Marião – Investigador Mário Augusto Giannini – do Deic foi assassinado, ele é extremamente querido por todos nós e fará muita falta! 59

Enviado em 14/07/2013 as 16:39 – Eu sei quem sou

Dr Guerra por gentileza de uma atenção a esse caso, pois o Marião do Deic foi assassinado, ele é extremamente querido por todos nós e fará muita falta!

13/07/2013- 20h42

Investigador da Polícia Civil é morto em assalto no centro de SP

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Atualizado às 22h25.

Um investigador do Deic (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado), da Polícia Civil, foi morto na manhã deste sábado (13) durante um assalto na região do Mercado Municipal, no centro de São Paulo.

De acordo com a polícia, Mário Augusto Giannini, 55, estava com o filho, uma neta e uma sobrinha no carro, quando foi abordado por três suspeitos armados, por volta das 11h, na esquina da avenida do Estado com a avenida Mercúrio.

Os suspeitos fingiam ser vendedores ambulantes, segundo a polícia. Eles levaram uma corrente de ouro e um relógio do policial. Quando tentavam pegar sua carteira, porém, um dos assaltantes teria visto a arma do policial, e por isso, atirado contra ele.

Mesmo ferido no peito, o investigador ainda efetuou um disparo contra o suspeito.

Após ser baleado, o assaltante correu, mas foi localizado em uma rua próxima por policiais militares, que seguiram marcas de sangue.

O suspeito foi reconhecido pelo filho do investigador e encaminhado para a Santa Casa por conta do ferimento. A polícia ainda busca os outros dois suspeitos. Um deles já foi identificado como o filho do assaltante baleado.

OUTRO CASO

Um policial militar aposentado, que não teve o nome divulgado, também foi morto durante um assalto na noite de sexta-feira (12).

Após ser abordado por dois homens em um bar em São Miguel Paulista, na zona leste, o PM reagiu e atirou contra os assaltantes. Houve troca de tiros e o policial acabou atingido.

Ele foi socorrido ao hospital Tide Setúbal, mas não resistiu aos ferimentos. A polícia não soube informar se os bandidos foram feridos na troca de tiros. Nenhum objeto da vítima foi levado.

Arapongas modernos 4

medo-da-internet-620x450

14 Jul 2013

Novas tecnologias mudam o modo de coletar e de monitorar informações sigilosas. Especialistas dizem que a prática ajuda governos na tomada de decisões

RENATA TRANCHES – CORREIO BRAZILIENSE

Se ao falarmos de espionagem você imagina um araponga, de capa e chapéu, ou um porão escuro com agentes interceptando códigos Morse, está na hora de rever seu conceito. As revelações sobre o esquema global de monitoramento de dados da Agência de Segurança Nacional (NSA, em inglês) dos Estados Unidos mostraram que ela é mais comum do que se imagina. Pode estar acontecendo agora, enquanto esta reportagem está sendo lida. Na era conectada da espionagem, a internet e as tecnologias permitem ao novo espião acessar qualquer lugar, por meio de redes e de cabos em volta do mundo, sem respeitar fronteiras, dando à prática um alcance inédito na história, como avaliaram especialistas ouvidos pelo Correio. Se por um lado a sociedade civil mostra-se revoltada com a invasão de privacidade, por outro, vários países insinuaram que a praticam. O truque, segundo analistas, está em não ser pego.

Desde sua primeira revelação, em 6 de junho, Edward Snowden, o ex-técnico terceirizado da NSA, não parou mais. Cinco semanas depois, o mundo se depara com um emaranhado de siglas e nomes de programas e softwares que compõe uma extensa teia de vigilância que, assim como a internet, não respeita fronteiras. Nem as aliadas. Os vazamentos evidenciaram uma conduta de coleta de dados dos serviços secretos americanos que tiveram como alvos governos próximos a Washington, como países da União Europeia e da América Latina. Muitos desses países revelaram programas semelhantes.

De acordo com Bernardo Wahl, professor de relações Internacionais da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap, São Paulo), isso não é de se estranhar. “Após o (atentado de) 11 de Setembro, essa atividade voltou a ganhar importância como um instrumento dos Estados para subsidiar o processo de tomada de decisão em política externa”, afirmou. Muito praticada durante a Guerra Fria, a espionagem com objetivos militares perdeu força com o fim das hostilidades entre o Ocidente e a União Soviética. Na década de 1990, segundo Wahl, o aparato de inteligência passou a atuar na área econômica, no contexto da globalização. Com as ameaças de ataques terroristas que se seguiram a 2001, ele retornou às origens. “Houve falha de inteligência no 11 de Setembro, já que ela não antecipou os ataques”, disse.

A segurança, aliás, tem sido o argumento dos americanos para justificar a existência do esquema de espionagem de comunicações. Autoridades em Washington garantem que vários atentados foram impedidos graças a essa coleta de informações. Mas os EUA não estão sozinhos. Apesar da forte reação do presidente François Hollande ao saber que as comunicações de seu país foram espionadas, o jornal Le Monde divulgou que a França mantém uma base de dados com milhões de chamadas telefônicas, e-mails e atividades das redes sociais.

No Reino Unido, o jornal britânico The Guardian noticiou que o país faz uso das informações monitoradas pelo Prism, o programa secreto americano que permite à NSA acessar dados de usuários de nove empresas de informática, da Microsoft ao Twitter. O serviço britânico de inteligência afirmou que não comentaria informações dessa natureza. Na quinta-feira, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, declarou, em entrevista à revista Die Zeit, que a proteção de um Estado contra ataques terroristas seria “impossível sem a possibilidade de monitorar as telecomunicações”.

A chanceler, que cresceu sob o regime comunista da ex-República Democrática Alemã, considerou que os atuais serviços de inteligência “não têm comparação” com a polícia política da Alemanha Oriental, a Stasi. Na avaliação de Wahl, o passado da Alemanha dividida fez com que os cidadãos se indignassem ao descobrirem que tiveram as comunicações monitoradas. Edward Lozansky, diretor da American University em Moscou (Rússia), disse ter certeza de que a maioria dos governos pratica a espionagem, em maior ou menor grau, mas os EUA estão à frente de todos, graças à vantagem tecnológica e aos recursos financeiros. “A diferença dos tempos da Guerra Fria para hoje é que temos ameaças vindas de atores não governamentais, motivo pelo qual a espionagem se tornou global”, explicou. As preocupações com segurança e política externa, porém, não anularam a espionagem industrial.

Máquina de escrever

Questionada pelos EUA pela ciberespionagem, a China, de acordo com Wahl, é bastante atuante, no que diz respeito à propriedade intelectual. “É mais barato obter informações por meio de espionagem do que investir em pesquisa e desenvolvimento”, disse. Segundo o professor, estudos apontam que a China tem o maior exército de guerreiros cibernéticos do mundo. O tema foi tratado pelos presidentes americano, Barack Obama, e chinês, Xi Jiping, na recente visita deste à Califórnia.

O problema para os governos, segundos os analistas, é quando são pegos espionando. “Os países têm de se preocupar em fazer isso de maneira sigilosa, que não traga problemas para o relacionamento com outras nações, nem com a opinião pública mundial”, avaliou Wahl. Com medo de ter os dados vazados, o Departamento de Defesa da Rússia resolveu, na última semana, recorrer à máquina de datilografia. “Bem-vindo à nova era, onde mísseis e outras armas pesadas se tornaram menos relevantes que o acesso à informação”, concluiu Lozansky.

Três perguntas para

Bernardo Wahl, professor de relações internacionais da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap)

Como o senhor compararia esse escândalo da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos EUA com outros?

O interessante, não só no caso da NSA como de outras agências de inteligência, incluindo a CIA, é que frequentemente se envolvem nesse tipo de situação. Este da NSA é o mais recente. Na década de 1990, houve outro, escala menor, no caso do (programa Echelon). O sistema envolvia o monitoramento das comunicações globais e, na época, foi um grande escândalo. A diferença do que acontece hoje é que os programas atuais são em escala muito maior. O que Edward Snowden revelou mostrou que as atividades da NSA são muito mais amplas do que na década de 1990. A espionagem alcançou um patamar nos dias de hoje como nunca antes na história mundial.

Quem pratica a espionagem hoje em dia?

Originalmente, uma atividade mais militar, hoje ela está presente em diversos setores da sociedade. O grupo Anonymous declarou, recentemente, a criação da sua agência de inteligência chamada Paranoia. Pode até ter um certo humor, ironia aí, mas mostra que vários grupos da sociedade têm usado essa ferramenta para subsidiar suas ações. Ainda assim, o principal ator é o Estado.

Qual é a situação do Brasil?

O caso do Brasil é problemático, porque temos uma situação histórica. Se voltarmos ao regime militar, um dos seus órgãos era o SNI, que é a sigla para Serviço Nacional de Informação. O criador do SNI foi o general Golbery Couto e Silva. Ele próprio disse, certa vez, que tinha criado um “monstro” que saiu do controle. Existe um trauma no Brasil com relação aos serviços de informação, muito associados à repressão política. Apesar de essa ser uma possibilidade, o serviço de inteligência não é só isso. É muito mais amplo. Desde a redemocratização, vem se tentando reorganizar esse serviço no país. (RT)

Paulistas se armam contra a insegurança 19

14 Jul 2013

Para especialista, armamento da população pode levar a “guerra de todos contra todos”

ADRIANA FARIAS COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

 PISTOLAS(1)

Dez anos após o Estatuto do Desarmamento entrar em vigor e da campanha que se seguiu no ano seguinte, a Folha analisou dados da Polícia Federal sobre posse de armas.

Segundo os números, a procura de armamento por civis, no Estado de São Paulo, teve crescimento impressionante: de 22 armas comercializadas em 2004, o número chegou a 1.283 no ano passado. Um aumento de 5.732%.

Foram os civis, e não quem trabalha com segurança, que mais compraram armas novas no país: são deles 64% desses registros (sem considerar a comercialização de arsenal usado).

O publicitário Adriano, 30, gastou oito meses e R$ 10 mil em aulas de tiro e com a papelada necessária para ter a posse de uma pistola calibre 380 (R$ 2.500).

“A gente tenta se proteger da forma que está à disposição, até onde nosso dinheiro alcança”, afirma.

Para o sociólogo Sérgio Adorno, 61, coordenador do NEV (Núcleo de Estudos da Violência) da USP, “a consequência de uma população armada é grave”. “Vamos instituir uma espécie de guerra de todos contra todos. Aquele que tiver a arma mais poderosa vai matar mais e vai se sentir mais protegido.”

Para Nelson de Oliveira Junior, 59, presidente da Academia de Tiro Centaurus, “as pessoas querem ter o direito básico à legítima defesa.”

“Todos estão sendo atingidos por esse desequilíbrio entre o cidadão de bem e o marginal. Então, vêm desde a classe A até a classe D”, afirma.

Em 2003, o Estatuto do Desarmamento fez várias restrições: proibiu o porte, elevou a idade mínima para posse e passou a exigir teste psicológico e comprovação de capacidade técnica para atirar.

Um curso básico custa no mínimo R$ 500 e pode durar quatro horas ou até dois dias. O aluno deve ter mais de 18 anos e apresentar atestado (negativo, claro) de antecedentes criminais.

Pesquisas americanas analisadas pelo NEV-USP mostram que ter arma em casa aumenta a possibilidade de desfechos fatais.

O sociólogo Adorno lembra de um vídeo do Museu do Holocausto (Berlim), no qual a cientista política Hannah Arendt responde se afinal foram mortos 5 milhões ou 6 milhões de judeus.

“Hannah declarou: O número não interessa’. A ideia de que você possa ter armas que matam pessoas é que é grave.