Governador fica em “saia justa” no encontro surpresa com o Presidente do SIPESP 69

http://www.sipesp.org.br/governador-fica-em-saia-justa-no-encontro-surpresa-com-o-presidente-do-sipesp/

26 de julho de 2013   Notícias
No dia de hoje – 25/07/2013, na cidade de Bauru, o Presidente do SIPESP, João Rebouças, compareceu na Central de Polícia Judiciária, onde encontrava-se o Governador Geraldo Alckmin.
Interrompendo a coletiva do governador, o presidente do SIPESP, cobrou:
– A falta de diálogo com as Entidades da Polícia Civil.
– O desrespeito com os policiais, que no dia 11/07/2013, enfrente ao Palácio dos Bandeirantes, solicitavam debaixo de chuva, uma audiência com sua Excelência o Governador, que nos ignorou, mostrando sua falta de habilidade política.
– Cobrou a Lei 1067/2008 (Nível Universitário), para Escrivães e Investigadores que até hoje não foi pago.
– O ALE estendido a todos, inclusive aposentados e pensionistas.
– O fim do Interstício para aposentadoria.
– Carreira Jurídica para Delegados.
– Reestruturação das Carreiras.
– A Aposentadoria Especial Lei 51/85.
– Para os Penitenciários, seis classes e não oito.

Encontro do presidente do SIPESP, João Rebouças, com o Governador  Geraldo Alckmin

Encontro do presidente do SIPESP, João Rebouças, com o Governador Geraldo Alckmin
Mais uma vez enfatizou que, o Governador recebeu TODA sociedade civil, porque não recebe os policiais, que são os melhores do país e recebem os piores salários!?
Solicitou que o Governador Geraldo Alckmin, em frente aos jornalistas ali presente, marcasse a Audiência há muito tempo aguardada pelas Entidades da Polícia Civil.
O Governador informou ao presidente que irá marcar a Audiência. Se não for mais uma “pegadinha”, aguardaremos como está previsto em Assembleia Geral Extraordinária Permanente, até 31/07/2013.
Vamos continuar mobilizados, indo onde o Governador estiver, cobrando dele as promessas feitas, pois não podemos continuar com este tratamento de descaso, como o governo nos trata.
Estamos perdendo nossos policiais para outros Estados e para Segurança Privada, pois as condições de trabalho, salário e tratamento são mais dignos e melhores.
Por tanto, conforme Assembleia Geral Extraordinária Permanente aprovada no dia 04/07, a Polícia Civil e o Sistema Penitenciário, irão parar a partir de agosto.
A Diretoria
Veja o vídeo: 

DIA 29 – Secretário: manifestação da Polícia Civil-SP não trará prejuízo à população 21

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella Vieira, disse nessa quinta-feira durante entrevista à imprensa na sede da Secretaria, no centro da capital paulista, que as manifestações de delegados e policiais civis marcadas para a próxima segunda-feira (29) não devem trazer problemas para a população.

‘Respeitamos todo tipo de manifestação. Não acredito que esta manifestação possa trazer prejuízos. Quero crer que as autoridades responsáveis pelos departamentos e pelas unidades policiais vão assegurar que não haja prejuízos à população. Acreditamos no bom-senso para que não haja prejuízos’, disse o secretário.

A Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Adpesp), o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp) e outras entidades e associações agendaram duas manifestações para a próxima segunda-feira (29). Na primeira delas, delegados e policiais civis de todo o estado vão paralisar as atividades pelo período de duas horas, entre as 10h e as 12h. Durante a paralisação, as delegacias estarão abertas, mas não vão atender ao público.

O movimento, segundo a Adpesp, é de protesto contra as péssimas condições de trabalho e também em repúdio contra ‘a arbitrariedade e escracho ao qual a categoria foi submetida com o episódio da prisão dos delegados do Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc)’. O segundo ato será uma marcha, que sairá às 14h da Galeria do Conjunto Cinerama, na Avenida Ipiranga, no centro da capital, com destino à sede da Procuradoria-Geral de Justiça, na Rua Riachuelo, também no centro da capital, onde acontecerá o ato de repúdio.

Entre as reivindicações, segundo as entidades, estão a reestruturação da Polícia Civil com carreira jurídica para delegados, nível universitário para investigadores e escrivães e recomposição salarial.

Para o secretário, o fato de dois dos dez policiais civis do Denarc, que são investigados pelo Ministério Público e pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil por suspeita envolvimento com o tráfico de drogas, terem sido soltos esta semana, não indica que eles sejam inocentes ou que houve falhas na operação, que foi desencadeada no dia 15 de julho.

‘Estamos dando todo o apoio a essa investigação, que está sendo desenvolvida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e pelo Ministério Público. Só queria destacar que a prisão temporária é uma prisão para investigação. O fato de a prisão temporária não ter sido prorrogada ou de ter sido relaxada, não significa atestar a isenção de culpa ou de que não haverá denúncia ou de que não vai haver prisão preventiva. Ela tem uma finalidade, que é facilitar a investigação’, disse o secretário. ‘Não é algo que está sendo conduzido por nós (sobre a investigação), mas estamos apoiando. Quero reafirmar nosso compromisso no combate à corrupção. Não estamos varrendo nada para debaixo do tapete’, completou.

Para o secretário, não houve excessos nas prisões dos policiais civis, já que elas foram feitas em cumprimento a uma ordem judicial. ‘A prisão decorreu de uma ordem judicial. Foi o juiz que mandou prender e foi ele que relaxou a prisão. Se houvesse excesso, teria partido do juiz e não acredito [nisso]‘, declarou.

Segundo a Corregedoria da Polícia Civil, dos 13 policiais investigados pelo Ministério Público, oito permanecem sob custódia, dois foram libertados por força do cumprimento do alvará de soltura e três ainda permanecem foragidos.

O secretário também comentou sobre o indiciamento de 14 policiais pela Corregedoria da Polícia Militar que são acusados de agressão, tortura e abuso sexual contra moradores de São José dos Campos (SP) em janeiro do ano passado, quando houve reforço no patrulhamento da cidade por causa da desocupação de milhares de famílias que viviam em uma área da cidade conhecida como Pinheirinho.

Mesmo passado um ano e meio do fato, para o secretário, não houve demora na apuração do caso e no indiciamento dos policiais. ‘Não houve demora porque estamos sujeitos a cumprir a lei. E há uma série de providências e de procedimentos, e a investigação decorreu nos termos da lei. O resultado dessa investigação vemos com absoluta tranquilidade. O comando não compactua com desvios de conduta. Foi a própria corregedoria que conduziu a investigação e que chegou a essa conclusão’, disse o secretário, acrescentando que, só este ano, 149 policiais militares foram presos e 55 expulsos, após apuração da corregedoria.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

O grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador, Fortaleza, Porto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.