CARREIRA ARIANA – Recado ao Dr. CAEX ( Horário de Almoço ) : O Ministério Público não aprova negros, mulheres gordas, mulheres feias; muito menos policiais civis…Todos vocacionados para a corrupção 99

nemnegronemmulhergordaEnviado em 03/07/2013 as 14:49 | Em resposta a horário de almoço.

Horário de Almoço, você já deveria ter aprendido que para defender ideias e aspirações pessoais é desnecessário tentar desqualificar o alheio; muito pior quando se macula o próprio órgão em que trabalha enaltecendo o órgão em que pretende ingressar.

Aliás, se é que você é verdadeiramente, como já afirmou neste Blog, investigador de polícia pretendente a ocupar cargo de Promotor!

Diga-se de passagem, se você não é da família dos Bacarat, dos Guimarães Pereira, dos Tucunduva e quejandos, morrerá na Polícia Civil, pois é mais fácil um camelo atravessar buraco de fechadura do que investigador de polícia, desprovido de nome e parentes importantes ,  por mais capaz que seja, ser aprovado como Promotor .

Para o MP aprovação de investigador de polícia compromete a imagem da Instituição.

Antigamente um ou outro escrivão foi aceito na casta.

Mas, atualmente, investigador e negro no MP é a mesma coisa… Um negro a cada cem anos para comemoração de data cívica.

O MP não aprova negros, mulheres gordas e feias; muito menos policiais civis… Todos vocacionados para a corrupção.

carreiraarianaOs novos Promotores de Justiça, com o Procurador-Geral de Justiça e a Banca Examinadora, na solenidade de posse

Oportunidade de carreira digna: 4,6 mil cargos na Polícia Civil 45

Governo de São Paulo cria 4,6 mil cargos na Polícia Civil

O governo do Estado de São Paulo anunciou na manhã desta quarta-feira a criação de um total de 4.653 vagas na Polícia Civil, representando um aumento nos gastos de R$ 305 milhões por ano, sendo R$ 135 milhões apenas para a polícia científica e o restante para outros cargos.
A cerimônia que oficializou o anúncio foi realizada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) e pelo secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, no Palácio dos Bandeirantes.
Alckmin sancionou um Projeto de Lei Complementar (PLC) criando 1.853 cargos para a Superintendência da Polícia Técnico-Científica do Estado. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, as vagas serão preenchidas por 200 médicos legistas, 529 peritos criminais, 55 desenhistas técnico-periciais, 120 fotógrafos técnico-periciais, 155 auxiliares de necropsia e 110 atendentes de necrotérios policiais. Além disso, serão abertos 600 cargos de oficial administrativo e 84 de técnico de laboratório.
A Secretaria de Segurança Pública anunciou também que serão abertas outras 2.800 vagas para a Polícia Civil, sendo 129 para delegados e 1.384 para investigadores.

Quarta-feira, 03 de Julho de 2013

Alckmin cria 1.853 novos cargos  técnico-científicos da Polícia Civil

 

O governador Geraldo Alckmin sancionou nesta quarta-feira, 3, Projeto de Lei Complementar (PLC) que cria 1.853 novos cargos à Superintendência da Polícia Técnico-Científica do Estado de São Paulo (SPTC). O projeto havia sido encaminhado pelo governador, no dia 22 de maio, à Assembleia Legislativa (Alesp), onde foi aprovado por unanimidade e na íntegra, no dia 19 de junho.

“É um marco histórico nos quadros técnico-científicos da Polícia Civil do Estado de São Paulo, um aumento de 64% dos cargos. Quatro concursos já estão em andamento, rapidamente eles vão começar a trabalhar. Além disso, R$ 24 milhões já foram liberados para construção e reforma dos prédios, e teremos também novos equipamentos. E o que nós precisamos é elucidar os crimes e ter as provas que levem à prisão e condenação dos criminosos”, afirmou o governador.

Com a promulgação, concursos públicos serão abertos para reforçar o efetivo do Instituto de Criminalística (IC) e do Instituto Médico-Legal (IML), subordinados à SPTC. As novas vagas serão preenchidas por 200 médicos legistas, 529 peritos criminais, 55 desenhistas técnico-periciais, 120 fotógrafos técnico-periciais, 155 auxiliares de necropsia e 110 atendentes de necrotério policiais.

Além disso, estão previstos mais 600 cargos de oficial administrativo e 84 de técnico de laboratório. Os novos cargos da SPTC representarão um investimento de cerca de R$ 135 milhões, por ano, do Governo do Estado.

A iniciativa é resultado de um conjunto de ações estratégicas anunciado por Alckmin e pelo secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, em maio. Denominado “SP Contra o Crime”, o programa visa diminuir os índices criminais e aumentar o efetivo das polícias Civil e Científica.

Reforço no efetivo

No caso da Polícia Civil, serão abertos concursos e autorizadas nomeações para mais de 2.800 servidores em várias carreiras. Serão preenchidas 129 vagas de delegados, 1.384 de investigadores, 1.075 de escrivães e 217 de agentes policiais. O investimento será de R$ 170 milhões por ano.

Além disso, já estão em andamento processos seletivos para desenhista (sete vagas), médico legista (77), agente de telecomunicação (1), perito criminal (103), investigador (433), escrivão (244), agente policial (391), papiloscopista (103), auxiliar de necropsia (16), auxiliar de papiloscopista (113) e atendente de necrotério (22).

Consultoria do Instituto Sou da Paz

Outra medida do “SP contra o Crime” é a celebração de um convênio com o Instituto Sou da Paz, que está, desde o anúncio do programa, prestando consultoria para a Secretaria da Segurança Pública (SSP) com o objetivo de elaborar um sistema de metas e meritocracia policiais para a redução de índices criminais – em especial, homicídio doloso, roubo, latrocínio e furto e roubo de veículos.

A consultoria prevê a realização de estudos para dar mais eficiência à gestão das polícias, com o objetivo de melhorar o atendimento à população e integrar os trabalhos. Também está prevista a apresentação de um diagnóstico sobre as áreas mais “sensíveis” da Capital – ou seja, onde há mais ocorrências criminais.

O projeto de consultoria vai complementar outra ação: a abertura de licitação internacional para a contratação de um sistema de tecnologia que permita a integração dos bancos de dados criminais das polícias Civil e Militar.

“A meta é aumentar a integração das polícias e permitir mecanismos inteligentes de alerta para subsidiar os trabalhos de prevenção e repressão criminal”, explica Grella.

Reestruturação de unidades

O conjunto de ações estratégicas melhorou, ainda, a estrutura de três departamentos especializados da Polícia Civil, o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), o de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e o de Capturas e Delegacias Especializadas (Decade), que inaugurou, no mês passado, a 5ª Delegacia da Divisão Especializada de Atendimento ao Turista (Deatur) – Porto de Santos, fortalecendo os trabalhos para a Copa de 2014.

No caso do Deic, a Delegacia de Roubos passou a investigar também os latrocínios. Já a 2ª Delegacia de Furtos e Roubos de Joias foi transformada em 2ª Delegacia de Investigações de Crimes Patrimoniais de Intervenção Estratégica, ficando focada na apuração de infrações “sazonais”, como assaltos a restaurantes.

Uma terceira reformulação é elevação do Serviço Aerotático (SAT) em nível de Divisão de Operações Especiais.

As medidas também afetaram o DHPP, já que a apuração dos latrocínios passou para o Deic. A Delegacia de Repressão a Homicídios Múltiplos e Latrocínios (3ª Delegacia da Divisão de Homicídios do Departamento) ficou, apenas, com a investigação de chacinas.

Mudanças no Interior

No rol de reestruturações, foi anunciada também a criação e organização do Departamento de Polícia Judiciária do Interior 10 – Araçatuba (Deinter – 10). Hoje, a região é de responsabilidade do Deinter 5 (São José do Rio Preto).

Policiais de SP planejam passeata até Palácio dos Bandeirantes 40

Enviado em 03/07/2013 as 10:46 – Cabeça de Cogumelo

03/07/2013 – 03h01
Policiais de SP planejam passeata até Palácio dos Bandeirantes

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DE SÃO PAULO

País em protesto Um grupo de 2.000 policiais e agentes penitenciários ligados a sindicatos deve se reunir amanhã em uma assembleia unificada para definir uma série de medidas que visam pressionar o governo do Estado a conceder reajustes salariais e benefícios para as carreiras.

Representantes de entidades de PMs e de carreiras da Polícia Civil devem participar.

Policiais em formação foram escalados durante protestos em SP

Segundo os organizadores do evento, após o encontro deverá ocorrer uma passeata pelas ruas da região central de São Paulo que poderá seguir até o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.

“Vamos debater se já vamos na quinta ou em outra oportunidade para o Palácio. Queremos que o governo sinalize que vai nos receber até o dia 31, caso contrário podemos tomar atitudes mais duras”, afirmou o presidente do Sindicato dos Investigadores de Polícia de São Paulo, João Batista Rebouças.

O representante do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária, Daniel Grandolfo, disse que não descarta uma greve geral.

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/07/1305332-policiais-de-sp-planejam-passeata-ate-palacio-dos-bandeirantes.shtml

Ives Gandra Martins: A inútil derrubada da PEC 37 16

A inútil derrubada da PEC 37

03 Jul 2013

 ESTADÃO.COM.BR

Ives Gandra Martins

Em preciso, incisivo e gráfico editorial, o Estado de 30/6 (A3) sustentou que a derrubada da PEC 37 por oportunismo político terá efeitos desastrosos. Da análise dos argumentos lá expendidos, como das manifestações inúmeras de constitucionalistas, ministros do STF – na ativa ou aposentados – e do texto da Constituição federal (CF) se percebe que, efetivamente, a decisão foi, sem maiores estudos, tomada por um Congresso acuado pela multidão, que desconhecia o que a PEC propunha.

Pessoalmente, em palestras e artigos, sempre me manifestei no sentido de que aquela proposta de emenda era rigorosamente inútil. Afirmava o que já estava na Constituição e não tirava do Ministério Público (MP) poder que nunca teve.

A polícia judiciária não é um órgão subordinado ao MP, mas ao Poder Judiciário. O artigo 144, § 4.°, da CF – cuja redação é a seguinte: “às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares” – em nenhum momento estabelece que as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais pertencem, simultaneamente, ao Poder Judiciário e ao MP. Declara apenas que são do Judiciário.

Não sem razão, o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Ivan Sartori, em entrevista ao Estado, declarou que a PEC 37 não pretendia retirar nada do MP, pois não se retira de alguém algo que esse alguém não tem.

As competências do Ministério Público não são idênticas às do Poder Judiciário. A Constituição federal outorga ao Judiciário o dever de julgar, correspondente ao disposto nos artigos 92 a126daCF (capítulo III do Título IV). Para completar as “funções essenciais à Justiça” – é esse o enunciado do capítulo IV do Título IV da Lei Suprema -prevê que duas instituições conformam o tripé da prestação jurisdicional, a saber: o Ministério Público (artigos 127 a 132) e a advocacia (artigos 133 a 135).

Estão em igualdade de condições. Numa democracia, o MP tem a função principal de acusador, em nome da sociedade, e a advocacia, a função de defendê-la. Por essa razão, como cláusula pétrea, imodificável, o constituinte garantiu que a defesa, nos processos administrativos e judiciais, deve ser ampla (artigo 5.°, inciso LV). O uso de adjetivo com tal densidade ôntica não foi despiciendo, mas garantia absoluta de que tal direito, o de defesa, é um dos sustentáculos de um regime democrático, posto que inexistente nas ditaduras. Por isso tal disposição é cláusula pétrea da Carta Magna, não podendo ser alterada nem por emenda constitucional (artigo 60, § 4.°, inciso IV).

As funções dessas duas instituições são, pois, iguais (advocacia e Parquet) e dependem do Poder Judiciário para a solução dos conflitos.

Ora, o delegado é membro da polícia judiciária. Não é polícia do MP. Por essa razão, deve presidir o inquérito policial, devendo remeter suas conclusões ao magistrado, a que se subordina, e não ao titular do direito de acusar. Este, pela própria Constituição, pode requisitar investigações aos delegados e acusar os delegados suspeitos de prevaricação (artigo 129, incisos VII e VIII) – não mais que isso, visto que são parte nas investigações e não podem ser “parte” e “juiz” ao mesmo tempo.

Assim é que a própria Lei 12.830, de 20/6/2013, regulamentadora da investigação criminal, dispõe que as funções de polícia judiciária e de apuração de infrações penais são exercidas exclusivamente pelos delegados (artigo 2.°), cabendo-lhes a condução da investigação criminal (§1.° do artigo 2.°). Como se percebe, nunca estiveram os membros do MP incluídos entre os que podem dirigir a investigação. A própria lei mencionada diz que não estão, referindo-se apenas aos delegados. Até porque, se os tivesse incluído, a lei seria inconstitucional.

Por essa razão, constitucionalistas do porte de José Afonso da Silva, Nelson Jobim, Cezar Peluso e Marco Aurélio Mello já se manifestaram no sentido de que não cabem ao Ministério Público funções policiais, até porque não é preparado para tanto. Os delegados, sim. Os membros do Parquet têm outras funções -relevantíssimas -, que estão explicitadas no artigo 129 da Carta Suprema do País.

Como se percebe, a derrubada da PEC 37 nada representou, pois o artigo 144, §4.°, da Lei Suprema não foi alterado, continuando a prever que a polícia judiciária- não o MP – é constituída apenas por delegados de carreira, os únicos com competência constitucional para conduzir as investigações criminais.

O acuado Congresso, que pouco antes aprovara lei na linha da PEC 37 a fim de atender ao clamor da multidão, que desconhecia o tratamento constitucional e legal do tema, derrubou a desnecessária proposta. Aprovada ou não, não modifica a clareza do artigo 144, § 4.°, da CF, ao estabelecer que apenas aos delegados cabe a apuração de investigação criminais.

Termino este breve artigo reiterando que o Ministério Público deve cuidar de suas relevantes funções, e não pretender invadir funções de outras instituições, para as quais não são devidamente preparados promotores e procuradores.

O povo foi às ruas contra a corrupção. O MP declarou que a PEC 37 era a PEC da Corrupção, como se todos os delegados fossem corruptos e todos os membros do MP, vestais. E o povo, contrário à corrupção, pensou ser verdade a marqueteira afirmação. Como o tempo é o senhor da razão, e como a Constituição não foi mudada, à evidência continuam os delegados a ser os representantes do Poder Judiciário e continuarão os membros do MP sem competência para conduzir as investigações criminais, a teor do que dispõe o artigo 144, § 4.°, da Lei Suprema. Cumpre-lhes, todavia, exercer suas relevantes funções, que não são poucas, em prol da sociedade. Mas apenas estas (artigo 129).

Diretores do DECAP e DEMACRO dão calote no GAT dos Delegados empurrando a conta para os Seccionais 7

João disse:

02/07/2013 – Esclarecimento sobre GAT para DECAP e DEMACRO

Objetivando atender ao pleito dos associados, a ADPESP encaminhou ofício a Diretoria do Departamento de Polícia Judiciária da Capital – DECAP e do Departamento de Polícia Judiciária da Macro região de São Paulo – DEMACRO, visando obter informações acerca do não pagamento da Gratificação por Acúmulo de Titularidade – GAT aos Delegados de Polícia. 

Os dignos Diretores do DECAP e DEMACRO responderam que encaminharam nossas solicitações aos Senhores Delegados de Polícia Seccionais, a quem cabe o respectivo pagamento da gratificação, de quem esperamos ainda as informações pertinentes. Assim buscando dar continuidade às ações que objetivam o pagamento da GAT aos Delegados de Polícia em exercício no DECAP e DEMACRO, o Departamento Jurídico protocolizou no dia 27 de junho de 2013 o pleito de cumprimento da sentença obtida no Mandado de Segurança n° 0003414-61.2011.8.26.0053, onde a ADPESP obteve a concessão da segurança, no sentido de que a Administração Pública seja obrigada ao pagamento da gratificação, inclusive em relação aos atrasados. Tal Mandado de Segurança já havia sido apreciado em grau de recurso, onde a decisão foi unânime a favor da ADPESP.

Os infiltrados – Polícias de vários Estados identificam traficantes, gangues neonazistas e até um fuzileiro naval entre os que usaram protestos legítimos para praticar crimes 3

Os infiltrados

01 Jul 2013

 istoé

Brasil

Polícias de vários Estados identificam traficantes, gangues neonazistas e até um fuzileiro naval entre os que usaram protestos legítimos para praticar crimes

Por Wilson Aquino

Na quinta-feira 20, durante protesto que reuniu mais de 30 mil pessoas em Brasília, um militar usando um gorro na cabeça, bermuda e com um capacete da PM nas mãos entra no Itamaraty, enquanto manifestantes tentam quebrar a pontapés as vidraças da sede do Ministério das Relações Exteriores. Cercado por policiais militares, ele avisa que é fuzileiro naval antes mesmo de pular as janelas quebradas pelos manifestantes. Ele chega a deitar no chão e é imobilizado pela PM, que pisa em seu braço. Depois é simplesmente liberado. Na semana passada, a Marinha abriu uma sindicância para esclarecer as circunstâncias da presença do militar na manifestação. Há fortes suspeitas de que ele estivesse infiltrado nos movimentos. O regulamento disciplinar militar proíbe expressamente qualquer tipo de participação em manifestações e exige apartidarismo político.

Assim como em Brasília, nas principais capitais do País gangues neonazistas, organizações criminosas, traficantes e bandidos comuns têm se misturado aos protestos legítimos para saquear, roubar, depredar o patrimônio público e provocar confrontos com a Polícia. Integrantes desses grupos já foram identificados por setores de inteligência das polícias estaduais e presos, como o ex-presidiário Rafael Braga Vieira e Edvan Ezequiel Bezerril, traficante da favela Nova Holanda, no Rio de Janeiro.

Conforme apurou ISTOÉ, a estratégia de ação dos infiltrados é traçada bem antes de começar a manifestação. Em Porto Alegre, bandidos da região metropolitana chegam um dia antes na capital, dormem em hotéis com diárias em torno de R$ 10 e saem em bondes, como são chamados, para aproveitar as marchas e cometer crimes. O delegado Hilton Muller, titular da 17ª Delegacia da Polícia Civil, disse que a polícia vem estudando a rotina dos marginais e tenta mapear as formações. Em todo o País, polícias estaduais formaram forças-tarefas para investigar exclusivamente a ação de traficantes, anarquistas radicais, organizações extremistas e também ladrões comuns nos protestos. “O setor de Inteligência da Polícia está filmando as manifestações para identificar essas pessoas. Recebemos informações sobre a ação de traficantes, mas apenas com os apelidos deles, o que dificulta a prisão”, contou o delegado carioca Mário Andrade, que é da Delegacia do Consumidor, mas foi destacado para a missão especial. “Eles se infiltram e se valem do anonimato no imenso contingente de pessoas para cometer crimes”, confirma o delegado gaúcho Marco Antonio Duarte de Souza, do departamento de polícia metropolitana do Rio Grande do Sul. Na quinta-feira 27, numa reunião com o governador Tarso Genro, os próprios líderes das manifestações pediram investigações sobre a possível ação de grupos neonazistas durante os protestos.

No Rio, cerca de 20% das informações referentes às manifestações que chegam ao Disque-Denúncia, canal direto com a população, alertam sobre a infiltração de traficantes nos protestos, segundo disse à ISTOÉ o coordenador carioca Zeca Borges. “Quando eles começam a se organizar para descer para as manifestações, as pessoas de bem das comunidades ligam e avisam”, explicou Borges, que repassa imediatamente as denúncias para os setores de inteligência da Secretaria de Segurança Pública. De acordo com os delegados que apuram a presença de infiltrados nos protestos, já foi possível identificar traços comuns entre os bandidos, independentemente da cidade. O traje quase sempre é bermuda ou calça jeans, tênis e mochila. A maioria cobre o rosto com blusas ou máscaras. A principal estratégia dos infiltrados é se misturar à multidão e definir, ali mesmo, qual é o melhor lugar e hora para começar a arruaça. Também optam por se dispersarem para depredar e roubar o que for possível. A mochila é usada, muitas vezes, para carregar artefatos como bombas de fabricação caseira.

O saldo mais negativo foi registrado no Rio de Janeiro. Uma manifestação pacífica na avenida Brasil, na altura de Bonsucesso, acabou virando guerra na favela Nova Holanda, que fica nas imediações, na terça-feira 25. Tudo começou quando traficantes desceram da favela para realizar um arrastão na passeata e a PM reagiu. Eles fugiram para dentro da comunidade e a troca de tiros foi intensa. O triste resultado incluiu a morte de dois moradores inocentes, um sargento do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar, e sete pessoas que, segundo a PM, eram ligadas ao tráfico. Durante uma das manifestações no Rio, a polícia monitorou Arthur dos Anjos Nunes e encontrou em sua residência faixas com suásticas, armas brancas e soco inglês. Nunes, no entanto, conseguiu escapar do cerco policial e encontra-se foragido. Considerado neonazista, ele já respondia a processo por agressão a guardas municipais.