos

Carlos foi baleado na noite de segunda-feira (3), em um bar localizado na esquina entre a Avenida Senador Feijó e a Rua João Pessoa, no Centro de Santos.

PM e Polícia Civil investigam tentativa de homicídio a policial militar em Santos — Foto: Reprodução/TV TribunaPM e Polícia Civil investigam tentativa de homicídio a policial militar em Santos — Foto: Reprodução/TV Tribuna

PM e Polícia Civil investigam tentativa de homicídio a policial militar em Santos — Foto: Reprodução/TV Tribuna

Imagens obtidas por meio de câmeras de monitoramento mostram o criminoso em luta corporal contra o policial que, logo em seguida, é atingido pelo disparo e cai no chão. O homem fugiu a pé e o policial foi socorrido para a Santa Casa de Santos. De acordo com a Polícia Militar, um suspeito de ser o autor do crime foi detido.

PM nem sequer tem preparo mental e equilíbrio emocional para lidar com uma mulher grávida…Será que ele faz isso com a esposa ? 3

Inquérito investiga agressão de policial contra grávida no interior de São Paulo

Por Metro Jornal
 

Segundo a Polícia Civil, o boletim de ocorrência consta que a vítima, de 23 anos, interviu em uma abordagem que flagrou um adolescente que portava maconha. Ela teria xingado os policiais, e um deles reagiu. As imagens mostram o policial imobilizando a mulher, deitada no chão. Um dos joelhos do homem pressiona a barriga dela, que também é agredida com tapas no rosto.

Tanto a vítima quanto os moradores alertam ao homem sobre a gravidez e pedem para que ele saia de cima dela, mas ele afirma que ela estaria presa. A mulher diz ainda que não está resistindo à prisão, mas às agressões do policial. Assista ao vídeo:

Grávida de 22 semanas, ela foi levada a um hospital para exames e passa bem, assim como o feto. O Comando do 17º Batalhão afirmou, em nota, que os fatos serão apurados por meio do “procedimento legal adequado.” Nas redes sociais, o governador João Doria repreendeu a conduta, considerada “totalmente inadequada.”

João Doria

@jdoriajr

Recomendei o imediato afastamento do policial militar flagrado durante abordagem a uma mulher grávida em São José do Rio Preto. Apesar dela ter resistido a prisão por tráfico de drogas, existe protoloco a ser cumprido e as imagens indicam conduta totalmente inadequada do policial

João Doria

@jdoriajr

Faço uma correção aqui: a mulher que aparece em vídeo hoje não é acusada de tráfico de drogas, ele estava envolvida em uma ocorrência de tráfico de drogas e resistiu à prisão. O inquérito policial segue.

Supremo garante a policial civil de São Paulo acesso a termos de delação premiada que o incriminem 1

Supremo garante a policial acesso a termos de delação premiada que o incriminem

Para ministros da Segunda Turma, a decisão em que foi negado o acesso viola a Súmula Vinculante 14

Redação

05 de fevereiro de 2020 | 10h27

Sede do Supremo Tribunal Federal, em Brasília. Foto: Dida Sampaio / Estadão

Os ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal garantiram a um policial civil de São Paulo investigado pela suposta prática do crime de corrupção passiva o direito de acesso a termos de delação premiada que citem seu nome, desde que já tenham sido juntados aos autos e não prejudiquem diligências em andamento. A decisão, unânime, foi tomada nesta terça, 4, no julgamento de agravo regimental na Reclamação (RCL) 30742.

As informações foram divulgadas no site do Supremo – Processo relacionado: Rcl 30742

Na reclamação, a defesa do policial sustenta que o juízo da 1.ª Vara Criminal de Americana (SP) havia impedido o acesso aos depoimentos de delatores que o citaram, o que representaria desrespeito à Súmula Vinculante 14, que garante ao defensor acesso amplo aos elementos de prova que digam respeito ao exercício do direito de defesa.

Em 2018, o relator do caso, ministro Ricardo Lewandowski, negou seguimento à reclamação, com o entendimento de que a súmula vinculante em questão garante o acesso a elementos de prova, e não a delações, que seriam meios de obtenção de prova.

O recurso contra essa decisão individual começou a ser julgado em ambiente virtual, mas um pedido de destaque do ministro Gilmar Mendes levou o caso à sessão presencial.

Em abril de 2019, Gilmar, ao votar pelo provimento parcial do agravo, salientou que o Plenário do STF entende que o delatado ‘tem direito a acessar elementos da colaboração premiada que lhe digam respeito’.

Para o ministro, devem estar presentes dois requisitos: a delação deve apontar a responsabilidade criminal do requerente e não deve prejudicar diligências em andamento.

O julgamento foi suspenso na ocasião.

Na sessão desta terça, Lewandowski reajustou seu voto para garantir ao delatado o direito aos depoimentos que o incriminem.

Ele lembrou que a jurisprudência da Segunda Turma garante ao agravante, com fundamento na Súmula Vinculante 14, o acesso a todos os elementos de provas já documentados nos autos, incluindo gravações audiovisuais de colaborações de outros réus, para confrontá-los, mas não para impugnar os termos dos acordos de delação.

Ao concordar com esse entendimento, o ministro Edson Fachin observou que os atos de colaboração premiada têm potencial demonstrativo e funcionam como fontes válidas de convicção do juiz, a depender, em cada caso, de valoração motivada.

Para Fachin, o caso se encaixa na definição da Súmula Vinculante 14.

A presidente da Turma, Cármen Lúcia, também entendeu que houve ‘desrespeito à súmula vinculante apontada e que deve ser garantido o acesso a todos os depoimentos que citam o autor, à exceção dos que estejam pendentes de diligências’.

Nomeação de 250 delegados em São Paulo é insuficiente 26

Faltam mais de 900 delegados de Polícia no estado de São Paulo; déficit na Polícia Civil chega a 14 mil

Policia
PoliciaFoto: Divulgação

Foi publicada sábado, 1, no Diário Oficial do Estado de São Paulo, a nomeação de 250 delegados de Polícia aprovados em concurso, que. Após a posse, eles iniciarão o curso na Academia de Polícia (Acadepol).

A Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (ADPESP) reconhece os esforços do governo do estado em preencher as vagas em aberto na Polícia Civil. Entretanto, o último concurso foi realizado há três anos e, em se mantendo esse ritmo, o déficit de 14 mil policiais civis nunca será reduzido. Vale destacar também que os baixíssimos salários – São Paulo paga os piores salários do país aos seus policiais – fazem com que estes profissionais deixem os cargos para outras carreiras mais atraentes. Ou seja, a evasão cresce em ritmo mais acelerado do que a contratação.

“A Associação dos Delegados tem estudos para novos modelos e mudanças na Instituição, bem como propostas para recomposição salarial e fortalecimento da Polícia Civil. Tentamos diuturnamente conversar com o governador, mas nos causa estranheza a falta de diálogo que ele tem com as entidades de classe”, pontua Gustavo Mesquita Galvão Bueno, presidente da ADPESP.

Além de um planejamento estruturado para recomposição do déficit de profissionais na Polícia Civil do estado de São Paulo, é necessário e fundamental a valorização e pagamento de salários dignos aos policiais civis, para que a carreira seja de fato atraente e esses profissionais permaneçam na Instituição.

Com 70 anos de história, a ADPESP é a maior entidade representativa de Delegados de Polícia em todo o Brasil, com mais de três mil associados.

Fonte: Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo

Miséria Dourada. Reconhecimento facial sem qualquer reconhecimento profissional decente. Mais de 12 horas para registrar um RDO. 18

É isso que nos deixa revoltados amigo Guerra. O engodo, a balela, a mentira política envelopando uma polícia esfarrapada e esvaziada. Em elegante cerimônia com centenários dirigentes da instituição em elegantes ternos de grife, alguns custando quase o salário de um delegado, e o gestor engomadinho deste Estado, foi inaugurado no IIRGD o “Sistema de Reconhecimento Facial”. Quero que a imprensa cobre o funcionamento e a recorrente aplicação da ferramenta por todas as unidades operacionais da polícia nas milhares de investigações passíveis de utilização da ferramenta e não apenas em casos selecionados para fazer propaganda política nas empresas de radiodifusão.

Espero que não seja mais um sistema que coma milhões de reais através de licitações direcionadas aos empresários amigos, como por exemplo, o sistema de mapeamento de suspeitos, de auditoria de BO’s, etc, e que jamais funcionaram ou alcançaram as unidades da base territorial.

Continuamos com a mesma enganação administrativa, reconhecimento facial sem qualquer reconhecimento profissional por parte deste e de outros governos do PSDB. 4 anos sem qualquer recomposição salarial, seguido de 5% de ajuda famélica e alguns penduricalhos para os policiais da ativa. Isso no Estado mais rico da Federação e com a maior quantidade de infrações penais de todo o território nacional.

Estranhamente neste Estado as falcatruas do poder público não são investigadas como acontece no RJ e até mesmo na Prefeitura Municipal. A maior roubalheira de que se tem noticia na área de infraestrutura viária (Rouboanel Norte, Marginais, Duplicação da Tamoios,etc), transportes sobre rodas (Metrô, CPTM) tudo sem qualquer tipo de punição e recuperação do que foi roubado. Aqui, a improbidade administrativa compensa, por conta disso os Laurence Casagrande da vida, demais comparsas e seus padrinhos políticos sempre vão prosperar.

Socorro Procuradoria da República, apurem vocês a roubalheira deste Estado

Por: amigo do 9º andar da Brigadeiro Tobias

[Ponte] Policiais amordaçados

Deixem os policiais falarem

Um tenente da PM disse que é “uma vergonha” um policial não matar nem três pessoas em cinco anos de trabalho.

Policiais militares expuseram a imagem de uma adolescente de 16 anos, vítima de estupro coletivo, chamando-a de “vadia” e comparando a menina com jumentas e cadelas no cio.

Um porta-voz da PM paulista sugeriu que a Ponte teria ligação com o crime organizado.

Na mesma semana em que uma ação da PM levou ao massacre de nove jovens em Paraisópolis, policiais fizeram posts celebrando a violência contra os bailes de favela em suas redes sociais.

Denunciados em reportagens da Ponte, nenhum desses policiais sofreu qualquer consequência séria por conta das declarações públicas públicas que fizeram. Pelo menos um foi promovido.

Postura muito diferente tiveram a Polícia Militar do Paraná com o PM aposentado Martel Alexandre del Colle e a Polícia Civil de São Paulo com o investigador Alexandre Félix Campos. Por conta de declarações públicas que fizeram, Martel está ameaçado de expulsão e Alexandre denuncia que vem sendo alvo de perseguições dentro da instituição. O engraçado é que nenhum deles defendeu ilegalidades, zombou da dor de pessoas violentadas, espalhou calúnias ou afrontou o Estatuto da Criança e do Adolescente, como os seus colegas que mencionamos há pouco.

Tudo o que Martel fez foi publicar uma série de artigos em que procura debater o papel das polícias, sem ataques gratuitos nem vulgaridades, propondo um novo modelo de policiamento, mais democrático e próximo da maioria da população. Já Alexandre cometeu o crime de se opor à eleição do presidente Jair Bolsonaro.

Nem precisa dizer que há algo de muito errado com corporações que não se importam com declarações de policiais que violam leis e atacam os direitos humanos, mas perseguem os que propõem um debate de ideias sobre o papel da corporação. Tudo isso é muito grave porque passa um recado claro: o de que policiais não podem expor opiniões que suas chefias considerem impopulares. É algo que limita a discussão sobre a segurança pública no País, que não pode ser feito sem ouvir os policiais — todos os policiais, e não apenas aqueles que falam o que seus superiores querem ouvir.

Fausto Salvadori, editor e repórter da Ponte Jornalismo

Populismo policial 2

Populismo policial

Positiva, queda de homicídios em RJ e SP não deve ser atribuída à maior letalidade da polícia

Policiais revistam suspeito no Morro do Adeus, na zona norte do Rio – Fabio Teixeira/Folhapress

Em São Paulo, o dado foi ainda mais positivo: 2019 terminou com a menor taxa de assassinatos da série histórica, com 6,56 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.

A má notícia é que a queda nos crimes não conseguiu conter a brutalidade policial. No mesmo período, o número de mortos por intervenção policial no Rio de Janeiro (1.810) aumentou 18% na comparação com 2018, atingindo o maior patamar desde 1998.

Em São Paulo, fenômeno comparável ocorreu: policiais civis e militares em serviço mataram 733 pessoas, um aumento de 12% em relação ao ano anterior.

No caso fluminense, chega a ser chocante o fato de a letalidade da polícia ter sido proporcionalmente maior do que a perpetrada pelos criminosos paulistas: 10,5 casos para cada 100 mil habitantes.

Evidências científicas mostram que inexiste correlação entre maior violência da polícia e redução de crimes, e um estudo do Ministério Público do Rio de Janeiro no ano passado desmistificou a tese do chamado populismo policial.

Cidades como Nova Iguaçu e Angra dos Reis, por exemplo, apresentaram queda tanto nos homicídios quanto nas mortes pela polícia.

Tampouco há ganhadores nessa guerra. A mesma pesquisa concluiu que a atuação policial pela via do confronto expõe os agentes de segurança ao risco e impede a prestação de serviços essenciais.

Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, quase um policial morreu ao dia de forma violenta no país em 2018, sendo muito elevada a incidência de suicídios, com 104 episódios naquele ano —o que dá a dimensão do estresse a que eles estão submetidos.

Falta consenso entre os especialistas sobre as causas da queda nos homicídios. Fatores econômicos, interiorização da violência, mudanças nos conflitos entre facções criminosas e políticas estaduais mais efetivas são, em geral, citados. Mas a cultura de confronto policial não figura entre eles.

Para um fenômeno multicausal e com efeitos percebidos a médio e longo prazo, atribuir os avanços na área a governantes afeitos à retórica belicosa como João Doria (PSDB-SP) e Wilson Witzel (PSC-RJ) é, ao menos, impreciso e, no mais, intelectualmente desonesto.

Embora a maioria dos cariocas ainda considere a política de segurança do estado ruim ou péssima, essa rejeição caiu de 85% para 55% entre março de 2018 e dezembro passado. É um terreno fértil para o populismo policial sem qualquer respaldo em evidências.