Diário dos Esquecidos – ELEIÇÃO E UNIÃO POLICIAL 40

 

Bom dia Dr. Guerra. Solicito que divulgue o nosso texto. 

Agradecemos.

ELEIÇÃO E UNIÃO POLICIAL

Senhores policiais, independentemente de quem vencerá as eleições para presidente do Brasil, tenham certeza absoluta de uma coisa: nós continuaremos abandonados pelo novo governante.

Ambos os candidatos não possuem nenhum plano para corrigir os equivocados caminhos que a segurança pública foi forçada a trilhar. O que há são propostas aparentemente criadas por especialistas que raramente saíram de seus gabinetes com ar condicionado, tais como magistrados e promotores de justiça. É a permanência da mesma política que ludibriou as pessoas a acreditarem que estariam mais seguras, pois o governo realizou mais uma compra de armas e veículos oficiais, esquecendo-se de valorizar àqueles que operarão tais equipamentos.

Para piorar, temos uma imprensa que se esforça em punir antecipadamente o policial que no meio de um tumulto agride um inocente cidadão. Esquece-se de ponderar seus inflamados discursos e textos, tendo em vista que somente pode errar aquele que participa. Desconsidera o fato de que agir no meio de uma multidão enfurecida é completamente diferente de analisar um processo folheando calmamente suas folhas.

Assim, saibam policiais, que estão na mais completa solidão, pois ninguém gosta de vocês. E quando se caminha sozinho, os perigos aumentam. Por esta razão, rogo para que não tenham nenhum envolvimento pessoal com as ocorrências que lhe forem apresentadas. Façam o mínimo necessário para não se comprometerem com os casos que lhe forem apresentados, independentemente da carreira que possuem. Lutem para desmotivar familiares e amigos que insistem em ingressar na instituição policial. Mostre a eles a triste realidade que enfrentam. Removam o manto que encobre a verdadeira face da polícia, e lhes revele tudo que seja digno de repulsa. Não permita que alguém que você estime faça parte dela.

Os heróis, os chamados linhas de frente e operacionais de outrora, são pessoas do passado. Perderam-se no tempo à procura de sonhos de uma sociedade melhor. A sociedade covardemente os traiu. O policial do presente deve limitar-se a cumprir fielmente o estereótipo do funcionário público, preocupado tão somente em cumprir o horário, não desagradar o chefe e cuidadosamente bater o carimbo no lugar certo, sempre esperando o maravilhoso momento de desfrutar o saboroso cafezinho.