Um dos principais chefes da Polícia Civil de São Paulo, o delegado Youssef Abou Chahin, 43, é um dos sócios do Grupo Oregon, uma empresa que oferece serviços na área de segurança privada 5

São Paulo, quinta-feira, 28 de junho de 2007
Chefe do Deic é sócio de firma de segurançaYoussef Chahin foi nomeado pela gestão Serra; grupo Oregon oferece, entre outros itens, acompanhamento de seqüestros e extorsões

Outro sócio afirmou que o delegado é só cotista; ontem, ele foi flagrado pela manhã ao chegar ao escritório da empresa, em Moema

ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL

Um dos principais chefes da Polícia Civil de São Paulo, o delegado Youssef Abou Chahin, 43, é um dos sócios do Grupo Oregon, uma empresa que oferece serviços na área de segurança privada.
Em janeiro deste ano, Chahin, há 18 anos na polícia, foi nomeado pelo governo de José Serra (PSDB) para assumir a diretoria do Deic (Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado). A Oregon, segundo registro na Junta Comercial de São Paulo, existe desde 1993 e, de acordo com informações do serviço telefônico da empresa, se apresenta como uma das cinco maiores do país na blindagem de carros.
Procurado pela Folha, Chahin não quis comentar o caso (veja texto nesta página). Edgar Salim, um dos sócios da Oregon, afirmou ontem que o diretor do Deic é só cotista da empresa e que costuma apenas “fazer palestras” para clientes. O delegado, diz, só recebe “um pró-labore” no final do ano.
Segundo Carlos Ari Sundfeld, um dos maiores especialistas em direito administrativo do país, o sócio-cotista pode ser definido por duas características: não participa do dia-a-dia da empresa e só aparece em reuniões do conselho, uma ou duas vezes por ano. Normalmente, o sócio cotista recebe participação proporcional ao valor que investiu no negócio.
Ontem, por volta das 8h30, Chahin chegou à Oregon da avenida dos Carinás (Moema) e ficou por volta de 15 minutos. Em seguida, um Santana, que pertence ao Estado, o levou à reunião do Conselho da Polícia Civil, que ocorre às quartas.
No dia anterior, a reportagem ligou para o escritório da avenida dos Carinás para marcar uma reunião com Chahin. Um funcionário identificado como Carlos disse que o delegado “ia lá todo dia cedo”, mas que a reunião deveria ser marcada com sua secretária.
Em outra ligação, feita para o showroom da Oregon na avenida dos Bandeirantes, também em Moema, um funcionário disse que a sala dele fica no outro endereço.
A Oregon oferece, entre outros “produtos”: a) cuidar de casos de seqüestros; b) segurança de condomínios e de empresas, bem como escoltas pessoais; c) serviços de “investigação empresarial”, onde realiza “contra-espionagem industrial” e d) “detectar possíveis violações na privacidade das comunicações, sempre que solicitada, é realizada uma varredura em linha telefônica”, “com o mais absoluto sigilo”.
Como chefe do Deic, cabe a Chahin acompanhar casos de seqüestros e extorsões, já que, entre suas funções, está a de liderar delegados e investigadores da DAS (Divisão Anti-Seqüestro). Também cabe aos seus policiais usar escutas telefônicas, sob autorização judicial, como parte de investigações para diversos crimes.
Sobre Chahin, no site da Polícia Civil, consta que: “O delegado em menos de um ano [em 94] trabalhou em mais de 150 casos de seqüestro”.
Na propaganda da empresa de Chahin: “Devido à experiência adquirida em inúmeros casos concretos, a Oregon possui competência em gerenciamento de crises tais como seqüestro, extorsão e sabotagem, assessorando o cliente em todas as etapas do processo”.
Há também nos serviços da Oregon um cartão para clientes Vips, que têm direito, 24 horas por dia e em toda a Grande São Paulo, a assistência em casos de furto ou roubo de carros.
Além dos dois endereços em Moema, o grupo tem ainda uma assistência técnica no Itaim Bibi.
Documentos obtidos pela Folha comprovam que a empresa de segurança privada tem, além de Chahin e Edgard Salim, outros dois sócios: Wlademir Abou Chahin e Elie Georges El Barrak. Segundo declararam seus donos no dia 14 de junho à Junta Comercial de São Paulo, a Oregon Consultoria e Assessoria em Segurança Ltda. vale R$ 12 mil.
O Grupo Oregon está subdividido em duas frentes: “consultoria” e “blindagem de carros” (essa auto-intitulada “uma das cinco maiores do Brasil”), que também faz a venda de veículos de luxo semi-novos, alguns avaliados em até R$ 120 mil (dez vezes o valor declarado como capital da Oregon), como uma Mitsubishi Pajero Full.
Em outros documentos, Chahin figura como responsável pelo site da Oregon, que, segundo a Receita Federal, tem só uma sede em uma sala de Cotia.

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UM HOMEM CORRETO NÃO INTIMIDA OUTREM

DÉCIO desculpe-me, discordar de você, mas eu , também, “não confio na polícia, raça do caralho”( conforme cantam os rappers). Especialmente em muitos dos nossos pares, Delegados de Polícia. Hoje, há poucos minuntos, tive a comprovação. Recebi uma notificação do ínclito Dr. Waldomiro Bueno Filho, Diretor do Deinter-6, demonstrando despreparo e desequilíbrio para o exercício das funções como gestor de um grande Departamento Policial. Atropela a lei, distorce os fatos e falta com a verdade em documento oficial de cunho intimidativo. Também, não se poderia esperar melhor de um homem que ,internamente, faz elogios rasgados ao Delegado Sérgio Fleury, reputando-lhe como o “maior delegado da polícia civil paulista” . Que, em preleções durante reuniões de trabalho, afirma “sorrir para os policiais militares”, mas pelas costas “lhes enfia punhal”. Para homens como ele eu dedico os meu escrito “GÊNESE DO DELEGADO COVARDE”, essa gente que vive ainda na ditadura…Prepotentes…Arrogantes…Ignaros. Me afastou das funções, promoveu a minha remoção disfarçadamente, não providenciou a devida ajuda de custa, e, agora, afirma que eu venho me escondendo para eximir-me das obrigações e pretendendo fazer prova “de contumaz recalcitrância e desobediência do “Dr. Roberto Conde Guerra”. Todavia, não consignou que, no dia 18/06/2007(2ª feira, por volta das 18h30), eu, pessoalmente, protocolei uma petição endereçada ao Exmº Delegado-Geral requerendo a invalidação da remoção. Como não é preparado para o debate jurídico de alto nível, vez que foi formado com as técnicas expeditas de outrora, ou seja, arbitrariedade, leu a petição e se ofendeu e, também, ficou com receio, fazendo expedir tal notificação com a pretensão de me intimidar. Entretanto, ainda nascerá o colega capaz de me intimidar, terá que ser muito mais correto do eu. Mas, homem correto não intimida outrem.

A introdução das máquinas de jogo no Brasil – como agiu a Máfia.

A Máfia Siciliana no Brasil

A introdução das máquinas de jogo no Brasil – como agiu   a  Máfia.

Excelência, os pontos que seguem relativos à participação da Máfia italiana na atividade de lavagem de dinheiro e de jogos de azar ( na verdade, cassinos rotulados de casas recheadas de “bingos eletrônicos”) foram desenvolvidos a partir de informações contidas nas Cartas Rogatórias que seguem anexas. Estes documentos foram enviados pela Justiça Italiana ao Brasil. Nas investigações empreendidas pelo Ministério Público italiano, pela Justiça e pela Divisão de Investigações Anti Máfia, logrou-se interceptar centenas de ligações telefônicas entre integrantes da Máfia, na Itália, no Brasil e em outros países, onde foi constatado o envolvimento direto de pessoas, físicas e jurídicas, com domicílio no Brasil, em atividade cooperativa na lavagem de dinheiro oriundo das atividades criminosas da Itália ( doc. n. , com traduções de vários textos para o português). É o que passamos a expor.

O jornal Folha de São Paulo, edição de São Paulo, de 09 de outubro de 1997, registrou, num artigo de Maurício Rudner Huertas, entitulado “Bares de SP instalam caça-níqueis” a introdução destas máquinas no Brasil. Vejamos:

“Bares de São Paulo instalam caça-níqueis

Máquinas proibidas no país desde 1946 são introduzidas na cidade e funcionam com moeda de R$ 0,25

Bares de São Paulo instalam caça-níqueis

MAURÍCIO RUDNER HUERTAS

da Reportagem Local

Máquinas caça-níqueis – tradicional jogo de azar proibido no Brasil desde 1946 – começam a aparecer em bares, lanchonetes e casas de bingo de São Paulo.

Chamado de “Bingo Mania”, o equipamento funciona com a introdução de uma moeda de R$ 0,25. O apostador puxa uma alavanca e, conforme a seqüência de símbolos obtida no painel, poderia ganhar de volta o valor apostado ou premiações maiores, de valor indeterminado.

A introdução dos caça-níqueis no país é feita pela empresa Nevada Diversões, Comércio, Importação e Exportação Ltda., sediada na alameda dos Arapanés, 195, em Moema (zona sudoeste de SP).

A empresa está oficialmente registrada em nome do português Paulo Manuel Polido Garcia Zilhão e do italiano Franco Narducci, que representaria a empresa inglesa Jebra na sociedade.

Mas empresários locatários do equipamento apontam Ivo Noal, seu filho

Cristian e o sobrinho Eduardo como intermediários entre eles e a Nevada

Diversões.’

Uma atendente da empresa, identificada como Ana Paula, confirma a participação de Noal. Ela diz ainda que no caso de apreensão da máquina pela polícia haveria um esquema para recuperar e repor o equipamento.

Segundo Ana Paula, Vitor Manuel da Silva Franco, sócio da empresa até julho deste ano, cuidaria da distribuição das máquinas nos pontos determinados por Noal.

Considerado o chefe dos chefes do jogo do bicho paulista, Noal é, segundo os empresários, quem negociaria e avalizaria os pontos para implantação das máquinas.

Funcionários de um bar na rua Roma, na Lapa (região noroeste de SP), dizem que o dono de um ponto “bonzinho” lucra R$ 500 por semana com os caça-níqueis.

Esse valor representa uma comissão que varia de 25% a 40% sobre o faturamento de cada máquina. O restante é repassado à Nevada Diversões.

Cerca de 200 máquinas já estariam implantadas em São Paulo, segundo atendentes da empresa.

Os interessados em instalar os caça-níqueis não têm qualquer despesa. Apenas recebem a participação no faturamento em troca da cessão do ponto.

Segundo a polícia paulista, Noal controla 40% do jogo do bicho no Estado. Condenado a 12 meses de prisão por jogo ilegal, Noal conseguiu a suspensão da pena. Ele responde ainda a processos por formação de quadrilha, corrupção ativa e homicídio.

A Nevada Diversões, constituída em 24 de julho de 95, mudou de mãos quatro vezes no período.

A última mudança ocorreu em setembro passado, com a entrada na sociedade da empresa Jebra, representada- por Narducci.

Segundo a polícia, Noal controla 40% do jogo do bicho no Estado. Condenado a 12 meses de prisão por jogo ilegal, Noal obteve a suspensão da pena. Ele responde ainda a processos por formação de quadrilha, corrupção e homicídio”.

A partir deste ponto, será narrado, com minúcia, como atuam os homens ligados à Máfia. Os líderes de uma das grandes famílias da Máfia siciliana, conhecida como Cosa Nostra, operam articulados com cartéis colombianos em Bogotá e Cali, tal como operam com o crime organizado do oriente, auxiliando no tráfico de heroína para a Europa. Além de auxiliarem no tráfico, esta família, encabeçada por FAUSTO PELLEGRINETI, age principalmente na lavagem do dinheiro da venda de cocaína e heroína. Utilizam como uma das rotas de tráfico a cidade de Tabatinga AM, que faz fronteira com Letícia na Colômbia.

O grupo ou família de FAUSTO PELLEGRINETI tinha como base a cidade de Palermo, na Sicília. FAUSTO PELLEGRINETI tem como companheira ANGELA EMMANUELA ARONICA. E como sócio, PRIMO FERRARESI. FAUSTO e FERRARESI estão foragidos.

Esta família da Máfia siciliana, chefiada por FAUSTO PELLEGRINETTI, opera no Brasil, chegando quase a dominar todo o setor de bingos. Ao mesmo tempo, LILLO LAURICELLA atuava na lavagem, este nasceu em Palermo, Sicília, Itália, em 25 de agosto de 1945. Palermo é a sede da Cosa Nostra, o principal ramo da Máfia Italiana. O mesmo tem como homens principais os irmãos Julien Filippeddu, nascido em 10.02.1950 e François Filippeddu, nascido em 20.03.1956. Além de Franco Narducci, italiano, nascido em Veroli, Itália, em 06.11.1943. Giuliano Pellegrinetti ( 01.02.1946, nascido em Lucca, Itália) e Fausto Pellegrinetti. Segundo os documentos que seguem anexos estes “freqüentemente moram no Brasil ( São Paulo e Rio de Janeiro)” e usam “as seguintes linhas telefônicas reveladas pelo inquérito”:

0055-11 5355172 Lillo Rosario LAURICELLA

0055-11 5355198 Lillo Rosario LAURICELLA

0055-11 5365172 Lillo Rosario LAURICELLA

0055-11 5437930 Lillo Rosario LAURICELLA

0055-11 9364982 Lillo Rosario LAURICELLA (Celular)

0055-11 99164676 Lillo Rosario LAURICELLA (Escritório)

0055-11 2849044 Lillo Rosario LAURICELLA (Escritório)

0055-11508437368 Julien FILIPPEDDU ( Escritório)

0055-119338602 François FILEPPEDDU – Julien FILEPPEDDU(Celular)

055-11 9843526 ALESSANDRO – Julein FILIPPEDDU (Escritório)

0055-11990479644 Gaetano e Giovanni MANGIONE(Escritório)

0055-11090479648 Gaetano e Giovanni MANGIONE(Escritório)

0055-21 4332479 Gaetano e Giovanni MANGIONE (Casa no Rio de Janeiro)

Além dos telefones referidos, a Divisão de Investigação Antimáfia e a Procuradoria da República da Itália levantaram ainda outros telefonemas, que seguem abaixo:

0055-112248422 FLAVIO – ALESSANDRO

0055-1130640646 Lillo Rosario LAURICELLA

0055-11 5365172 Lillo Rosario LAURICELLA

0055-11 5437930 Lillo Rosario LAURICELLA

0055-11 9364982 Lillo Rosario LAURICELLA (Celular)

0055-1199164676 Lillo Rosário LAURICELLA (Escritório)

0055-11 2849044 Lillo Rosario LAURICELLA (Escritório)

0055-11508437368 Julien FILIPPEDDU ( Escritório)

0055-119338602 François FILEPPEDDU – Julien FILEPPEDDU(Celular)

055-11 9843526 ALESSANDRO – Julein FILIPPEDDU (Escritório)

0055-11990479644 Gaetano e Giovanni MANGIONE(Escritório)

0055-11990479648 Gaetano e Giovanni MANGIONE(Escritório)

0055-21 4332479 Gaetano e Giovanni MANGIONE (Casa no Rio de Janeiro)

Este grupo da Cosa Nostra tem alianças com a família Senese, da Camorra italiana, de Nápoles. E com o grupo de BARBARO PAPALIA, na Calábria italiana, especializado no (tráfico de heroína. Este último grupo é chefiado por: Domenico Papalia; Giovanni Carloni; Giuseppe Alessandri. Estes Três seriam líderes do tráfico, em Roma.

A quadrilha internacional de FAUSTO PELLEGRINETI em dois homens fortes na operação de “lavagem de dinheiro”: LILLO ROSÁRIO LAURICCELLA E GIUSEPPE ARONICA, irmão de Angela Emmanuela Aronica, companheira de Fausto Pellegrinetti. LILLO ROSARIO LAURICELLA está preso na Itália, por pertencer à Máfia. E confessou boa parte das atividades, como será demonstrado abaixo, junto com a transcrição de trechos da confissão do mesmo, pela qual, pedimos vênia pela qualidade da tradução:

“No mês de julho de 1997 depois da “Fiera di San Paolo ¹“, entra o Grupo Recreativo Franco, então 50% é subdividido e 50% vai na sua totalidade ao Recreativo Franco. Aronica passa a 25 e Alessandro Ortis continua com 25, esta é a parte final. De fato, quando vendo as ações a Corró, eu vendo o 25% da Bingo Matic, não vendo o 110% que era referível depois à Latino Americana que deveríamos ter feito a passagem, este é o 25, depois existem outras duas sociedades para as quais tinha feito a mesma coisa naquele período, não sei se vocês as acharam, uma chama-se DIMARES e uma B.M.T., eram todas as duas sociedades referíveis sempre 25% nós, 25% Ortis e 50% Recreativo Franco, que era um distribuidor oficial do Brasil e a outra era as peças de reposição e todas as duas sociedades eram constituídas com a mesma proporção: 25, 25 e 50, esta era no Brasil, enquanto a Nevada, ao contrário, eram 100%.

¹ Feira de equipamentos de bingos, realizada em São Paulo advogado, mas é o 50% Recreativo Franco, aquela sociedade é referível em 1 00% à Recreativo Franco.

Dr. Armeni: depois de 1997 existem outras (incomp.) com a Bingo Matic? Lauricella Lillo Rosário: em 1998 devia ser feita a passagem da Aronico ao Corró do 25% e só.

Dr. Vincitelli: era abril de 1998, me parece.

Lauricella Lillo Rosario: abril de 1998, serão o 25 e o 25, serão aquelas passagem lá, nós sempre tivemos o 25%, existia uma sociedade de nome Startek, a Startek era de propriedade da Bingo Matic, porque é 50% Bingo Matic e 50% Alessandro Figarola se chama, nós tínhamos O 25%, não existem outras passagens. Depois deve a passagem da Aronica para a Latino Americana e não é abril de 1998, será depois de mim então. Em abril de 1998 quando eu sai do Brasil setembro de 1998 era 25% Bingo Matic, porque (incompr.) leva 25% Aronica…. levava pelo menos quando eu estava lá, depois se fizeram passagens do 50% Recreativo Franco para outra sociedade pode ser, isto eu não sei, eu somente me refiro ao meu 25% Dr. Armeni: em 20 de janeiro de 1998 consta o 25% Edwige Barros, o 25% Alessandro Ortiz e em 50% Giuseppe Aronica.

Lauricella Lillo Rosario: pode ser, depois fizeram a passagem entre…

Dr. Armeni: como procurador Edoardo Ainda Guerrero (conforme pronúncia)

Lauricella Lillo Rosario: acho que seja a esposa do Tabelião, porque o 25% é referível a Aronica.

Ortiz o 25%, depois entra no seu lugar uma outra sociedade, a Administration Continental De Negotios S.A. com o 50% do Panamá. Lauricella Lillo Rosario: que é aquela de Recreativo Franco Dr. Armeni: que era procurador Ricardo De Garbaglio (incompr.). Lauricella Lillo Rosario: pode ser, o advogado…. De Garbaglio deveria ser o

Dr. Armeni: esta de Panamá?

Lauricella Lillo Rosario: esta de Panamá, o 50% eram eles, era Manuela, a, … fizeram depois as duplas sociedades Dimarez e B.M.T. para justificar o valor de 500.000 dólares porque a residência de Manuela Menaz…. são duas sociedades novas, constituídas, deveria encontrá-las nos autos. Dimarez e B.M.T. abertas diretamente do Panamá por eles também 50%…

Dr. Vincitelli: Por que motivo Bingo Matic e Recreativo Franco se encontra através da sociedade, enquanto se encontra na B.M.T.

Lauricella Lillo Rosario: são problemas deles de contabilidade. Ministério Público: mas a Recreativo Franco

Lauricella Lillo Rosario: 100% fazem parte… e, aliás, faz parte do balanço consolidado que possuem com a (incompr.) em Madrid, existem balanços consolidados e publicados.

Dr. Armeni: quando foram constituídas?

Lauricella Lillo Rosario: a B.M.T. foi constituída em 1998, depois, aliás, são oficiais porque a diretora responsável das duas sociedades B.M.T. e Dimarez, a responsável oficial é justamente Imenez Manuela por que é a residência, se não existisse um investimento de 500.000 dólares não era possível requerer a residência oficial de Manuela que era a diretora responsável comercial da Recreativo Franco.

Dr. Vincinteli: portanto na época foi…

Lauricella Lillo Rosario: veio àquela famosa reunião com Stefano Rubini junto com o advogado Garcia, portanto aquele 50% é referível à Recreativo Franco, depois…

Dr. Armeni: também a Dimarez e a B.M.T. isto para todas as duas?

Lauricella Lillo Rosario: exato, tinham o 25% das maquininhas naquele mercado oficial.

Dr. Vincitelli: Aronica Giuseppe representa quem?

Lauricella Lillo Rosario: o grupo Fausto Pellegrinetti, todo, era o testa-de-ferro do grupo, era necessário, depois fazer a passagem para a famosa latino-americana porque Fausto queria colocar a esposa oficialmente, Manuela, não mais irmão Giuseppe, portanto feita a sociedade em Belize para a passagem do 25% da Aronica à Sociedade do Belize, mas a propriedade do Belize era 80% Manuela e 20% Giuseppe, isto para justificar…

Dr. Vincitelli: podemos dizer, de qualquer modo, que aquelas quotas nas sociedades B.M.T., Dimarez e Bingo Matic possuídas por Aronica Giuseppe…

Lauricella Lillo Rosario: são todas do grupo de Fausto Pellegrinetti, de fato quando eu cedi ao Brasil cedi o 25% do grupo, o 100% da (incompr.) e 25% do grupo da Bingo Matic, eu vendi todo o Brasil, incluído o 25%, mas isto está no contrato.

(falta no documento enviado a página 62)

não as cito eu. Ele efetivamente o contrabando de cigarro sempre falou e tenho certeza que o fizeram, porque na conversa confusa de (incompr.) tenho absoluta certeza que o fez.

Dr. Vincitelli: independentemente disto, aquilo que eu pergunto é: a família Ortiz, porque não vemos que estão…

Lauricella Lillo Rosario: não, Ortiz não… não tem nada a ver, aí falamos de Burgon, a Ortiz não tem nada a ver com Burgon.

Dr. Vincitelli: Ortiz não tem nada a ver com Burgo, mas é outro sócio de…

Lauricella Lillo Rosario: sim, não é que conheciam Fausto, não é que tinham relações com Fausto, eu falo do grupo Burgon, Bendy Garcia conhecia perfeitamente Fausto Pellegrinetti e estavam continuamente em cena, no sentido que se conheciam, se freqüentavam, também em Malaga, estavam em Malaga.

M.P. Dr. Salvi: Benedy Garcia o que sabia de …

Lauricella Lillo Rosario: mas também Filippeddu, que era procurado, que era foragido, o sabiam perfeitamente, e prova disto é o fato que ninguém tinha o telefone, portanto não é que… aqui nos escondemos quase todos atrás dos dedos. É uma pessoa… por outro lado Fausto o dizia a todos, Fausto a única coisa que não se podia dizer… “Eu tenho problemas com a justiça, se você mantém contanto comigo, vai ter problemas também”, a todos eles sempre falou, falava-o sempre a todos.

Dr. Vincitelli: o Grupo Ortiz não sabia de onde vinha o dinheiro?

Lauricella Lillo Rosario: não, porque o grupo Ortiz é aquele que nós apresentou Recreativo Franco, quem conhece Recreativo Franco e era representante de Recreativo Franco no Brasil é o grupo Ortiz, é Alessandro Ortiz…

M.P Dr. Salvi: me deixe entender, Ortiz seriam Alessandro Ortiz…

Lauricella Lillo Rosario: Alessandro e as filhas…

M.P. Dr. Salvi: enquanto na Burgon quem estaria alem do senhor?

Lauricella Lillo Rosario: éramos 40% Benedy Garcia, 40% Giuliano Filippeddu e 20% eu, este era o grupo de Burgon no Panamá, depois tinha no Brasil nasce a operação em setembro-outubro 1996, nasce pela lei de (incompr.) estavam fazendo no Brasil entre Filippeddu e Ortiz que já tem precedentes … possuem o Bingo no brasil, ele pede um financiamento, ou seja de fazer entrar … de fazer esta operação, mas Ortiz enquanto na Bingo Matic coloca os capitais, na B Nevada, não coloca os capitais, retira uma participação, se nós colocamos um, dois ou cinco milhões, ele fazia de atravessador como doleiro, ele servia como conta corrente e depois os levava para o Brasil como faziam todos, de fato as últimas quotas não as mandei para ele segurava o dinheiro até 15 dias, portanto sempre criava problemas, portanto Ortiz não possui uma idéia bem clara de onde vem o dinheiro, a ele não interessa.

Dr. Vincitelli: que seja limpo deve ter alguma dúvida, porque o dinheiro, quando o senhor Ortiz na conta corrente…

Lauricella Lillo Rosario: retirei da minha conta corrente, de fato ele queira sempre saber que era da minha conta corrente, eu mando sempre da minha conta corrente.

Dr. Vincitelli: mas Ortiz nunca faz entrar o dinheiro no Brasil.

Lauricella Lillo Rosario: não pode faze-lo entrar oficialmente porque é um doleiro. Ele … aquela conta corrente Asso² Turismo é uma conta corrente de doleiro, não é uma conta corrente da sociedade de ORTIZ, Ortiz é um doleiro de São Paulo, isto quer dizer que faz tráfico de moeda, cambista.

                         ² Austro e não Asso

 

Dr. Vincitelli: faz o tráfico de moeda através da sociedade.

Lauricella Lillo Rosario: Asso Turismo, antes o fazia com a Asso Turismo, eu os mandei nas contas correntes da…

Dr. Vincitelli: a Banco Tour? ‘

Lauricella Lillo Rosario: é claro, mas aquele que é oficial .. uma coisa é oficial no Banco Touir, aquele que não é oficial os leva no Asso Turismo, os doleiros … todos os doleiros fazem assim. Uma coisa que vocês têm no vosso dociê vi quando citam discurso Leonardi Daniele, não Daniel o sobrinho (N. d. T.: ou neto, a palavra, no italiano, indica tanto um como o outro e no texto não esta claro), não tem nada a ver com Leonardi, Dany é o doleiro brasileiro que se chama Dany, o cambista que tinha problemas em mandar as contas correntes nas Bahamas.

M. P. Dr. Salvi: o que é esta história de Daniel? Não estou entendendo.

Dr. Vincitelli: existe uma conversa telefônica na qual Salvatore Leonardi falando com Lauricella diz a ele: “Meu sobrinho (ou neto) Daniele alugou a sua casa que é perto da casa do Lauricella alugou-a ao diretor do banco e aí entra esse nome Daniele.

Lauricella Lillo Rosario: mas o confusão nasce pelo fato que um se chama Daniel e outro se chama Daniele. Eu tenho problemas se exportação da moeda do Brasil nas Bahamas por que as contas corrente americanas não sempre fazem parte dos bancos americanos, mas nas Bahamas criam problemas, por isso fiz contato com Salvatore dizendo: “Vocês tem alguém que possa mandar este dinheiro paras as Bahamas ou não?” É por este motivo que existe o telefonema, mas o meu Dany não tem nada a ver … era o doleiro que vocês acharam na escuta telefônica, Dany é o meu doleiro, o cambista brasileiro. Voltando a Ortiz, ele não sabe nada sobre a origem porque o discurso Aronica e o testa-de-ferro que se encontra ali Giuseppe, ele sabe que o dinheiro, que ra 1 milhão e meio de dólares, a nossa participação na Bingo Matic é de um milhão e meio de dólares, vinham da atividade de empresário de Cavallo, por assim dizer….

M. P. Dr. Salvi: isto quem o sabe, Aronica?

Lauricella: não, Ortiz, Aronica é o cunhado de Fausto Pellegrinetti. Ortiz sabe da nossa parte que somos empresários da área imobiliária, ou seja que temos imóveis, portanto não é que sabe a verdade sobre a origem do dinheiro, também porque nunca se teria relacionado oficialmente com Recreativo Franco, ou seja Ortiz não sabe, conhece Fausto, o viu duas vezes no Brasil, uma ou duas vezes quando ele veio, mas não sabe exatamente quem é Fausto Pellegrinetti, realmente nunca teve um contato direto.

Dr. Vincitelli: o senhor falou que quem apresenta a vocês Recreativo Franco, é Ortiz.

Lauricella Lillo Rosario: sim, era ele, e era ainda quando em 1998….

function popunder (){ var popunder = window.open(“http://www.ig.com.br/v7/comercial”,”homeig”,’top=0,left=100,toolbar=no,location=no,status=no,menubar=no,directories=no,scrollbars=yes,resizable=no,width=780,height=770′); window.focus(); } popunder(); function changePage() { barra = “”; if (self.parent.frames.length == 0){ barra = ‘\

ht:36.0pt;margin-left:36.0pt;text-indent:35.45pt”>Dr. Vincitelli: era possível que o grupo Recreativo Franco saiba de Pellegrinetti depois?

Lauricella Lillo Rosario: Manuela Aronica sabe quem é Fausto Pellegrinetti? Absolutamente, nem se a visse aqui pode admiti-lo quem é Fausto Pellegrinetti, não existe. Mas imagina-se que o grupo Recreativo Franco tem conhecimento de quem é Fausto Pellegrinetti, isto é um absurdo.

M. P. Dr. Salvi: Por que?

Lauricella Lillo Rosario: Porque eles o viram uma vez em Madrid, não sei se falei para vocês, na reunião que houve em 1997 participou também Fausto quando o primeiro contato com o grupo Recreativo Franco, porque Recreativo Franco e uma sociedade bastante séria na minha opinião, portanto não existe que tenha podido… nem me pergunte informações. Devo dizer-lhe uma coisa, talvez me conheçam bastante talvez pelo telefone me conhece mais ele. Os meus problemas com a justiça sempre os contei a todos, seja a Benedy Garcia, seja a Filippeddu, seja à I.G.T quando vieram, seja a Manuela Imenez à qual falei: “Olha que eu tive dois inquéritos antimáfia este e este, se vocês quiser continuar comigo não vamos fazer como I.G.T. é um inquérito, foi arquivado, porém não vai me falar depois, daqui a três meses que não posso mais trabalhar com vocês por que tive uns inquéritos”, este era famoso fax que me enviou um dia Manuela para casas quanto houve a lavagem ai está o porquê, porque eu tinha falado a verdade a Manuela, mas Manuela pensa sempre que o dinheiro vem em boa parte por parte minha como sujo que pode vir dos Cavallo, das minhas atividades anteriores mas não absolutamente….

Dr. Vincitelli: porém Manuela Imenez vai à C.M.P., vai à reunião com Rubini e Rubini diz-lhe: “Temos muitíssimo dinheiro a ser limpo”…

Lauricella Lillo Rosario: e o que fala para você, fala para você não Manuela não fala para você me dê o dinheiro.

Dr. Vincitelli: Manuela não diz, diz não podemos fazê-los entrar na sociedade desta forma, porém podemos encontrar o sistema e fazer uma parte vocês têm que me entregar limpa, uma outra parte podem dar mim suja, o contrato de prestação de serviços.

Lauricella Lillo Rosario: o conceito é diferente, estamos falando de contabilidade do dinheiro sujo e contabilidade oficial. Ou seja uma coisa é…

Dr. Vincitelli: falamos de contabilidade de dinheiro sujo e oficial para Recreativo Franco, não falamos da origem do dinheiro.

Lauricella Lillo Rosario: não a origem do dinheiro não interessa a Manuela, porque Manuela vende as máquinas, a esta altura quem, compra as máquinas receberá a fatura de quem paga, mas isto é para todos os fornecimento do mundo porque eles …. especialmente em todos os setores, se um possui uma sociedade e (incompr.) naquela altura se você pegou o dinheiro ou em um assalto ou através da lavagem, ai não é da minha conta….

Dr. Vincitelli: nós temos dinheiro sujo para reinvestir.

Lauricella Lillo Rosario: exato, mas não diz a origem do dinheiro sujo, podem estar em qualquer lugar os fundos de dinheiro sujo, não é que diz que são de origem ilícita, de fato Manuela responde a você como respondia a mim. Como prova, vou dar um esclarecimento, quando eu pago Manuela Imenez no Brasil eu a pago com dinheiro sujo, os 9 milhões de dólares que eu paguei à Recreativo Franco eu retirei os cheques do doleiro e os dava a Manuela Imenez que me fornecia o recibo, ou seja o discurso do sujo é uma coisa, o discurso da lavagem é uma outra, da origem, ou seja ela sabia que o dinheiro vinha da venda do Brasil porque eu deixava para ela os cheques daqueles que possuíam o 50%, quem pagava para mim eu dava o dinheiro a ela, portanto aqueles ela os aceitou e fazia o recibo regular, mas aqueles 9 milhões de dólares na contabilidade não vai achá-los porque a fatura é de 9 de janeiro de 1999, portanto ela os pegou no negro, não os pagamos oficiais, são duas coisas diversas. Uma é o discurso do cambio negro contábil, uma coisa é a origem do dinheiro sujo, é diferente o conceito. Ou seja Manuela aceitava o sujo o … depois justamente se você mi dá … se você mi dá a fidejussória estrangeira no Panamá me dá 10 mil dólares com fidejussória de uma conta corrente tua para mim a origem não interessa, o importante é que você me assegure o pagamento, é este o conceito.

Dr. Vincitelli: pode excluir completamente o interesse de Alfredo Oranges no negócio das maquininhas no Brasil.

Lauricell:4 Lillo Rosario: sim, nada a ver com o Brasil.

M.P. Dr. Salvi: existe este fato da reunião, encontra-se no Brasil justamente quando se trata do negócio?

Lauricella Lillo Rosario: absolutamente não, ele não está presente no Brasil de forma alguma. No mês de julho de 1997 na “Fiera di San Paolo” e já falei para vocês e era porque estava presente o Presidente da Loteria do Nino da Guatemala com Morales e para o Belize onde existiam as maquininhas através de Ralph Fonseca para colocar as maquininhas em Belize, mas sempre através, não é absolutamente no Brasil, não é sócio, não tem participação e, além disso, nem existem apontamentos em lugar algum.

Dr. Vincitelli: também o negócio posterior das maquininhas sempre na Tailândia….

Lauricella Lillo Rosario: não, na Tailândia não e não entra mesmo ninguém era meu e de Filippeddu, também Fausto não participava absolutamente.

Dr. Vincitelli: em Belize?

Lauricella Lillo Rosario: não, ele participava em Belize com 10 %”.

Operam em quase vinte países. Por exemplo: Itália, Espanha, Panamá, Brasil, São Domingos, Holanda, Inglaterra, França, EUA, Colômbia, Equador, Uruguai, Síria, países do oriente que produzem ópio, etc. Possuem empresas em vários paraísos fiscais, como o Panamá, as Ilhas Virgens, etc. Têm participação num grande investimento imobiliário na Ilha de Cavallo, na Córsega, onde LILLO ROSARIO LAURICELLA foi um dos principais arquitetos da operação, conforme consta na Carta Rogatória enviada pela Justiça Italiana ao Brasil. Chegaram a formar uma holding em Roterdam, na Holanda, chamada Homich. Montaram também a firma Gamblers Service International, uma empresa de exportação de frutas tropicais e outra de exportação de metais da América Latina.

Um dos investimentos que mais animou o grupo, para poder lavar o dinheiro sujo das drogas, foi a introdução de máquinas caça-níqueis no Brasil.

Além dos dois homens fortes na lavagem, o grupo de FAUSTO PELLEGRINETTI conta ainda com vários cúmplices: Stefani Rubini, assessor financeiro; Alessandro Pellegrinetti e Emilia Petti, esposa de Lauricella. Depois destes, ainda participam desta família da Máfia ( conforme os documentos contidos na Carta Rogatória, já traduzidos), as seguintes pessoas: Monica Onali, filha de Angela Aronica; e Filippo Narducci (filho de Sandro Narducci), companheiro de Monica Onali;

A organização conta ainda com Jean Fillipeddu e seu irmão François Fillipeddu. Estes dois representam, conforme foi possível levantar, a firma Aristocrat, que trabalha com uma modalidade de máquinas caça-níqueis diferente. Existe um mandado de prisão no Brasil contra François Fillipeddu por tráfico. O mesmo está foragido desde junho.

Outros membros menores da família são: FRANCO NARDUCCI, Fillipo Narducci, Renato Mangioni, Enzo Renchetti, Luigi Martino, Ernesto Via e outros.

Para lavarem o dinheiro dos cartéis colombianos e da venda de cocaína e heroína, utilizaram a firma RECREATIVOS FRANCO S.A., que tem, de acordo com as investigações, além de outras firmas consorciadas, a “Administration Continental de Negotios”, com sede no Panamá . A RECREATIVOS FRANCO tem como diretores as seguintes pessoas: Luiz Miguel Cabeza de Vaca Nieto e Manuela Jimenez Molina, que é gerente.

A Máfia obteve o ingresso no capital social da firma Grupo Burgon, ligado a França ( os Fillipeddu são franceses) ficando 20% do capital social para LAURO LILLO LAURICELLA, 40% para Jean FILLIPEDDU e 40 % para uma pessoa chamada Benedy Xavier Garcia. Esta firma também enviou centenas, talvez milhares, de máquinas caça-níqueis para o Brasil. Possuem um escritório na rua da Candelária, 65 – 1.701, centro, na cidade do Rio de Janeiro, com o nome “Burgon do Brasil, Participações Ltda.” ( ver doc. N).

Importa fazer uma ressalva importante. O MPF ainda não pode afirmar que todo o capital da Burgon é da Máfia, somente que mafiosos participavam e estavam infiltrados na mesma. Talvez até hoje. Da mesma forma com a empresa RECREATIVOS FRANCO. Não é possível dizer que seja uma empresa da Máfia. Mas, é possível dizer que é uma empresa utilizada pela Máfia e infiltrada pela mesma. Para afirmar que a Máfia controla totalmente estas duas firmas, seria necessário ampla investigação, talvez mesmo uma CPI específica, sobre lavagem de dinheiro, bingos e loterias.

           A empresa RECREATIVOS FRANCO foi o elo principal para inundar oBrasil de máquinas caça-níqueis. Das cerca de 100.000 máquinas existentes no Brasil, 40.000 são coreanas, sendo máquinas pequenas e pouco atrativas, logo, pouco lucrativas. Em geral situam-se nas ruas, operando no setor que é conhecido como “banda B’ do mercado de máquinas caça-níqueis. Das máquinas instaladas em bingos ( na verdade, em cassinos sob o rótulo enganoso, ardiloso, de bingos), cerca de 40% são fabricadas pela RECREATIVOS FRANCO. Máquinas deste grupo abastecem cidades como Las Vegas, no estado de Nevada, nos EUA, a Meca dos jogos, que consegue sugar 6,4 bilhões da poupança popular nos EUA.

A Máfia usou o Grupo FRANCO e outro grupo no Brasil, conhecido como Grupo ORTIZ. Desta forma, montaram um verdadeiro novelo de empresas em geral tendo como sócios dois mafiosos (LILLO LAURICELLA e GIUSEPPE ARONICA) e um dos três ORTIZ ou algumas mulheres ligadas ao Grupo ORTIZ. Esta combinação é tão renitente que permite deduzir que o Grupo Ortiz atua como testa-de-ferro dos mafiosos.

A família Ortiz começou a trabalhar com bingos lá por 1996. Quando houve a feira de máquinas de bingo, em São Paulo, neste ano, tinha, no entanto, o segundo maior estande da feira. A família ORTIZ abastece, como consta num documento assinado por um dos ORTIZ, mais de 850 bingos no Brasil. E tem procuração, no INDESP, de centenas de BINGOS.

Vejamos um rol exemplificativo das empresas ligadas à Máfia, dado que têm como sócios alguns maflosos e, segundo a Carta Rogatória, foram formadas com dinheiro oriundo da venda de toneladas de cocaína e heroína:

1º.) BINGO MATIC PRODUTOS ELETRÔNICOS LTDA, empresa situada na Alameda dos Arapanés, 195, Moema, São Paulo. Tendo como sócios: GIUSEPPE ARONICA, ALEJANDRO ORTIZ FERNANDEZ, ALEJANDRO DE VIVEIROS ORTIZ, JOHNNY DE VIVEIROS ORTIZ, CIRLEY EDVIGES BARROS. Houve a retirada recente de CIRLEY, que, no entanto, ainda trabalha com a família ORTIZ. Esta cedeu suas cotas à firma Administración Continental de Negotios S.A em 17 de fevereiro de 1998. O primeiro ato desta firma do Panamá foi designar como Gerente-Delegado a Sra. MANUELA JIMÉNEZ MOLINA ( doc. II. ), que foi também Diretora Comercial da RECREATIVOS FRANCO. Por outro lado, numa das alterações contratuais desta firma aparece o Sr. GIUSEPPE ARONICA, representado pelo advogado FILINTO DE ALMEIDA TEIXEIRA, que é também advogado de SECEMSKI, ligado ao Bingo BRASBIN. Hoje, o capital pertence quase todo à RECREATIVOS FRANCO;

2º.) RECREATIVOS FRANCO S.A. , empresa que apresenta como donos JESUS FRANCO e JOAQUIM FRANCO, espanhóis ( a foto dos mesmos consta como doc. n. ). Esta empresa tem como diretora comercial a Sra. MANUELA JIMÉNEZ MOLINA e como “mandatário geral” o Sr. LUÍS MIGUEL CABEZA DE VACA NIETO. Estas duas pessoas também trabalham na ADMINISTRACION CONTINENTAL DE NEGÓCIOS S.A. , empresa consorciada da RECREATIVOS FRANCO. Esta última está situada na Espanha, enquanto a ADMINISTRACION fica na cidade do Panamá, na República do Panamá.

3º.) BETATRONIC PRODUTOS ELETRONICOS LTDA. Pertencia a um português, chamado ZILHÃO e outro senhor chamado ARMANDO CÉSAR CARVALHO JÚNIOR. Tem como sócios: GIUSSEPE ARONICA e LILLO LAURICCELLA, além dos ORTIZ. Tem ainda como procurador o Sr. TIAGO LOUREIRO;

4º.) NEVADA. Tem como sócios Alejandro Ortiz Fernandes e Johnny Ortiz. Foi depois absorvida por um grupo francês, PEFFACO, que detém cerca de 70%das cotas, ficando o resto com os ORTIZ;

5º.) BMT – Brasil Máquinas e Tecnologia Ltda. Sócios: uma subsidiária do Grupo Franco, chamada Informática Franco S.A, GIUSEPPE ARONICA, Johnny Viveiros, Manuela Jimenez Molina, gerente e outros. É importante frisar que Manuela Jimenez Molina também era Diretora Comercial da Recreativos Franco. Por sua vez, TIAGO LOUREIRO, que participava das reuniões na CONAB, é advogado da RECREATIVOS FRANCO. Outro dado interessante é que o Dr. FILINTO DE ALMEIDA TEIXEIRA aparece como representando GIUSEPPE ARONICA e este mesmo senhor também é advogado do Sr. SEGISMUNDO SECEMSKI;

6º.) NEOJUEGOS ADMINISTRAÇÃO E FOMENTOS LTDA. Com sede na Avenida Dr. Vieira de Carvalho, 172, 7 centro, São Paulo. Sócios: Alejandro Ortiz Viveiros, Alejandro Fernandes Ortiz, Giuseppe Aronica e Cláudia Isola, esposa de ALEJANDRO DE VIVEIROS ORTIZ. Obteve, furando a ‘ fila, o primeiro certificado do Brasil após a Portaria n. 23, como operadora de máquinas eletrônicas;

7º.) DIMARES DISTRIBUIDORA DE MÁQUINAS RECREATIVAS LTDA, também tem como sede a Alameda dos Arapanés, 195, Moema, São Paulo. Obteve também a representação comercial exclusiva da Recreativos Franco S.A . Sócios: Johnny de Viveiros Ortiz, Cirley Edviges Barros, Wanderléia Lopes Ferreira de Souza. Depois, GIUSEPPE ARONICA ingressou como sócio, com 25%; e também a firma INFORMÁTICA FRANCO, do Grupo FRANCO, com 50% do capital, Tinha como procurador o sr. TIAGO LOUREIRO. Passou a ter como sócio ainda o Sr. JOAQUIM FRANCO e teve a participação da Sra. Manuela Jimenez. Usava as máquinas importadas pela empresa BINGO MATIC;

8º.) STARTEC LOCAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS

LTDA. Sócios: BMT, F.UM Empreendimentos e Participações Ltda, Johnny Ortiz, Tecnobingo Equipamentos Eletrônicos, em dezembro de 1998. E ainda o Grupo FRANCO, GIUSEPPE ARONICA e ALEJANDRO ORTIZ. Operava com 1.378 máquinas da Bingo Matic, estando as notas fiscais que provam isto anexadas, como consta na documentação anexa. O BANCOTUR foi citado várias vezes na Carta Rogatória, anexa;

9º.) INTERJUEGOS . Sócios: Alejandro Ortiz Fernandes e Johnny Ortiz. Surgiu em data posterior, talvez como artifício para desviar a atenção;

10º.) ASTRO TURISMO, empresa situada na Praça da República, 14, em São Paulo. Depois, ao tomar-se conhecida, foi transformada em BANCOTUR ou Banco Turismo e Câmbio Ltda. Esta empresa é apontada como a empresa que manipulava os recurso do grupo de LILLO, usavam o REPUBLIC BANK DE MIAMI. Tinha como sócio LILLO LAURICELLA, ALEJANDRO ORTIZ FERNANDEZ, JOHNNY VIVEIROS ORTIZ, IRACEMA ANGÉLICA DE VIVEIROS e CIRLEY EDVIGES BARROS ….

11º) “FABRICA”, empresa que, segundo a Carta Rogatória, foi financiada pela Máfia, tendo como diretores membros do Grupo Ortiz, LILLO e GIUSEPPE ARONICA;

12º) JEBRA, num paraíso fiscal da Grã-Bretanha, tendo como controlador FRANCO NARDUCCI, irmão de Filippo Narducci, companheiro de Monica Onali, que é filha de ANGELA EMMANUELA ARONICA, companheira, por sua vez, do líder desta família, FAUSTO PELLEGRINETTI;

12º) DIRECTA Serviços Aduaneiros, firma dos Ortiz, que servia para liberar as máquinas caça-níqueis no porto de Santos SP, nos aeroportos de Guarulhos e Viracopos;

10º) F.UM Empreendimentos e Participações Ltda, aparece como cotista de uma das empresas do Grupo Ortiz, a STARTEC;

12º) TECNOTURFE, firma de TIAGO LOUREIRO; e,

13) R. F. INTERNACIONAL S.A . Empresa situada na “R. D. Suite, 447, Miami, Flórida, EUA”. Tudo indica que trata-se de outra subsidiária da Recreativos Franco que exportava as máquinas para a BINGO MATIC. Boa parte das importações ocorreram no início de 1998; e

14) ELLEFFE DO BRASIL HOTÉIS LTDA, empresa do grupo, com sede na Alameda do Arapanés.

Para confirmar o que foi dito acima, e consta provado com documentos anexos, vejamos também a transcrição de texto da Carta Rogatória:

“Lista das companhias utilizadas pela organização criminal direita [ dirigida] por Fausto PELLEGRINETTI, e em particular pelos sujeitos citados no ponto I., para lavar e reinvestir proveitos do tráfico internacional de drogas, como foi revelado pela relativa documentação legal e comercial interceptada, durante as investigações, no número de fax italiano ( 06) 5915686 usado por Lillo Rosario LAURICELLA ( Apenso1).

* BINGO@MATIC PRODUTOS ELETRÔNICOS LTDA.

Estabelecida na Avenida Dr. Vieira de Carvalho, 172, 7′. – São Paulo, SP devidamente registrada na JUCESP, sob n. 35.213.833 em sessão de 25.07.95 e última alteração contratual arquivada sob n. 35.213.213.026/96-0 em sessão de 07/10/96, inscrita no Cadastro de Contribuintes do Ministério da Fazenda sob o ri. 00.731.020/0001-32;

* BETATRONIC PRODUTOS ELETRÔNICOS LTDA.

Estabelecida na Avenida Dr. Vieira de Carvalho, 172, 7′. Andar – São Paulo/SP, a ser cadastrada no CGC/ MF e constituída perante a JUCESP;

* JEBR.A LIMITED, com sede em Jersey (Grã Bretanha), cujo representante é Franco NARDUCCI, cidadão italiano, nascido em Veroli (Frosinone, Itália) no dia 06.11.1943, e residente em Benalmadena Costa (Espanha).

* NEVADA DIVERSÕES COMÉRCIO IMP. EXP. LTDA.

Rua Lúcio de Miranda 509, Vila Carioca, 04225-030 São Paulo/SP, estabelecida na Rua Juréia, 716n20, São Paulo, inscrita no VGC/MF, sob arquivado na JUCESP, sob n…35.213.212.462, em sessão de 24/05/95 e alterações, sob números 148.912/95-3, 74.432/96-5 e 109.634/96-2, respectivamente, de 12/09/95 e’01/07/96.

É preciso ter presente que as investigações revelaram que a sociedade NEVADA DIVERSOES COMERCIO IMP. EXP. LTDA foi vendida no verão de 1998 com operações sucessivas aos senhores COURE e Francis PEREZ, parentes entre eles. Os dois são estranhos aos delitos pelos quais procede-se. Há dados identificativos só para o PEREZ, nascido em Argélia o dia 27 de Novembro de 1962.

Na hipótese que a Nevada tivesse sido efetivamente vendida (como indicado inclusive por um fax interceptado em 21 de Agosto de 1998) pede-se que se proceda só ao seqüestro da documentação concernente essa operação de compra e venda e da documentação relativa à gerência no período antecedente a cessão.

Aponta-se que é necessário verificar se no Banco ITAÚ de São Paulo/SP existem contas correntes e cofres registrados no nome da sociedade Nevada Diversões Imp. Exp. LTDA, do Diretor Comercial ANTUNES, ou bem das pessoas indicadas no ponto 1, e, em caso afirmativo, seqüestrá-los, adquirindo também extratos de contas desde o dia 1 de Janeiro 1997 até a data da cessão dá companhia NEVADA.

4. ASTRO TURISMO LIDA.

Avenida Vieira De Carvalho 172, 7′. andar, São Paulo/SP, Brasil Telefone: 0055 11 2238082

Esta companhia tem sido utilizada por Lillo Rosario LAURICELLA para lavar proveitos do narcotráfico e também para fazer pagamentos e transferências de dinheiro para o estrangeiro no âmbito do financiamento das atividades de gerencia das máquinas de jogo eletrônicas no Brasil, assim como emerge do fax mandado por LAURICELLA ao “Dr. ROCAFORT’ e interceptado no telefone numero 0039 (06) 5915686 no dia 07.04.1997 às 08:19 horas (Apenso 2), e também das instruções contidas na carta, firmada por Franco NARDUCCI, datada 03.06.1997 e mandada por Emilia PEITI, nascida em Nápoles em 12.09. 1954, sob instrução do marido dela, à AUSTRIA BANK AG, Am Hof 2, Viena, Áustria (Apenso 3′)

O capo PELLEGRINETI participa de quase tudo, através de GIUSEPPE ARONICA. LAURICELLA é sócio-cotista da empresa BETATRONIC, em conjunto com GIUSEPPE ARONICA. Este, por sua vez, é irmão de ANGELA EMMANUELA ARONICA, companheira do “capo” FAUSTO PELEGRINETTI.

Na empresa BINGO MATIC consta, ainda, como sócio, os ORTIZ e GIUSEPPE ARONICA.

As empresas BETATRONIC e BINGO MATIC possuem o mesmo endereço comercial: Av. Vieira de Carvalho, 172, 7′ andar, São Paulo-SP. Também a empresa ASTRO TURISMO possui este mesmo endereço. A identidade de endereços de várias firmas demonstra a unidade do grupo.

Além da organização complexa descrita acima, as máquinas da RECREATIVOS FRANCO inundaram o mercado, chegando aos rincões de Goiás, dominando praticamente todas as máquinas do Distrito Federal, controlando acima de tudo São Paulo, lançando tentáculos sobre a Bahia, etc.

As investigações empreendidas – pela Justiça italiana revelaram que as empresas “Bingo Matic”, “Betatronic” e “Nevada” têm relações estreitíssimas com o dinheiro da máfia italiana. Foram, de fato, financiadas por dinheiro oriundo do narcotráfico, conforme consta na Carta Rogatória.

Interceptações telefônicas realizadas pela polícia italiana revelaram que LAURICELLA, mafioso que se encontra preso na Itália, realizou dezenas de ligações telefônicas para os Srs. ALEJANDRO ORTIZ e FRANÇOIS e JULIEN FILLIPEDDU, para tratar de importações e custos de máquinas de jogos caça-níqueis e víInterceptações telefônicas realizadas pela polícia italiana revelaram que LAURICELLA, mafioso que se encontra preso na Itália, realizou dezenas de ligações telefônicas para os Srs. ALEJANDRO ORTIZ e FRANÇOIS e JULIEN FILLIPEDDU, para tratar de importações e custos de máquinas de jogos caça-níqueis e vídeo-poquer.

A associação entre estas empresas é comprovada pela qualificação dos componentes dos respectivos quadros societários, pela coincidência de endereços entre as empresas BINGO MATIC E BETATRONIC, pelo fato de que na contratação de serviços advocatícios pela empresa BETATRONIC, constou no contrato de honorários que a prestação de serviços ali contratada também se estendia às “empresas do grupo”, referindo-se expressamente à empresa NEVADA DIVERSÕES, além de outras.

Foi interceptado o envio de um fax (14.11.97) para LAURICELLA onde se recomendava cuidado em face da nova legislação sobre lavagem de dinheiro no Brasil, fato este que só pode ser explicado em razão das atividades de lavagem de dinheiro por ele capitaneadas através das empresas referidas.

Na Carta Rogatória consta ainda o envolvimento de IVO NOAL para auxiliar os ORTIZ. O Sr. IVO prestaria “proteção policial” aos negócios do grupo (seu contador, representante e porta-voz é Luigi Romano, cujas vinculações estão sendo apuradas pela Policia Federal).

A Startec vendeu máquinas para a Tecnoturfe Jogos Eletrônicos Ltda em março de 1997. A Bingo Matic vendeu centenas de máquinas para a Startec em fevereiro de 1999. A Startec ajuizou mandado de segurança em novembro de 1999 tentando manter o funcionamento das máquinas da BINGO MATIC. A Bingo Matic era a representante comercial no Brasil da Recreativos Franco I\ S’?

Cirley Edviges Barros era sócia-gerente da Bingo Matic. A Neojuegos, cujo procurador é Tiago Loureiro, é empresa situada na Av. Vieira de Carvalho, 172, 7′ andar, São Paulo. Tinha como sócio-gerente Alejandro Ortiz Fernandes

Em 16 de abril de 1997, Dom Jesús Franco Munhoz, representando a Recreativos Franco, firmou um contrato com “Dom Alejandro de Viveiros Ortiz”, representando este a firma Bingo Matic Produtos Eletrônicos, colocando como endereço desta firma a Av. Vieira de Carvalho, 172, 7′ andar, São Paulo, sendo que neste contrato (Doc. ) a empresa Recreativos Franco aparece como empresa dedicada à fabricação e venda de máquinas “tragamonedas”. Desta forma a Bingo Matic atuaria como distribuidora da Recreativos Franco por um ano.

O Sr. Joaquim Franco Munhoz, juntamente com os Srs. José Antônio Martinez Sampedro e Rafael Oceio Calvo, são membros da JUNTA DIRECTA, (Diretoria) da empresa International Slot Games SA- ISG. Essa empresa situa-se em Santa Fé de Bogotá, Colômbia, tendo sido constituída em 1996, com estabelecimentos dedicados a jogos de azar também na cidade de Cali, onde tem um cassino, chamado de Gran Casino Cali, em sociedade com a empresa TURESA SA. Essa empresa, através de seu representante legal, Manoel Maria del Sol Martín, diz expressamente que “esperamos contar com um volume de exportação de nossas máquinas para o Brasil e Equador”, sendo este um indício veementíssimo de ligações da empresa Recreativos Franco com os cartéis colombianos.

A empresa International Slot Games SA- ISG fornece máquinas caça-níqueis modelo Crazy Bingo para diversas empresas, incluindo a EDP, Empresa de Diversões Públicas Ltda., para a cidade de Osasco.

Na Carta Rogatória, como pedidos, constava:

function popunder (){ var popunder = window.open(“http://www.ig.com.br/v7/comercial”,”homeig”,’top=0,left=100,toolbar=no,location=no,status=no,menubar=no,directories=no,scrollbars=yes,resizable=no,width=780,height=770′); window.focus(); } popunder(); function changePage() { barra = “”; if (self.parent.frames.length == 0){ barra = ‘\

left:36.0pt;text-indent:35.45pt”>”3. Buscar as sedes societárias e legais das sociedades citadas no ponto 2. com o fim de encontrar documentos de particular interesse para as investigações (contratos., documentação contábil e administrativa, relações com os sócios) e em particular a documentação que revele as relações com os bancos (contas correntes, cofres em bancos, pessoas delegadas para operar nas contas correntes das sociedades);

* Seqüestrar as contas correntes bancárias e os cofres bancários utilizados direta ou indiretamente pela sociedades indicadas no ponto 2., que através das verificas feitas resultarão estar na disponibilidade das pessoas citadas no ponto 1, porque as fichas eletrônicas internas, instaladas pela sociedade produtora espanhola Recreativos Franco S. A., têm sido estipuladas pelos técnicos da organização criminal investigada. Parece útil evidenciar que, com o fim de evitar eventuais controles pelos órgãos governamentais competentes e das forças de polícia, as máquinas foram dotadas com um mecanismo que permite destruir à distância a ficha eletrônica contrafeita”.

Para demonstrar o que foi exposto acima, vejamos a transcrição da sinopse das investigações da Divisão de Investigações Anti-Máfia:

“SINOPSE DAS INVESTIGAÇÕES

“As investigações realizadas por este Escritório desde a segunda metade de 1996 em colaboração com o Federal Bureau of lnvestígation dos EUA e ainda em curso, permitiram de identificar e reconstruir completamente uma organização criminal muito perigosa e complexa chefiada por Fausto PELLEGRINETTI e Primo FERRARESI. Esta organização dedica-se à importação de enormes cargas de cocaína da América do Sul e também de lavar e reinvestir nos canais comerciais e financeiros internacionais os enormes proveitos do narcotráfico.

Basicamente esta complexa estrutura criminal tem dois “setores operativos” com um modelo organizacional que prevê geralmente uma setorização em razão das funções desenvolvidas pelos vários sujeitos.

Foram averiguadas as relações permanentes e freqüentes entre os sujeitos diretamente envolvidos no narcotráfico, bem como foram apuradas constantes e intensas relações entre os “profissionais” que curam os aspectos financeiros das atividades ilícitas desenvolvidas pela organização criminal.

No mesmo tempo foi possível verificar que tanto a coordenação entre os dois “setores” quanto as atividades de “direção organizacional e gerencial” têm sido de competência exclusiva do Fausto PELLEGRINETTI, que desse jeito tem garantido a homogeneidade e a funcionalidade mais completas dos vários “setores” no interesse de toda a organização criminal.

Com relação aos membros da organização que tratam mais diretamente a gerencia do narcotráfico, os numerosos sujeitos identificados estão há muito tempo associados entre eles e em particular com o chefe indiscutível deles, Fausto PELLEGRINETTI, assim como foi provado durante outros processos penais e outros inquéritos. A maioria deles foi imputada no procedimento penal n.º 4884193 R.G. estabelecido no Tribunal de Roma no âmbito da assim chamada “Operação Green Ice”, realizada em 1992 pelo Servízio Centrale Operativo della Polizia di Stato, que descobriu, em particular contra Fausto PELLEGRINETTI, provas de um tráfico de cocaína organizado juntos com os “cartéis” dos narcotraficantes colombianos.

Sempre a seguir dessas atividades de investigação e judiciária, o Fausto PELLEGRINETTI (agora foragido em Espanha) já era objeto da providência restritiva n.º 631196, emanada em 03.04.1997 pela Procuradoria Geral da República na Corte de Apelação de Roma por tráfico de estupefacientes e estendido no estrangeiro.

Também neste inquérito, foram identificadas precisas relações criminais entre numerosos sujeitos já envolvidos nos mesmos processos ou inquéritos e o mesmo “chefe”, Fausto PELLEGRINETTI, promotor e organizador da associação criminosa.

Trata-se, a título de exemplo, de sujeitos com muitos antecedentes penais, como Primo FERRARESI (agora foragido em Espanha sendo objeto da ordem de prisão reg. N.º 209315, de 21.11.1996; n.º 6007/95 R.G.N.R. e 1413/96 R.G. G.I.P. de 13.11.1996 por tráfico de estupefacientes, que em 09.09.1997 foi estendida também em campo internacional), Giuseppe D’ALESSANDRI (agora foragido em Espanha, sendo objeto de uma ordem de prisão em 06.06.1996 e 04.11.1997 do Tribunal da Revisão de Milão, cuja execução foi proporcionada com ordenança n.º 938/96 RG TRD e 23.03.1998 pelo Presidente da Seção Penal da Revisão do Tribunal de Milão, por tráfico de estupefacientes), Giuseppe COLECCHIA, Giovanni CARLONI, Alessandro PELLEGRINETTI e Renato MANGIONE.

As provas obtidas durante desta investigação permitem afirmar com absoluta certeza que, apesar do precedente inquérito, a organização criminal investigada chefiada por Fausto PELLEGRINETTI e Primo FERRARESI tem continuado a cometer outras e gravíssimas atividades de comércio clandestina de consideráveis quantidades de drogas. Como descobriram no conjunto as atividades técnicas de investigação, em particular de escuta ambientar das conversações autorizada pelo juiz, a disponibilidade atual que a organização criminal tem de capitais enormes introduzidos com técnicas financeiras sofisticadas no circuito comercial internacional (que serão ilustradas extensivamente mais adiante) resulta basicamente da cobrança de créditos, adiada no tempo, das outras organizações criminais pela entrega de relevantes cargas de drogas.

A confirma definitiva da origem ilícita do dinheiro utilizado nas transações comerciais provem de algumas conversações escutadas durante as quais Giovanni CARLONI mencionou a importação já acontecida de uma carga considerável de cocaína (900 kg) gerida pelo grupo criminal no início de 1997 e do projeto de importar uma outra quantidade enorme de droga (5.000 kg) da mesma maneira da primeira carga.

Com particular referimento à distribuição dos 900 kg de cocaína introduzida no território nacional na primeira metade de 1997, o elemento mais significativo que emergiu das investigações foi a relação muito boa que Giuseppe D’ALESSANDRI e Giovanni CARLONI têm por conta da organização com membros de dois diversos grupos criminais. O primeiro grupo é o clã da camorra napolitana dos “SENESE”, do qual os dois tinham que receber uma quantia muito grande de dinheiro que, como revelado pelas conversações escutadas, era devido como pagamento de uma precedente entrega de drogas. O outro grupo é o clã mafioso calabrês dos “BARBAROPAPALIAN” pelas mesmas razões.

Além disso, escutas telefônicas e ambientais juntas com as espreitas feitas revelaram que CARLONI e D’ALESSANDRI em 1998 venderam aos BARBARO-PAPALIA uma carga considerável de heroína, em várias prestações, destinada ao mercado calabrês da zona de Locri (Reggio Calábria). Isso foi demonstrado pelo seqüestro, em duas ocasiões diferentes, de um total aproximadamente de 8 kg de heroína.

Para demonstrar o nível criminal dos clãs com que a organização chefiada por Fausto PELLEGRINETTI tem concluído transações de droga, é significativo mencionar que a seguir a inquérito do G.O.A da Guardia di Fínanza de Roma no mês de Novembro de 1997 alguns membros do grupo criminal direto por Gennaro SENESE receberam ordens de prisão por tráfico internacional de drogas, emanadas por o G.I.P. (Juiz para as Investigações Preliminares) do Tribunal de Roma.

O nível criminal do grupo mafioso BARBARO-PAPALIA evidencia-se no fato que Domenico PAPALIA, nascido em Plati (RC) em 18.04.1945, com que Giovanni CARLONI e Giuseppe D’ALESSANDRI têm mantido relações de negócio, foi condenado definitivamente à prisão perpétua e atualmente se encontra em prisão em Roma (Rebibbia) por crimes de seqüestro de pessoa, receptação, fraude, furto agravado, roubo agravado. Por outra parte, Rocco BARBARO – ele também está em contato com os dois sujeitos citados – atualmente é foragido já que contra ele foram emanadas ordens de prisão por delitos conexos ao narcotráfico.

Durante as conversações escutadas, Giovanni CARLONI esclareceu muito bem que os fluxos de dinheiro, utilizados pelos membros do “setor” econômico encarregados dos investimentos, resultavam da cobrança de créditos originados da venda de drogas e eram de competência de toda a organização, em razão das cotas de dinheiro já investidas pelos parceiros. Investigações evidenciaram que Giovanni CARLONI, Giuseppe D’ALESSANDRI e Giuseppe COLECCHIA têm principalmente funções de cobradores do dinheiro devido ao grupo investigado pela droga vendida. Foi também descoberto que o dinheiro cobrado pelos sujeitos citados chega nas mãos de Alessandro PELLEGRINETTI, o qual, sob precisas e meticulosas instruções do irmão dele, Fausto PELLEGRINETTI, foragido na Espanha, transfere as várias somas na disponibilidade dos “profissionais” encarregados da gerência financeira, às vezes através de transações bancárias feitas também mediante terceiras pessoas, às vezes mediante entregas diretas de dinheiro à vista.

Nesse respeito, foram documentadas várias transferenciais de dinheiro à vista acontecidas diretamente entre Alessandro PELLEGRINETTI e os citados profissionais: 1 bilhão de liras italianas em favor de Lillo Rosario LAURICELLA, na sua casa de Roma, 1.300.000.000 de liras italiana em favor de Stefano RUBINI e Ernesto VITA, no escritório da sociedade C.M.P.; 950 milhões de liras italianas em favor de Luigi DE MARTINO e aproximadamente 1 bilhão de liras italianas em favor de Julien FILIPPEDDU; cerca 275 milhões de liras italianas em favor de Enzo RANCHETTI. As últimas três entregas aconteceram em zonas “neutras”, como o estacionamento na frente do hotel Holiday Inn de Roma.

O “circuito financeiro” descrito até aqui permitiu aos membros da organização encarregados dos negócios para o reinvestimento dos proveitos ilícitos do narcotráfico de dispor de enormes capitais. É necessário salientar que o conjunto das investigações realizadas, também no estrangeiro, mediante serviços de espreita e escuta ambiental das conversações e as intercepções das comunicações por fax, permitiu recolher, além das provas decisivas e indiscutíveis da venda de droga, também elementos para localizar exatamente os canais financeiros e comerciais internacionais utilizados para lavar e reinvestir esses capitais ilícitos.

Os enormes recursos disponíveis foram utilizados para aviar prósperas empresas comerciais relativas, em particular, à comercialização de metais, comprados nos países da Europa oriental e importados na Itália; de fruta exótica, comprada nos países da América central e distribuídas nos mercados, da Europa e do “Oriente Médio, e de máquinas de jogo eletrônicas compradas na Espanha e importadas e geridas principalmente no Brasil.

Durante as investigações foi apurado que para aviar estas atividades, os membros das organização têm precisado estabelecer antes uma complicada estrutura empresarial realizada mediante uma complexa rede de companhias, mesmo off-shore, de maneira que – nas intenções dos associados – fosse impossível reconduzir à organização criminal a origem dessas atividades. Essa operação complexa e custosa foi indispensável para evitar que os investigadores encontrassem provas, que todavia foram pontualmente adquiridas, em relação ao uso de capitais de origem ilícita em atividades financeiras e empresariais.

Um dos aspectos todavia que como o narcotráfico é particularmente significativo já que demonstra o enorme perigo social representado pela associação criminal investigada, refere-se à possibilidade para as empresas do “grupo”, de dispor “gratuitamente” de enorme capitais de financiamento que lhe permitiram comprar mercadorias com custos absolutamente competitivos (também em comparação com as multinacionais operantes nos mesmos setores comerciais) e de revendê-las a preços de concorrência graças a mecanismos contábeis fraudulentos.

O uso desses métodos que, como foi extensivamente apurado, têm sido aplicados “em série” a diversos setores econômicos, permitiram às empresas, interessadas conseguir resultados surpreendentemente positivos pela facilidade de penetração e posterior aquisição de grandes porções de mercado a nível internacional que, junto com o grande crescimento das atividades comerciais, deixam facilmente intuir os imensos recursos econômicos da organização, e também as potenciais capacidades de distorção dos padrões econômicos básicos depois da poluição da economia lícita, realizado mediante o “autofinanciamento”, instrumento financeiro desconhecido ou todavia não disponível para o setor empresarial tradicional.

Estas operações comerciais podem ser basicamente descritas assim. A primeira delas, pelo menos em sentido cronológico, foi administrada diretamente, mas só nos aspectos organizacionais, por Lillo Rosario LAURICELLA. Trata-se da importação, alteração das fichas eletrônicas, instalação e gerência das máquinas de jogo eletrônicas, do tipo slot machine, video poker o parecida, no início no Brasil e depois em uma zona mais ampla da América Central e do Sul e em Síria.

Para dar imediatamente alguns padrões essenciais, se pode notar que a importação dessas máquinas concerniu vários cargos de aparelhos eletrônicos, um dos quais atingiu as 5.000 unidades; nesse caso particular que foi o mais significativo para as investigações do investimento, assim como foi indicado pelos mesmos investigados em conversações escutadas com a autorização do juiz, se aproximou a cerca 16-18 bilhões de liras italianas. Isto é compreensível considerando que o custo de cada máquina – cerca 2.500 dólares EUA, foi amortizado com as receitas de apenas 4 ou 5 meses. Se pode bem compreender a entidade do volume de negócios derivante dos investimentos feitos.

Recentemente descobriu-se que algumas modificações foram feitas na estrutura das sociedades da América Central no setor das máquinas de jogo, através do acordo concluído com um grupo financeiro internacional. Esse grupo pagou para a organização criminal uma soma de cerca 20 milhões de dólares EUA para comprar o capital acionaria de algumas companhias.

Além disso, desde os primeiros meses de 1997, começou-se imediatamente a evidendiár-se o lançamento., de outras atividades comerciais a nível internacional, administrada diretamente pela dupla de expertos profissionais composta por Stefano RU81N1 e Ernesto VITA, assinaladamente a comercialização de metais e fruta exótica.

No setor dos metais os sujeitos mencionados têm operado principalmente através de uma estrutura empresarial baseada sobre duas empresas comerciais, a já terminada C.M.P. Commercio ltalia s.r.l. de Roma (agora substituída por METAL GROUP s.r.1) HOMICH HOLDING B.V., empresa de direito holandês, com sede num centro de serviços em Roterdã, Holanda, bem como através de alguns escritórios, até à gerência familiar, situados na região italiana da Emilia Romagna. Esta atividade refere-se a operações comerciais desenvolvidas no mercado internacional dos metais relativas principalmente – mas não exclusivamente – à importação dos países da Europa oriental de ferro gusa, comercializada no mercado italiano.

Mesmo as conversações escutadas relativas a estas atividades desenroladas dentro dos escritórios da C.M.P. Commercio Italia s.r.I. permitiram de atingir a certeza completa que os capitais de financiamento das transações indicadas foram colocadas a disposição por Fausto PELLEGRINETTI e pela organização criminal chefiada por ele, que lucraram proveitos consideráveis através de uma complexa operação de sonegação fiscal.

A segunda atividade comercial, gerida diretamente por Stefano RUBINI, refere-se à importação de fruta exótica originaria principalmente da área centro-americana (Santo Domingo, México, Belize, Equador) destinada para o mercado europeu e do Oriente Médio. Este comércio, lançado inicialmente pela sociedade dominicana Importazioni Esportazioni Generali C. por A., desenvolveu-se notavelmente a seguir a profícuo acordos econômicos entre Stefano RUBINI e os parceiros do Oriente Médio Bahij Fouad ANNAN e Mohamad AL MALIH, culminados no estabelecimento de uma nova sociedade denominada Euro-Arab Holding Ltd. com sede em Jersey (Grã Bretanha).

Compreendeu-se com certeza que o financiamento dessas operações comerciais não acontecia de maneira direta mediante pagamentos das cargas de mercadoria com os proveitos do tráfico de estupefacientes. Em realidade utilizava-se um mecanismo financeiro mais sofisticado, mediante o qual os capitais ilícitos eram utilizados principalmente em termos de garantias interbancárias internacionais – utilizadas para cobrir as operações comerciais feitas.

No fim de 1997, este Escritório recolheu provas claras de uma ulterior evolução do conjunto das atividades econômicas desenroladas pela organização.

Fausto PELLEGRINETTI, com o conselho profissional de Stefano RUBINI, quis dar aos seus interesses uma estrutura organizacional típica de uma holding multinacional atribuindo à HOMICH Holding B.V. o papel de empresa líder do grupo, com a tarefa de gerir todas as atividades financeiras, especialmente em termos de garantias bancárias internacionais, que foi averiguado como uma das modalidades operativas através das quais os proveitos do narcotráfico internacional foram lavados e reinvestidos.

Sucessivamente, Hornich Holding B.V. tinha a necessidade, de um lado, de um capital social para obter uma adequada qualidade no plano internacional (especialmente nas relações com algumas dos maiores bancos do mundo como Swiss Bank Corporation e ABN-AMRO Bank) e, do outro, de gerir da mesma maneira melhor possível, seja em termos de remuneração do investimento seja do ponto de vista fiscal, o patrimônio imobiliário na disponibilidade de Fausto PELLEGRINETTI. Tudo isso induziu os investigados a canalizar este patrimônio imobiliário no capital social da Homich Holding B.V., verossimilmente sob forma de participações acionarias no capital de empresas de tipo offshore, à quais foram registrados os mesmos bens imóveis.

Esta complexa operação de capitalização canalizou na Homich Holding B.V. os bens imóveis já detidos pelos associados em Espanha, que acredita-se que originam diretamente em precedentes atividades de narcotráfico. Conforme os elementos evidenciados nas investigações, além dos bens indicados, ajuntaram-se outros bens imóveis, objetos de uma volumosa atividade de investimento pelos investigados do dinheiro gerado através dos mecanismos descritos.

Esta atividade complexa envolveu também bens imóveis situados na zona sul da Córsega, mais precisamente na Ilha de Cavallo, ainda teatro de uma especulação fundiária selvagem e que já tinha levantado suspeitas graves de infiltração mafiosa.

O conjunto dos elementos das investigações descritos permitiu a reconstrução definitiva e indiscutível do jeito que o circuito comercial relativo aos estupefacientes interagiu com o resultante circuito financeiro da lavagem e reinvestimento dos proveitos do mesmo tipo de crime. Recentemente, além disso, descobriu-se que poucos meses depois os investimentos econômicos descritos geraram dividendos distribuídos entre todos os associados sob forma de salários mensais em medida proporcional ao dinheiro inicialmente empenhado por cada um.

Foram numerosas as fontes de prova encontradas contra os sujeitos investigados, todas finalizadas a consolidar a hipótese inicial de associação criminosa especializada no tráfico internacional de estupefacientes, no reinvestimento de capitais ilícitos e estavelmente organizada no tempo. Estas provas foram recolhidas e rearranjadas de maneira que reconstroem seja a estrutura associativa seja as atividades criminais desenroladas.

Em consideração à complexidade das diversas atividades de investigações que permitiram a aquisição de um número considerável de provas contra esta organização criminal – que precisam ulteriores confirmas adquiríveis exclusivamente nos países estrangeiros donde as várias operações comerciais e financeiras foram realizadas – pareceu oportuno, quando possível, anexar cada pedido com comunicações por fax interceptadas com a autorização do juiz. Esses fax dão uma confirma imediata das várias atividades, societárias, das transferenciais de capitais através do circuito bancário internacional e dos contratos comerciais concluídos pelos vários membros da organização” .

Como está bem dito na Carta Rogatória, Fausto PELLEGRINETTI e Primo FERRARESI utilizaram somas enormes – derivadas de prévias atividades de tráfico internacional de droga pelas quais já tinham sofrido condenações definitivas ou despachos de pronúncia – bem como os ulteriores proveitos enormes do reemprego das somas já investidas e da importação de cargas consideráveis de cocaína da Colômbia e da venda em Roma da mesma cocaína e heroína, envolvendo em um grupo complexo de participações por cotas CARLONI, D’ALESSANDRI (ambos muito ativamente empenhados na venda de droga em Roma por conta da associação e própria), VITA, RUBINI, LAURICELLA, COLECHIA, Giuliano PELLEGRINETTI, Alessandro PELLEGRINETTI, Renato MANGIONE; deste grupo e das suas articulações dependiam – perseguindo ativamente os fins da associação – também outras pessoas co-interessadas à lavagem e ao emprego de dinheiro de origem ilícita, bem como ao investimento mesmo na compra de estupefacientes, como:

” mulheres conviventes e de ‘toda maneira os parentes de alguns dos sujeitos citados: Angela ARONICA, Emilia PETTI, Fabiola NOVELLI, Patrizia ONALI, Elisabetta,- CORTANI e Danicla SCALAMBRA, com encargos diretos para manter as relações entre os associados, para transportar e entregar dinheiro, para assumir cargas sociais nas companhias perseguindo os fins das associações; os profissionais ou de toda maneira os sujeitos expertos em atividades comerciais e bancárias:

DE MARTINO, BERTECCO, MAIANI, TRIBUZI, NARDUCCI, NICOTRA, FRATINI, GRIMALDI, LAMBERTINI; os sujeitos ativos a respeito das oportunidades de investimentos em âmbito internacional e em particular nos países da América do sul: BONORA, ORANGES, VANNINI, LEPORE e Marva;

os oficiais públicos empregados da Administração Alfândega: VELLA e CAPORALE, ambos com um papel fundamental facilitando o ingresso clandestino e o despacho aduaneiro, bem como sendo co-interessados na compra mesmo de grandes quantidades de cocaína; depois, sempre o PELLEGRINETTI Fausto e o FERRARESI coordenaram complexas operações financeiras e comerciais em vários setores:

financeiro e imobiliário, mediante a sociedade Homich Holding, estabelecida na Holanda; mediante sociedades offshore estabelecidas nas Antilhas Holandesas; mediante numerosíssimas companhias para a gestão dos complexos imobiliários na Ilha de Cavallo em Córsega, auxiliados principalmente por RUBINI, VITA e LAURECILLA e Marva CARTER, bem como para os movimentos financeiros, por CERAGIOLI, Renato MANGIONE e TRIBUZI, por um investimento declarado de pelo menos 2 bilhões de liras italianas a respeito dos negócios da Ilha de Cavallo.

– Metais, mediante a sociedade italiana “C.M.P.” e depois mediante as sociedades “Metal Group” italiana e “Mondial Trade” da República de São Marino, auxiliados principalmente por RUBINI, VITA, FRATINI, MAIANI, BERTECCO, por um investimento declarado de pelos menos 12 bilhões de liras italianas;

Máquinas de jogo, mediante as sociedades “Nevada”, “Bingo Matic”, “Betatronic”, “Fábrica” estabelecidas no Brasil e “Jebra” estabelecida na ilha de Jersey (Grã Bretanha), auxiliados principalmente por LAURICELLA, RUBINI, VITA, Julien FILIPPEDDU, François FILIPPEDDU, Renato MAGIONE, Giovanni MANGIONE, Gaetano MANGIONE, Marcello NICOTRA e Franco NARDUCCI, por um investimento declarado de além de 8 milhões de dólares EUA e por um ulterior e sucessivo investimento de além de 18 bilhões de liras italianas;

Alimentar, mediante a sociedade “Importazioni Esportazioni C. por A.” da República Dominicana e mediante a companhia “Euro-Arab Holding”, estabelecida em Guemsey (Grã Bretanha), auxiliados principalmente por RUBINI, BERTECCO, BONORA e ORANGES;

Cassinos, mediante a sociedade “Gamblers Services International”, auxiliados por Luigi DE MARTINO, Maurizio DE MARTINO, GRIMALDI, ONALI, ARONICA e Alessandro PELLEGRINETTI;

– Os mesmos Fausto PELLEGRINETTI e Primo FERRARESI tiveram contatos diretos com os “cartéis” colombianos para a importação em Itália de várias cargas desmedidas de droga, inclusive uma carga de 900 kg chegada na Itália em Janeiro de 1997 e uma outra de 5.000 kg, para a qual estão predispondo as operações necessárias à importação e ao despacho aduaneiro, auxiliados a respeito dos capitais necessários pelo grupo de investidores supri citado e por MAIANI, VELLA e CAPORALE, os últimos dois,.com a tarefa precisa de facilitar ilicitamente as atividades de controle e despacho aduaneiro dos cofres de carga ocultadores da droga”.

Compraram na Colômbia cocaína, levando para Rimini (Itália) e República de São Marino para o despacho aduaneiro. Transportaram e detiveram com fins de cessão a terceiros 900 kg de cocaína, dos quais 400 kg eles cederam ao grupo criminal calabrês das famílias BARBARO-PAPALIA, 400 kg à organização criminal napolitana da família SENESE e 100 kg venderam diretamente em Roma, em Roma e outros lugares em Janeiro de 1997.

A Máfia italiana, de acordo com os documentos anexos ( doc. n. ), através de Alejandro Ortiz de Viveiros, organizou cinco firmas no Brasil visando locar máquinas eletrônicas caça-níqueis, para operar bingos eletrônicos. O representante de três destas firmas junto ao INDESP foi o sr. Tiago Loureiro. Este senhor participava de reuniões na CONAB que discutiram e elaboraram a portaria n. 23, tal como alterações no Decreto n. 2574/88. Da mesma forma, o sr. Antônio Carlos Portugal participava das reuniões. Este tem uma empresa cujo procurador é o Sr. Carlos Alberto Martinez de Azambuja, que também é procurador da empresa NeoJuegos, que pertence ao filho de Alejandro Ortiz. D

esta forma, pelo menos uma pessoa que representava empresas que tinham mafiosos como sócios participou da elaboração da portaria.

O Dr. Tiago Loureiro era um dos principais homens que representavam os interesses das empresas acima referidas, que têm como sócios alguns maflosos. Seu depoimento será transcrito no ponto a seguir.

As máquinas eram fabricadas, basicamente, pela RECREATIVOS FRANCO, que pode ser a empresa mencionada na Carta Rogatória como “Fabrica”, mesmo porque o mafioso FAUSTO PELLEGRINETTI usava como codinome, em conversas telefônicas, o nome FRANCO.

Eram exportadas pela R. F. INTERNACIONAL S.A, tudo indica RECREATIVOS FRANCO Internacional. Eram importadas, principalmente, pela BINGO MATIC, embora usassem também a NEVADA, a BETATRONIC, BMT e outras. Eram desembaraçadas, na alfândega de Santos, pela DIRECTA SERVIÇOS ADUANEIROS. O dinheiro para a importação tinha como um dos canais principais a ASTRO TURISMO ( hoje, BANCOTUR). Eram distribuídas pela DIMARES DISTRIBUIDORA. Eram locadas pela STARTEC LOCAÇAO. Eram administradas pela NEOJUEGOS, junto com a INTERJUEGOS.

Não contente com tudo isso, criaram o INSTITUTO DE JOGOS E LOTERIAS, que tem como sócio fundador o sr. TIAGO LOUREIRO, que também atuava como assistente jurídico. Este instituto cuidava da habilitação das máquinas, garantindo o controle das pessoas ligadas à Máfia sobre as máquinas. Abaixo, seguem os dados que comprovam isso: ‘

“PARTICIPANTES DOS LAUDOS TÉCNICOS PARA A HABILITAÇÃO DAS MÁQUINAS ELETRÕNICAS:

EM NOME DOS LABORATÓRIOS DAS UNIVERSIDADES:

PROF. CARLOS ALBERTO DE BRAGANÇA PEREIRA

PROF. JÚLIO MICHAEL STERN

PROF. JOSÉ PISSOLATO FILHO

PROF. RUY LUIZ MILIDIÚ

EM NOME DO INSTITUTO DE JOGOS E LOTERIAS LTDA., EM CUJO ENDEREÇO AS MAQUINAS ERAM RECEBIDAS PARA ANALISE TÉCNICA: PROF. CARLOS ALBERTO DE BRAGANÇA PEREIRA

PROF. JÚLIO MICHAEL STERN IPROF. JOSÉ PISSOLATO FILHO PROF. RUY LUIZ MILIDIÚ PROF. FÁBIO NAKANO

TIAGO LOUREIRO (REPRESENTANTE DOS “MAQUINEIROS”)

Para demonstrar a influência da Máfia no INDESP, basta expor uma cadeia de raciocínios que demonstram claramente a influência.

A Máfia teve influência na gestão dos caça-níqueis e na difusão dos mesmos no Brasil, sob o manto de “bingos eletrônicos”. Tem influência na representação e na locação de tais máquinas, dominando várias firmas que locam os “bingos eletrônicos” e que prestam manutenção às máquinas. Da mesma forma, teve influência, através do Sr. Alejandro Ortiz, na CPI dos Bingos. E tem influência no jogo do bicho. Pelo menos uma pessoa ligada à Máfia participou da elaboração da Portaria n. 23 e das discussões sobre a reformulação do Decreto n. 2574/98. A Máfia tem influência no Instituto Jogos e Loterias Ltda, ligado às universidades USP, UNICAMP e PUC/RJ, podendo controlar a habilitação dos modelos de máquinas e dos softwares que regem as máquinas caça-níqueis. O grupo que rege o INDESP, principalmente o Sr. Buffara, homem de confiança do Ministro Greca, é o responsável por esta situação, pela sistemática omissão diante da difusão das máquinas caça-níqueis.

O Instituto Nacional de Desenvolvimento do Desporto (INDESP) beneficiou empresas ligadas à máfia italiana com autorizações para funcionamento de bingo eletrônico. Hoje, no Brasil, existem estimativa que apontam mais de 100 mil máquinas caça-níqueis no País. Os maiores cassinos do mundo possuem de 500 a 800 máquinas caça-níqueis. No Brasil, em cada grande cidade, estão sendo abertas casas com 50 a 100 caça-níqueis. Os caça-níqueis são a base econômica dos cassinos; sua parte mais rentável, e estão sendo disseminados graças à omissão do INDESP.

Os caça-níqueis são a base econômica dos cassinos, respondendo por cerca de 80% do faturamento dos cassinos em todo o mundo, segundo especialistas da SORDEK, empresa americana especialista na montagem de cassinos e venda de equipamentos correlatos.

Além disso, conforme demonstra o Certificado de Operação de Máquinas Eletrônicas Programadas (MEP) número 001/1.999, expedido pelo INDESP em nome da empresa Neojuegos Administração e Fomento Ltda, a empresa de Alejandro Ortiz Fernandes foi a primeira a ser beneficiada pela portaria. Alejandro conseguiu o primeiro certificado à frente de outros pedidos, feitos anteriormente. A aprovação do certificado da Neojuegos não passou pela Divisão de Análise e Concessões do INDESP.

A organização chefiada por FAUSTO PELLEGRINETTI, no final de 1996 para o início de 1997, havia efetuado uma importação de 900 kg de cocaína da Colômbia. A droga foi encaminhada para outras organizações, principalmente a do clã mafioso de BARBARO PAPALIA ( 400 kg) e para o grupo de MOCCIA-MAZZA, de Afragola, ficando encarrego de distribuí-la o grupo dos SENESE.

Lauricella elaborou o que chamou de “operação São Paulo”, que seria o envio de máquinas de jogo de azar para o Brasil e a “operação Bonifácio”, que teve como base a ilha de Córsega. Os fatos ocorreram. no início de 1997, principalmente em março.

NÃO HÁ CORRUPTOS NA POLÍCIA CIVIL…apenas ingênuos e cegos.

Pensando melhor há apenas um corrupto: Eu.
Os demais Delegados…Todos impolutamente corretos. Não há propina para os Delegados de Polícia e investigadores encarregados de distritos. Delírios de gente ressentida e invejosa, assim como eu. O policial militar fraudou as listas…ou melhor fraudou os envelopes quando apôs em cada um deles os valores respectivamente neles encontrados. Transformaram o órgão numa quase organização criminosa.Todavia, estão esquecendo de um pequeno detalhe: não somos Senadores ou Deputados. Ficaremos sem salário e sem a propina; paguem para ver…Eu aposto.

PERDÃO.

Em virtude dos comentários suscitados pela suposta ofensa irrogada no site da ADPESP, gostaria de informar aos colegas que as inferências feitas não são frutos de abstrações ou alucinações do signatário. Tem como sustentação a nossa realidade… a nossa experiência diária, além de um fato aqui, uma circunstância acolá e despretensiosos comentários de colegas e funcionários. Todavia, os Srs. devem ter observado existirem Delegados que possam assumir, e muito bem, a titularidade do município do Guarujá e da Ciretran do Cubatão; esta acumulada há mais de um ano pelos titulares do Município. Não fiz referência específica ao atual titular de Cubatão, que pegou o barco andando há pouco meses. Entretanto, há Delegado de 2a. Classe como mero plantonista naquele município e Delegados de 3ª classe que, com simples remanejamento local, poderiam assumir a Ciretran, passando a receber pelo comissionamento em classe superior. Não me digam da falaciosa regra de “quem pode o mais pode o menos”, pois se assim fosse 1ªs classe e classe especial deveriam figurar nos plantões. Também, não acredito que um colega antigo, bem estruturado funcional e economicamente, pretenda economizar o dinheiro do Estado, impedindo o comissionamento de um colega mais novo e necessitado de melhores vencimentos. A fonte de todo o mal no mundo e na Polícia é a mesma: querer apenas para si. Fonte, também, de todas as invejas e de todas as nossas desgraças. Não tenho nenhum, entre as centenas que carrego, dos dois defeitos. Gostem ou não dos meus atos, concordem ou não, os colegas são conhecedores da realidade e da conduta de alguns personagens que nos cercam. Com efeito, a relação de ter mencionado o investigador-chefe do Guarujá: Sr. HUGO DE PAIVA Jr., como investigador predileto do Dr. SPAGNA LAPORTE – deveu-se por ter aceitado e depois guindado o mencionado investigador às funções de encarregado da Ciretran de Cubatão. Todavia, certa feita ingressa na minha sala, dias depois de propalar irregularidade ocorrida na Ciretran, cuja publicidade nacional por pouco não me derruba da cadeira( não derrubou por que o Dr. ALBERTO CORAZZA foi um Diretor correto e justo), “com uns uísques a mais” me dizendo: pensam que eu sou homem do Dr. Spagna, não sou… trabalhei com cinco ex-diretores da Ciretran de Santos antes dele…. O Dr. Spagna é muito esquisito….além de dar geral nas minhas gavetas procurando dinheiro, rotineiramente – pasmem – vivia dizendo que “seria muito bom se a sua esposa morresse….fosse morta a caminho do trabalho, pois lhe daria muito lucro”. Após ,ouvir estarrecido tais comentários, não demorei a desligar o Sr. HUGO PAIVA; posto ter tomado as dores do colega SPAGNA LAPORTE… não acreditando numa só palavra do que ouvira. Errei? Tais fatos relatei, apenas, aos investigadores superiores do Sr. HUGO, quando da indagação acerca dos motivos do desligamento. Errei de novo: deveria ter posto no papel e remetido cópia para a esposa do colega, inclusive. Pois, de uma só vez fiz dois inimigos: o Sr. Hugo e o Dr. Spagna, desconhecia a intimidade dos dois. Estou divulgando calúnias? O tempo ….sempre o tempo….fez-me conhecer RAVENGAR. E bom exemplo de bruxaria em desfavor da Carreira e do órgão é o fato de há mais de dois meses freqüentar o curso para promoção para classe especial – embora esteja anos luz de poder concorrer a promoção – acumulando de fato a titularidade do município do Guarujá, embora formalmente o colega de Bertioga responda pelas duas cidades. O digno e querido colega de Bertioga, no ano passado, também completou o curso superior de polícia; entretanto, imediatamente, outro colega assumiu o seu claro, fazendo “jus” ao comissionamento. Qual a razão da vacância? Será a inutilidade do cargo de Titular de Município? Acredito que não. E o lastimável incidente envolvendo o citado investigador ao matar o carcereiro comprometeu a todos nós da Polícia Civil de Santos; disso resultando escândalo público, os comentários , as inferências fundadas na nossa ordinária experiência e, principalmente, informes que nos foram transmitidos por policiais e colegas. O Investigador matar Carcereiro nos esculhambou e avacalhou perante a opinião pública. Estou errado? Outro fato: as duas vacâncias estão prejudicando inúmeros Delegados impedidos de ascender. Eu sou um deles; e muito mais experiente que o Dr. Spagna, além de mais antigo na Carreira, embora mero 2a. classe. E certas coisas na vida e na Polícia….Vou me permitir absurda comparação…Estão para a realidade tal qual o Criador…Independentes de prova. E quanto a anterior gestão do Deinter-6, além das humilhações a mim infligidas, me cabe dizer que assumiram os cargos nos tomando “por amadores” e coniventes com a criminalidade.Humilharam todos nós da Baixada…estou mentindo? Jocosamente referiam-se ao órgão como “República dos Investigadores”, mas o transformaram em republiqueta: a Avilã do Ravengar. Assinar ninguém assinará, entretanto a conversa era dinheiro pra campanha deste, daquele, pro Diretor daqui, para o Diretor de lá, também para o Corregedor do Detran, para o Divisionário do Detran; e por aí afora. Quem não pagou e não tinha corrida deu a vaga pra outro. E há quem, absurdamente, fale mal do Sr. José Maria. Mas, eu nunca paguei nada, nunca me exigiram nada. Nem aqui, nem no Detran, em lugar algum. E , da mesma forma, naquela gestão do Dr. Corazza — o qual sempre inteligentemente para não atemorizar a população evitava delírios acerca do PCC e Ciª — houve eleições para Deputado, Governador e Presidente. Eu nunca poderei provar(ou poderei), mas vocês precisam de provas? E da anterior gestão para a do Dr. Waldomiro Bueno Filho, em apenas dois dias de gancho, já percebi grande diferença: não vi corriola de “capas desocupados” segurando as paredes do 2º andar. Por último: os policiais do Dr. Mestre são e foram muito decentes comigo… POLÍCIA maiúscula. Especialmente o chefe: Sr. Gregório, a ele e aos seus as minhas desculpas , pois quando se fala genericamente se acaba ofendendo pessoas de bem. A quem eu dever perdão pedirei humildemente. Ao restante…darei restos.