Execução em Guarujá
Delegado geral de polícia acompanha investigações sobre assassinato de Ricardo Joaquim
Atualizado às 19h50
O delegado geral da Polícia Civil de São Paulo, Marcos Carneiro Lima, vai acompanhar as investigações sobre o assassinato a tiros do ex-secretário de governo de Guarujá, Ricardo Joaquim de Oliveira.
A participação do delegado no caso atende a um pedido feito pela prefeita de Guarujá Maria Antonieta ao Governo do Estado na última terça-feira. No encontro, realizado na Capital, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) se comprometeu a dispor dos melhores quadros da Polícia Civil, além de garantir empenho máximo nas investigações. O objetivo é evitar outras situações dessa natureza.
A Polícia Civil investiga indícios de que integrantes do crime organizado teriam executado o ex-secretário de Governo do Guarujá, Ricardo Joaquim. A suspeita é de que eles teriam ramificações em alianças políticas da Cidade.
“No momento, não é descartada nenhuma possibilidade. Porém, a polícia deixa claro que trabalha com fatos concretos e não especulações”, afirma Lima.
O teor do encontro entre o delegado geral e a Polícia Civil de Guarujá não foi revelado à imprensa, já que as investigações correm sob sigilo. A reunião teve por objetivo traçar estratégias de investigações, a fim de descobrir os responsáveis pela morte de Joaquim.
Crime
Ricardo Joaquim foi morto no dia 8 de março, com três tiros, quando participava de uma reunião do Partido Pátria Livre (PPL), no Jardim Conceiçãozinha, em Guarujá.
Testemunhas afirmam que duas motos pararam na porta da sede, com quatro pessoas, sendo que uma delas entrou com uma pistola calibre 45, de uso exclusivo das Forças Armadas, sem tirar o capacete. O homem disparou várias vezes na direção de Ricardo Joaquim, que morreu no local, sem tempo do Resgate prestar os primeiros socorros. Os tiros atingiram, ainda, de raspão, Carlos Alberto de Souza, secretário do partido. O autor dos disparos fugiu em uma Honda Biz preta. Ricardo Joaquim levou tiros no corpo e na cabeça.
Exonerado
Ricardo Joaquim foi exonerado do Governo de Guarujá no último dia 1º de março, após a prefeita Maria Antonieta de Brito (PMDB) desmentir o boato de sua saída.
Considerado o homem forte do Governo, ele informou à reportagem, na ocasião, que estava extremamente surpreso com sua saída, principalmente pelo fato de estar licenciado. O político havia feito no dia 2 de fevereiro uma cirurgia no abdômen. Ainda em entrevista A Tribuna, Ricardo Joaquim mencionou que sua saída poderia ter sido motivada pela cobrança para melhorar a área da Educação.
Sequestro-relâmpago
Antes de assumir a Coordenação Governamental de Guarujá, Ricardo Joaquim esteve à frente da Secretaria de Segurança do Município. No dia 11 de maio de 2010, enquanto ainda presidia a pasta, o político foi vítima de um seqüestro-relâmpago.
Ele foi mantido refém durante aproximadamente 3 horas. Ricardo Joaquim foi liberado na Rodovia Cônego Domênico Rangoni, próxima à Pedreira Metrovale. O carro dele, sem a chave, também foi deixado no local. Na fuga, foram levados R$ 800,00 da vítima.
Execuções
A cidade de Guarujá já soma, pelo menos, cinco casos de políticos assassinados. Em 26 de novembro de 2010, o então vereador Luis Carlos Romazzini (PT), de 45 anos, foi executado com cinco tiros na casa onde morava, em Vicente de Carvalho. Três homens armados teriam invadido o imóvel durante a madrugada.
Em outubro de 2008, o candidato a vereador Williams Andrade Silva (PP), de 41 anos, conhecido como Frank Willian, foi executado na Praia da Enseada, após ser abordado por dois homens armados em uma moto.
Em novembro de 2001, o vereador Ernesto Pereira (PTN), de 38 anos, foi morto com 12 tiros a uma quadra de sua casa, no Condomínio Terra de São José. Ele cumpria o seu segundo mandato como vereador, sendo o terceiro mais votado na eleição municipal.
Em maio de 1997, o vereador Orlando Falcão foi morto a tiros em um bar.
mantém prisão de ex-prefeito de Guarujá, acusado de apoiar ladrões do Banespa
Está mantida a prisão do ex-prefeito de Guarujá Ruy Carlos Gonzalez, acusado de roubo, seqüestro, cárcere privado, resistência e formação de quadrilha. A decisão é do vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Nilson Naves, no exercício da Presidência, que negou, em liminar, o pedido de liberdade. Segundo a polícia, o ex-prefeito teria participado do roubo da agência Banespa, no Guarujá, ocorrido no dia 14 de agosto de 2001, emprestando a casa aos integrantes do bando, antes e depois do crime. Na noite anterior ao roubo, o supervisor do Banespa, responsável pela tesouraria da agência, foi seqüestrado com a mulher e o filho, e levados à uma casa próxima à praia da Enseada. Pela manhã, teriam levado o funcionário à agência, desarmando o vigilante, encaminhando-o aos cofres particulares, que foram abertos dentro das formalidades de segurança do banco, das quais tinham conhecimento, subtraindo bens e dinheiro de seus interiores, colocando-os em sacos de farinha e lixo, revela o inquérito. Os policiais militares chegaram quando a quadrilha saía do banco. Houve tiroteio, que acabou causando ferimentos numa policial e num dos acusados. Na fuga, roubaram um carro da polícia e seguiram na direção da Praia das Astúrias. Segundo testemunhas, na altura do Morro Sobre as ondas, roubaram o carro de um cidadão e foram vistos entrando na casa situada na esquina das ruas Gerônimo Lopes Agria e Aurélio Sorio, de propriedade do ex-prefeito. Durante o interrogatório, um policial informou que houve cerco à residência, iniciando-se um novo tiroteio e causado a morte de um dos bandidos. Ele afirmou ainda que, ao entrar na casa, havia um clima de tranqüilidade, não havendo ninguém sob a mira de qualquer espécie de arma ou que lhe parecesse estar sendo subjugada, como alega o ex-prefeito ao afirmar que foi vítima, como refém, e não bandido. O policial disse ainda que viu o acusado ajeitar os cabelos num cômodo que parecia ser um banheiro e ouviu um dos integrantes do bando chamá-lo de chefe, quando teria dito que o resto do dinheiro estaria com outro deles. Na prisão em flagrante, foram apreendidos também cinco veículos, sendo três na casa e dois, próximos ao banco. Denunciado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo com mais oito integrantes, o ex-prefeito entrou com pedido de habeas-corpus, alegando que é primário, tem residência fixa e patrimônio da Comarca, é pai de três filhas, estando uma delas acometida de grave doença, que desempenha função lícita. Sua prisão decorreu de meras suspeitas de seu envolvimento na ação delituosa de assaltantes que, por razões estranhíssimas, refugiaram-se no interior do imóvel de sua propriedade, afirmou a o advogado. O pedido foi negado pelo juiz Guilherme de Macedo. Os delitos tratados neste inquérito policial, ou seja, formação de quadrilha, seqüestro, resistência e roubo qualificado, podendo inclusive ser acrescido de tentativa de latrocínio, por certo, causam grande desassossego à sociedade local, sendo que devido ao caráter hediondo do crime mencionado, a própria lei veda a concessão do benefício pretendido, afirmou, ao negar a liberdade provisória. O TJ manteve a prisão e, inconformado, o ex-prefeito recorreu ao STJ. Em vão. Não vislumbro, prima facie, flagrante ilegalidade na decisão promanada do órgão indigitado coator, porquanto fundamentada na existência de provas que apontam o paciente como um dos autores intelectuais dos crimes praticados, afirmou o vice-presidente do STJ, ministro Nilson Naves, ao negar a liminar.
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Com esse inoperante acompanhando as invetigacoes…..agora que nao sai nada…!
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O DR CORDERINHO acompanhando as investigaçes ????????………….pausa para reflexão…………………………………………………………….agora que ninguem vai preso , e se marcar ele monta uma central de flagrantes no Guaruja………KKKKKKKKKKKKKKKKk……….quanta incompetência mandando na Policia Civil.
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Na verdade azar da pessoa que morre? pois somente em outro mundo é que ele sabera de toda verdade. Na adianta nada dar entrevista para midia se não deixar a Policia Judiciaria trablahar. Pois os recursos nossos são a boa vontade dos tiras trabalhar, mais será que vão deixar trabalhar. Pergunto a Excelentissimo Senhor DG, por que esta restrição os policiais civis dar autonomia dentro da legalidade das investigações. Pois bem depois que os tiras racharem este caso, ai os chefes assume a frente, o titular abraça os louros, e os coitados dos tiras, que assinam os relatórios ficam para traz, Faça Justiça valorize os seus policiais civis, como ser humano e como profissionais,veras que a moral deles e auto estima dara resultado, até um simples PARABENS, que não custa nada.
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O SR. PREFEITO DISSE: O CULPADO DISSO TUDO FOI MEU GENRO, TANTO É QUE ESTÁ FORAGIDO ATE HOJE JUNTAMENTE COM SUA FILHA MAIS VELHA. NÃO SE FALAM DESDE DO DIA DOS FATOS.
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‘Cadeia não resolve o problema da corrupção’, defendem juristas em SP
Segundo eles, o melhor a fazer é criar mecanismos de mediação e conciliação entre acusados e MP
17 de março de 2012 | 15h 10
Notícia
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Bruno Lupion – estadão.com.br
SÃO PAULO – Se houvesse a ‘Copa do Mundo’ da ética pública, que premiasse a nação menos corrupta, o Brasil estaria em maus lençóis. Em 2011, o País perdeu quatro posições no Índice de Percepção de Corrupção, desenvolvido pela ONG Transparência Internacional: caiu do 69° para o 73° lugar, entre 182 países pesquisados. Na escala de 0 a 10, levamos nota 3,8, bem abaixo de outros países do continente. O Chile recebeu nota 7,2 e está no 22° lugar, e o Uruguai, com nota 7, tem a 25° posição.
Veja também:
Movimento NASRUAS se fortalece de olho na marcha de 2012
Para juristas e cientistas políticos reunidos no II Congresso contra a Corrupção, que ocorre neste sábado, 17, na Câmara Municipal de São Paulo, é ilusão acreditar que esse cenário será revertido enviando mais corruptos para a cadeia – pois a chance de isso ocorrer, no Brasil, é mínima. O caminho para reduzir a impunidade, segundo eles, é criar mecanismos de mediação e conciliação entre acusados e Ministério Público (MP), aplicando penas alternativas, como devolução do dinheiro desviado, perda dos direitos políticos e proibição de sair do País.
“A Justiça brasileira não manda o rico preso. Se o juiz de baixo manda prender, o do tribunal manda soltar. Não nos iludamos com o discurso do cadeião”, alertou o jurista Luiz Flávio Gomes, membro da Comissão de Reforma do Código de Processo Penal. Ele se diz “descrente” com a Justiça brasileira e afirma que só com soluções mais dinâmicas, como o acordo entre acusação e acusado, será possível punir corruptos com rapidez e reduzir a sensação de impunidade.
Esse modelo já é utilizado em países como os Estados Unidos, Itália e Alemanha. Neles, a Promotoria, munida de provas da corrupção, pode chamar o acusado para uma negociação com o objetivo de ressarcir os danos ao erário público e aplicar uma pena alternativa. Se o corrupto concorda, os efeitos são imediatos e o processo é extinto. O Brasil tem um mecanismo semelhante, chamado “transação penal”, mas só para crimes de menor potencial ofensivo, com pena máxima inferior a dois anos. Para os juristas reunidos no Congresso, esse caminho precisa ser ampliado.
Gomes cita como exemplo o julgamento do Mensalão, que tramita desde 2007 no Supremo Tribunal Federal e ainda não tem data para terminar. Dos quarenta réus denunciados pelo Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, apenas um já cumpriu sua pena, beneficiado pela transação penal: o ex-secretário-geral do PT Sílvio Pereira. Ele fechou um acordo com o MP pelo qual se comprometeu a prestar 750 horas de serviço comunitário, se apresentar mensalmente perante um juiz e informar a Justiça sobre viagens longas ou para fora do País. “Se todos tivessem tido a possibilidade de acordo, pode ser que há seis anos todos já estivessem punidos. E hoje estaríamos falando de outros mensalões”, disse Gomes.
A jurista Ada Pellegrini Grinover, em vídeo transmitido no Congresso, reforçou a defesa dos acordos entre o Ministério Público e corruptos. “É muito melhor que haja uma punição menor, que vai afetar de alguma forma a vida e a personalidade daquele que aceita a pena, do que a impunidade que temos hoje”, disse.
A reforma do Código de Processo Penal, atualmente em trâmite no Congresso Nacional, é uma “oportunidade de ouro” para incluir na lei mecanismos mais céleres de combate à corrupção, segundo o promotor de Justiça Roberto Tardelli. “Hoje não há vantagem para alguém confessar seu crime. Só vamos conseguir agilizar os processos se dermos ao Ministério Público a possibilidade de negociação”, disse.
Movimento. O II Congresso contra a Corrupção é realizado pelo movimento NASRUAS, deflagrado há um ano com o objetivo de organizar passeatas no dia 7 de setembro de 2011 em diversas cidades do País. Desde então, o movimento tem articulado entidades e ONGs que trabalham com o tema da corrupção e organizado congressos com especialistas para debater e definir propostas de atuação.
Para 2012, o NASRUAS definiu como prioridades a defesa da Lei da Ficha Limpa, a pressão por maior celeridade no julgamento de casos de corrupção, a defesa do voto aberto obrigatório no Congresso, o acompanhamento da evolução patrimonial de gestores públicos e a inclusão da disciplina “Cidadania, Ética e Ensino Político” na grade curricular do Ensino Médio.
ISSO SÓ NÃO VALE PRA POLÍCIA, CUIDADO………
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O paulo gutierrez ja esta solto, e o ruy ainda esta preso, quem sera q eh o verdadeiro ladrao? eu tenho certeza q eh esse ruy, safado, corrupto, ladrao, nao tem nem oq falar mais, e ainda acusa o genro, se fosse culpado o genro, nao fugiria com a filha do ruy….. ateh a filha do ruy fala q ele eh um ladrao safado… nao preciso dizer mais nada
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Sou jornalista e trabalhei exaustivamente no cado Ruy Gonzales. Respeito as opiniões aqui emitidas, mas declaro que jamais vi um processo criminal tão maldosamente manipulado. Ruy Gonzales morreu sem provar sua inocência.
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