Manifestações de Junho de 2013 | Brazilian Protests in June 2013 – A REPRESSÃO PARTE DO GOVERNADOR 9

Publicado em 23/07/2013

Em junho de 2013 o Brasil viveu um momento histórico muito importante. As ruas das principais capitais do país foram tomadas por variadas manifestações populares, envolvendo milhões de pessoas. O ponto comum dessas manifestações, compostas por diversos grupos (com diversas reinvidicações), era a insatisfação com os atuais governantes brasileiros.

O estopim dos protestos teve ligação direta com o Movimento Passe Livre (MPL), que em um momento oportuno (o anúncio do aumento das tarifas de transporte, anunciado em junho de 2013) passou a atrair jovens e trabalhadores para sua causa, ligada ao transporte gratuito e de melhor qualidade.

Os episódios de repressão policial ocorridos, principalmente, em São Paulo (a mando do governador Geraldo Alckmin) acabaram potencializando as manifestações e gerando solidariedade por todos país.

Durante este período, a grande mídia (Rede Globo, Revista Veja etc) tentou ocultar e minimizar a magnitude das manifestações, assim como, tentou distorcer as reinvidicações dos grupos. Em represália a isso, veículos da Rede Globo e Rede Record foram depredados, queimados ou pixados.

Esperamos que os historiadores tenham competência e caráter para retratarem em seus livros, de modo autêntico e verdadeiro, esses fatos importantíssimos.

Este é o primeiro vídeo do Canal WakeUP_BR. Ele é dedicado a todos os brasileiros que foram para as ruas, durante o mês de Junho de 20013, e clamaram por melhorias e justiça. O vídeo também contém observações e comentários sobre os protestos ocorridos e suas reinvidicações.

Que o gigante continue acordado e que faça as devidas mudanças.

Parabéns aos filhos que não fugiram a luta

NÁUFRAGO – Delegado Gilberto de Castro Ferreira autor de graves críticas à presidência da ADPESP – além de bajular o PSDB – fez supostas parcerias ilícitas com maquineiros, bicheiros , desmanches e puteiros quando da reforma do 37º DP ( Flit ) 145

Enviado em 24/07/2013 as 22:08  – FUBICA

ERA UMA VEZ UM BAIRRO NA PERIFERIA DA CIDADE, O BAIRRO ERA CHAMADO DE CAMPO LINDO, UM BAIRRO MUITO POBRE, VIOLENTO, SEMPRE PUXANDO OS ALTOS ÍNDICES DE HOMICÍDIO, DALI SAÍRAM AS MAIORES QUADRILHAS DE ROUBO, TRÁFICO E OUTRAS MODALIDADES CRIMINOSAS, NESSE BAIRRO EXISTIA UM DISTRITO DE POLICIA JUDICIÁRIA, CONHECIDO POR TER POLICIAIS CORRUPTOS, GERALMENTE POLICIAIS CONSIDERADOS “LIXOS” AOS OLHOS DA ADMINISTRAÇÃO, ALI FALTAVA TUDO, PAPEL, IMPRESSORA, VIATURA, CONCOMITANTEMENTE NA CIRCUNSCRIÇÃO DESSE DISTRITO O COMÉRCIO CRESCIA E O CRIME TAMBÉM.
CERTA VEZ CHEGOU NESSE LOCAL UM DEGOLADO MUITO FUDENCIO, MUITO PREOCUPADO COM A POPULAÇÃO LOCAL E COM A IMAGEM DA SUA INSTITUIÇÃO.
IMEDIATAMENTE ELE REFORMOU O DISTRITO, COM DINHEIRO DO PRÓPRIO BOLSO, DEIXOU DE COMPRAR UM BELO APARTAMENTO PARA TAL FEITO.
CHEGAVA TODOS OS DIAS DEPOIS DAS 13H, POIS JÁ VINHA ALMOÇADO DE CASA, PRA ECONOMIZAR , ASSIM SOBRAVA MAIS DINHEIRO PRA REFORMA.
NÃO TINHA CARRO , UTILIZAVA UMA VIATURA DESCARACTERIZADA, VENDEU O CARRO PRA REFORMAR O DISTRITO.
COLOCOU PRA CHEFIAR SEUS INVESTIGADORES O MELHOR POLICIAL DO ESTADO, UM POLICIAL QUE ENTENDIA MUITO DE DROGAS, PÓ , PEDRA ETC…
METEU UM OFICIAL ADMINISTRATIVO PRA INTERAGIR COM OS COMERCIANTES E EMPRESÁRIOS DO RAMO DE DIVERSÃO ELETRONICA, ZOOLOGICO, AUTO PEÇAS DE PEÇAS USADAS, CASAS DE MOÇAS ESPECIALISTAS EM ATENDER HOMENS SOLITÁRIOS. TUOD ISSO PRA ARRECADAR FUNDOS PRA REFORMAR O DISTRITO.
METEU UM ASSISTENTE QUE ADORAVA TOMAR SUCO DE UVAS, MAS GOSTAVA TANTO QUE FOI PRA PERTO DAS UVAS, QUE TAMBÉM TRABALHOU MUITO PRA REFORMAR O DISTRITO.
CONCLUSÃO ESSES POBRES POLICIAIS FICARAM TÃO OBCECADOS PELA REFORMA QUE ESQUECERAM DE FAZER POLICIA, O BAIRRO CONTINUOU A MESMA MERDA OU PIOR, CADA UM DELES CONTRIBUIU UM POUQUINHO PRA SE LEVAR A POPULAÇÃO UMA FALSA SENSAÇÃO DE SEGURANÇA E PRO GOVERNO DO ESTADO QUE TUDO ALI ESTAVA BEM, POIS A DELEGACIA ESTAVA REFORMADA, SEM O ESTADO GASTAR UM ÚNICO CENTAVO, TUDO FOI DOADO ESPONTANEAMENTE PELA POPULAÇÃO LOCAL, QUE SENTIU-SE TRAIDA AO SABER QUE A MERDA DE ANTES SÓ PIOROU. MAIS ERA UMA VEZ, QUE A CONSCIÊNCIA DOEU, AI O CARA QUE SÓ QUERIA REFORMAR O DISTRITO FOI FICANDO VELHO, VIU QUE SUAS ATITUDES FORMA INCORRETAS , MAS JÁ ERA TARDE , O POVO DERRUBOU SUA DELEGACIA E TODAS AS OUTRAS DO MUNDO INTEIRO. FIM

Fubica

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Perfil : Delegacia do Campo Limpo é exemplo em atendimento e organização
17/03/2010 15:33:45 (4144 leituras)

Segundo pesquisas de uma aliança de ONGs e centros acadêmicos de vários países, o 37° Distrito Policial de São Paulo, localizado no Campo Limpo, zona oeste, foi classificada como a delegacia mais adequada em relação ao atendimento à população.

Isso se deve ao empenho dos funcionários, que realizam um trabalho organizado e amistoso com toda a comunidade. “Eu tinha uma fixação na ideia de que a delegacia de polícia tinha que ser mais bem apresentável e mais aberta à população”, explica Gilberto de Castro Ferreira, delegado titular do 37° DP e responsável por toda a mudança na delegacia.

“Tínhamos mais de 200 presos na delegacia, o que dificultava para fazer alguma coisa”, disse Ferreira. Assim que os presos foram removidos para as cadeias públicas, o espaço vazio serviu para grandes ideias e instalações. A primeira mudança começou no atendimento ao plantão. “Derrubamos as paredes porque a delegacia tem que ser clara e transparente”, justifica. As únicas salas fechadas no piso térreo são a do delegado plantonista e outra que é reservada à lavratura de flagrante.

No espaço que ficou vazio após a saída dos presos foram criadas uma brinquedoteca, uma sala de poesias, um espaço para os advogados, e o mais curioso, uma capela ecumênica. “Eu queria um lugar para dar más notícias, pois numa delegacia a gente dá duas a três más notícias por dia”, explicou. A capela foi desenvolvida em cima de um conceito de paz, sem envolvimento com nenhuma religião ou credo. Hoje, pessoas da comunidade vão até o local para fazer suas orações.

A brinquedoteca é equipada com livros, brinquedos e vídeos educativos ou filme em DVD para distrair a criança enquanto seus pais aguardam o atendimento. Uma voluntária cuida do espaço e dá assistência às crianças que utilizam o local.

No imenso saguão existente e também na sala destinada ao uso de advogados são efetuadas palestras educativas, campanhas diversas, como as de vacinação, e até um conjunto de instrumentos de cordas utiliza o espaço executando música clássica à comunidade. Tudo é muito limpo na delegacia, inclusive os banheiros, além da sala de espera onde as vítimas aguardam através de senhas, dispondo de uma televisão para sua distração, além dos outros espaços como a sala de poesias ou mesmo a capela.

“Hoje os maiores problemas na área são os roubos à transeunte e estupro de vulnerável (o que ocorre dentro da casa da criança com pessoas de sua convivência ou parentes próximos)”. Para melhorar essa situação, Ferreira já está pensando em palestras educativas, primeiramente para as mães e depois para crianças, de uma maneira em que se esclareça e evite o crime.

Gilberto Ferreira está no 37° DP desde 2004, quando a mesma ainda enfrentava diversos problemas devido ao número de ocorrências que ali havia. Com o seu trabalho e empenho de funcionários, a delegacia passou a ser referência tanto para os habitantes da região, que são mais de 700 mil, como para entidades que realizam trabalho de avaliação das mesmas.

Por Silvia Freitas

Bruno Covas visita 37ª Delegacia de Campo Limpo

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

gilbertoecovas

A convite do titular da 37ª Delegacia de Polícia, Gilberto de Castro Ferreira, o deputado Bruno Covas visitou o espaço totalmente reformado, no bairro do Campo Limpo, Zona Sul da cidade. Com foco em uma funcionalidade mais humanizada, a delegacia privilegia, hoje, o bom atendimento em instalações mais confortáveis e uma diversidade de equipamentos para uso da população, como brinquedoteca e capela ecumênica.

Desde que assumiu o comando da 37ª, o delegado Gilberto Ferreira se comprometeu em dar ao prédio uma nova cara, seja na estrutura física, com novos pisos, pintura e cuidado na decoração, como equipá-lo com móveis e utensílios necessários ao conforto dos moradores de Campo Limpo. Para tanto, foi buscar parcerias na comunidade e o resultado, hoje, é um prédio com acessibilidade quase que total, maior conforto tanto para o usuário quanto para o quadro de funcionários, e funcionamento com mais economia.

Para conseguir consumo menor de energia elétrica, o projeto de reforma previu o uso da luz natural em várias dependências, usando amplas janelas de vidro. O delegado Gilberto Ferreira adiantou que ainda faz parte do projeto providenciar a inclusão digital, “com equipamentos disponíveis tanto para os usuários da delegacia quanto para a comunidade do bairro”, esclareceu.

O deputado Bruno Covas mostrou-se sensivelmente impressionado com a reforma feita na 37ª Delegacia, “porque apresenta-se como um equipamento público dos mais qualificados, aproximando a Polícia e a comunidade, que aqui se sente recebida com distinção. Todos estão de parabéns, delegado Gilberto e os seus parceiros nessa empreitada, por terem acreditado e transformado a delegacia em um ambiente mais humanizado, acolhedor e eficiente”, elogiou o deputado

– See more at: http://brunocovas.com.br/bruno-covas-visita-37a-delegacia-de-campo-limpo/#sthash.D8b8vGsY.dpuf

Delegado do 37º DP é premiado no Fórum Nacional de Segurança
23/03/2010 15:40:00 (4027 leituras)

Representantes da Organização Não Governamental Altus, ONG holandesa que pesquisa o atendimento e os serviços oferecidos em delegacias de polícia em vários países, premiaram dia 16 de março, durante o 4º Fórum Nacional de Segurança Pública, em São Paulo, o delegado titular do 37º Distrito Policial, Gilberto de Castro Ferreira, pelo 3º lugar obtido pela unidade da Polícia Civil em bom atendimento ao público em 2010.

Por uma semana, os membros da Altus acompanharam a rotina no distrito do Campo Limpo, DP subordinado à 3ª Delegacia Seccional (Oeste), e o aspecto por eles destacado como excelente, dentre outros itens considerados bons, foi o atendimento às pessoas que procuraram os serviços policiais. Foram analisados rapidez de resposta às solicitações, qualidade das informações prestadas, resolução de questionamentos, nível de compreensão das ocorrências narradas pelas vítimas, cordialidade, educação e ambiente físico da unidade policial.

A cerimônia de entrega do prêmio ao 37º foi precedida do discurso do delegado geral de polícia, Domingos Paulo Neto, que elogiou todo o empenho das equipes do distrito para cumprir bem sua tarefa de polícia judiciária, bem como a diferenciada atenção dispensada à população, declarando-se orgulhoso por já ter trabalhado nesta delegacia, e por ser reconhecida uma unidade da periferia da cidade, como destacou.

Para o delegado Gilberto Ferreira, foi uma honra ter sido premiado pela ONG e igualmente por tê-lo sido durante o Fórum Nacional, o qual qualificou como importantíssimo para a discussão do futuro da Polícia Civil. Sobre a homenagem, enfatizou o reconhecimento internacional e visibilidade nacional de uma mudança de conceito na instituição: o de que o esmero em atender as pessoas é tão importante quanto o de investigar crimes. “É o reconhecimento dessa nova polícia, que não se preocupa somente em fazer inquérito, mas em tratar o público com transparência, e atenção”, disse.

O prêmio da Altus é financiado pelo governo britânico, e aqui no Brasil, conta com o apoio do Consulado Geral do Reino dos Países Baixos (Holanda).

Por Kerma Sousa Matos
Fotos: Reinaldo Lafuza

Abaixo é acusado de suposto vazamento de informações e favorecimento a policial autor de homicídio:
Flit Paralisante

PMs da ROTA são afastados acusados de estupro e tortura durante desocupação do Pinheirinho 57

Caro Guerra, demorou mas aconteceu…

Treze policiais da Rota que estavam na cidade de São José dos Campos, interior de São Paulo, para ajudar no patrulhamento durante a reintegração de posse da área do Pinheirinho, em janeiro de 2012, foram indiciados nesta quarta-feira (24), pelos crimes de estupro, tortura e lesão corporal. Outro soldado, do Copom (Centro de Operações da Polícia Militar) também foi indiciado porque não deu atenção à denúncia que uma das vítimas fez ao 190.

De acordo com o major Marcelino Fernandes da Silva, porta-voz da Corregedoria da PM, denúncias feitas à imprensa chegaram até a corporação. Foi apurado que por volta das 23h30 do dia 22 de janeiro de 2012, patrulhas da Rota entraram em uma rua no bairro Campo dos Alemães — próximo à área da reintegração — e abordaram sete pessoas, que estavam em uma casa.

Ao serem chamados para prestar esclarecimento, os 13 PMs disseram que, durante a ação, localizaram drogas e uma espingarda calibre 12, na casa. Na ocasião, um adolescente foi apreendido e seis pessoas foram detidas.

A versão das vítimas era diferente. Uma mulher ligou para o 190 logo após acontecido e disse que a casa em que ela estava com outras seis pessoas foi invadida pelos policiais da Rota. Uma delas foi levada ao banheiro por um tenente e obrigada a fazer sexo oral nele, após falar que era portadora do vírus HIV. Um sargento também submeteu a amiga dela à mesma situação.

Um adolescente, à época com 17 anos, foi empalado por um cabo de vassoura. Um homem foi torturado com choques. Os demais foram agredidos e coagidos pelos policiais, para que entregassem uma arma e drogas, que não estavam na casa e foram buscadas pelos dois homens em outro local, de acordo com o major.

— O Thiago [uma das vítimas] teria sofrido choque e os outros agressões e coação moral para a localização de uma arma que, segundo o Thiago, foi negociada a liberdade dele para que ele apresentasse uma arma. Ele disse que na residência dele tinha uma [arma] calibre 12 e ele a apresentou.

Os indiciados

Segundo a PM, foram indiciados o comandante daquela tropa, tenente Hilen Diniz dos Santos; os sargentos, Luiz César Ricome e Alex Sandro Teixeira de Oliveira; o cabo Cícero Marcos de Carvalho; e os soldados Anderson Cruz dos Santos, Eduardo Correia da Silva, Luiz Alberto Costa da Silva, Fabrício de Paula Ferreira, Marcelo Aparecido da Silva, Osmar Batista da Silva Júnior, Rodinei Rodolfo Rodrigues, Luiz Carlos Alvarenga e Nivaldo Santos Oliveira.

O soldado do Copom Evandro Valentim Ferreira deve responder pelo crime de prevaricação, porque, segundo o major, deu uma resposta “desleixada” à queixa que uma das vítimas fez ao 190. Além deles, o soldado Marcelo Ferreira Moyano está sendo processado administrativamente porque assumiu estar no local dos fatos, mas não estava. O exame toxicológico feito nele deu positivo para o uso de maconha. O policial admitiu ser usuário da droga.

Punições

O inquérito policial militar foi remetido nesta quarta-feira a Justiça Militar. Os casos de tortura vão ser enviados para a Justiça comum, responsável por julgar esse tipo de crime.

Todos os policiais envolvidos foram, segundo a PM, afastados dos cargos operacionais logo após as denúncias. O porta-voz da Corregedoria explicou que eles não foram presos porque não havia motivos que justificassem um eventual pedido.

— Você tem elementos para a questão da prisão preventiva. Por exemplo, eles não estão prejudicando a investigação, não estão ameaçando testemunhas, então não haveria motivos para essa prisão. Eles têm endereço fixo. A conduta deles até a data das investigações não era uma conduta desviante. Por isso que eles estão ainda afastados da atividade [operacional].

Duas vítimas devem ser processadas pelo porte de armas e drogas. Elas admitiram que estavam consumindo maconha e que correram para dentro da casa.

— Inclusive um foi buscar e a droga e a arma para tentar negociar e não ser preso.

A Polícia Civil também investiga o caso, mas, de acordo com a PM, o inquérito ainda não foi concluído. Houve compartilhamento de laudos e de informações durante as apurações.

Os PMs também respondem a processo administrativo. Se considerados culpados, os sargentos, o cabo e os soldados podem ser expulsos. O tenente poderá perder o posto e a patente e ser demitido.

De acordo com a Polícia Militar, entre janeiro e junho deste ano, 207 policiais foram expulsos da corporação por diversos motivos.

Reintegração do Pinheirinho

Especialista da ONU vê ‘violação drástica’ no Pinheirinho

Os policiais da Rota estavam em São José dos Campos em janeiro do ano passado para prestar apoio no patrulhamento da cidade, já que os PMs dos batalhões de área estavam envolvidos na desocupação do Pinheirinho, em que moravam cerca de 1.600 famílias.

O terreno, de mais de 1,3 milhão de m², pertence à empresa Selecta, do grupo Naji Nahas, e foi ocupado irregularmente em 2004 por uma comunidade ligada ao MTST (Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Sem-Teto).

A reintegração de posse foi marcada por vários confrontos entre moradores e policiais. Houve focos de incêndio em ruas e a rodovia Presidente Dutra chegou a ser bloqueada.

A ação terminou com pelo menos uma pessoa baleada e dois manifestantes detidos.

PORTA- VOZ DA SECRETARIA MENTIU – Sr. Lucas Tavares , de 2003 a 2010, procuramos a corregedoria e a SSP-SP levando informações depurativas…Resultado: em maio de 2011, ingressamos na lista dos 2.242 maus policiais demitidos das polícias…Meu caro, só existe corrupção “ESQUEMATIZADA” na Polícia Civil porque a Secretaria sempre impôs preço e certas obrigações em troca de cargos , transferências, absolvições e outros favores…Aprimorados foram os mecanismos de castigo e reprimenda aos “caguetas”; nada mais! 10

23/07/2013 – 04h00

Governo de São Paulo comenta crítica de delegado de polícia

Em carta publicada no domingo (Painel do Leitor), o delegado Paulo Lew parte de premissas equivocadas e, portanto, confunde os leitores ao sugerir que faltaria vontade política da Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo para combater a corrupção nas polícias.

Como pretenso conhecedor da matéria, Paulo Lew esquece-se de dizer que a corrupção é um problema corrente nas polícias de todo o mundo. A diferença entre elas são os mecanismos de controle que, no caso de São Paulo, têm sido aprimorados.

De 2007 até hoje, 2.242 maus policiais foram demitidos das polícias. Se o delegado tem alguma outra informação que possa colaborar nesse processo interno de depuração, deve procurar a corregedoria, sob pena de prevaricar ao não fazê-lo.

LUCAS TAVARES, coordenador de imprensa da Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

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21/07/2013 – 04h30

Delegado comenta editorial da Folha sobre a Polícia Civil

PAULO LEW, DELEGADO DE POLÍCIA
DE SÃO PAULO (SP)

Em relação ao editorial “Bandido ao quadrado” (“Opinião”, 18/7), cabe lembrar que, nos últimos 20 anos, tempo que teria sido suficiente para faxinar e reestruturar toda a Segurança Pública, os tais “bandidos ao quadrado” sempre foram chefiados por Alckmin, além de José Serra e Mário Covas, bem como por seus secretários de Segurança, escolhidos a dedo no seio da instituição responsável pelas prisões no Denarc (Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico).

Será que há mesmo o mencionado intento de limpeza?

PROMOTORES SÁDICOS + JUÍZES FROUXOS = DELEGADOS ACOVARDADOS…O Ministério Público nutre absoluto desrespeito pelos Delegados de Polícia…É impossível trabalhar com essa raça nos perseguindo contando com a tibieza de alguns juízes de 1ª instância 3

Delegado acusado de improbidade derruba condenação em 2ª instância –

Em 2ª instância, a desembargadora Maria Laura de Assis Moura Tavares, 5ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, deu provimento ao recurso do delegado, Heweraldo Weber Gonçalves , para julgar improcedente o pedido inicial e afastar a pena, imposta pela Justiça de Birigui.

Em 2ª instância, a desembargadora Maria Laura de Assis Moura Tavares, 5ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, deu provimento ao recurso do delegado, Heweraldo Weber Gonçalves , para julgar improcedente o pedido inicial e afastar a pena, imposta pela Justiça de Birigui.

A ação civil pública proposta pelo Ministério Público do Estado de São Paulo contra Heweraldo Weber Gonçalves, delegado de polícia, por não ter ele, em 21 de outubro de 2008, na cidade de Birigui lavrado auto de prisão em flagrante de Nelson Franzo que tinha sido detido por policiais militares por estar portando uma espingarda sem ter autorização legal.

Em 1ª instância, foi condenado as sanções previstas no artigo 12, inciso III, da Lei de Improbidade Administrativa.

A sentença de julgou parcialmente procedente o pedido, para declará-lo ato de improbidade administrativa porque deixou de praticar ato de oficio, por não ter efetuado prisão em flagrante de Nelson Franzo,

A condenação foi de pagamento de multa civil no valor de cinco vezes a remuneração atual. Em recurso, alegou que independência funcional na sua atuação como delegado de polícia e que entendeu que não estavam presentes os requisitos que autorizariam a lavratura de auto de prisão em flagrante, e que inocorreu o crime previsto no artigo 319 do Código Penal, por falta de atuação dolosa.

Afirmou ainda que não recebeu qualquer vantagem indevida, e que não está caracterizado ato de improbidade administrativa, o que impõe a reversão do julgado. Informa que agiu dentro do poder discricionário conferido ao delegado de polícia, por ter entendido que a arma não tinha condições de efetuar disparo, o que afastaria a condição de flagrância da pessoa que lhe foi apresentada. “Tem-se dos autos que, no caso concreto, o ato praticado pelo réu foi bem justificado, conforme consta do boletim de ocorrência O réu não se quedou inerte, como alega o autor.

Heweraldo deu andamento ao inquérito, tendo sido posteriormente oferecida denúncia em face de Nelson, como incurso no artigo 14 da Lei n° 10.826/03, e proferida sentença que o condenou à prestação de serviços à comunidade ou à entidade pública e prestação pecuniária.

Os fatos, portanto, guardam correlação lógica com a medida que foi tomada e com a forma em que foi tomada. Houve coerência entre a conduta do agente público e as circunstâncias à sua volta, que indicam a

inexistência de ato de improbidade administrativa.

Assim, a prova existente não é suficiente para um juízo condenatório, até porque a improbidade administrativa exige certeza sobre a

irregularidade da conduta do indivíduo, inexistente no caso.

Ao contrário, os depoimentos e o agir das partes envolvidas levam a crer que não foi praticado oato de improbidade administrativa previsto no inciso II, do artigo 11, da Lei 8.429/92.

Cabe destacar que o réu adotou as medidas necessárias para apurar a conduta de Nelson, tanto que este último foi réu em ação penal decorrente do evento em questão.

Não há qualquer indício de que o réu Heweraldo agiu com dolo e nem de que ele tenha atuado em razão de sentimento pessoal, sendo certo que a lei de improbidade administrativa busca punir o agente desonesto, e não aquele meramente inábil ou incompetente. O réu não atuou buscando fimilegítimo ou benefício próprio.

O réu alega que se quer conhecia Nelson até a data dos fatos e realmente não há qualquer indício de que eles se conheciam ou de que o réu tivesse qualquer interesse na liberdade de Nelson.

Não se pode afirmar que, in casu, houve inobservância de dever de ofício ou mesmo má-fé, ante as provas juntadas aos autos. No caso

em exame, não se pode considerar demonstrada a intenção específica de omissão, de forma que o réu não pode ser enquadrado nos dispositivos previstos na Lei n° 8.429/82.

Conclui-se, portanto, inexistir ato de improbidade administrativa, mas apenas potencial irregularidade incapaz de ofender os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência que devem nortear os atos da Administração Pública.

O apelante informa que agiu dentro do poder discricionário conferido ao delegado de polícia, por ter entendido que a arma não tinha condições de efetuar disparo, o que afastaria a condição de flagrância da pessoa que lhe foi apresentada”, concluiu a desembargadora.

Ethos Redação

Marilda Pansonato Pinheiro – IDOLATRIA AO MP : OS “SANTOS DE BARRO” 27

Caros,

Segue artigo já publicado em vários jornais do interior. Espero que cada colega consiga reproduzí- lo nos jornais locais.

” Quem luta contra nós reforça os nossos nervos e aguça as nossas habilidades. O nosso antagonista é quem mais nos ajuda”. Edmund Burke

IDOLATRIA AO M.P :  OS “SANTOS” DE BARRO
O Ministério Público (MP) assume, com o aval da sociedade civil – em época de manifestações e passeatas contra a Proposta da Emenda Constitucional (PEC) n.º 37, o papel de defensor da justiça. Acima do bem ou do mal, como “Paladinos da Justiça”, promotores e procuradores são acusadores e também condutores da investigação.   E o que vemos agora são desmandos e arbitrariedades como os ocorridos durante a operação que culminou na prisão ilegal do delegado Clemente Calvo Castilhone Júnior, coordenador da Unidade de Inteligência do Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc).  Castilhone permaneceu quatro dias preso sob a sórdida e leviana acusação de repassar informações sobre operações do MP.

Muito além do linchamento moral promovido por uma ação sem base legal, afinal no Direito pátrio a prisão é exceção e não a regra. Tal leviandade ganhou proporção midiática consolidada pelo clamor público que sem demora, julgou e aniquilou com a vida e a carreira de um inocente. Em poucos dias, Castilhone foi atacado pela mídia, tendo seu nome e rosto divulgados em manchetes nacionais e internacionais apresentando-o como “aliado do tráfico”.

À categoria, ora representada pela ADPESP, cabe se posicionar de forma convicta para que tais injustiças, desmandos e humilhações públicas sejam aniquilados do paradigma imposto pelo MP. Em reação, Ato de Desagravo diante da arbitrariedade e escracho público ao qual a categoria foi submetida com o episódio da prisão de Clemente Castilhone. Não somos contra a punição de maus policiais, tampouco, defendemos a impunidade, mas, nos posicionamos a favor da investigação embasada nos pressupostos da Lei. E ainda que fosse culpado, neste caso seria tipificado como Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), por se tratar de uma  infração de menor potencial ofensivo, para o qual a medida constritiva seria juridicamente incabível .

Cabe à sociedade civil a responsabilidade por ter saído às ruas, marchado e enfrentado os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário em nome de uma causa pouco conhecida. Após a rejeição da Câmara dos Deputados à proposta de emenda constitucional que definiria claramente a inviabilidade de investigação pelo Ministério Público, ações como a de prisão de Clemente ou como a deflagrada na cidade de Santos – onde integrantes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) em operação coordenada pelo MP invadiram erroneamente e sem mandado judicial, duas residências de cidadãos inocentes que não tinham nenhuma ligação com o crime organizado- serão cada vez mais frequentes. Logo a idolatria da sociedade civil ao Ministério Público cairá por terra diante dos desmandos e arbitrariedades encenados pelos  travestidos de “Paladinos da Justiça”, mas verdadeiros “santos” de barro.   

Ao Governo do Estado de São Paulo é válida a reflexão sobre sua política de segurança pública que há 20 anos traz à frente dessa pasta, especialmente, membros do Ministério Público, que a cada dia ratifica sua falência funcional tornando a polícia investigativa uma instituição enfraquecida, cujos prejuízos se tornam cada vez mais amargos.

O basta ao desrespeito será dado em 29 de julho, data em que a categoria protagonizará a “Operação Blecaute”, em um ato em que todos os Delegados e Policiais Civis do Estado de São Paulo paralisarão suas atividades por duas horas.

 Marilda Pansonato Pinheiro – Presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo

Associação dos Delegados de Polícia do Brasil – ADEPOL / BR: Nota de Repúdio 14

Enviado em 24/07/2013 as 0:34 – IRINEU

23/07/2013 – Nota de Repúdio

A Associação dos Delegados de Polícia doBrasil – ADEPOL/BR, diante de evento amplamente divulgado na imprensa acerca da operação de alguns membros do Ministério Público de São Paulo que resultou na prisão do Delegado de Polícia civil Clemente Calvo Castilhone Junior, assim se manifesta:

O Estado Democrático de Direito impõe aos cidadãos e às instituições o irrestrito e fiel respeito às leis e, em especial, à Constituição. E tal imperativo se sobreleva em relação às ações do Ministério Público, a quem incumbe a defesa da ordem jurídica.

A promoção de investigações criminais sem autorização constitucional e por meio de procedimento não previsto em lei, por si só, afigura-se causa para eloquente censura. Entretanto, julgando-se acima do império da legalidade, o Ministério Público passou a se valer de suas investigações como elemento de propaganda, objetivando a desmoralização de agentes públicos e instituições.

Ao promover investigações ao arrepio da lei e ao vazar o áudio e as degravações de escutas telefônicas a um programa televisivo de elevada audiência, o Ministério Público talvez tenha conseguido se promover para um tipo de publico que não tem o alcance dos riscos que tais atos ostentam para a estabilidade jurídica e democrática do País. Entretanto, causa espécie, preocupação e indignação àqueles que
vislumbram nisso uma atroz ameaça aos elevados valores democráticos e humanísticos que, a grande custo, inspiraram a elaboração da Constituição Cidadã.

O desrespeito à legalidade e o vilipendio ao direito à honra e a presunção de inocência são ataques que não alcançam apenas a um indivíduo, mas a toda a coletividade e, precipuamente, ao Estado brasileiro.

O escudo inquebrantável da independência funcional e a falta de controle externo não são supedâneos a ações ministeriais que não observem a estrita legalidade e o respeito aos direitos fundamentais da pessoa humana. Tampouco justificam ações que visem à intimidação de pessoas e categorias profissionais, “in casu”, os delegados de polícia.

A ADEPOL/BR repudia os atos midiáticos praticados por alguns membros do Ministério Público paulista e manifesta a sua grave preocupação com a forma irresponsável com que essa instituição vem afrontando a ordem jurídica pátria.

Paulo Roberto D’Almeida
Presidente
Associação dos Delegados de Polícia do Brasil – ADEPOL/BR

AUTO-INVESTIGAÇÃO – Qual o perfil que o Serviço Técnico de Análise de Perfis Criminais e Transgressores traçará do delegado chefe das Corregedorias Auxiliares…Outrora suspeito de suposta inércia em relação aos crimes do alto escalão , vazamento de informações e pretenso emprego irregular de viatura e combustível do Erário para transitar diariamente de Rio Preto a ACADEPOL 5

Enviado em 23/07/2013 as 23:17 – sérgio

É isso aí, Fubica, naquele prédio da Rua da Consolação é somente um excesso de divisões, dcfs e outras merdas, é um tal de semana magra-semana gorda que nunca, mas nunca deveria existir, ainda mais diante da falta de funcionários nas delegacias. Comecem a traçar o perfil ocioso dos que alí trabalham, além de acabar com essa putaria do dia sim-dia não existente na maioria dos departamentos da Polícia ( além de algumas delegacias também o fazerem), e, se é prá ouvir denuncia contra policiais, que as referidas sejam devidamente apuradas prá DEPOIS punirem e não o contrário, como são feitas hoje, sem escracho de foto e nome na imprensa. Puna-se os maus funcionários, mas nunca cometa-se INJUSTIÇAS, vamos evitar acidentes! Fui!!!

Lima é suspeito de vazar informações a respeito de investigações sigilosas contra policiais de uma delegacia especializada da cidade, investigados por envolvimento com o crime organizado

por Flit Paralisante • Sem-categoria

http://www.votechapa3.com.br/luis_lima.html

Luís Fernando Camargo Cunha Lima·

Formado em Direito pela Universidade de São Paulo/São Francisco em 1989.
Iniciou a carreira de Delegado de Polícia em 1990 e já trabalhou no DEGRAN, DEMACRO, DECAP, DECON, Secretaria de Segurança Pública e Corregedoria.
É professor da Academia de Polícia – disciplina de Polícia Comunitária e Direitos Humanos. É autor do livro “Perfil social do crime”.
· Delegado de Polícia de 1ª Classe, em exercício na Corregedoria Geral.

LUÍS FERNANDO CAMARGO CUNHA LIMA – EX-CORREGEDOR AUXILIAR DO DEINTER-5

Ex-corregedor foi afastado

Em 2009, o então chefe da Corregedoria da Polícia Civil em Rio Preto, Luís Fernando Camargo da Cunha Lima, foi afastado do cargo após suspeita de vazar informações de diligências realizadas por subordinados contra policiais ligados à máfia do jogo de azar.

Na ocasião, o Diário apurou que um delegado investigado foi informado que seus telefones haviam sido grampeados por ordem da Justiça. Em março de 2011, a Corregedoria flagrou um cassino clandestino que funcionava em uma chácara de Catanduva. 23 pessoas foram detidas, incluindo a gerente do cassino e outros dois funcionários do local.

Os indícios de vazamento das investigações revoltaram promotores e policiais que trabalham no caso. “Temos acompanhado há um tempo as investigações da Corregedoria de Rio Preto e percebemos que elas não progridem em razão do vazamento. Há uma estranha relação de subordinação do corregedor (Camargo) com o chefe da Polícia Civil de Rio Preto (Antônio Mestre Filho)”, afirmou um promotor. Nem promotores nem policiais sabem dizer, no entanto, se a divulgação indevida é dolosa (de má fé) ou culposa (sem intenção). “Fica o ponto de interrogação. Não sabemos se o delegado esteve no Deinter por outro motivo e, sem querer, soltou a informação que acabou no ouvido do investigado ou se foi de propósito. O fato é que isso não aconteceu pela primeira vez”, disse um policial. Não é a primeira vez que o nome do delegado da DIG aparece relacionado ao crime organizado. No ano passado, ele teria escapado de uma investigação que resultou na ação penal contra o investigador Francisco Seraguza. O investigador foi processado em fevereiro do ano passado por formação de quadrilha, corrupção passiva e violação de sigilo funcional.

Lima afirma desconhecer denúncia
O delegado corregedor Luís Fernando Camargo da Cunha Lima diz desconhecer qualquer denúncia formulada contra ele na Corregedoria Geral. “Não tenho consciência de nenhuma apuração contra mim. Não fui notificado, nem intimado a prestar esclarecimentos sobre nada”, disse o delegado ontem à tarde ao Diário. Camargo é suspeito de vazar informações de investigações relacionadas ao envolvimento de policiais de uma delegacia especializada da cidade com o crime organizado. A denúncia contra o corregedor foi entregue pelo Ministério Público. “Quem trabalha como corregedor, eventualmente é denunciado por policiais e investigado até mesmo por conta de denúncias anônimas. São ossos do ofício”, afirma Camargo. “Vou responder a qualquer questionamento. Meu trabalho é transparente e não me recuso a prestar os esclarecimentos necessários.”

Corregedor há 14 anos, seis deles em Rio Preto, Camargo afirma que já foi investigado outras vezes, mas nada foi comprovado. Ele não informou o teor das investigações. “Como julgo sindicâncias, processos administrativos e mando instaurar inquérito contra policiais, é normal que surjam alguns desafetos”, diz. De acordo com Camargo, eventualmente são feitas visitas às delegacias e ao Deinter-5 (Departamento de Polícia Judiciária do Interior), mas de cunho “estritamente profissional”. “A Corregedoria é um órgão independente da polícia. Nos reportamos diretamente ao secretário de Segurança Pública.

04/04/13 09:03 – São José do Rio Preto

Corregedoria manda para SP inquérito sobre ‘vazamento’

A Corregedoria Geral de Polícia Civil transferiu o inquérito da Operação Queda D’Água, que estava sendo presidido em Rio Preto, para a Divisão de Crimes Funcionais, em São Paulo. O inquérito investiga a participação de pelo menos cinco policiais no vazamento de informações para a máfia de caça-níqueis que atua na região.

Victor Augusto

A Corregedoria Geral de Polícia Civil transferiu o inquérito da Operação Queda D’Água, que estava sendo presidido em Rio Preto, para a Divisão de Crimes Funcionais, em São Paulo. O inquérito investiga a participação de pelo menos cinco policiais no vazamento de informações para a máfia de caça-níqueis que atua na região.

A mudança foi divulgada pela Secretaria de Segurança do Estado um dia depois de o Diário publicar reportagem com duras críticas do Gaeco, grupo especial do Ministério Público, sobre a nomeação da delegada Cristina Helena Spir Sant’Ana para assumir a chefia do órgão corregedor. Cristina responde a procedimento interno que apura a fuga de um preso da cadeia quando ela era delegada em Tanabi. Além disso, o marido dela, o também delegado Ricardo Afonso Rodrigues é suspeito de suposta violação de sigilo funcional, acusado de vazar ações da corregedoria para os policiais investigados na Operação Queda D’Água.

De acordo com o ex-corregedor de Rio Preto e que agora atua na chefia das Corregedorias Auxiliares (Interior), Luiz Fernando Camargo da Cunha Lima, o inquérito será investigado pela Divisão de Crimes Funcionais. “Ainda não tenho o ofício em mãos sobre a vinda do inquérito para São Paulo, mas sei que ele será analisado pelos delegados da Divisão de Crimes Funcionais. Também não posso falar sobre os critérios que fizeram o inquérito vir para cá, já que essa é uma decisão do corregedor-geral”, afirmou Lima.

Os promotores do Gaeco de Rio Preto, João Santa Terra e Evandro Ornelas Leal, responsáveis pela Operação Queda D’Água, afirmam que até agora também não foram informados oficialmente sobre as mudanças. “Contudo, se de alguma forma a eventual mudança na presidência do inquérito acarretar prejuízo para a investigação, como com o deslocamento para São Paulo, este órgão do Gaeco tomará as providências cabíveis no âmbito judicial”, diz a nota enviada ao Diário.

Os promotores também aguardam ser comunicados sobre os motivos que levaram a mudança no comando da corregedoria em Rio Preto, com o afastamento dos delegados Laércio Ceneviva e Airton Douglas Honório das investigações. “Ainda estamos esperando informações contundentes que justifiquem o fato de modificar a presidência de uma investigação extremamente sensível bem na sua fase mais importante”, afirmam.

Outro lado

Procurada por telefone e na corregedoria, a delegada Cristina Helena não quis atender a reportagem. Por telefone a secretária da corregedoria, que se identificou como Edinice, afirmou que a delegada estava em uma ligação e que o ramal dela estava ocupado. A reportagem foi até a corregedoria e o atendente Marcos disse que ela não poderia falar a reportagem.

Em nota, a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública informou apenas que “as investigações estão sob sigilo e acompanhadas pelo MP”. A nota afirma ainda que “ a Corregedoria, dentro do devido processo legal, punirá quem quer que seja culpado, pouco importando sua condição pessoal ou profissional”

https://flitparalisante.wordpress.com/2013/07/23/apos-prisoes-no-denarc-corregedoria-cria-servico-para-tracar-perfil-criminal-dos-policiais/

“PARECE SER ” – Policiais civis de SP prometem parar em protesto contra prisão de delegado 45

23/07/2013 – 18h28

 

 Folha de São Paulo

ANDRÉ CARAMANTE
AFONSO BENITES
DE SÃO PAULO

Entidades que defendem interesses de delegados da Polícia Civil de São Paulo promoverão nos próximos dias protestos contra a prisão do chefe do Denarc (narcóticos) suspeito de vazar informações internas da corporação.

Em uma das manifestações, policiais civis de todo o Estado planejam não registrar ocorrências entre 10h e 12h da próxima segunda-feira (29). O protesto, organizado pela Adpesp (Associação dos Delegados de Polícia de SP), vem sendo chamado de “Operação Blackout”.


O delegado Clemente Calvo Castilhone Júnior era chefe do setor de inteligência do Denarc, e 
ficou preso dos últimos dias 15 a 18.

Três promotores do Gaeco (grupo de promotores que investigam crime organizado) de Campinas acusaram Castilhone Júnior de vazar informações de uma operação policial que visava prender traficantes ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital) na região de Campinas (a 93 km de São Paulo).

O Sindpesp (Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de SP) prepara para a noite de quarta-feira (24) um ato de desagravo em sua sede, no centro de São Paulo.

A entidade sustenta que o Ministério Público Estadual “expôs de maneira leviana a imagem da Polícia Civil e, principalmente, do delegado de polícia” ao pedir à Justiça as prisões de Castilhone Júnior e de Fábio do Amaral Alcântara, também do Denarc.

A Adepolbr (Associação dos Delegados de Polícia do Brasil) afirmou, em nota, que “o Ministério Público passou a se valer de suas investigações como elemento de propaganda, objetivando a desmoralização de agentes públicos e instituições”.

O promotor José Cláudio Tadeu Baglio, do Gaeco, afirmou no último dia 19 que a prisão de Castilhone Júnior foi “drástica, mas absolutamente necessária” para entender como o vazamento de informações ocorreu, mas reconheceu que o delegado não tinha participação no suposto esquema de corrupção e não vazou de forma proposital qualquer informação.

Nesta quarta-feira (23), o delegado Castilhone Júnior foi recebido na reunião do Conselho da Polícia Civil, órgão que reúne todos os diretores da instituição no Estado. Foi a primeira vez na história da polícia paulista em que um delegado que ainda não chegou ao topo da carreira pôde participar do encontro, em que recebeu apoio da cúpula da corporação.

REUNIÕES

De acordo com o Gaeco, o delegado Castilhone Júnior vazou informações apresentadas em duas reuniões do CIISP (Centro Integrado de Inteligência de Segurança Pública de SP), órgão que integra as polícias Federal e Militar e vários setores da Polícia Civil paulista.

Em repúdio à prisão de Castilhone Júnior, outros membros da Polícia Civil que atuam no CIISP, segundo apurou a Folha, cogitam deixar o órgão com receio de que também sejam acusados de vazar informações.

Atualmente, integrantes do CIISP monitoram cerca de 200 telefones celulares de integrantes do PCC. Há também um sistema de escutas ambientais em celas da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP), onde está a maior parte dos chefes da facção.

Em depoimento ao Gaeco no último dia 17, o delegado disse que só falou com seu superior no Denarc, Marco Antonio de Paula Santos, e com seus subordinados na inteligência do Denarc para tratar do possível apoio à operação do Gaeco contra os traficantes de Campinas.

Eram os traficantes do bairro São Fernando que, segundo o Gaeco, foram alvos de sequestros e extorsões por parte de alguns investigadores do Denarc.

Entre os extorquidos estavam dois homens acusados de serem da quadrilha de Wanderson Nilton Paula Lima, o Andinho. Ele está preso desde 2002. As interceptações telefônicas do Gaeco flagraram conversas de Andinho com os criminosos que supostamente eram extorquidos pelos policiais.

‘PARECE SER’

Além de reclamarem da prisão do delegado Castilhone Júnior, as entidades de classe ainda contestam as informações contra Rodrigo de Longhi Gomes de Mello, um dos policiais civis acusados de participação nas extorsões contra traficantes de Campinas. A pedido do Gaeco, ele foi preso mesmo depois de um acusado de tráfico não tê-lo reconhecido como envolvido no suposto esquema de corrupção.

“O terceiro policial eu não me recordo bem, mas parece ser a pessoa da fotografia abaixo [a do policial Mello]”, disse Lucas Escotão, suspeito de integrar o tráfico.

Na tarde desta terça-feira (23), Mello foi submetido a um reconhecimento a uma acareação com os suspeitos de tráfico e não foi reconhecido por nenhum deles.


O Gaeco pediu a prisão temporária de 13 policiais civis. Até hoje, três continuam foragidos.

Protestos de policiais civis termina pacificamente 35

Enviado em 23/07/2013 as 18:24 – ESCRIVÃ GATINHA

Protetos de policiais civis termina pacificamente
Cerca de 300 pessoas chegaram a bloquear a Avenida Morumbi, mas não houve confrontos
23 de julho de 2013 | 17h 16
Assine a Newsletter Bruno Ribeiro e Tiago Dantas – O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO – Terminou por volta das 17h, sem registro de ocorrências, a manifestação promovida por sindicatos e associações de membros da Polícia Civil no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado de São Paulo, marcada para esta terça-feira, 23. O ato, que saiu do Parque do Povo, no Itaim, chegou a bloquear a Avenida Morumbi, onde fica o palácio, mas não houve maiores implicações ao trânsito da cidade.

Segundo o sindicato que representa os investigadores da Polícia Civil, cerca de 300 manifestantes compareceram. O sindicato informou que comitivas de policiais de cidades como Assis, Campinas, Jundiaí, além da região metropolitana, foram ao ato.

A Polícia Civil tem diversas categorias (e sindicatos e associações) diferentes, como investigadores, escrivães e delegados, além de peritos do Instituto de Criminalística (IC). As categorias estão em campanha salarial, com porcentuais de reajuste variados, além de outras pautas trabalhistas. Ainda não há data para uma eventual greve na polícia. Tanto o sindicato quanto a associação que representam os delegados de polícia não compareceram à manifestação.

Nesta manhã, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que está disposto a conversar com os policias civis que pretendem entrar em greve. “Sempre abertos ao diálogo”, garantiu. Alckmin disse ainda que o governo pretende gastar R$ 700 milhões em benefícios aos policiais. “Este ano tivemos a incorporação do adicional por local de exercício (Ale), o que aumenta salário das Polícias Civil, Militar, Científica e Penitenciária.”

Após prisões no Denarc, Corregedoria cria serviço para traçar ‘perfil criminal’ dos policiais 35

do UOL23/07/201308h43

Do UOL, em São Paulo

A Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo terá um serviço para traçar o perfil dos investigadores e delegados da corporação como forma de prevenir possíveis desvios de conduta. A medida, publicada no Diário Oficial desta terça-feira (23), ocorre após a prisão de dez policiais do Denarc (Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico) desde o dia 15, suspeitos de receber propina de traficantes em Campinas (94 km de São Paulo).

O Serviço Técnico de Análise de Perfis Criminais e Transgressores vai dar apoio às investigações que envolvam policiais e será responsável pela produção de estudos técnicos e “pesquisas comportamentais” para facilitar a identificação de perfis criminais na corporação, com o objetivo de prevenir “ilicitudes” e identificar a autoria de crimes cometidos por investigadores e delegados.

Policiais presos

Após uma semana foragido, o policial do Denarc (Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico) Danilo da Silva Nascimento se apresentou à Corregedoria da Polícia Civilna madrugada de segunda-feira (22). A informação foi confirmada pelo Ministério Público.

Nascimento era um dos quatro policiais do departamento que seguiam foragidos da Justiça desde a última segunda (15), quando foi deflagrada a operação do Gaeco (Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado) e da Corregedoria da Polícia Civil contra um grupo de 13 policiais do Denarc suspeitos de receber propina de traficantes em Campinas (94 km de São Paulo).

Com a prisão do policial, hoje, já são dez os policiais presos do órgão –mas o chefe da inteligência, o delegado Clemente Castilhone Júnior, preso na segunda-feira, teve o alvará de soltura expedido pela Justiça na última quinta-feira (18). Seguem foragidos, com mandado de prisão temporária expedido, os policiais Daniel Dreyer Bazzan, Danilo Leonel Rodrigues Santos e Silvio Cesar de Carvalho Videira

Leia mais em: http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/brasil/2013/07/23/apos-prisoes-no-denarc-corregedoria-cria-servico-para-tracar-perfil-dos-policiais.htm

“A ÂNCORA ” – Delegado faz graves críticas à atuação da presidência da ADPESP; conclamando os pares a filiação maciça ao SINDPESP 104

Snap 2013-07-22 at 23.30.41Caros Colegas;
1 – Como todos sabemos um sindicato é a instituição com poderes de fato e de direito para representar legalmente uma classe de trabalhadores. Assim sendo o SINDPESP é o órgão que representa todos os Delegados de Polícia de São Paulo. Ocorre que, por muitos anos, nós Delegados inchamos a ADPESP (que tem natureza jurídica de clube, com fins recreativos) e deixamos a míngua o Sindicato. O motivo talvez tenha sido o ranço direitista que permeava nossa classe. Os antigos torciam o nariz para o Sindicato que trazia em seu contexto uma ideia de esquerda.
Hoje estamos tentando consertar este equívoco dando início a uma campanha de filiação maciça ao Sindpesp, para que este venha a ter a magnitude que lhe é de direito. Estamos privilegiando todas as atitudes do Sindicato, para que nossas reivindicações sejam não apenas legitimas mas legais.
2 – Quando a Marilda assumiu a presidência da ADPESP, ela trouxe consigo um frescor que empolgou a todos nós (e não só Delegados), um colega do interior e, ainda por cima, de terceira classe. Por um longo tempo ela teve o apoio da maioria absoluta dos Delegados que acreditamos ser ela a salvações da Polícia Civil.
Como sempre as coisas não são como sonhamos ou queremos. O poder corrompe, se você quiser saber a verdadeira personalidade de uma pessoa, dê-lhe algum poder. Foi o que aconteceu. A Marilda iniciou uma negociação secreta com o governador, chamou um pequeno grupo para participar e alijou todos os demais Delegados com a alegação de que não podia prestar contas para não vazar e prejudicar as negociações.
O tempo foi passando e nada ocorria, quando a paciência de todos foi se esgotando ela convocou uma Assembleia e durante, “milagrosamente” o telefone dela tocou e para surpresa de todos era o governador. Fingindo surpresa ela colocou no viva voz e o Dr. Alckmin fez um monte de promessas vazias. Alguns acreditaram e ela foi aplaudida. Empolgada ela disse que representava todos os Delegados de Polícia e não os operacionais, eles não eram seu problema e as respectivas associações ou sindicatos que lutassem por eles. Alguns combativos colegas tentaram argumentar que sem os operacionais não iríamos a lugar nenhum mas ela foi intransigente em deixa-los de fora.
Foi ai que começou a dissidência. Um pouco antes das eleições o governador enviou o projeto de carreira jurídica, ela garantiu que o projeto era seu e, parte da classe iludida votou por um segundo mandato.
Permanecendo no poder foi ai, então, que os pés de barro da “Santa” Marilda começaram a aparecer. Primeiro foi um e-mail ridículo enviado ao “Dr. Geraldo” expondo todo o seu peleguismo, depois vieram vários desmandos e decisões suspeitas, culminando no vergonhoso “caso” Sinfrônio, onde um indivíduo conseguiu ludibriar toda a diretoria da ADPESP e apropriou-se de um valor absurdo bem sob os narizes da Marilda e seu tesoureiro.
Em sua prepotência ela empinou o nariz e passou a agir como se nada tivesse acontecido. Só que desta vez muitos Delegados viraram as costas para a presidente e a ADPESP, chegando a uma campanha pela desfiliação. Ao ver seu poder diminuir o que fez a senhora? Voltou-se para os operacionais que ela tanto desprezara e, sem nenhum critério ou apoio passou a apoiar manifestações conjuntas.
3 – Ocorre que a preocupação dos Delegados (agora unidos com os colegas de todo o País) desviou-se um pouco da questão salarial para a sobrevivência. Após a rejeição da PEC 37, iniciou-se em Brasília um movimento para regulamentar a investigação pelo Ministério Público. O Dep. Carlos Sampaio, líder do PSDB na Câmara apresentou um projeto de lei (PLC 5820/13) que praticamente coloca toda a Polícia Civil sob as ordens do MP e esvazia todos os poderes do Delegado de Polícia. Este projeto esta na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados – CSPCCO e o presidente, Dep. Otávio Leite, do PSDB/RJ, MP de coração e inimigo mortal da Polícia Civil, vai colocá-lo, com parecer favorável, em votação assim que voltarem do recesso parlamentar.
Como vocês veem, meus amigos, a questão é de sobrevivência. A força para impedir esta com São Paulo. Só que a Marilda rompeu com a ADEPOL e não quer saber de nada. Nossa cúpula, como sempre, finge que não é com eles. Toda nossa representação esta nas mãos do SINDPESP e dos colegas que fazem parte do grupo que criamos. Já estive em Brasília e vi que as coisas estão pretas para nós e as Polícias Civis de todos os Estados jogam a culpa na PC de São Paulo, que é chamada de “a Ancora”, pois impede o desenvolvimento de todas as demais.
Estes são os motivos porque estamos ignorando qualquer coisa por parte da Marilda e não estamos, por enquanto, participando das manifestações. Já preparamos um substitutivo que sera apresentado por um dos Deputados de São Paulo. Assim que passar este tsunami que nos ameaça em termos institucionais, pretendemos voltar nosso foco para os problemas de nosso Estado. Só que mais fortes e com o apoio de todas as instituições de Delegados do Brasil.
Espero ter me feito entender.

 Dr. Gilberto de Castro Ferreira – Delegado  de Polícia

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Em embarcações, peça pesada e de formato especial, presa a cordas ou correntes, e que, lançada ao mar, impede que a embarcação se desloque.

ADEPOL DO BRASIL – NOTA DE REPÚDIO – CASO DENARC 14

NOTA DE REPÚDIO
 
                   A Associação dos Delegados de Polícia do Brasil – ADEPOL/BR, diante de evento amplamente divulgado na imprensa acerca da operação do Ministério Público de São Paulo que resultou na prisão do Delegado de Polícia civil Clemente Calvo Castilhone Junior, assim se manifesta.
                   O Estado Democrático de Direito impõe aos cidadãos e às instituições o irrestrito e fiel respeito às leis e, em especial, à Constituição. E tal imperativo se sobreleva em relação às ações do Ministério Público, a quem incumbe a defesa da ordem jurídica.
                   A promoção de investigações criminais sem autorização constitucional e por meio de procedimento não previsto em lei, por si só, afigura-se causa para eloquente censura. Entretanto, julgando-se acima do império da legalidade, o Ministério Público passou a se valer de suas investigações como elemento de propaganda, objetivando a desmoralização de agentes públicos e instituições.
                   Ao promover investigações ao arrepio da lei e ao vazar o áudio e as degravações de escutas telefônicas a um programa televisivo de elevada audiência, o Ministério Público talvez tenha conseguido se promover para um tipo de publico que não tem o alcance dos riscos que tais atos ostentam para a estabilidade jurídica e democrática do País. Entretanto, causa espécie, preocupação e indignação àqueles que vislumbram nisso uma atroz ameaça aos elevados valores democráticos e humanísticos que, a grande custo, inspiraram a elaboração da Constituição Cidadã.
                   O desrespeito à legalidade e o vilipendio ao direito à honra e a presunção de inocência são ataques que não alcançam apenas a um indivíduo, mas a toda a coletividade e, precipuamente, ao Estado brasileiro.
                   O escudo inquebrantável da independência funcional e a falta de controle externo não são supedâneos a ações ministeriais que não observem a estrita legalidade e o respeito aos direitos fundamentais da pessoa humana. Tampouco justificam ações que visem à intimidação de pessoas e categorias profissionais, “in casu”, os delegados de polícia.
                  A ADEPOL/BR repudia os atos midiáticos praticados pelo Ministério Público paulista e manifesta a sua grave preocupação com a forma irresponsável com que essa instituição vem afrontando a ordem jurídica pátria.
Paulo Roberto D’Almeida
Presidente da ADEPOL-BR

Grupos de extermínio da PM são organizados por policiais de “patente alta” e há envolvimento de políticos 22

Exclusivo: Em entrevista, policiais revelam como agem os grupos de extermínio em SP

Agentes afirmam que esquadrões de morte são organizados por policiais de “patente alta” e há envolvimento de políticos

Por Igor Carvalho

Dois policiais militares foram convidados a participar de grupos de extermínio que se organizam dentro da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Ao recusar o convite, passaram a ser perseguidos dentro da corporação. P1 e P2, como serão chamados nessa matéria, estão ameaçados de morte, sofrem com escalas desumanas de trabalho e seguem isolados dos demais companheiros.

(Marcelo Camargo/ABr)

P1 e P2 aceitaram falar, sob condição de anonimato, comFórum. Foram necessários três encontros sem qualquer entrevista gravada, apenas negociando. Somente na quarta reunião, em um local reservado, no interior de São Paulo, os agentes decidiram falar. Foram mais de três horas de entrevista, com acusações que revelam uma estrutura corrompida e precária da Polícia Militar.

Os agentes afirmam que os oficiais de “patente alta” são responsáveis pela imagem ruim da corporação. Para P1 e P2, a perseguição a cabos, soldados e sargentos é equivocada.  Os assassinatos feitos por encomenda e o envolvimento com comerciantes, para prestação de serviços de segurança, tem aval de policiais de alta patente. “A coisa é grande, é gente grande, tem político envolvido no meio.”

Os números mostram que ações violentas fazem parte do cotidiano das polícias paulistas. De 2001 até 2011, policiais em serviço ou em folga foram responsáveis pela morte de 6.809 pessoas, no estado de São Paulo. A cifra é quase o dobro do total de civis mortos por agentes americanos em todos os estados dos EUA no mesmo período. Os índices fizeram com que, em maio de 2012, o Conselho de Direitos Humanos da ONU sugerisse ao Brasil a extinção da Polícia Militar.

Em 2012, 547 pessoas foram assassinadas em confronto com a Polícia Militar no estado de São Paulo. Os casos são registrados com o “auto de resistência seguida de morte”. “Está tão na cara que não é verdade, que não tem mais quem acredite. Se os oficiais inventarem esse teatro para se proteger nada acontece”, afirma P2, sobre os autos. Além dos números oficiais, há uma quantidade grande de homicídios que também podem ser responsabilidade degrupos de extermínio.

Confira a entrevista abaixo:

Fórum – Existe grupo de extermínio dentro da PM, no estado de São Paulo?
P1 – Sim, existe.

Fórum – Como operam esses grupos?
P1 – Como posso falar? Existem vários interesses que vem desse pessoal, dos comandantes, de querer algo em troca. É muita autoridade que dão para eles. Ou seja, ele comanda uma área, essa área é subordinada a ele, que é o chefe, passa atribuições, passa tais serviços e coloca você para trabalhar para outras pessoas. É ele que vê para onde a viatura vai ter que se deslocar, quem vê em quais comércios as viaturas vão ficar. Se você for contra os ideais do comando, é colocado em um pelotão em que vai ter que fazer alguns serviços desumanos, questão de horas de serviço, a sua escala vai ser pior, é um jogo mental. As pessoas que fazem o que eles [comandantes] querem, tem melhor escala, se tornam protegidos.

Fórum- Fazer o que eles querem, é participar de grupos de extermínio?
P1- Isso. Se for o caso, se for chamado para isso. Se você vê alguma coisa e delatar, sua família e você vão correr risco também.P2 – O que você quer saber é o seguinte: Tudo começa com os oficiais, não com a gente aqui embaixo. São oficiais, grandões. Quem comanda isso é gente de patente alta, todo mundo está enganado. Todo mundo só averigua soldado, cabo, sargento e até um tenente, mas não é, é coronel, é capitão e major. A coisa é grande, é gente grande, tem político envolvido no meio.

Fórum – Que tipo de político está envolvido no meio?
P2 – Você quer um exemplo? Na minha unidade tem um sargento que é o capanga de um político, ele é o testa de ferro dele. Esse cara se tornou o escalante na minha unidade, ele coloca a viatura aonde quer. Se os caras vão fazer algum tipo de serviço sujo em determinado local, ele tira a viatura dali e coloca em outro lugar.

Fórum – “Se os caras”? Quem são os “caras”?
P2 – Oficiais. Capitão e major. Ou mesmo o político. Então, é isso que acontece, só gente grande. Se nós fizermos algo, acabou pra gente, estamos numa situação de escravidão. Eu e o colega [outro policial presente na entrevista] estamos numa situação de escravidão. Estamos passando justamente o que você está perguntando, se a gente não participa [grupos de extermínio], a gente não presta.

Fórum – Vocês já participaram?
P2 – Não e não quero.

Fórum – O que acontece com quem se recusa a participar dos grupos de extermínio?
P2 – Sofre como estamos sofrendo: tortura psicológica, escalas, eu fui trancado numa sala, fui trancado por um sargento, porque estou afrontando um oficial, e ele é o braço direito desse oficial.

Fórum – Mas já te intimaram a participar desses grupos?
P2 – Já. Você não tem noção do que é isso aí, é uma máfia, pior do que o PCC. Você não tem noção do que é isso aí por dentro.

Fórum – Que tipos de interesses estão por trás desses grupos?
P1 – Começa com uma coisa de injustiça. Os policiais percebem que estão fazendo a coisa certa, mas os bandidos estão sempre saindo pela porta da frente. Aí começa o seguinte, a pessoa quer fazer justiça com a própria mão, aí a pessoa perde aquele ideal de proteção à sociedade e passa a oferecer perigo. Tem o envolvimento com o comércio, se torna um negócio, porque o cara tá precisando de um “serviço” e falam “ah, tem um cara aí que faz”, aí o cara já matou 10, 12, 15, começa a se tornar esse comércio de vidas.

Fórum – Estamos vendo chacinas nas periferias da cidade e na Grande São Paulo. Não me parece que a motivação seja só comercial.
P2 – Aí o problema é social e de governo. O governo tem autoridade para dar aumento para os “polícia”, dar rádio, armamento, comunicação, mas ele não faz. O governador não gosta de polícia, ele só pisa em polícia. O “polícia” está na rua imprensado, o povo não gosta de polícia e o governo não ajuda, é confronto direto, o que o camarada faz? “Não tem jeito, vou ter que partir para aquilo, vou ter que fazer”, e aí começa. Mata um, mata dois, mata dez.

Fórum – Ganha gosto em matar?
P2 – Tem gente que mata por gosto e tem gente que mata por necessidade. Veja bem: esse sargento que eu falei corre com gente errada, vagabundo e político. Aí ele ganha poder e ameaça os policiais da corporação. Chega na gente e fala: “Você tem filho e você tem pai, vou te matar”. “Ah, o senhor vai matar?”. Antes de o cara me matar, eu mato ele. Aí começa. Aí é um negócio que não para mais, porque aí você precisa matar outro, e outro, e não para mais. E tem aqueles que fazem por dinheiro. Esse sargento ameaçou de morte onze pessoas, tem uma firma em que o cara contratou ele. Funciona assim, o dono da empresa não quer pagar os direitos dos funcionários, ele contratou uma policial feminina e um policial, e eles foram nessa firma. Tem uma sala para eles, eles foram fardados e de viatura. O sargento recebe os funcionários, coloca a arma na cabeça e fala: “Se você não pedir a conta, eu mato você”, e ele mata mesmo. Esse cara não trabalha na rua, trabalha “interno”.

Fórum – Porque vocês acham que morre tanto negro na periferia?
P1 – O que acontece é o seguinte, a Polícia Militar de São Paulo é uma instituição forte, em que todo mundo tenta cumprir o certo. Isso que está acontecendo são pessoas de má índole que estão querendo acabar com a instituição. Mas veja bem, quem teria que fazer as coisas, não faz, foram lá fazer acordo com o PCC, com o Marcola. É uma instituição que tem como melhorar, mas as pessoas de patente alta não ajudam, não é todo mundo, não podemos generalizar.

Fórum – Como atua um grupo de extermínio?
P2 – Os “patente alta” têm uma equipe deles, de Força Tática, de RP, ou de Administração, eles têm os caras de confiança. Então, o que acontece, ele é o escalante, coloca uma viatura onde quiser, sai e manda o pessoal fazer o trabalho e tira as viaturas de perto.

Fórum – Então, se determinado oficial quer fazer uma ação em determinada área, ele tira as outras viaturas da região para poder atuar?
P2 – Isso. Mas é só nego grande, não é gente pequena. Sargento é pequeno, essa máfia é coisa pesada.

Fórum – O que vocês sentem, quando veem a forma como a Polícia Militar vem sendo tratada, com tanto descrédito?
P2 – Eu sinto pena, porque entrei na polícia para ser polícia, não vagabundo, vagabundo tem demais na rua. Então, assim, estou indignado porque o certo é errado, e o errado é certo e isso está prevalecendo, ou seja, estou sendo acusado por oficiais de fatos que não cometi, não tenho como provar, estou dependendo de advogados, pagando esses advogados.

Fórum – Tudo isso porque não quis participar desses…
P2 – É. Eu fiz o certo, fiz tudo que está na lei, afrontei um oficial grande, que não gostou de minha atitude. Estou sendo perseguido, humilhado, não tenho escala, sem ambiente social, estou sendo ameaçado e passando necessidade na minha casa.

Fórum – Quando o governador do estado coloca alguém que já comandou a Rota e que tem algumas mortes nas costas, para comandar a Polícia Militar, vocês sentem que, de alguma forma, quem está dentro pode entender que é uma carta branca para matar nas ruas?
P2 – De todo jeito tem [essa carta branca], com ou sem ele.

Fórum – Existem grupos de extermínio fora da capital e Grande São Paulo?
P2 – Sim, mas a maior pegada é na Baixada Santista, a Baixada é pior.

Fórum – A corregedoria e a Polícia Civil investigam o que acontece internamente, na Polícia Militar?
P2 – Só soldado e cabo. Foi o que eu falei, se eles fizessem um pente fino nos oficiais, vocês iriam se surpreender, não têm noção do que acontece ali dentro.
P1 – Vocês sabiam que em 2006, quando começaram os ataques do PCC, os oficiais alugaram quartos em um determinado hotel de Sorocaba e ficaram se protegendo lá, enquanto que o policial e sua família estavam morrendo?
P2 – Presta atenção em algo: o governo quer colocar a população contra a PM. Ele quer, não, está conseguindo fazer isso.

Fórum – Como fica o policial que tenta ser correto, ao ver tantos policiais que estão morrendo na rua?
P2 – Revolta. É desmotivação.
P1 – Seus ideias começam a se perder. Como vou dar segurança para a sociedade, se estou correndo risco de morrer? Começa a ocorrer uma guerra interna na corporação. Pô, você sai para fazer o patrulhamento e a cabeça fica pensando na mulher que tá em casa, no filho na escola.

Fórum – Qual o perfil do policial que atua em grupos de extermínio?
P1 – Calmo, bem sossegado, você nem imagina que ele seja capaz de fazer esse tipo de coisa.
P2 – E é oficial, patente alta.

Fórum – Se não partir do governo ou da Secretaria de Segurança Pública, não haverá mudança?
P2 – Não terá. Ou o governo limpa o alto escalão da PM, ou vocês não vão conseguir acabar com os grupos de extermínio. Tudo vem de lá, lá de cima. Ou limpa-se o alto escalão da PM, ou não haverá jeito.

Fórum – Nunca houve, dentro da unidade, uma tentativa de denunciar e se levantar contra tudo isso?
P1 – Estamos sufocados, não tem como. Se você abrir a boca, vai para o Presídio Romão Gomes, direto.

Fórum – Vocês pensam em sair da polícia?
P2 – Várias vezes.
P1 – Bastante.

Fórum – E porque vocês ficam?
P1 – É a vontade de fazer o correto, ainda acredito no ideal da Polícia Militar. A coisa mais gostosa do mundo é quando alguém está passando uma necessidade e você pode ajudar, aí depois a pessoa te procura e agradece pelo que fez.
P2 – Para que você tenha uma ideia do que estamos sofrendo. Você já pesou na balança que o que esses oficiais querem é a mesma coisa que o PCC quer? Você já parou para pensar que os policiais que morreram é tudo praça? Não tem oficial. Por que? O que nos chegou é que o acordo determinava que morressem somente praças (patentes baixas) e em dia de folga. Sabe por que? Para o governo não pagar os R$ 100 mil que a família tem direito, porque se morrer fardado tem que pagar o seguro que é R$ 100 mil.

Fórum – O comando da Polícia Militar, hoje, faz parte desse contexto do crime organizado em São Paulo?
P2 – Ele é o cabeça do crime organizado. É simples: o comandante da Polícia Militar, como ele visa lucro? Multa. A Rodoviária (Polícia) tem uma meta de multa, se não fizer aquele número ele tá fodido. Se não fizer, é cana.

Fórum – Vocês identificam que no comando da Polícia existem pessoas que enriqueceram em um nível que não é compatível com o que ganham?
P2 – (risos) Um monte.
P1 – Eles têm motorista particular. Tem notebook, celular, Nextel, carro, que ganham de parceiros, tudo de graça.

Fórum – O que vocês pensam da Rota?
P2 – É um mal necessário. Porque o governo descambou, desmoralizou a Polícia Militar. A Rota chegou ao extremo, em sua atuação, devido ao comando. O governo usa a Rota como se fosse escape, perdeu o controle.

Fórum – A PM é treinada para proteger ou matar?

P2 – Hoje, para porra nenhuma. Nem treinamento temos, nem bota para trabalhar eu tenho.

Fórum – O Tribunal de Justiça Militar intimida alguém? Como é a atuação do TJM?
P2 – Só tem coronel lá dentro. Qual deles tem curso de Direito? Alguém é promotor ou juiz lá? Quantos policiais inocentes, que não quiserem pertencer a máfia foram parar lá e eles condenaram? Para que existe isso, esse TJM? Para o alto comando não existe lei, a lei é eles. Eu quero saber porque oficial não é mandado embora da PM quando comete um crime? Porque o soldado é expulso e condenado, enquanto o oficial é transferido?

Fórum – O auto de Resistência Seguida de Morte está sendo usado da forma correta ou banalizou?
P1 – Até a gente lá dentro desconfia.
P2 – Está tão na cara que não é verdade, que não tem mais quem acredite. Se os oficiais inventarem esse teatro para se proteger, nada acontece. Porque a corregedoria da Polícia não investiga policiais? Oficial ganha R$ 20 mil por mês? Ganha carro? Eu soube que oficiais ganharam carros da Honda. Por que a corregedoria não bate pesado lá em cima?

http://revistaforum.com.br/blog/2013/07/exclusivo-em-entrevista-policiais-revelam-como-agem-os-grupos-de-exterminio-em-sao-paulo/