PM – A TROPA DE CHOQUE DE BOLSONARO 4

atlas do bolsonarismo

A TROPA DE CHOQUE DE BOLSONARO

Pesquisa inédita traça perfil de policiais que, em postagens públicas nas redes, defendem ideias como fechamento do Supremo e do Congresso

RENATO SÉRGIO DE LIMA E SAMIRA BUENO

08ago2020_10h56

Foto: Alf Ribeiro/Folhapress

“Gilmar Mendes é um vaga****. Bolsonaro tá certo sim se quiser mandar tropas pra fechar o STF”

 “Maia é um bandido!!! Esse Congresso Nacional tem que fechar as portas, só tem rato!!!!”

Na naturalização do realismo fantástico que toma conta do país, frases como as que servem de epígrafe deste artigo são banalizadas e nem sempre transmitem com clareza da gravidade do que está sendo dito; nem sempre é possível perceber as consequências do que está sendo dito e, sobretudo, as consequências de expressá-las publicamente.

As duas frases acima foram extraídas das redes sociais por um amplo estudo que o Fórum Brasileiro de Segurança Pública está desenvolvendo, cujos primeiros resultados foram recentemente divulgados. São comentários públicos de policiais brasileiros aceitando que instituições da República como o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF) sejam fechadas e que o presidente Jair Bolsonaro intervenha para romper com a ordem constitucional democrática do Brasil.

E esses não são casos isolados, infelizmente. Frases como essas são compartilhadas sem pudor por ao menos 12% de policiais militares, 7% de policiais civis e 2% de policiais federais que possuem contas nas redes sociais e interagem publicamente em grupos e páginas do Facebook. São, se extrapolada a amostra do estudo, estatisticamente representativas de um grupo de cerca de 15,3 mil policiais analisados, de um total de 141.717 policiais pesquisados.

E este número pode ser ainda maior, pois a pesquisa só analisou postagens públicas e não captou manifestações em perfis privados. Se aceitássemos que os policiais que se manifestam publicamente nas redes são um retrato dos demais, estamos falando, em relação aos 885.730 mil integrantes efetivos das polícias disponíveis nos Portais da Transparência, de algo como ao menos 120 mil policiais convertidos para discursos golpistas.

Ou seja, a tropa de choque de Bolsonaro nas polícias seria, hoje, equivalente a ⅓ do efetivo ativo das Forças Armadas. E, com um agravante, trata-se de uma tropa experiente e treinada, com acesso a material bélico e com poucos canais formais de controle externo. Se optarem pelo enfrentamento, dificilmente as demais forças de segurança e defesa do país, se aceitassem se contrapor a elas, conseguiriam subjugá-las sem grandes baixas e risco de convulsão social e guerra civil.

Nesse movimento e no entusiasmo muitas vezes panfletário, os próprios militares das Forças Armadas vão contra a doutrina de defesa nacional engendrada quando da criação da Escola Superior de Guerra (ESG) e que tinha, como parâmetro, a manutenção da integridade territorial do Brasil e o controle da capacidade bélica e da autonomia das polícias. Isso foi feito para se evitar novas crises como a Revolução Constitucionalista, de 1932, que antagonizou tropas federais e a Polícia Paulista.

No atual quadro, além de questões operacionais e tecnológicas associadas a um conflito, uma nova crise pode nascer de onde menos se espera, já que a tropa de choque bolsonarista está distribuída em todo o território nacional e não se resume a uma única corporação. A população está submetida à incerteza e, mais do que defender que um golpe é iminente, é nosso objetivo explicitar os riscos envolvidos e mobilizar os olhares para eles.

E isso não significa rotular todos os policiais apoiadores de Bolsonaro de golpistas, pois esse número seria ainda maior, porém incorreto e injusto. Nem todo policial que acredita em Bolsonaro é golpista, mas a parcela radicalizada e que reproduz discursos antidemocráticos preocupa e deveria ser objeto, essa sim, de monitoramentos de inteligência para se avaliar os riscos reais à institucionalidade democrática.

Assim, a adesão ao bolsonarismo não seria um problema para a ordem social democrática se parte do universo policial e das instituições de segurança não flertasse com a extrema direita e com concepções reacionárias, como demonstram grandes teóricos sobre polícia no mundo, como Robert Reiner, Jerome Skolnick, dentre outros. Uma pesquisa de Robert Reiner com policiais ingleses ainda na década de 1970 indicou que 80% da força policial se descrevia como conservadora, sendo que 18% destes alinhados à extrema direita e, muitas vezes, manifestamente contrários as pautas LGBTI+, marcados ainda pelo racismo e pelo tratamento discriminatório a dependentes químicos.

Os exemplos recentes da Alemanha e da França, que detectaram e agiram para conter movimentos extremistas formados por policiais e ex-policiais desses dois países, comprovam esse fenômeno e mostram que não há exagero em cobrar controle e, por que não, autocontrole daqueles que representam a face mais forte do Estado. Todavia, no Brasil, a questão não é de apenas convergência ideológica dos policiais; temos que considerar que as polícias, sobretudo as militares, gozam de uma grande autonomia operacional e caracterizam-se por um forte insulamento institucional e pela baixa transparência em relação aos seus protocolos e mecanismos internos de supervisão.

O problema está, portanto, no imponderável: no cálculo político que desconsidera variáveis que não estão totalmente claras e/ou que se acreditam ausentes. A nosso ver, esse é o principal risco da radicalização policial. Polícias são instituições de Estado e não podem servir ao projeto de poder A ou B. Elas são o braço armado do Estado em tempos de paz e, se não reguladas, viram-se contra, até mesmo, os seus integrantes que destoam do pensamento hegemônico, a exemplo da lista de policiais antifascismo produzida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e distribuída às Unidades da Federação.

Aliás, o debate sobre a lista está concentrado no Ministério da Justiça, mas poucos se deram conta de que a justificativa mobilizada pela pasta informa que a ação se dá no âmbito do SISBIN, Sistema Brasileiro de Inteligência, coordenado pelo Gabinete de Segurança Institucional, cujo titular, general Augusto Heleno, é peça-chave do bolsonarismo. Dito de outro modo, se o MJSP produziu o relatório e informou ao GSI, a questão é ainda mais grave, pois é o reconhecimento de que o SISBIN foi acionado para espionar adversários políticos e nada foi feito para coibir tal prática.

Se o GSI não foi informado, o argumento do ministro André Mendonça se fragiliza ainda mais, pois a operação não contaria, em tese, com o guarda-chuva legal do SISBIN e não poderia ser usada em uma investigação criminal – lembremos que a Operação Satiagraha foi anulada pelo Judiciário exatamente por produzir provas por meio da cooperação de agentes de inteligência e policiais.

Mas o ponto mais sensível é que, no caso da lista dos policiais antifascismo e ex-secretários nacionais, houve, em tese, o compartilhamento das informações com as unidades da federação, para a apuração de eventuais desvios de conduta e procedimentos administrativos. E, voltando à gravidade da adesão de policiais ao bolsonarismo mais radical, essa lista não foi denunciada por nenhuma secretaria e/ou polícia estadual, nem mesmo as subordinadas a governadores de oposição.

Em suma, estamos submetidos a um sistema de segurança profundamente opaco e com instituições policiais quase sem nenhum controle efetivo sobre o que elas podem ou devem fazer. E, pior, um sistema no qual as demais instituições ou se omitem ou aceitam que policiais sejam autônomos e decidam eles próprios seus mandatos e suas atribuições. Isso é perverso tanto para a população que tem que conviver com padrões operacionais geradores, muitas vezes, de mais violência, quanto é cruel até mesmo com os próprios policiais, cuja atividade cotidiana fica dependente de fatores que muitas vezes os punem de forma seletiva ou injustificada.

Por fim, soa repetitivo mas necessário lembrar que, em uma democracia, não basta o voto; as instituições precisam acreditar na transparência, na prestação de contas e na importância dos mecanismos democráticos de controle e supervisão do poder. Se nada for feito por elas para conter manifestações antidemocráticas, pouco adiantará lamentarmos a atual hegemonia do sectarismo de extrema direita no país e os avisos sobre os riscos do discurso salvacionista de Bolsonaro engolir os Robespierres do Congresso e do STF que hoje lhe dão sustentação política e instaurar um novo “regime do Terror” – só que agora no Brasil.

Caquistocracia bolsonarista – o governo dos piores líderes com o apoio dos mais desqualificados cidadãos 12

Caquistocracia, o pior de nós

É raro um governo sintetizar a podridão de uma sociedade, mas acontece

No dia 19 de abril de 2018, comecei esta coluna com o seguinte parágrafo: “Caquistocracia: governo exercido pelos piores indivíduos de uma sociedade. A palavra já andou borboleteando por aí, mas não consta de nenhum dicionário de português que eu conheça. Talvez devesse constar”.

Desde então a palavra ganhou alguma circulação e pipocou em dicionários, inclusive no Houaiss, mas a verdade é que ainda não estava madura. Palavras correm atrás da realidade, não na frente. Naquele momento, Jair Bolsonaro era apenas um azarão na corrida presidencial.3

Talvez nem ele imaginasse que iria, alguns meses depois, conquistar pelo voto o direito de instituir a caquistocracia emplumada em que hoje o Brasil se esfola e se despedaça.

Não é uma caquistocracia qualquer. A experiência caquistocrática brasileira aspira seriamente ao título de mais completa e ousada da história. Tudo indica que a hora da palavra chegou.

Em inglês, o termo “kakistocracy” existe –e é marginal– há séculos. Em 2018, o pretexto para falar dele aqui foi o interesse momentâneo que tinha despertado depois de aparecer no ataque de um ex-diretor da CIA, John O. Brennan, ao governo de Donald Trump.

Fazia sentido: o bufão perverso que ocupa a Casa Branca é, com muitos topetes de vantagem, mais merecedor do mimo do que predecessores como Ronald Reagan e Barack Obama, que também chegaram a ser agraciados com a palavra na guerra retórica da política.

Historicamente, “caquistocracia” está aí para isso mesmo. Com seu jeito de comédia erudita, junta dois elementos gregos –“kakistos”, superlativo de “kakos” (mau, ruim), e “kratía”, poder– num xingamento sofisticado, uma hipérbole insultuosa.

Não é uma palavra que cientistas sociais costumem levar a sério em suas reflexões, como democracia, autocracia, aristocracia e outras da família. Tem mais a ver com a volatilidade do insulto lusófono “canalhocracia”, dicionarizado pela primeira vez por Cândido de Figueiredo em 1913.

Entende-se. É raro que a caquistocracia possa ser tomada ao pé da letra para nomear um governo que, de fato, reúne aquilo que de mais vil e grotesco um grupo humano tem para oferecer, sua pior versão possível, o esgoto exibido na sala de estar. Até por razões de sobrevivência social –o componente necessário de autodestruição e loucura é grande demais.

Acontece, porém. Não há termo mais adequado a um governo em que os responsáveis pela saúde promovem a morte, os gestores da educação a vandalizam, os encarregados de preservar o meio ambiente o devastam, os timoneiros das relações exteriores colhem achincalhe mundo afora –e o presidente se chama Bolsonaro.

O curioso é que o mais catastrófico governo de nossa história, responsável por 100 mil mortos e contando, não se contenta em ser a apoteose da caquistocracia. Faz questão de agitar essa bandeira o tempo todo, para ninguém esquecer.

Aparentemente, não basta tocar em frente o projeto de entregar a gente inepta –ou coisa pior– tudo o que se deseja destruir. Deve-se frisar, de preferência com escárnio, a intencionalidade do bota-abaixo. A nomeação de uma blogueira de turismo para a Funarte é só o episódio mais recente.

Pensando bem, talvez caquistocracia corra o risco de soar como um eufemismo meio aguado no atual estágio da calamidade brasileira. Terá chegado a hora do neologismo “tanatocracia” –governo da morte?

Sérgio Rodrigues

Escritor e jornalista, autor de “O Drible” e “Viva a Língua Brasileira”.

Deus nos livre, mas se for parado pela PM, reze! 6

Jovem morto em ação policial fazia manobras com motos, reprimidas pela PM

Gustavo Vinícius Pereira dos Santos, 25, assistente administrativo que participa de "bololôs" por lazer e era amigo de Rogério, morto por um PM no domingo (9) - Marcelo Oliveira/UOL

Gustavo Vinícius Pereira dos Santos, 25, assistente administrativo que participa de ‘bololôs’ por lazer e era amigo de Rogério, morto por um PM no domingo (9) Imagem: Marcelo Oliveira/UOL

Do UOL, em São Paulo

12/08/2020 04h00

Resumo da notícia

  • Rogério Ferreira Júnior, morto a tiros em abordagem da PM, se divertia com motos
  • Ele e outros moradores faziam manobras e barulho com o escapamento
  • Diversão é comum na periferia e sofre dura repressão
  • Amigo e líder comunitário relatam que jovem assassinado era trabalhador

O estudante Rogério Ferreira da Silva Júnior, 19, morto a tiros durante uma abordagem policial no Parque Bristol, na zona sul de São Paulo, era praticante do “bololô”, lazer que consiste em fazer barulho com o escapamento e malabarismos com motocicletas. Segundo adeptos da cena, a atividade sofre intensa repressão policial na periferia da capital e são comuns agressões e danos às motos.

Na tarde do último domingo, Dia dos Pais, não foi diferente. Era aniversário de Rogério, que pediu emprestada a moto nova do amigo Guilherme Porto, seu vizinho, para participar da brincadeira, quando a PM chegou à avenida dos Pedrosos, atrás do CEU Parque Bristol, e o derrubou da moto.

Poderia ser mais uma abordagem “corriqueira” da polícia, mas o soldado da PM Guilherme Tadeu Giacomelli, 22, com seis meses de atividade nas ruas, atirou e disse ter se assustado com o adolescente durante a abordagem. Rogério morreu no pronto-socorro.

Apesar de mortes, como a de Rogério, não serem comuns nas ações da PM contra os “bololôs”, os “esculachos” (abordagens policiais com xingamentos e agressões) da Polícia Militar contra os praticantes das manobras são usuais. A derrubada de motos como parte da abordagem também.

Derrubando moto

“Os PMs chegam ‘esculachando’ a molecada e derrubando moto. Muitos jovens acham normal apanhar da polícia desde que a moto não seja apreendida, mas não é normal. Se há infração de trânsito, tem que multar. Falta diálogo”, conta o educador Marcelo Dias, que dirige a ONG Novos Herdeiros Humanísticos.

Marcelo Dias, preso injustamente por 6 meses em 2018, milita em ONG da zona sul de São Paulo que auxilia famílias vítimas da violência policial - Marcelo Oliveira/UOL - Marcelo Oliveira/UOL
Marcelo Dias, preso injustamente por 6 meses em 2018, milita em ONG da zona sul de São Paulo que auxilia famílias vítimas da violência policial

Imagem: Marcelo Oliveira/UOL

A ONG atua na região e integra a Rede Protetora, um conjunto de organizações que promove os direitos humanos e denuncia casos de violência policial na região da zona sul conhecida como Fundão do Ipiranga, formada pelos bairros limítrofes com o ABC paulista.

Dias foi vítima de brutalidade policial e acusado de tráfico de drogas sem provas. Passou seis meses preso com base no testemunho de policiais militares. Absolvido por falta de provas, hoje está 100% envolvido com a ONG e a defesa dos direitos humanos em sua comunidade. A instituição ajudou no apoio à família de Rogério e no protesto realizado ontem pelos organizadores do bololô do Bristol.

“Faz parte da nossa missão preservar a vida em sua totalidade. Estamos solidários à família e a esse movimento. Que este caso, infelizmente, eduque o nosso povo a buscar por Justiça. Abrimos os caminhos para que se mobilizem, mas agora a comunidade é quem tomará a frente”, disse.

“Se for parado pela PM, reze”

“Foi o segundo caso de violência policial em cerca de três meses ali na região”, conta o assistente administrativo Gustavo Vinicius Pereira dos Santos, 25, formado em recursos humanos e que está fazendo pós-graduação. Além do trabalho fixo na recepção de uma unidade básica de saúde, ele complementa a renda como motorista de aplicativo.

“Nada justifica um policial matar ou dar tapa na cara de ninguém”, disse o jovem, que também foi vítima de violência policial.

Gustavo voltava para casa de carro depois de uma balada e havia consumido álcool. Ele admitiu a infração, mas, em vez de ser multado e ter o carro apreendido, foi agredido pelo policial.

“A comunidade sofre repressão constante por falta de um local adequado para o nosso lazer. Porque não podem disponibilizar um estacionamento, com food trucks, banheiros, uma ambulância e policiamento para que a galera possa fazer as manobras em segurança? Para rico tem eventos assim, porque para nós não?”, questiona.

Parque Bristol, na zona sul de São Paulo, onde morava e foi morto Rogério Ferreira da Silva Júnior, 19, durante abordagem policial - Marcelo Oliveira/UOL - Marcelo Oliveira/UOL
Parque Bristol, na zona sul de São Paulo, onde morava e foi morto Rogério Ferreira da Silva Júnior, 19, durante abordagem policial

Imagem: Marcelo Oliveira/UOL

“Ninguém é vagabundo. São jovens que estão produzindo, trabalhando para ter uma moto, ‘dar um grau’ [como são chamadas as manobras com motos]. São entregadores, motoboys, pedreiros, que curtem um lazer no domingo à tarde, horário em que está todo mundo acordado. A distribuição de brinquedos que fizemos nas comunidades no Natal ninguém vê”, diz.

“No fim de semana, queremos ter o nosso lazer: fumar um narguilé, beber, curtir um funk ou participar de bololô, mas, em dia de semana, todo mundo tem seu uniforme e é um brasileiro padrão. Quem é bandido, quer ostentar na noite, se drogar, não dar rolê de moto à tarde”, afirma.

“Perdi um amigo. Eu estou traumatizado. Todo mundo sabe que o Rogério era um cara trabalhador. Já tinha me ajudado em eventos, trabalhado também de ajudante de pedreiro. Ele se virava. Ele já teve uma moto de 100 cilindradas, mas agora estava sem. Por isso, na homenagem a ele estava escrito RP 100 [veja o post do Instagram acima]. Tem a ver com a motinho que ele tinha.”

Gustavo acrescenta que nem todas as abordagens policiais são violentas. “Eu já fui parado de moto, sem a CNH, mas estava com a carteira de trabalho no bolso e fui liberado, mas eu confesso que, ultimamente, tenho medo de morrer numa abordagem policial. Se alguém for parado em rua escura, tem que rezar o pai-nosso”, diz.

Novo protesto marcado

O jovem diz que seguirá mobilizado em busca de justiça e que neste final de semana haverá protesto novamente em homenagem a Rogério. “Só quero que o autor dessa morte responda conforme a lei. Que se cumpra a lei que ele jurou defender. O lema da PM é servir e proteger, não é matar”, afirma Gustavo.

O UOL questionou a assessoria de imprensa da Polícia Militar sobre qual a estratégia da PM para os bololôs e se a derrubada de motocicletas faz parte de algum padrão de abordagem. A assessoria disse que questionaria o batalhão local. Segundo a assessoria da PM, contudo, a estratégia da corporação nesses casos é semelhante à dos pancadões (festas de funk a céu aberto), mapeando os locais em que acontecem os eventos.

A morte de Rogério é investigada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil.