Você não gosta da minha calva grisalha, da minha pouca pilha, da minha barriga, minha falta de tesão, das minhas opiniões e posições nem sempre corretas, MAS NASCI NA PUREZA E FUI ENSINADO NAQUELA ACADEDOL: SER POLÍCIA É JAMAIS TERSIVERSAR PARA SI OU PARA A SOCIEDADE …A GENTE ATÉ PODE TORCER O DIREITO POR BENEVOLÊNCIA, PARA FAZER JUSTIÇA A HIPOSSUFISIENTES…Essa foi a cartilha que me ensinaram quando subi a rampa! A minha Polícia Civil me FEZ UM SER HUMANO DECENTE! – THE POLICE ! 8

Gente jovem com tesão para roubar, traficar, transmutar homicídio (hoje feminicídio) para suicídio sempre foi rotina no DHPP…Promoções por ( des ) merecimento a velocidade da luz…Depois vai para a galera faturar muito dinheiro…Sorte o PCC ter organizado as biqueiras e proibido a matança…E azar dos íntegros que lá estão por devoção e não para se submeter a MEGANHAS ASSASSINOS e a Secretário Promotor-Capitão que adora receber uma caixa de sapato italiano todas as sextas ( sem os sapatos ) , Havanas, Flats, viagens para ver o Corinthians, etc …kkk 3

Policial é preso suspeito de negociar 10 kg de cocaína com traficantes

Informante de policial morto na ação prestou depoimento na Delegacia Seccional de São Carlos - Reprodução/Google Maps
Informante de policial morto na ação prestou depoimento na Delegacia Seccional de São Carlos Imagem: Reprodução/Google Maps

Josmar Jozino

Colunista do UOL

13/02/2023 04h00

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Até a manhã da última sexta-feira (10), o policial civil Guilherme Henrique da Silva Roque, 34, integrava uma das mais importantes delegacias do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) e investigava uma série de mortes envolvendo o alto escalão do PCC (Primeiro Comando da Capital).

No período da tarde, Roque teve a arma e a carteira funcional recolhidas, foi detido e conduzido para o Presídio Especial da Polícia Civil, no bairro do Carandiru, zona norte. Ele é investigado por suposta participação em uma negociação de cocaína com traficantes de drogas em São Carlos (SP).

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A reportagem não conseguiu contato com os advogados do investigador Roque neste final de semana, mas publicará na íntegra a versão dos defensores dele assim que houver uma manifestação.

A negociação de 10 kg de cocaína entre policiais civis e traficantes de drogas aconteceu às 18h30 do último dia 6 e culminou com a morte do agente policial Gabriel Jorge Thomé, 40, como divulgou esta coluna na quinta-feira (9).

Segundo as investigações, a intermediação entre os policiais civis e os donos da cocaína foi feita por Wilian Pereira Lopes, 28. Ele contou na Delegacia Seccional de São Carlos que era informante (ganso) de Gabriel e de outros policiais civis. E também confessou ter sido o negociador dos 10 kg de cocaína —a polícia investiga de que forma o grupo obteria a droga, uma vez que não portaria dinheiro.

A ação foi mal sucedida. Os criminosos desconfiaram de Gabriel. Houve troca de tiros e o agente levou a pior. Acabou morto com dois tiros.

Wilian foi preso em flagrante. Ele confessou a participação no esquema e contou que viajou de São Paulo para São Carlos, com o objetivo de negociar a droga, junto com o agente Gabriel e outros três homens que seriam policiais civis, conhecidos como Roque, Thor e Danilo.

Os traficantes suspeitos de matar Gabriel foram identificados como Luiz Alberto Guimarães de Sousa, 28, e Pablo Stevan Carvalho de Souza, 24. Ambos estão foragidos. Além da dupla, a polícia procura a comparsa deles, Fabiana Delbuque, 31.

Outro agente afastado

Roque, um dos sobrenomes citados pelo informante Wilian, foi preso pela Corregedoria da Polícia Civil. Ele trabalhava na 3ª Delegacia de Repressão a Homicídios Múltiplos, do DHPP.

O policial civil investigava as mortes de Anselmo Becheli Santa Fausta, 38, o Cara Preta –um narcotraficante ligado a líderes do PCC– e do motorista e braço direito dele, Anselmo Corona Neto, o Sem Sangue, 33. Os dois foram assassinados em dezembro de 2021 no Tatuapé, zona leste paulistana.

Guilherme Roque chegou a assinar relatórios de investigação apontando o empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, 36, como o mandante dos assassinatos de Cara Preta e Sem Sangue. Vinícius foi preso em Itacaré, na Bahia, no último dia 2. Ele alega ser inocente.

Nos relatórios constam que Vinícius realizou negócios com Cara Preta e teria desviado dinheiro dele. A investigação conduzida por Roque e equipe aponta que o empresário mandou matá-lo após Cara Preta descobrir o suposto desvio. A defesa de Vinícius diz que provará a inocência do cliente durante o curso processual e que entrou com habeas corpus pedindo a liberdade dele.

Nos bastidores policiais, os rumores são de que um outro agente policial que trabalhava com Roque e também investigava as mortes de Cara Preta e Sem Sangue foi afastado das funções e está na mira da Corregedoria da Polícia Civil e do Ministério Público.

De acordo com fontes policiais, há suspeitas de que outras pessoas que chegaram a ser presas por envolvimento no assassinato de Cara Preta e depois foram soltas teriam sofrido extorsão milionária. Até agora, no entanto, nada disso foi comprovado pela Corregedoria da Polícia Civil.

VIVAS AO CACO BARCELOS , VIVAS AO JOSMAR JOZINO! PM e PC – com o bolsonarismo – confessaram que o “M” nunca foi de militar (no conceito universal de disciplina e honradez do termo) …É de MERDA ! E o “C” é de CORRUPTA, mesmo! E as com “F” , são de FRAUDULENTAS ! Reparem no perfil dos POLICIAIS MODERNOS COM MUITO TESÃO PARA ROUBAR: PSICOPATAS, MARCISISTAS , PERVERSOS…Embora sejam merdas…O utilitarismo também se presta para eu apreender UMA TONELADA DE COCAÍNA E ME APODERAR DE 250 KG (isso por não ser guloso) …Fiz um bem para a sociedade retirando 750 kg e poupando o Erário com o pagamento de bons vencimentos…EU SOU UM ANJO ou NÃO ? Mas a PM “catarina” é integra…Lá cachorro é aprovado , negro somente quando se comemora o 13 de MAIO… Resposta

Em curso da PM-DF, ‘ética’ aceita prova forjada e tortura de suspeitos

Chico Alves

Colunista do UOL

13/02/2023 04h00

A coluna teve acesso ao material didático que é exibido no curso de altos estudos de praças da Polícia Militar do Distrito Federal, que vem sendo questionada por suspeita de conivência com extremistas que depredaram a sede dos Três Poderes, em Brasília.

Em uma apresentação de PowerPoint sobre a disciplina “Ética, chefia e liderança” são ensinados conceitos de três filósofos: Aristóteles, Immanuel Kant e Jeremy Bentham. Um desses exemplos, porém, tenta adaptar o conceito de “ética utilitarista”, de Bentham, ao trabalho policial. No entanto, apresenta exemplos de conduta totalmente ilegais, sem qualquer crítica, como se fossem normais.

Nos slides, as ideias do teórico Bentham são distorcidas a ponto de dizer que um policial que forja um flagrante ou pratica “pequena” tortura estaria agindo corretamente, segundo a “ética utilitarista”.

Um dos exemplos fictícios citados no curso é o seguinte:

“Batistão é um traficante. Entre tráfico e crimes afins, ele responde a vários processos. Há um mês, ele foi preso por embriaguês ao volante. Os agentes que efetuaram a prisão apreenderam uma porção de cocaína com o detido que disse que era para seu consumo. Os policiais convenceram um transeunte que passava pelo local e nada tinha a ver com o fato a depor contra Batistão, dizendo que “naquele momento estava comprando a droga do meliante”. Assim, mesmo com o fato inverídico, os agentes imaginaram que a maioria da sociedade seria beneficiada, pois Batistão seria retirado das ruas, o tráfico iria diminuir e população seria beneficiada (um maior número de pessoas).”

Material didático de curso da PM DF (1) - Reprodução - Reprodução
Material didático de curso da PM DF (1) Imagem: Reprodução

A seguir, o texto pergunta ao policial-aluno se “acha que os agentes agiram de acordo com a ética e a moral utilitarista”. E questiona: “Mesmo trazendo esse suposto benefício à sociedade, a ação foi correta? Aos olhos da Lei, essa ação pode ser considerada legal?”.

A resposta, no slide seguinte, é surpreendente. “No exemplo, mesmo utilizando-se de um fato inverídico, a ação seria ética, pois pela ótica utilitarista, a maior parte da sociedade seria beneficiada com a prisão do traficante. Ou seja, para os utilitaristas, os fins justificam os meios”, ensina o material do curso.

Material de curso da PM-DF (2) - Reprodução - Reprodução
Material de curso da PM-DF (2) Imagem: Reprodução
Material de curso da PM-DF (3) - Reprodução - Reprodução
Material de curso da PM-DF (3) Imagem: Reprodução
Material de curso da PM-DF (4) - Reprodução - Reprodução
Material de curso da PM-DF (4) Imagem: Reprodução

Há um outro exemplo de interpretação distorcida:

“O corpo de uma garota foi encontrado em um terreno baldio. A análise do cadáver demonstrou que houve violência sexual antes da morte. Uma testemunha apontou um rapaz chamado Tício, o qual já havia sido preso por violência sexual e estava nas proximidades do terreno naquele dia. Agentes conseguiram capturar Tício, que em princípio negou a autoria do fato, mas assumiu após uma ‘pequena’ sessão de tortura.”

“Tício foi preso e a comunidade ficou mais segura depois de sua prisão, mesmo sem a certeza da autoria do fato. A consequência da ação policial (resultado) foi boa para a maioria das pessoas, portanto considerada ética sob uma ótica utilitarista.”

A seguir, o policial-aluno tem que responder se aprovaria a ação.

A resposta está contida no próprio slide: “Um utilitarista diria: policial, aja de forma que sua ação beneficie a maior parte das pessoas, não importando os meios utilizados”.

Material de curso da PM-DF (5) - Reprodução - Reprodução
Material de curso da PM-DF (5) Imagem: Reprodução

Para Juliana de Moraes, doutora em filosofia pela PUC-Rio e pesquisadora da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), é perigosa essa abordagem, ainda mais com a proposta de orientar a prática policial a partir de uma concepção genérica e distorcida de uma doutrina filosófica.

Uma teoria, que tem como seu pilar a maximização do bem estar e pregava a obediência às leis e normas como mais vantajosa para a sociedade, coletivamente, está sendo utilizada para legitimar condutas violentas e desrespeitosas ao próprio ordenamento jurídico do estado democrático de direito.Juliana de Moraes, doutora em filosofia pela PUC-Rio

Robson Rodrigues, coronel da reserva da PM do Rio e antropólogo, também critica o material. Para ele, colocar esse tipo de conduta em uma aula sem nenhuma crítica está fora do que deveria ser ministrado a partir da Matriz Curricular Nacional para as polícias.

“As conclusões desse texto são completamente distorcidas, afrontam a questão legal, ferem completamente o Direito”, observa Rodrigues. “Você não abre um leque de ‘éticas’ e diz ao policial: escolhe qualquer uma que está tudo certo. Ao final, o material deveria definir qual é a ética da corporação. É algo grave que isso esteja institucionalizado”.

Uso de foto do nazismo. Além desses dois exemplos do que a PM-DF interpreta como “ética utilitarista”, em um dos slides o texto diz o seguinte: “O Cálculo Utilitarista diz que as minorias deveriam curvar-se às vontades das maiorias”.

Abaixo, aparece a célebre foto em que várias pessoas fazem saudação nazista e apenas um homem se recusa a levantar o braço —um contexto que dá a entender que a pessoa que resistiu ao nazismo está errada.

Detalhe de material de curso da PM DF - Reprodução - Reprodução
Detalhe de material de curso da PM DF Imagem: Reprodução

O coronel PM e antropólogo lamenta que o conteúdo não inclua uma crítica a esse enunciado. “É inadmissível”, diz Rodrigues.

A reportagem não identificou o autor do material didático, que não contém assinatura.

A coluna enviou e-mail à PM-DF com pedido de comentário sobre o material apresentado no curso de formação de praças, mas não obteve retorno. Se houver resposta, ela será publicada.