A estética é meio assustadora, parece que o país está indo à guerra e convocando os reservistas.
Desde a noite de quinta-feira, circula ferozmente nas redes sociais um cartaz ilustrado com Bolsonaro envergando a faixa presidencial em que se lê:
“Santa convocação do nosso presidente Jair Messias Bolsonaro para um JEJUM NACIONAL. 05 DE ABRIL/PRÓXIMO DOMINGO. “A todos os líderes evangélicos e seus respetivos ministérios, convocamos a todos para esse Jejum Nacional em prol da nossa nação”. Segue um versículo bíblico.
Sem partido, sem base parlamentar, sem comando sobre seus ministros, completamente perdido em meio à pandemia de coronavírus, capitão Bolsonaro apega-se cada vez mais à sua base de crentes fanáticos, cevados pela milícia digital nas redes sociais.
Alguns deles se postam todos os dias à entrada do Palácio da Alvorada para louvar seu líder e hostilizar os jornalistas, eleitos como os grandes vilões, ao lado do governador paulista João Doria, que Bolsonaro acusa de “fazer terrorismo”. Agem e comportam-se como milicianos.
Nesta sexta-feira, não foi diferente. Assim que o comboio presidencial estacionou junto ao cercadinho que separa os dois grupos, sem falar com a imprensa, ao descer do carro o capitão foi direto falar com os devotos da seita bolsonarista e começou a fazer o habitual discurso contra os governadores, a quem acusou de promover desemprego em massa, miséria, fome e violência.
“Chega para cá, pessoal, fica longe da imprensa”. Chamou os jornalistas de “urubus” e, apontando para eles, proclamou: “Eu não cheguei aqui pelo milagre da facada, né? Não ganhei a eleição para perder para esses urubus aí”.
Depois de comparar a pandemia do coronavírus a uma chuva, que vem e que passa, apenas molhando alguns pelo caminho, ouviu sermões e aclamações, como se estivesse num culto neopentecostal, com louvações a Deus e ao capitão, nessa ordem.
A convocação para o “Jejum Nacional” de domingo faz parte desta escalada mística de Bolsonaro nos últimos dias, feito um Antonio Conselheiro redivivo, com um olho nos templos da seita e outro nos quartéis.
Antes de partir, ele contou outra mentira: “A opinião pública está vindo para o nosso lado”, assegurou aos fiéis, na mesma hora em que a XP Investimentos divulgava nova pesquisa, na qual 80% da população aprova o isolamento social defendido pelo Ministério da Saúde, que Bolsonaro tanto combate.
A rejeição ao seu governo subiu para 42% (era de 36% em março) e a aprovação caiu dois pontos, para 28%.
Despencando nas pesquisas e em confronto aberto com todo o mundo civilizado, motivo de chacota na imprensa internacional, 15 meses após a posse Bolsonaro está vendo de perto o fundo do poço em que se meteu.
Só isso explica como ele pode propor jejum a um povo em que o desemprego, a miséria e o desalento não param de crescer, num país onde a fome já faz parte do dia a dia de cada vez mais brasileiros.
“Tirando os pastores, 80% do rebanho está em jejum permanente”, comentou o internauta Alan Barreto Silva no meu Facebook.
Com seus discursos alucinados, ele está fazendo com que já aumente o movimento de gente e de carros nas ruas, exatamente no momento em que se aproxima o pico da pandemia previsto para esse mês.
Em tempo: já foi identificada a professora que pediu ao presidente para colocar o Exército nas ruas e reabrir o comércio, em vídeo divulgado por Bolsonaro.
Trata-se de Fátima Montenegro, empresária de Brasília, militante bolsonarista de raiz, que publicou um vídeo nas redes sociais comemorando a vitória na eleição, com o título:
“O dia em que o Brasil voltou a respirar”.
Estamos vendo…
Assim como no caso do “desabastecimento” do Ceasa de Belo Horizonte, divulgado em outro vídeo presidencial esta semana, e logo desmascarado, trata-se de ficções produzidas pelo “gabinete do ódio” que assumiu o poder de fato.
Posso estar enganado, mas não tem como isso aí, como diz o presidente, perdurar por muito tempo, talkei?.
Não vai ser o jejum que devolverá comida no prato, os empregos e os salários perdidos.
Que falta faz ter um presidente da República, digno do cargo, para comandar o país nesta hora de tantas dificuldades para todos.
A grande farsa está chegando ao fim, espero.
Bom fim de semana.
Vida que segue.
Bolsonaro foi eleito pela imprensa mundial como o pior líder na condução de uma epidemia. Nossa imagem tá linda la fora!!! Parabens aos envolvidos !!!
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O mais respeitado e admirado quadro do governo bozonazi acaba de se demitir. Antes tarde do que nunca. Sai Ministro da Justiça de cabeça erguida para voltar em breve como Presidente da República.
O perfil e biografia do Ex Ministro Sergio Moro não pactua com coisas erradas, quiça criminosas deste governo.
Existe muita coisa podre no governo bozonazi, entre elas, o ainda não esclarecido mandante do assassinato da Mariele e, a “rachadinha” que a bem da verdade era uma verdadeira cratera de propina para integrantes da seleta familícia bozonazi.
Sabe como é né, quem tem “rachadinha” tem medo.
Bozonazi é um perigo para a segurança interna e externa do país, mormente com esse debilóide que ocupa o cargo de chanceler no Brasil.
Par substituir O jurista e ex juiz federal Sergio Moro vai um major da PM do Distrito Federal.
Se acha que piorou tudo, pode aguardar que a coisa vai ficar bem pior.
O seu Presidente da República Federativa do Brasil é um MENTIROSO, quiça criminoso, por tentar acobertar ou atrapalhar a lisura das investigações da Polícia Federal. Ao convidar o Ex Ministro Sergio Moro deu a palavra que ele teria carta branca para escolher seu “staf” e que não faria ingerência nenhuma. Olha no que deu. Presidente sem palavra é igual a um homem sem honra.
Lixo de governo.
Ô Datena, me ajuda ai pô. Fica protegendo esse lixo. O anterior era ladrão e esse é louco e sem palavra.
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Como policial aposentado, que sempre acreditou na independência da atividade policial, espero que a demissão do diretor da PF e consequente pedido de exoneração do Moro se tornem um tiro que saiu pela culatra, e que seja de grosso calibre.
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É bom a sociedade civil se articular porque esse doido está preparando terreno para dar um golpe.
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Moro corre o risco de ser processado por calúnia. Quem diria?
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