Campanha difamatória financiada por elementos de São Paulo.
No Direito, a gente fala que é o ‘jus esperneandi’, o direito de espernear. Pode espernear à vontade, pode criticar à vontade. Quem interpreta o regimento do Supremo é o Supremo. O presidente abriu, o regimento autoriza, o regimento foi recepcionado com força de lei e nós vamos prosseguir. Principalmente para a questão dessa rede de robôs, de WhatsApp, Twitter. Essa rede que alguém paga, alguém financia, por algum motivo. Aqui, na verdade, é a desestabilização de uma instituição republicana. O que vem se pretendendo é desestabilizar o Supremo Tribunal Federal, ou seja, o Poder Judiciário. Não existe democracia sem independência do Poder Judiciário. Isso vai ser investigado a fundo”, afirmou o ministro Alexandre de Moraes.
“Não são essas acusações covardes por trás de um computador, de um WhatsApp, que acabam virando crime, mas são, isso é comprovado, tanto pela ciência médica quanto pela criminal, são essas acusações, esse volume, que acabam incentivando pessoas perturbadas a eventualmente falar: ‘então é, é isso mesmo, ah, e aí é uma facada, é um tiro’”, disse o ministro.
As críticas contra o Supremo extrapolam a liberdade de expressão
“Não se pode permitir em um país democrático como Brasil, em que as instituições funcionam livremente há 30 anos, que, porque você não gosta de uma decisão, você prega o fechamento da instituição republicana, você prega a morte de ministros, morte de familiares. Isso extrapolou, como bem disso o ministro Celso de Mello, o nosso decano, isso extrapola a liberdade de expressão. A liberdade de expressão não comporta quebra da normalidade democrática e discurso de ódio”.
O relator Alexandre de Moraes disse que se reuniu com as áreas de inteligência da PM e da Polícia Civil de São Paulo e que as investigações vão contar com equipes de lá especializadas.
O ministro já foi secretário de Segurança de São Paulo e disse que conhece o trabalho dos agentes. Alexandre de Moraes afirmou, também, que o financiamento da maior parte dos ataques ao Supremo teria partido de pessoas que moram em São Paulo.
Golpe de estado bolsonarista
Com efeito, necessário se faz identificar e punir essa rede de criminosos que praticamente monopolizou as redes sociais com a finalidade de inocular a destruição das Instituições , certamente, com a finalidade de preparar um golpe de estado bolsonarista.
Infelizmente, se fazendo investigação séria, muitos policiais serão identificados como executores e participantes dessa avalanche de assassinatos de reputações.
Quem quer fazer críticas ou real acusação não se vale do anonimato das redes, tampouco do concurso de gente inculta e leviana que compartilha as infâmias como se estivesse cumprindo um honroso dever.
O senador Jorge Kajuru (PSB) chamou o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de “bandido”, “corrupto” e “canalha”.
A manifestação do parlamentar, que é nacionalmente conhecido por sua polêmica carreira como jornalista esportivo, foi gravada em vídeo e vem viralizando nas redes sociais nesta terça-feira (19).
“A CPI da Toga vai lhe convocar e você vai ser o primeiro”, afirmou Kajuru , depois de xingar o ministro do STF.
O novato parlamentar , comportando-se como se estivesse em seu programa de televisão , ainda aproveitou o momento para questionar a respeito do patrimônio de Gilmar Mendes, insinuando um esquema de venda de sentenças.
“Nós queremos saber como você tem R$ 20 bilhões de patrimônio.
De onde você tirou esse patrimônio?
De Mega Sena?
De herança de quem, senhor Gilmar Mendes ?
Foram das sentenças que você vendeu, seu canalha”, disse o senador.
Ora, isso não é exercício do mandato; assim configurados estão os crimes de calúnia, injúria e difamação contra o Ministro Gilmar Mendes.
Sem prejuízo de eventual crime contra a Segurança Nacional, vez que o objetivo é constranger o STF e espalhar o descrédito e ódio da população em relação ao Poder Judiciário como um todo.
A magistratura não pode ficar calada!
Kajuru passou de todos os limites e , além de preso, deve ter o mandato cassado!
Policial Wesley Siqueira Benites , lotado no 96° DP. Morto no cumprimento dos deveres do cargo. Nossos sentimentos !
Nesta data assistimos, infelizmente, mais um tombamento de um herói em combate,
o Investigador de Polícia Wesley Siqueira Benites, que estava cumprindo
brilhantemente seu dever.
Minutos após a fatal notícia, todos os esforços foram
empenhados pelas unidades policiais territoriais, especializadas e de outros Departamentos,
com a mais brilhante e emocionante demonstração de força, união, comprometimento e amor
pelo distintivo policial, ao qual fizemos juramento quando de nosso ingresso e,
graças a isso, os algozes de Wesley foram localizados e presos, os quais serão
conduzidos às barras de Justiça, da qual esperamos o fiel e mais lídimo cumprimento da LEI.
Meus agradecimentos e cumprimentos a todos àqueles que,
incansavelmente, se dedicaram, se esforçaram e cumpriram sua missão institucional.
Albano David Fernandes
Delegado de Policia Diretor do DECAP
Adolescente apreendido foi um dos mentores de ataque em Suzano, diz polícia
Massacre em Suzano
Bernardo Barbosa
Do UOL, em Mogi das Cruzes
19/03/2019 17h48
O delegado Alexandre Henrique Augusto Dias informou hoje que já é possível concluir a partir de provas obtidas na investigação do massacre em Suzano, na Grande São Paulo, que o jovem de 17 anos apreendido hoje foi o mentor intelectual do ataque à escola Raul Brasil juntamente com Guilherme Taucci, 17, um dos assassinos. Segundo o delegado, o adolescente apreendido, que é ex-aluno da escola, também comprou objetos usados no ataque.
A Polícia Civil investiga se outras pessoas participaram do planejamento do massacre e qual a origem da arma do crime –oito pessoas foram mortas por dois assassinos, que também morreram. O delegado não deu detalhes sobre esta frente de investigação, mas disse que o objetivo é concluir os trabalhos “o quanto antes”.
Segundo a decisão judicial que determinou a apreensão do suspeito, à qual o UOL teve acesso, o adolescente revelou em conversas de WhatsApp que participou do planejamento do ataque. Em uma delas, cinco meses antes do crime, ele chega a fazer um passo a passo do atentado. Segundo as investigação, o suspeito também enviou uma mensagem para Taucci logo depois do massacre dizendo: “um dos atiradores tinha um machado igual ao seu”.
A defesa do jovem apreendido questionou o teor desta mensagem como prova de seu envolvimento no crime e afirmou que o adolescente nega participação no caso.
Dias confirmou que, segundo o laudo sobre a causa da morte dos assassinos, Taucci matou Luiz Henrique Castro, 25, e cometeu suicídio em seguida. Segundo o delegado, os resultados dos exames toxicológicos dos atiradores ainda não estão prontos.
Segundo o promotor Rafael do Val, que concedeu entrevista à imprensa junto com o delegado em Mogi das Cruzes, as provas obtidas na investigação estão sob sigilo por imposição do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). Dias e Do Val não deram detalhes, por exemplo, das conversas de WhatsApp que teriam incriminado o jovem apreendido hoje.
Após decisão da Justiça, o adolescente ficará detido provisoriamente por 45 dias na Fundação Casa –a unidade não foi revelada pela instituição por motivos de segurança.
A decisão da juíza Érica Marcelina Cruz, da Vara da Infância e da Juventude, tem como base a descoberta pela Polícia Civil de uma conversa de WhatsApp em que o jovem detalha sua “estratégia para fazer um atentado”. O interlocutor ainda não foi identificado.
Logo após o massacre, o suspeito disse em um grupo de WhatsApp que Guilherme Taucci teria agido conforme seus planos. Na semana passada, o adolescente disse que queria ter participado do massacre, mas não foi chamado, segundo informou a polícia.
Uma “pessoa fria”, diz delegado
Dias afirmou que a polícia ainda investiga por que o terceiro suspeito não participou da execução do crime.
O delegado também não detalhou o perfil psicológico do adolescente e disse que isso ainda depende da realização de exames periciais, mas afirmou que se trata de uma “pessoa fria”.
Segundo o promotor Do Val, a análise da personalidade do suspeito será levada em conta para um eventual pedido para o período máximo de internação, que é de três anos.
Do Val também afirmou que pessoas que têm exaltado atentados em escolas “estão sendo monitoradas e vão ser responsabilizadas” criminalmente.
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Inicialmente, a investigação incumbe aos Delegados e demais policiais civis daquela região; sem embargo do auxílio de outros órgãos.
Contudo não cabe ao DGP , conforme a legislação , presidir investigações criminais.
Pior ainda fazendo midiaticamente juízo de valor acerca do perfil psicológico dos autores; revelando-se a identidade do suspeito.
Com isso colocando a vida e integridade física deste sob risco.
A autoridade local procedeu com maior profissionalismo; sem querer se mostrar o personagem mais importante da investigação.
Assim, sem atropelos superiores , esperamos que a Polícia Civil e o MP comprovem a efetiva participação desse adolescente.
De se ver que a mera cogitação e preparação do crime , pela lei brasileira, é atípica.
E diga-se de passagem, ele pode ter desistido de participar do massacre ; por isso não foi chamado para a execução.
Enfim, se for culpado , que seja punido por fatos concretos; não por “teses jurídicas” !
Mas , aparentemente , a internação, agora decretada, busca apenas “mostrar algum serviço” para a sociedade…
A conhecida”resposta das autoridades” depois do sangue derramado!
Bolsonaro diz que maioria de imigrantes não tem boas intenções e que apoia muro de Trump
Presidente manifesta apoio ao mandatário americano durante entrevista à Fox News
— A grande maioria dos imigrantes em potencial não tem boas intenções nem quer o melhor ou fazer bem ao povo americano — afirmou.
— Eu gostaria muito que os EUA levassem adiante a atual política de imigração, porque em larga medida nós devemos a nossa democracia no Hemisfério Sul aos Estados Unidos.
Jair Bolsonaro concede entrevista à Fox News em Washington, nos EUA, nesta segunda (18) – Reprodução
São Paulo
O presidente Jair Bolsonaro, que está em Washington, nos Estado Unidos, afirmou que apoia a ideia do mandatário americano Donald Trump de construir um muro na fronteira do país com o México, e que a maioria dos imigrantes não tem boas intenções.
“Nós vemos com bons olhos a construção do muro”, afirmou Bolsonaro em entrevista à Fox News, nesta segunda (18). “A maioria dos imigrantes não tem boas intenções.”
A declaração de Bolsonaro foi feita no mesmo dia em que o presidente dispensou os cidadãos dos Estados Unidos da necessidade de visto para viajar ao Brasil. A dispensa também vale para os visitantes da Austrália, do Canadá e do Japão.
Neste sábado (16), o filho do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que acompanha o pai nos EUA, deu declaração polêmica sobre imigrantes. Segundo ele, os brasileiros que vivem ilegalmente no exterior são uma preocupação do governo porque são “uma vergonha” para o país. “O brasileiro que vem pra cá [EUA] de maneira regular é bem-vindo. Brasileiro ilegalmente fora do país é problema do Brasil, é vergonha nossa”, declarou.
Sobre a situação da Venezuela, o presidente disse à Fox que o Brasil tomaria rumo parecido se continuasse sendo comandado por governos petistas. Pouco antes da entrevista, durante discurso, Bolsonaro disse que o Brasil conta com o apoio e a capacidade bélica dos Estados Unidos para “libertar o povo” da Venezuela.
Ao ser comparado com Trump pela jornalista Shannon Bream e de ser chamado de “Trump dos Trópicos”, Bolsonaro sorriu e disse que sempre admirou Trump.
Ao ser questionado sobre o vídeo obsceno que publicou em sua redes sociais no Carnaval, Bolsonaro disse que queria mostrar o que estava acontecendo. “Esse vídeo já estava circulando na internet e compartilhei para mostrar como o Carnaval estava acontecendo.”
Bolsonaro também rebateu acusações de que teria ligação com milícias e a com o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (Psol), há um ano. Um dos acusados pela morte, o policial reformado Ronie Lessa, mora no mesmo condomínio em que o presidente tem casa.
“Sou um capitão do Exército brasileiro e parte dos oficiais da polícia do Rio de Janeiro são grandes amigos meus. Por coincidência, um desses suspeitos de ter matado a Marielle não era na verdade vizinho meu, mas morava do outro lado de uma outra rua [do condomínio]. Só descobri que ele vivia lá depois de ver as notícias.
O mamador de pica dos americanos…
Bolsonaro afirma que a maioria de imigrantes não tem boas intenções por ser de família de italianos…
Ele sabe na prática que a maioria é ladrão mafioso, né?
Ou será que esse racista descompensado se refere apenas aos hispânicos ?
Desculpem-me a grande maioria dos italianos honestos, mas a ascendência desse aqui, certamente, não valia nada!
De acordo com Fontes, a investigação aponta que a motivação do massacre é por reconhecimento da comunidade e para aparecer na mídia:
“Esse foi o principal objetivo, não tinha outro”, diz delegado.
“Não se sentiam reconhecidos, queriam demonstrar que podiam agir como [o massacre em] Columbine, nos Estados Unidos, com crueldade e com um caráter trágico para que fossem mais reconhecidos do que eles”, afirmou o delegado.
Apontado como 3º suspeito de massacre em Suzano,
adolescente é liberado após se apresentar a fórum
Ministério Público não encontrou indícios suficientes para apresentar denúncia contra o jovem
Thaiza Pauluze Alfredo Henrique
São Paulo e Suzano
O terceiro suspeito de participar do planejamento do ataque a tiros na escola Raul Brasil se apresentou ao Fórum de Suzano (Grande SP) por volta das 11h desta sexta-feira (15), foi ouvido e liberado.
O Ministério Público não encontrou no depoimento indícios suficientes para apresentar denúncia contra o adolescente de 17 anos.
Na tarde desta quinta (14), o delegado-geral da Polícia Civil, Ruy Ferraz Fontes, havia pedido à Justiça que o adolescente fosse apreendido, por participação na instigação ao crime.
Ele é ex-aluno da escola e estudou na sala de Guilherme Taucci Monteiro, 17, o líder do massacre que deixou 8 mortos na quarta (13). Na casa do jovem, a polícia apreendeu, na manhã desta sexta, anotações e desenhos —material semelhante ao encontrado na residência dos atiradores.
O terceiro suspeito (de capuz preto) de participar do planejamento do ataque a tiros na escola Raul Brasil deixa o Fórum de Suzano, na Grande SP – Danilo Verpa/Folhapress
Em virtude do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o processo que vai apurar a participação do jovem correrá em segredo de justiça.
Entre os 11 telefones celulares apreendidos pela polícia na quarta-feira, um deles pertence ao jovem. Quase todos os outros aparelhos são relacionados a Guilherme Taucci.
O envolvimento do terceiro suspeito no crime teria ocorrido no planejamento do crime, segundo o delegado Ruy Fontes. O dono do estacionamento onde Guilherme Taucci e Luiz Henrique de Castro, 25, guardaram o carro usado no ataque teria informado à polícia a participação do adolescente.
Guilherme Taucci de Monteiro, 17, posta fotos com arma antes de ataque a tiros em Suzano – Reprodução/Facebook
INVESTIGAÇÕES
Colegas de classe da Raul Brasil também afirmaram que o adolescente e Guilherme eram muito próximos e, dias antes do massacre, o suspeito havia manifestado o desejo de entrar na escola atirando.
Os policiais acreditam que o plano seria executado pelos dois, mas, por motivos ainda desconhecidos, o adolescente acabou excluído da ação. Isso também revela que Guilherme seria o líder.
Fontes disse que a investigação vai tentar descobrir, agora, porque o novo suspeito não participou do ataque. Os policiais acreditam que Guilherme, já sem o comparsa, teria procurado Luiz Henrique para que este pudesse financiar o plano. Como tinha emprego regular, ele teria recursos para comprar as armas e alugar o veículo usado no dia dos assassinatos.
A polícia também apura se Luiz, o mais velho do trio, tinha algum déficit cognitivo. “A gente entende que a personalidade dele não era tão firme a ponto de impedir ou deixar de ingressar na execução de um crime desse, principalmente liderado por uma pessoa que era pelo menos sete anos mais nova do que ele.”
A polícia civil , representada pelo seu DGP, deveria cuidar de recolher provas em vez de ficar aparecendo na mídia fazendo juízos psicológicos e preterológicos dos autores.
Também evitar a tentação de fabricar mais um culpado – ou ainda uma ORCRIM – apenas para se manter na mídia e mostrar falso serviço!
Investigação sem pelo menos uma “cana” não tem muita graça, né ?
Ainda bem que o MP não se empolgou apenas com os argumentos de autoridade da autoridade policial…
Senador diz que tragédia seria menor se professores estivessem armados
Representante da chamada bancada da bala na Câmara disse que deputados não devem recuar da intenção de aprovar a permissão para porte de armas
Gregory Prudenciano, Teo Cury e Renato Onofre, O Estado de S.Paulo
13 de março de 2019 | 14h42
Atualizado 13 de março de 2019 | 16h28
Após o massacre que deixou 10 mortos em Suzano, na Grande São Paulo, o senador Major Olímpio (PSL-SP) defendeu nesta quarta-feira, 13, o decreto que flexibiliza a posse de armas no País. Segundo ele, se algum funcionário do colégio estivesse armado, a tragédia poderia ter sido menor. Congressistas da Frente Parlamentar de Segurança Pública, conhecida como “bancada da bala” na Câmara, também não devem recuar da intenção de aprovar a permissão para porte de armas.
Senador Major Olímpio (PSL-SP) Foto: Dida Sampaio/Estadão
“Se houvesse um cidadão com uma arma regular dentro da escola, um professor, um servente ou policial aposentado que trabalha lá, ele poderia ter minimizado o tamanho da tragédia”, afirmou o senador Major Olímpio nesta quarta, 13. Em audiência no Senado, ele ainda defendeu a derrubada do Estatuto do Desarmamento, de 2003, que restringiu a posse e o porte de armas no Brasil. A revogação dessa norma é uma das bandeiras do presidente Jair Bolsonaro.
Na avaliação do senador, o ataque “mostra justamente o fracasso, a safadeza da política desarmamentista, que simplesmente deu o empoderamento para o criminoso e tirou a possibilidade da legítima defesa”.
Ele aproveitou a oportunidade para defender o decreto presidencial que flexibilizou as regras para a obtenção da posse de armas. Segundo o senador, “a população botou o Bolsonaro como presidente da República para ser um impulsionador de garantias para o cidadão, para que nós não tenhamos tragédias dessa natureza”.
“O decreto do Bolsonaro simplesmente garantiu posse legítima, não é nem porte, o porte nós vamos votar depois, é a segunda etapa em relação a isso que foi tirado do direito de defesa do cidadão”, disse o Major Olímpio.
Ele afirmou ainda que a “enquanto as armas forem ilegais, apenas os ilegais terão armas”. “Então, vamos, sem hipocrisia, neste momento, chorar os mortos, sim, vamos discutir a legislação: onde estamos sendo omissos? Como policial, eu me sinto derrotado; como parlamentar, mais derrotado ainda numa situação dessa. Vamos ver exatamente e vamos analisar a origem dessas armas. Tem-se a arma que se quer, na hora em que se quer e do jeito que se quer no Brasil todo, com fronteiras devassadas com os portos e aeroportos completamente abertos”.
Congressistas da chamada “bancada da bala” não vão recuar na intenção de aprovar a permissão para porte de armas. A avaliação é do líder da bancada, o deputado federal Capitão Augusto, que tenta minimizar a tragédia de Suzano na defesa de grupos pró-armas.
“É óbvio que grupos desarmamentistas vão tentar usar essa tragédia para tentar demonizar as armas. Não há legislação no mundo capaz de evitar uma tragédia como essa. Se alguém na escola tivesse uma arma, a história poderia ser outra”.
Para o parlamentar, a bancada já tem força o suficiente para aprovar a medida. Na conta do parlamentar, a frente será lançada até o dia 20 com mais de 300 nomes favoráveis a medida. “Não altera nossa agenda. Vamos dar o direito do cidadão de bem se defender”.
Durante a tarde, a Câmara dos Deputados fez um minuto de silêncio em favor das vitimas da tragédia que deixou dez mortos e oito feridos.
‘Cultura da violência’
Já na avaliação do senador Humberto Costa (PT), o recente decreto que aumentou o acesso dos cidadãos às armas pode elevar o número de massacres desse tipo. “Se cada cidadão brasileiro pode ter na sua residência quatro armas, como prevê esse decreto apresentado pelo presidente da República, a chance de termos episódios como esse cresce enormemente. E não é exatamente ampliando a possibilidade de as pessoas terem armas, a posse de armas, que vamos acabar com a posse ilegal e com a posse irregular”, argumentou Humberto.
Para o senador Alessandro Vieira (PPS-SE), a cultura da violência está na raiz dessas tragédias. “Estamos importando para o Brasil uma cultura de violência gratuita. Isso não começou hoje, não começou agora, mas vem sendo agravado paulatinamente, especialmente pelo ambiente que tivemos na última disputa eleitoral. Precisamos resgatar no Brasil o que sempre tivemos, que é um ambiente de maior possibilidade de discussão harmônica entre pessoas que se opõem por algum motivo” afirmou.
Trump já defendeu armas para professores nos Estados Unidos
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já sugeriu que professores sejam treinados para atirar como solução para massacres em escolas. Segundo o republicano, os docentes podem ser preparados para agir rapidamente em resposta a tragédias. Ele chegou até a defender um bônus para os educadores que fizessem esses cursos. A ideia motivou críticas de grupos de sobreviventes de tiroteios em colégios e universidades americanos.
Vou falar pela minha região, nas cercanias de escolas e faculdades privadas não falta policiamento…
Nas cercanias de grandes shoppings e grandes supermercados não falta policiamento; instalam até posto da PM.
Nas cercanias de escolas públicas e comércios populares…NADA!
Mas a posse e o porte de arma de fogo do estado para educadores até que é uma boa ideia Major Olímpio, a sociedade civil não pode mais ficar dependendo da PM e da PC.
Aparentemente o que difere um policial de um cidadão qualquer é apenas a arma de fogo, pois se vê que intelectualmente policiais em geral são bem deficientes; além de acovardados.
A Divisão de Homicídios (DH) da Polícia Civil do Rio de Janeiro encontrou 117 fuzis incompletos, do tipo M-16, na casa de um amigo do policial militar Ronnie Lessa no Méier, na Zona Norte do Rio.
De acordo com investigações da DH e Ministério Público, Lessa foi responsável por atirar na vereadora Marielle Franco e no motorista Anderson Gomes no dia 14 de março de 2018.
Lessa, sua mulher e seu filho moram, há três anos, no número 65/66 do condomínio Vivendas da Barra. Sua rua é a C, a mesma do presidente Jair Bolsonaro. Da varanda da casa de Lessa é possível ver o quarto da filha de Bolsonaro.
O aluguel de uma casa no condomínio custa em média R$ 8.000. Como a casa de Lessa é dupla, com 280 m2 de área construída, o IPTU é de R$12,6 mil por ano. O condomínio custa R$ 2.316 por mês.
A família tem dois carros, um deles blindado. No fim da tarde, um Jeep Renegade de cor vinho estava estacionado na garagem. Na varanda térrea, uma imagem de Buda está localizado na porta de entrada. Nos fundos, um caiaque.
Nesta manhã, após a prisão, sete policiais estavam diante da casa de dois andares, branca com detalhes em azul, de onde levaram documentos e computadores. Essa não é a primeira vez que Lessa quebra a rotina do condomínio de 150 unidades.
Fachada da casa de Ronnie Lessa, ex-PM preso sob a suspeita de ter matado Marielle – Cátia Seabra/Folhapress
Sem fornecimento de água direto da Cedae, a casa tem que ser abastecida por carros-pipas, o que chegou a provocar desconforto aos vizinhos. O policial reformado também já pediu autorização para fixação de uma câmera de segurança no poste de luz do condomínio. Como não obteve autorização, ele instalou um poste dentro de casa, com a câmera voltada para a rua.
A casa de Lessa tem cerca e portão altos e destoa em um condomínio sem muros. Na lateral da casa do vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, por exemplo, há uma calçada pela qual é possível caminhar até a rua ao lado.
Condomínio Vivendas da Barra, no Rio, onde o presidente Jair Bolsonaro tem casa – Google Maps
À noite, as crianças brincam pelas ruas e, com circulação livre, os gatos são identificados apenas por coleiras.
O condomínio tem segurança privada e, na entrada, visitantes se identificam na guarita, apresentam documento e têm a entrada autorizada pelos moradores.
Desde a eleição, dois agentes federais armados fazem guarda na porta da casa do Bolsonaro.
A ‘lei do silêncio’ não permite que se diga que o crime é a polícia
POR FERNANDO BRITO · 12/03/2019
Evidente que não se fala que todo policial é criminoso.
Muitos não são, mas sabem que a estrutura é e, por isso, melhor calar.
Mas é simplesmente inaceitável ler em O Globo que “ninguém jamais havia investigado Ronnie Lessa [0 sargento apontado como o executor de Marielle Franco].
“Embora os corredores das delegacias conhecessem a fama do sargento reformado, de 48 anos, associada a crimes de mando pela eficiência no gatilho e pela frieza na ação, Lessa era até a operação desta quarta-feira um ficha limpa”.
O cara sofre um atentado a bomba acionada por controle remoto via celular, andando numa Toyota blindada e ninguém investigou a razão, sendo aceitável que ele era “segurança” (ou ex-segurança) de bicheiro e vida que segue?
O sujeito mora em um condomínio de luxo na Barra, tem casa com lancha num outro, de luxo, em Angra dos Reis, desfila num automóvel blindado Infinity que, se tiver sete ou oito anos de uso custa mais de R$ 120 mil, tudo isso com uma aposentadoria da PM que fica pouco acima de R$ 7 mil, e ninguém desconfia de nada?
E vejam que era um mero sargento, nem mesmo um oficial. Será que nem nestes há o brio de, vivendo modestamente, não investigar porque há tantos “colegas” podres de ricos?
Como isso é possível sem cumplicidade e muita?
Há uma estrutura criminosa dentro de nossas polícias e a “licença para matar” que já lhe é dada há muito tempo só a faz prosperar, inclusive agenciando as atividades dos “bandidos-bandidos”, com seus arreglos e proteção.
Meses atrás o ministro da Justiça, Torquato Jardim, disse que comandantes de batalhão da PM do Rio eram “sócios do crime organizado” e nada aconteceu.
Vivi, de perto, as dificuldades de um governo, o de Brizola, que se dispôs a enfrentar os desvios da polícia. A sério, sem aquelas demagogias de escolher meia-dúzia para expulsar e continuar “deixando a festa rolar”. A imprensa fazia coro ao “não deixam a polícia trabalhar”.
Vê-se agora o quanto trabalham. Deve realmente ser trabalhoso não ver um mercenário milionário bem diante dos seus olhos.
Haverá, nos jornais, quem faça a básica pergunta de como isso foi possível?
Imagens mostram policiais agredindo folião em bloco de SP
Publicitário foi cercado e atacado por agentes, que foram afastados das funções neste domingo. Medidas legais estão sendo tomadas, diz vítima
Redação, O Estado de S.Paulo
10 de março de 2019 | 22h26
SÃO PAULO – Imagens divulgadas na noite deste domingo, 10, pela TV Globo mostram o momento em que cinco policiais cercam e ao menos um deles agride um folião durante um bloco de pós-carnaval neste sábado, 9, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo. A vítima, o publicitário Guilherme Kieras, de 29 anos, ficou ferido e relatou em redes sociais que foi perseguido e levado para uma rua afastada, onde foi agredido até com cassetetes.
A gravação mostra cinco policiais segurando o homem e o colocando entre viaturas estacionadas Foto: Reprodução/TV Globo
A gravação mostra cinco policiais segurando o homem e o colocando entre viaturas estacionadas. Ao menos um soco parte do policial e o restante da cena não é possível visualizar. Kieras disse que tudo começou quando, em razão da chuva, tentou se abrigar na mesma marquise em que estavam os policiais, na Avenida Marquês de São Vicente. Ele foi impedido, segundo conta, e se dirigiu a uma árvore próxima.
“Nisso um policial começou a gritar dizendo que ali também não podíamos ficar, eu questionei porque não havia motivo aparente para não poder, fomos em seguida perseguidos por 4 a 5 PMs que nos batiam com cassetetes, chegando a me perseguir na rua, me levar a força para uma rua afastada, onde levei socos, chutes e fui desacordado por uma mata-leão”, relatou. “A última coisa que lembro antes de perder a consciência foi de pedir para não morrer, e segundos após acordar, me recordo de pedir pra ir embora. Fui chutado para a rua, onde, sangrando muito pela boca e rosto, saí em busca de ajuda”, completou.
Ao Estado, a Secretaria da Segurança Pública confirmou o afastamento dos envolvidos “até a conclusão das investigações”. “A Polícia Militar informa que, assim que tomou conhecimento das imagens, instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar toda a ocorrência”, declarou a corporação em nota. “Mais de 10 mil policiais militares estiveram nas ruas da capital paulista neste fim de semana para garantir a segurança dos foliões e o cumprimento da lei. A PM não compactua com desvios de conduta de seus agentes e este episódio, que não representa o trabalho da corporação, será rigorosamente apurado.”
“Fazemos um escândalo e lutamos com fogo nos olhos. O afastamento dos policiais é apenas o início. Todas as medidas legais estão sendo tomadas. Vamos lutar em nome de todos os que sofrem com isso diariamente e não têm voz!”, acrescentou o publicitário em nova postagem.
Na semana passada, o Estado mostrou que policiais militares usaram bombas e balas de borracha contra foliões no mesmo bairro, deixando ao menos três pessoas feridas. As vítimas relataram que o bloco do qual participavam já tinha se dispersado e poucas pessoas permaneciam nas ruas da região quando foram surpreendidas pela ação, que classificaram como truculenta. Ao pedir providências no batalhão depois de ser ferida, uma mulher foi ameaçada por um policial militar, que disse que não tinha “cerimônia para quebrar cara de mulher” . O agente foi afastado e o governador Doria (PSDB) reconheceu o excesso.
Sargentos da PM são presos por tentar extorquir vítima de roubo em BH
Os dois militares, sendo um aposentado e outro da ativa, teriam se passado por policiais civis. Eles ligaram para uma vítima de roubo de carro e pediram dinheiro para fazer a devolução do veículo
Um caso de tentativa de extorsão terminou na prisão de dois sargentos da Polícia Militar (PM)em Belo Horizonte. Uma vítima de roubo de carro recebeu ligação dos militares que pediram R$ 30 mil para devolver o veículo. A suspeita é que eles mesmos tenham levado o automóvel. Na conversa com o proprietário, se passaram por policiais civis. A corregedoria da PM e a Polícia Civil investigam o fato.
A ocorrência aconteceu nessa sexta-feira. Equipes da Polícia Civil começaram a investigar o caso depois que receberam denúncias de que pessoas se passando por policiais civis estariam ameaçando outras com objetivo de receber dinheiro.
O proprietário que teve o carro roubado, um C3, informou aos policiais civis que os sargentos teriam se apropriado do veículo dele e cobravam propina para fazer a devolução. O valor seria R$ 30 mil. Como se identificaram como policiais civis, a vítima entrou em contato com a corporação para esclarecer tal fato.
Enquanto conversava com os investigadores, recebeu uma nova ligação dos sargentos. Desta vez, eles teriam pedido R$ 15 mil. O dinheiro deveria ser depositado pela vítima em uma caçamba de lixo. Uma operação foi montada por equipes da Polícia Civil e os autores foram presos.
Um dos sargentos presos é do Comando de Aviação do Estado (Comave) da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e o outro seria aposentado. Os nomes não foram divulgados. Os dois sargentos foram autuados pelo crime de extorsão e entregues à Corregedoria da Polícia Militar para as medidas cabíveis.
Por meio de nota, a A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) afirmou que não coaduna com desvios de conduta e que a Corregedoria da Instituição acompanha o fato desde o momento da prisão dos policiais. Informou, ainda, que está adotando todas as medidas legais cabíveis ao caso, “respeitando o direito da ampla defesa e do contraditório dos envolvidos”. Os presos estão recolhidos em unidades da PM, em Belo Horizonte, à disposição da Justiça.
Caso Marielle Franco: quem são os dois presos e o que falta saber sobre os assassinatos
Direito de imagem POLÍCIA CIVIL DO RJIOs ex-PMs Ronnie Lessa (à esq.) e Elcio Vieira de Queiroz foram denunciados como executores do crime contra Marielle e Anderson
A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público do Estado anunciaram nesta terça-feira a prisão de dois suspeitos pelo assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) e do motorista dela, Anderson Gomes, em março de 2018.
O policial militar reformado Ronnie Lessa, de 48 anos, e o ex-policial militar Elcio Vieira de Queiroz, de 46, foram denunciados pelos crimes de homicídio qualificado de Marielle e Anderson e por tentativa de homicídio de Fernanda Chaves, assessora de Marielle, que sobreviveu ao ataque.
Segundo os investigadores, Lessa efetuou os disparos contra Marielle e Anderson, enquanto Queiroz dirigiu o veículo de modelo Cobalt usado durante o ataque.
Os investigadores ainda não sabem, no entanto, qual foi a motivação para o crime e quem teria sido o mandante, se é que houve algum. Essas questões serão objeto de uma segunda etapa da investigação, que já está em andamento.
Em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira, o governador do Rio, Wilson Witzel, disse que os suspeitos poderão fazer uma delação premiada, se assim quiserem.
Lessa foi preso em sua casa, no condomínio Vivendas da Barra, na Barra da Tijuca – mesmo local onde o presidente Jair Bolsonaro (PSL) tem casa. Segundo os investigadores, o fato não foi relevante para esta etapa da investigação.
Direito de imagemMÁRIO VASCONCELLOS/CMRJImage captionSegundo investigadores, ataque que vitimou Marielle Franco e Anderson Gomes foi planejado ao longo de 3 meses
Quem são os presos
Em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira, Giniton Lages, chefe da Delegacia de Homicídios da Capital, responsável pela investigação, disse que os autores dos assassinatos cometeram “um crime perfeito”, o que fez os investigadores concentrarem sua atenção em pessoas que teriam a capacidade técnica de cometê-lo.
Lessa, acusado de efetuar os disparos, é policial reformado. Também trabalhou na Polícia Civil e foi membro do Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope), segundo Lages. Por sua experiência, avalia o delegado, era capaz de cometer um crime sofisticado.
Durante a investigação, diz Lages, observou-se que Lessa tem “obsessão por personalidades que militam à esquerda”. “Numa análise do perfil dele, você percebe ódio e desejo de morte, você percebe alguém capaz de resolver diferenças dessa forma (matando)”, diz o delegado.
Ainda que não seja possível afirmar qual foi a razão para o crime, o delegado a descreve como “motivo torpe”.
A investigação foi feita com a quebra de dados do celular de Lessa. Segundo o delegado, ele fazia buscas por informações ligadas a Marcelo Freixo e também ao general Richard Nunes, então secretário de Segurança Pública do Rio.
Segundo o delegado, a confirmação de que de fato era Lessa no carro foi possível por métodos que não serão divulgados.
Em nota, a PM-RJ afirmou que Lessa ingressou na corporação em 1991 e, a partir de 2003, atuou como adido na Polícia Civil, onde permaneceu até sofrer um atentado que o afastou das atividades policiais, em 2010.
“Em decorrência de sua prisão na manhã desta terça-feira, a Corregedoria Interna da Polícia Militar do Rio de Janeiro já se colocou à disposição da DHC (Delegacia de Homicídios da Capital) e do Gaeco para colaborar no que for possível em relação ao inquérito que resultou na Operação Lume. A Corregedoria aguardará o envio de informações sobre o envolvimento do sargento para adoção de medidas disciplinares cabíveis.”
Queiroz, que seria o motorista do carro, foi expulso da PM-RJ em 2015, após se tornar réu na Operação Guilhotina, realizada pela Polícia Federal, em 2011, e voltada contra policiais fluminenses acusados de corrupção. Segundo a PM-RJ, Queiroz foi expulso em razão de envolvimento “em atividade ilegal de exploração de jogos de azar” e não tem mais qualquer vínculo com a corporação.
Os promotores e policiais não descartam a possibilidade de que houvesse uma terceira pessoa no veículo, algo que será avaliado na próxima etapa da investigação.
Como foi o ataque, segundo as autoridades
“A empreitada criminosa (contra Marielle e Anderson) foi meticulosamente planejada durante os três meses que antecederam o atentado”, diz em nota o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ).
A operação foi batizada de Lume – uma referência ao Buraco do Lume, onde Marielle atuava num projeto chamado Lume Feminista.
“É inconteste que Marielle Francisco da Silva [nome de batismo da vereadora] foi sumariamente executada em razão da atuação política na defesa das causas que defendia”, diz a denúncia, que classificou o atentado como um “golpe ao Estado Democrático de Direito”.
Os investigadores dizem que os assassinos sabiam onde Marielle estaria, em um compromisso na Casa das Pretas, na Lapa, e tinham informações sobre o carro que a levava.
Eles reconstituíram, por meio de imagens de câmeras de rua, a viagem de cerca de uma hora feita pelo carro, da Barra da Tijuca até o endereço onde estava Marielle. A identificação do veículo foi possível, segundo o delegado, porque ele tinha um “defeito traseiro inconfundível”.
Ao chegarem ao endereço, não encontraram o carro do motorista Anderson, então deram uma volta no quarteirão. Na segunda volta, toparam com o veículo e estacionaram próximo a ele. Ficaram lá por duas horas, até que Marielle deixou o local.
Os assassinos seguiram o carro e efetuaram os disparos a alguns quilômetros dali.
Além das prisões, a operação realiza mandados de busca e apreensão nos endereços dos denunciados para apreender documentos, telefones celulares, notebooks, computadores, armas, acessórios, munições e outros objetos.
Os promotores do Gaeco/MPRJ concederão uma entrevista coletiva sobre a operação na tarde desta terça-feira. Desde o fim da manhã, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC) e policiais civis envolvidos na investigação também estão dando detalhes da operação a jornalistas.
Além dos pedidos de prisão, o Ministério Público pediu a suspensão da remuneração e do porte de arma de fogo de Lessa, além da indenização por danos morais aos parentes das vítimas e do pagamento de uma pensão ao filho de Anderson até que ele complete 24 anos.
Repercussão
A prisão da dupla teve grande repercussão nas redes sociais – o termo #MarielleFranco entrou na lista dos trending topics globais no Twitter.
Muitos, porém, cobravam a identificação dos mandantes do ataque – e não apenas dos executores -, além da elucidação dos motivos do crime.
Os pedidos pela responsabilização dos mandantes foram endossados pela arquiteta Mônica Benício, viúva de Marielle.
“Parabéns às promotoras, e a todos os envolvidos. Espero poder ter acesso aos detalhes para que sinta segurança nesse resultado. Mas ainda falta a resposta mais urgente e necessária de todas: QUEM MANDOU MATAR Marielle? Espero não ter que aguardar mais um ano para saber”, ela escreveu no Twitter.
Em nota, a ONG Anistia Internacional pediu que um grupo independente de especialistas possa acompanhar as investigações. “A organização reitera que ainda há muitas perguntas não respondidas e que as investigações devem continuar até que os autores e os mandantes do assassinato sejam levados à Justiça”, diz a ONG.
Outra ONG, a Human Rights Watch, afirmou que a detenção dos suspeitos, “se confirmadas as evidências sobre seu envolvimento, é um passo muito importante na eludicação deste grave crime que chocou o Brasil e o mundo”.
“Para além disso, permanece o desafio fundamental de que os investigadores da polícia e o Ministério Público avancem no inquérito que visa identificar os mandantes do assassinato. A sociedade precisa saber não só quem apertou o gatilho, mas quem mandou matar e o porquê”, diz a organização
Há um ano, neste site e em todas as mídias do Brasil, policiais militares de todos os estados indignados com as primeiras suspeitas dando conta de que o crime de mando teria a participação de PMs, a grita foi geral.
Ocorre que , a grande maioria, em vez de atacar a generalização criminosa preferiram atacar a honra da morta.
O que fazem até hoje ; com comparações levianas , inclusive!
Como se uma morte de “uma pessoa de bem” fosse mais importante do que a morte de uma vereadora negra lésbica militando em defesa dos direitos de minorias ; pessoa de bem na ótica deles!
Aí está a denúncia apontando para os executores: DOIS POLICIAIS MILITARES E MILICIANOS!
Como se diz na PM, para os expulsos e aposentados , não existe ex-soldado…
E os aposentados continuam com funcional e direito a porte de arma.
Sou policial lotado em um dos municípios da subregião, gostaria de pedir ajuda a esse conceituado meio de comunicação, em relação a várias situações de irregularidade e abusos cometidos que ferem a própria dignidade de nós funcionários com prejuízo à qualidade de serviço a população.
Estamos sendo obrigados a participar tanto em escalas de plantões(algumas 24h, etc) como também realizar trabalhos em expediente(horário comercial), escoltas de presos, audiências de custódia, escalas de motorista para delegados(“UBER” PC), entre outras situações que poderíamos expor posteriormente.