Saiu da Diretoria do Decap direto para ser o Corregedor Geral. Em outras palavras, saiu de onde as falcatruas eram praticadas e foi para onde poderiam ser investigadas. Foi para lá arredondar, suavizar, arquivar, neutralizar qualquer possibilidade da roubalheira ser investigada e punida.
Na Corregedoria, durante sua gestão, era comum você se deparar com conhecidos “recolhas” do Decap que ele levou para lá e que assumiram as principais funções de investigação do órgão, principalmente na DOP.
Ao sair, deixou seu afilhado institucional como Corregedor Geral, para continuar amaciando o que porventura tenha sobrado e retornou à diretoria do DHPP, onde já havia sido Diretor e numa medida inédita chegou a liberar que no Departamento também fossem apurados crimes patrimoniais.
Ao ser removido do DHPP, de maneira inédita, a atual gestão da ADPESP, fez uma monção de desagravo pelo ato, absolutamente normal na Administração Pública decorrente do exercício do Poder Hierárquico. Incontinente, seu afilhado Corregedor Geral, pediu exoneração em “solidariedade”. Coisa linda hein! Outro afilhado seu, na Direção do Deic. não pensou da mesma forma. Vai abrir mão de uma teta Nelore daquelas.
Nossa polícia é isso ai, e não é de hoje. Esse esquema, que se repete com outros núcleos de poder que se instalam nas diretorias da instituição e passam a sugar(coletar, arrecadar) como carrapatos numa vaca, só foi investigado porque o fio do novelo foi sendo desenrolado pela Polícia Federal que possui know how e recursos para investigar organizações criminosas e lavagem de dinheiro em firmas de fachada, tipo consultorias de segurança, né pós sábado? Se dependesse da Corregedoria Geral da Polícia Civil a investigação já estaria no arquivo morto do Estado.
Felizmente, esses canalhas nunca me lideraram e jamais fiz parte desses esquemas mafiosos de poder na instituição. Entrei de cabeça erguida na Polícia Civil, fiz a travessia por trinta anos, sem macular meu nome, o dos meus filhos, o da minha família, dos amigos e o da instituição. Não dei o desgosto aos meus familiares de ver a minha imagem e meu nome divulgados nas maiores redes de radiodifusão do Brasil, como envolvido em esquemas de corrupção que, segundo o Ministério Público, fundamentam um pedido de estorno para o patrimônio público da ordem de R$ 22 milhões de reais achacados pelo grupo. Se bem que esse pessoal é como político corrupto, parece redundância, mas ainda existem raros exemplares de honestos, não estão nem ai com imagem ou nome, o que interessa mesmo é numerário. O brasileiro tem memória curta e o negócio é usufruir bem toda a grana que foi achacada.
São esses monumentos de moralidade institucional que, ao se sentirem incomodados, detêm o poder na instituição para baixarem uma portaria e deflagrarem um processo administrativo que pode culminar com sua demissão da instituição, como aconteceu com o amigo Guerra. Simples assim!
Escrito por: amigo da Consolação