Protestos contra o aumento da passagem de ônibus em São Paulo – Profissionais de imprensa são vítimas de ataques da PM 62

Repórter é baleada no olho com bala de borracha durante protesto em São Paulo

Giuliana Vallone diz que estava em um estacionamento na rua Augusta quando uma viatura da Rota se aproximou em baixa velocidade e um PM que estava no banco de trás atirou

Agência Estado | 13/06/2013 21:32:59

Agência Estado

Uma repórter do jornal Folha de S. Paulo foi baleada no olho com uma bala de borracha na noite desta quinta-feira durante protesto contra o aumento da tarifa de ônibus em São Paulo. Segundo Giuliana Vallone, da TV Folha, ela estava em um estacionamento na rua Augusta quando uma viatura da Rota se aproximou em baixa velocidade e um PM que estava no banco de trás atirou contra ela. Internada no Hospital Sírio-Libanês, ela não corre risco de perder a visão.

 Manifestantes ocupam as ruas no 4º dia de protestos contra o aumento da passagem de ônibus em São Paulo.
Foto: Renan Tuffi/iG São Paulo

Repórteres do Estado de S. Paulo também presenciaram ações questionáveis da Rota. Dois deles foram alvos de uma ação semelhante, na qual uma viatura se aproximou e disparou bombas de gás lacrimogêneo tentando acertá-los. Não havia conflito e nenhuma concentração de manifestantes na ocasião.

A Secretário de Segurança Pública de SP, Fernando Grella, afirmou em nota que determinou que a Corregedoria da Polícia Militar apure episódios envolvendo fotógrafos e cinegrafistas durante a manifestação

PEC 37 – Grupo criado para discutir poderes do Ministério Público finaliza texto sem consenso 2

13/06/2013 – 17h38

MATHEUS LEITÃO
DE BRASÍLIA

O grupo de trabalho criado para discutir o poder de investigação do Ministério Público e das polícias escreveu uma proposta nesta quinta-feira (13), mas a redação final não é consenso nas duas categorias.

Esse relatório, com sugestões para subsidiar mudanças na PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 37 –que versa sobre o tema– será discutido agora separadamente entre os procuradores e os policiais.

Coordenador do grupo, o secretário de Reforma do Judiciário, Flávio Caetano, explicou que “não há mais tempo ou espaço para mudança do texto”.

“O que sai hoje é um texto final que agora os membros da corporação vão dizer se aceitam ou não”, disse.

Criado para discutir “o aperfeiçoamento da investigação” após acirramento da disputa entre o Ministério Público e a Polícia Federal, o grupo se reunirá no dia 18 pela última vez quando as corporações dirão se aceitaram ou não as mudanças.

As categorias estão pressionadas pelo ultimato do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que afirmou que a emenda será votada no dia 26 pelo plenário da Casa, com ou sem acordo.

Segundo o texto de duas páginas, ao qual a Folha teve acesso, o Ministério Público poderá promover investigação criminal extraordinariamente, quando houver risco de comprometimento da apuração policial.

Essas investigações do Ministério Público serão feitas ªmediante a controle judicialº e deverão obedecer ªnormas legais aplicáveis ao inquérito policialº, como o prazo de trinta dias renováveis.

Antes de apresentar a denúncia, os procuradores poderão fazer diligências complementares ao fim do inquérito policial. O mesmo já acontece hoje.

“Se eles não aceitarem o texto, o grupo vai dizer: não houve acordo e agora o Congresso segue o seu [ritmo] normal”, disse Caetano.

Ao sair da reunião, o presidente da ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República), Alexandre Camanho, afirmou que “refuta a palavra consenso”. “Há diferença de percepções, mas houve aproximações. É o resultado final do grupo”, disse Camanho.

“Chegamos o mais próximo de um consenso, com bastante equilíbrio”, afirmou Fernando Segóvia, representante da Polícia Federal.

HISTÓRICO

O grupo foi criado porque no formato atual a emenda tira o poder de investigação do Ministério Público e limita esta atribuição apenas às polícias civis e federal.

Os procuradores poderão somente solicitar ações no curso do inquérito policial e supervisionar a atuação da polícia.

Órgãos de controle, tais como TCU (Tribunal de Contas da União) e CGU (Controladoria Geral da União), também poderão remeter diretamente suas conclusões ao Ministério Público, que poderá ajuizar ação penal ou pedir mais investigações aos policiais.

Diante da pressão do Ministério Público, a Câmara criou o grupo em abril, com representantes dos dois lados, para discutir o tema.

Leia a íntegra do documento

CARREIRA JURÍDICA?…MELHOR O MP SEGUIR INVESTIGANDO E CRIANDO SUA PRÓPRIA POLÍCIA – Delegados demonstram que continuam sendo mero “LIXO DE MANOBRA” do governo…PRISÕES ALEATÓRIAS , FORMAÇÃO DE QUADRILHA e FIANÇA DE R$ 20 MIL ? 12

12/06/2013 – 04h43

Dez são presos sem direito a fiança após protestos em SP

CÉSAR ROSATI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA DE SÃO PAULO

Atualizado às 07h10.

O novo protesto contra o aumento das tarifas de ônibus, metrô e trem, realizado na terça-feira (11), terminou com 16 pessoas detidas em São Paulo. Segundo a Polícia Civil, dez foram presos sem direito a fiança por formação de quadrilha, incêndio e danos ao patrimônio particular. Elas serão transferidas pela manhã para um CDP (Centro de Detenção Provisória) da capital.

Uma pessoa, acusada de dano qualificado e incêndio, segue detida no 78º DP (Jardins) e terá que pagar uma fiança de R$20 mil para ser liberada. Outras quatro pessoas assinaram um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) por pichação e desacato e foram soltas durante a madrugada.

Entre os detidos há ainda um menor de 16 anos, que foi apreendido pela polícia, ouvido e liberado. Cinco policiais militares ficaram feridos, sendo que uma PM feminina quebrou o braço.

De acordo com o balanço divulgado pela polícia, os manifestantes danificaram sete ônibus durante o protesto, que durou cerca de 6h. Foram apreendidos pela polícia objetos como fogos de artifício, placas, máscara de gás, extintores de incêndio e até um bicicleta.

Entre os presos está Pedro Ribeiro Nogueira, jornalista do portal Aprendiz. Segundo sua mãe, Beatriz Ribeiro, 56, ele exercia a sua profissão quando foi preso por Policiais Militares. “Ele ajudava uma mulher no momento que foi preso. Ele não fez nada e está aqui [na delegacia] injustamente”, disse.

“Os policias prenderam diversas pessoas aleatoriamente. Estão tentando desmoralizar o movimento”, afirmou o professor Lucas Oliveira, 29, que estava no momento do protesto.

O delegado de plantão, Severino Pereira de Vasconcelos, rebate a afirmação de Oliveira e diz que todos foram presos após um trabalho de acompanhamento da PM. “A Polícia Militar identificou todos, os perseguiu e os prendeu em flagrante. As acusações foram qualificadas individualmente”, disse.

O delegado explicou ainda o motivo pelo qual dez dos detidos não puderam ter uma fiança estipulada: “O potencial dos crimes [formação de quadrilha] impede que a autoridade policial estipule uma fiança, cabe a justiça determinar isso”, disse Vasconcelos.

PROTESTO

A avenida Paulista foi liberada para o tráfego apenas por volta das 23h, após o término do ato. A via, no entanto, ficou com um rastro de vandalismo, com vidros quebrados e pichações em agências bancárias, lojas, estações de metrô e base da PM.

No começo da madrugada era possível ver, agentes da prefeitura trabalhando para a limpeza das calçadas em diversos pontos onde a marcha de manifestantes passou como na Avenida Paulista e na Ligação Leste-Oeste.

Os cerca de 5.000 manifestantes começaram o ato por volta das 17h na praça do Ciclista, na avenida Paulista, e seguiram em passeata pela região central, passando pela Consolação, pela ligação leste-oeste, pela Liberdade, que tiveram interdições. O grupo também pichou muros e ônibus pelo caminho.

O primeiro confronto ocorreu no terminal Parque Dom Pedro 2º, quando um grupo de manifestantes furou o cerco da polícia e entrou no local, onde mais ônibus foram danificados. Uma parte do grupo jogou pedras contra a polícia, que respondeu com bombas de gás lacrimogêneo.

“Eu estava com 15 passageiros, o pessoal de capuz ameaçou atear fogo. Pedi para o pessoal sair e aí eles destruíram todo o ônibus. Meteram pedra de cima abaixo”, disse o motorista de um veículo da linha 435 da EMTU (Diadema-25 de Março).

Os manifestantes se dividiram em grupos menores, mas novos confrontos foram registrados em pontos isolados, como na praça da Sé. Mais tarde, parte das pessoas voltou a se reunir na avenida Brigadeiro Luís Antônio, em direção à avenida Paulista, onde novos confrontos foram registrados.

Um carro que passava pela avenida Paulista no momento da confusão acabou atropelando dois manifestantes. O motorista fugiu em seguida, mas o casal atingido não teve ferimentos graves.

Esse é o terceiro protesto feito contra o aumento das passagens de ônibus em menos de uma semana. Na quinta-feira, manifestantes liderados pelo Movimento Passe Livre fecharam avenidas como a Nove de Julho, a 23 de Maio e a Paulista. Houve confronto com a PM e os manifestantes deixaram um rastro de vandalismo.

A passagem foi reajustada de R$ 3 para R$ 3,20 no último dia 2. A inflação desde o último aumento nos ônibus da capital, em janeiro de 2011, foi de 15,5%, de acordo com o IPCA (índice oficial, calculado pelo IBGE). No caso do Metrô e dos trens, o último reajuste ocorreu em fevereiro de 2012. Se optassem por repor toda a inflação oficial, a gestão Fernando Haddad (PT) teria de elevar a tarifa para R$ 3,47 e o governo Alckmin, para R$ 3,24.

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Delegado de polícia não sabe diferençar  vândalo de  quadrilheiro ?

PM filmando policiais civis – Foto símbolo que deveria correr o mundo para demonstrar que a Polícia Militar ( órgão sempre a serviço do governante de plantão ) debochadamente provoca a revolta de quaisquer manifestantes 22

Foto PM filmando movimento

Em anexo envio imagem de uma faixa (polícia paulista em busca de dignidade e melhores salários) do SIPOL Presidente Prudente – SP, enquanto um Policial Civil aposentado, delegado sindical do SIPOL Presidente Prudente tira a foto de policiais fardados, quase na frente da faixa, filmando a manifestação (ou os manifestantes?) do dia 11 de junho de 2013. Não tenho dúvidas que atrás das muitas câmeras e filmadoras de muitas pessoas estejam colegas remando no mesmo barco. É uma foto símbolo que deveria correr o Mundo.
Fábio Morrone – Presidente do SIPOL de Presidente Prudente e Região.

Policiais militares absolvidos no Tribunal do Júri de Santos 10

JurisantosTroca de tiros

Policiais julgados no Fórum de Santos são absolvidos

De A Tribuna On-line

O julgamento dos seis policiais militares acusados de um homicídio e uma tentativa de homicídio durante tiroteio com criminosos, na Zona Noroeste, durou mais de 18 horas no Fórum de Santos. Por volta das 3h30, o juiz Antonio Álvaro Castello leu a sentença que absolveu os policiais.
A Justiça entendeu que não partiu dos seis policiais os tiros que mataram o frentista José Camilo da Penha, de 51 anos, e atingiram uma estudante de 15 anos.
Em entrevista à TV Tribuna, o advogado Alex Ochsendorf, disse que a defesa utilizou como base provas técnicas. “Quando nós fizemos a avaliação em plenário, não restou nenhum tipo de dúvida que o tiro fatal que vitimou José Camilo e que acertou a jovem não partiram das armas dos policiais. Isso ficou reconhecido pelos jurados”, disse.
O caso
Os réus são um tenente, um sargento, um cabo e três soldados. Eles respondiam ao processo em liberdade e alegam que realizavam uma operação para coibir o tráfico de drogas no Caminho São Sebastião, Jardim Rádio Clube, na madrugada de 5 de junho de 2009, quando cerca de oito marginais os receberam a tiros.
Os policiais disseram que revidaram os disparos em legítima defesa. Durante o confronto, dois inocentes foram baleados. Atingido no lado esquerdo do peito, o frentista José Camilo estava em um bar e morreu. Uma estudante foi alvejada no antebraço esquerdo, sendo medicada e liberada.
Os criminosos escaparam sem ser identificados. Um revólver calibre 38 e uma pistola 9 milímetros que eles usavam foram abandonados na fuga. Essas armas e outras nove portadas pelos PMs foram apreendidas para perícia. Porém, os projéteis que atingiram as vítimas as transfixaram e eventual confronto balístico ficou prejudicado.
‘Lei do Silêncio’
Doze testemunhas depuseram, sendo cinco comuns entre acusação e defesa. As demais foram indicadas exclusivamente pelos advogados Alex Sandro Ochsendorf e Renata Bonavides. As pessoas ligadas direta ou indiretamente às vítimas ou ao local do tiroteio demonstraram receio ao serem indagadas se traficantes receberam os PMs a tiros.
O delegado Flávio Máximo, que era titular do 5º DP de Santos à época dos fatos, foi ouvido como testemunha de defesa dos policiais. Ele classificou o Caminho São Sebastião como “um dos locais mais perigosos da Zona Noroeste, onde o tráfico é reinante”.
Máximo relatou que, meses após o caso pelo qual os PMs foram processados, ele próprio realizou diligência no Caminho São Sebastião, sendo recebido a tiros. “Os marginais enfrentam os policiais, civis ou militares, indiferentes à integridade física e à vida dos moradores da comunidade”.
O delegado também disse que acompanhou a reconstituição do caso e uma perita lhe disse que, “pela dinâmica do ocorrido”, os projéteis que atingiram as vítimas não poderiam ter partido das armas dos policiais militares. Por fim, Máximo lembrou que marginais incendiaram dois ônibus no Jardim Rádio Clube horas após o tiroteio.
*Com informações da Redação

Zagallo sifu! – Injustiça igual para todos : por opiniões e palavras muito menos daninhas o “Flit” foi demitido sob acusação de “procedimento irregular de natureza grave” e processado criminalmente pelo Ministério Público 35

12/06/201321h20

Após incitar violência em ato, promotor será desligado do Mackenzie

MARCELO ALMEIDA DE SÃO PAULO

O promotor Rogério Leão Zagallo, que causou polêmica ao escrever um comentário no Facebook pedindo à Tropa de Choque que atirasse contra os manifestantes do Movimento Passe Livre, será desligado da Universidade Mackenzie, onde dá aulas no curso de Direito.

O próprio professor declarou aos seus alunos que não mais fará parte do corpo docente da universidade a partir do próximo semestre. Segundo ele, a universidade decidiu não renovar o seu contrato.

Preso no trânsito durante o protesto da última quinta-feira (6), o promotor escreveu em seu perfil pessoal: “Por favor, alguém poderia avisar a Tropa de Choque que essa região faz parte do meu Tribunal do Júri e que se eles matarem esses filhos da puta eu arquivarei o inquérito policial?”.

Após a repercussão do comentário, Zagallo justificou o seu comentário dizendo que foi um “desabafo” de alguém que estava há muito tempo parado na trânsito e que tinha um filho pequeno a sua espera. Ele disse ainda que a manifestação era legítima e que o comentário sobre o arquivamento de inquérito foi apenas uma “forma de expressão”.

Sobre o comentário do professor Zagallo, a universidade Mackenzie afirmou que mantém uma posição contrária a qualquer tipo de ação que desrespeite a liberdade e incite à violência. A assessoria de imprensa da universidade, no entanto, não confirmou o desligamento do professor Zagallo.

Reprodução/Facebook
Postagem do promotor em rede social na noite de sexta-feira (7)
Comentário do promotor no Facebook na noite de sexta-feira (7) durante protesto contra o aumento da tarifa