09/06/2013-02h28
Presidente do TJ-SP diz que só disputa a reeleição se houver consenso
MARIO CESAR CARVALHO DE SÃO PAULO
Antes de tomar posse como presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, em janeiro de 2012, o desembargador Ivan Sartori tinha dois apelidos que tentavam capturar seu estilo: “bolha assassina”, por se imiscuir em áreas em que não entendia nada, e “menino maluquinho”, pela sem-cerimônia com que tratava desembargadores mais velhos.
“Tinha um problema na construção, eu ia dar uma olhada. Tinha problema no patrimônio, eu ia ver. Me chamavam de bolha assassina”, contou à Folha, com voz tonitruante e gestos largos.
Seja como “bolha assassina” ou “menino maluquinho”, Sartori, 56, cultiva características que pouco coadunam com um órgão conhecido pelo recato e ritmo modorrento. Sua atuação à frente do TJ parece o avesso da figura clássica do desembargador: é ambicioso, franco e impulsivo, segundo seus pares.
Tem três perfis no Facebook, com cerca de 12 mil amigos, e abaixo-assinados em apoio à sua reeleição já têm mais de 20 mil assinaturas de servidores do Judiciário, segundo ele próprio -o tribunal tem 45 mil servidores.
O apoio recebido deve-se ao “choque de gestão” que implantou no tribunal, diz o desembargador Guilherme Strenger:”Ele trata funcionários e juízes do mesmo modo. Antes, juiz era privilegiado”.
Era comum, antes dele, um desembargador receber R$ 500 mil de férias atrasadas e um funcionário na mesma situação não ganhar nada.
| Fabio Braga/Folhapress | ||
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| O desembargador Ivan Sartori em seu gabinete no Tribunal de Justiça |
Sartori fica enfurecido quando alguém sugere que o apoio dos funcionários à reeleição, proibida por lei, decorre dos pagamentos. “A imprensa está sendo malévola porque quer vender jornal. Estou pagando o direito dos caras desde o ano passado”, diz.
Sartori afirma que está chacoalhando o tribunal porque começou a adotar critérios da iniciativa privada que não eram usados no Judiciário.
Seu método é baseado num tripé: “Administração participativa”, em que ouve funcionários, meritocracia e gestão baseada em metas. Diz que é esse tipo de coisa que o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) deveria ensinar aos tribunais. “O CNJ é Mandrake, uma caixinha de surpresas. Devia ajudar os tribunais em vez de interferir.”
Ele afirma que nunca fez um curso de gestão, mas que aprendeu muito em suas incursões de “bolha assassina”.
“Não tinha meritocracia aqui. Havia pessoas que eram mais privilegiadas do que outras. Rompi com isso.”
Pode parecer óbvio que “ninguém é mais do que ninguém”, como fala Sartori, mas não era assim no TJ. “Ele diz em público aquilo que, lamentando, dizemo-nos em privado”, diz um desembargador que não quer aparecer.
Logo no primeiro dia de sua gestão, em janeiro de 2012, Sartori mandou apurar por que cinco desembargadores haviam recebido indevidamente R$ 5,2 milhões. O quinteto já devolveu R$ 1,26 milhões. Entre eles, há dois ex-presidentes do TJ, Antonio Carlos Viana Santos (1942-2011) e Roberto Bellochi.
No passado, a situação seria escondida, diz outro desembargador que só aceitou falar desde que seu nome não fosse citado. “Os cinco seriam aposentados e ninguém ficaria sabendo do escândalo.”
O desembargador Ruy Coppola diz que a impulsividade de Sartori prejudicou a imagem do TJ no episódio. “Ele poderia ter feito a mesma apuração sem expor o tribunal. Todo mundo meteu a boca nos desembargadores.”
Sartori tem três projetos em curso que não conseguirá acabar até o final do ano, quando encerra sua gestão.
Ele quer construir duas torres e 36 fóruns, ao custo de R$ 2 bilhões, para deixar de alugar 760 prédios. Pretende também finalizar a implantação dos processos digitais, para os quais já foram gastos R$ 256 milhões.
E, além disso, já enviou um projeto à Assembleia para regionalizar o atendimento do Judiciário. “Vamos criar varas regionais, unidades de execução criminal regional, colégio recursal regional. É pra daqui a sete anos”, avisa.
Sobre o seu futuro pessoal, é mais vago. Já foi sondado para se candidatar a deputado estadual pelo PTB, mas não disse nem sim nem não. “Gosto de ser juiz. Mas se eu puder ajudar os colegas do Judiciário… Poderia ir depois do mandato”, cogita.
A reeleição pedida pelos funcionários também está no radar de Sartori, mas ele teme que a questão se arraste em disputas judiciais no STF ou no CNJ. “Eu não vou brigar para ser reeleito. Tem de haver consenso. Se não houver, não vou nem entrar na disputa.”
RAIO-X IVAN SARTORI
FORMAÇÃO Formou-se pela Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie em 1979
CARREIRA Tornou-se juiz em 1980 e desembargador em 2005; atuou em Bariri, São Bernardo do Campo, Mogi das Cruzes e São Paulo
PRESIDÊNCIA Em dezembro de 2011, foi eleito presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo para mandato de dois anos
Colaborou FREDERICO VASCONCELOS, de São Paulo

“Ele quer construir duas torres e 36 fóruns, ao custo de R$ 2 bilhões, para deixar de alugar 760 prédios.”
São duas torres de marfim e 36 fóruns de ouro, é isso? Só isso para justificar o custo…
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ENTÃO JÁ ERA . . .
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,secretario-de-alckmin-rebate-cardozo-,1040662,0.htm
Secretário de Alckmin rebate Cardozo
Fernando Grella, da Segurança, nega que governador tenha ‘politizado’ o debate sobre violência, como afirmou o ministro ao ‘Estado’
10 de junho de 2013 | 2h 02
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ROLDÃO ARRUDA – O Estado de S.Paulo
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella Silveira, rebateu ontem as declarações feitas ao Estado pelo ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, de que o governador Geraldo Alckmin politiza a questão da segurança. O ministro se referia à insistência do governador em mencionar a falta de controle do governo federal sobre as fronteiras nas vezes em que procura explicar os problemas da violência em São Paulo.
“Respeito muito o ministro, mas há um equívoco no que ele falou. Não há nenhuma politização”, rebateu Grella. “A realidade é que temos problemas com drogas no Brasil, que virou o paraíso do crack. E nós sabemos que a cocaína, da qual o crack é um subproduto, não é feita aqui no Brasil.”
O equívoco do ministro, segundo o secretário, também reside no fato de não ter mencionado ações conjuntas que são desenvolvidas entre o Estado e o governo federal. “Temos a Agência de Atuação Integrada, cuja sede física fica na Secretaria de Segurança. Dessa agência participam a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, as polícias civil e militar e o Ministério Público.”
Latrocínios. Sobre a piora em alguns índices de violência, especialmente o de latrocínio, que registrou em abril, na capital, um aumento de 56% em relação ao mesmo mês do ano passado, o secretário disse: “É inegável que há uma relação de muitos crimes violentos com drogas. Temos visto latrocínios cometidos por pessoas que são consumidores de drogas. É evidente que são muitos os fatores que explicam a violência e a droga, embora não seja o único, é um deles.”
Indagado sobre as relações entre as drogas e os arrastões que se verificam na cidade, Grella afirmou: “Não é só isso, mas tem relação”.
Ele também rebateu as afirmações do ministro de que o governo estadual não enfrenta a questão da violência provocada a partir dos presídios. Segundo Cardozo, é preciso “coragem política” para se fazer isso.
“Ele está equivocado mais uma vez”, disse Grella. “A Segurança está atenta a estes aspectos e atua em várias frentes”. Ele mencionou que o governo estadual está se preparando para instalar bloqueadores de celulares nos presídios, entre outras ações.
Na entrevista ao Estado, Cardozo atribuiu as críticas ao Planalto a interesses eleitorais. “Querer atribuir a subida da violência em São Paulo a algo que está melhorando é querer se isentar de um problema sobre o qual poderíamos pensar em conjunto, sem politizar”, afirmou.
http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,delegacias-fazem-em-media-3-prisoes-a-cada-100-crimes-violentos-na-capital,1040628,0.htm
Delegacias fazem, em média, 3 prisões a cada 100 crimes violentos na capital
Levantamento mostra que metade dos 93 distritos policiais tem taxa de detenção, feita com mandado judicial após investigação, menor ainda do que a média da cidade; entre eles, estão DPs de áreas nobres, como o do Morumbi e o dos Jardins
09 de junho de 2013 | 23h 00
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Artur Rodrigues, Luciano Bottini Filho e Rodrigo Burgarelli – O Estado de S.Paulo
Os 93 distritos policiais de São Paulo registraram nos primeiros quatro meses deste ano 55,3 mil crimes violentos. Mas apenas 1,7 mil prisões com mandados judiciais foram feitas por essas delegacias após investigações – uma média de 3 detenções a cada 100 delitos graves.
Veja também:
Ninguém foi preso este ano em três distritos policiais
DP da Zona Sul é o que mais prende
Os dados são inéditos e da própria Secretaria de Segurança Pública (SSP), levando em conta o número total de prisões efetuadas pelas delegacias com mandado judicial, um meio de medir a produtividade da investigação da Polícia Civil. Prisões em flagrante, feitas predominantemente pela Polícia Militar, e as que são realizadas pelas delegacias especializadas não entraram na conta. Quatro tipos de crime foram considerados violentos para efeito de cálculo: homicídio, estupro, roubo e roubo de veículos.
No total, 55 distritos policiais têm taxa de prisão menor que a média da cidade. Delegacias de bairros nobres, como Morumbi (34.º DP) e Jardins (78.º DP), estão na lista das que menos prendem. Distrito com o maior número de crimes violentos neste ano, o Capão Redondo (47.º DP) efetuou apenas 29 prisões desde janeiro, enquanto 1.512 casos graves foram registrados.
Do outro lado da tabela estão os 38 distritos que prendem acima da média e, mesmo assim, deixam a maioria dos criminosos impunes. O líder é o do Bom Retiro (2.º DP), com média de 13 prisões para cada 100 delitos violentos registrados.
“Nossas instituições policiais têm problemas sérios para resolver crimes de autoria desconhecida. Principalmente homicídios, a maioria vira ‘cold case’”, disse o sociólogo Luiz Antonio Francisco de Souza, especialista em Segurança Pública.
Treinamento. Coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, Neudival Mascarenhas Filho cobra melhor capacitação dos policiais. “É preciso treinar os policiais e ter equipamentos modernos. Tem de investir na polícia científica. É óbvia essa deficiência”, afirmou.
Para o ex-presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Ophir Cavalcante, é necessário maior controle do Ministério Público sobre a atividade policial. “Se não fizermos uma coordenação e uma inteligência no nível nacional, ficaremos para trás.” Extraoficialmente, policiais reclamam de falta de pessoal. O déficit acontece principalmente em relação a investigadores e escrivães.
Investimento. A Assessoria de Imprensa da SSP informou que há duas semanas o governo autorizou concurso para a contratação de mais de 2,8 mil policiais, entre investigadores, escrivães e delegados, além da criação de 1.865 novos cargos na Polícia Científica.
Desde 2 de abril, segundo a SSP, os 93 distritos policiais receberam reforços e passaram a contar com quatro equipes de investigação.
“A meta é fazer com que os policiais atuem na comunidade do distrito, para que os mesmos policiais que atendam as vítimas investiguem os casos, o que visa a dar mais eficiência à apuração dos crimes”, afirma nota. A secretaria informa ainda que “parte expressiva das prisões em flagrante também é fruto de investigação”.
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E por falar em custo, o prédio do Unibanco-Itaú na Praça do Patriarca no centro da cidade foi desapropriado pelo Governador para virar fórum.
Sabe aquele prédio que era o hotel Hilton na Avenida Ipiranga, foi alugado pelo TJSP ao preço de R$600.000,00 por mês por 30 anos e lá agora funciona os gabinetes dos desembargadores da Fazenda Pública.
Quanto ao Sartori bem ou mal é o Presidente mais simpático do TJSP nos últimos tempos e que dialoga com os servidores e respeita o direito deles.
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NA BRUZUNDANGA
A VÉSPERA DE NOSSA JUSTA MANIFESTAÇÃO
A MIDIA$$$$$$$$$$ REGIAMENTE ACARICIADA PELO REI
PREPARA SEUS SOFISMAS . . .
PCC$$$$$$$$4DB POLITIZOU SIM A SEGURANÇA PÚBLICA
NA MEDIDA QUE NOS ELEGEU E TRATOU COMO INIMIGOS DO KRIMI
SOMOS TRATADOS COMO INIMIGOS DO PCC$$$$$$$$DB
HÁ MAIS DE 18 ANOS
SOMOS GENOCIDADOS A CONTA GOTAS
COM O SILÊNCIO DO GADO . . . O GADO NEM MUJE . . .
AMANHÃ . . . É TUDO OU NADA DE NOVO . . .
ONDA DE CRIMES NA BRUZUNDANGA . . . AS RUAS ESTÃO ENTREGUES AO KRIMI PCC$$$$$DB
VCS ESCOLHERAM ASSIM . . .
E NESTE MOMENTO
NÃO FOSSE UM CARRO BLINDADO TERÍAMOS UM MINISTRO DE LUTO PELA SUA FAMÍLIA !!!
VCS ESCOLHERAM ISTO . . . TODOS VCS . . . GADO E PCC$$$$$$$$DB
NO MÍNIMO CÚMPLICES . . .
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Andre, como você sabe que o custo esta errado ? Por acaso você sabe quanto custa para construir 36 fóruns? Quando não se tem o que falar é melhor ficar queto do que colocar o caráter de alguém em xeque.
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bela pose, sera que vai dar uma força para ações de policiais civis as quais dentro dos direitos nada conquistamos.
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10 de Junho de 2013•03h22
Datafolha: Alckmin venceria até Lula na disputa pelo governo de SP
Segundo pesquisa Datafolha publicada pelo jornal Folha de S. Paulo desta segunda, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), lidera a corrida ao Palácio dos Bandeirantes em 2014. O tucano tem ampla vantagem em todos os cenários abordados pelo instituto, incluindo quando seu oponente é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista teria 26% das intenções de voto e Alckmin, 42%.
Com outros nomes do PT no páreo, Alckmin também desponta como favorito, oscilando de 50% a 52% das intenções. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante teria 11% das preferências e ficaria tecnicamente empatado com Paulo Skaf (PMDB) na segunda colocação. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, teria 5%, e o da Saúde, Alexandre Padilha, que seria favorito para a indicação petista, somaria 3%. O ex-prefeito da capital Gilberto Kassab (PSD), que já expressou publicamente o interesse em se candidatar, obtém de 6% a 9% das menções.
Aprovação
Com quase dois anos e meio de mandato, a administração do governador Geraldo Alckmin (PSDB) alcançou aprovação de 52% dos paulistanos. O índice subiu quatro pontos percentuais em relação ao último levantamento do instituto, realizado em março de 2011. De acordo com o novo Datafolha, Alckmin tem índices de aprovação maiores no interior (60%) do que na capital do Estado (42%). O Datafolha entrevistou 1.642 eleitores em 43 municípios do Estado, na quinta e na sexta da semana passada. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Terra
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Fora psdb, sálario digno a policiais, aposentadoria especial, menos carreiras, planos de carreiras, modernizar essa polícia
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Após sugerir morte de manifestantes, promotor se arrepende e exclui post
Rogério Zagallo mantém posição contra protesto, mas diz que errou ‘forma’.
Post foi publicado na sexta (7) durante manifestação na Marginal Pinheiros.
Julia Basso Viana Do G1 São Paulo
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Post de Rogério Zagallo que acabou apagado (Foto: Reprodução/Facebook)Post de Rogério Zagallo que acabou apagado
nas redes sociais (Foto: Reprodução/Facebook)
O promotor de Justiça Rogério Leão Zagallo, da 5ª Vara do Júri de São Paulo, diz ter se arrependido da maneira como declarou nesta sexta-feira (7), em sua página pessoal no Facebook, sua revolta contra a manifestação contra o aumento das tarifas no transporte público.
Na ocasião, o promotor chegou a escrever no Facebook que a Tropa de Choque poderia “matar os manifestantes” e que arquivaria “o inquérito policial” caso isso ocorresse, mas apagou o post polêmico.
Ele ficou irritado com o trânsito provocado por uma manifestação contra o aumento das tarifas do transporte público, que bloqueou um dos sentidos da Marginal Pinheiros nesta sexta-feira. A cidade chegou a registrar 226 km de lentidão na área sob monitoramento da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) durante a noite.
No post, Zagallo reclamava das duas horas que estava no congestionamento. “Estou há 2 horas tentando voltar para casa mas tem um bando de bugios revoltados parando a avenida Faria Lima e a Marginal Pinheiros. Por favor, alguém poderia avisar a Tropa de Choque que essa região faz parte do meu Tribunal do Júri e que se eles matarem esses f… eu arquivarei o inquérito policial”, afirmou nas redes sociais.
saiba maisFOTOS DO 2º DIA DE PROTESTOS
FOTOS DO 1º DIA DE PROTESTOS
Após fechar Marginal Pinheiros, ato contra tarifa volta à Avenida Paulista
O promotor disse ao G1 que a afirmação se tratava de um “desabafo para amigos” e que “talvez tenha errado na forma” de se manifestar. Contudo, ele afirma que mantém a posição em relação ao protesto. “A forma da manifestação está sendo equivocada. Eu não entendo como legítima a forma como ela está sendo executada”, disse. “Acho que uma cidade como São Paulo não pode ficar à mercê de uma manifestação”, completou.
Às 18h40, a manifestação interditava a Avenida Faria Lima nos dois sentidos (Foto: Julia Basso Viana/G1)Manifestação interditou vias de São Paulo nesta
sexta-feira (Foto: Julia Basso Viana/G1)
No domingo (9), Zagallo publicou, também em seu perfil no Facebook, uma explicação em que assumiu a autoria do discurso de sexta – apesar de ter dito que quem escreveu foi um amigo, com o seu aval -, mas atribuiu as declarações a um “momento de desabafo” e que não sabia que a declaração tomaria tamanha proporção. “Eu restringi [a publicação] a algumas pessoas, não sabia que isso poderia tomar dimensões públicas.”
No momento do protesto da sexta-feira, Zagallo estava indo buscar seu filho no clube onde ele estava praticando esportes. “Foi um desabafo. Não de um promotor, mas de um pai desesperado que não conseguia pegar seu filho”, contou. O promotor disse que nem pode arquivar inquéritos, porque tem restrições. “Nunca faria um negócio desse, foi uma forma de manifestar minha ira por não conseguir buscar meu filho. Eu nem tenho esse poder, tenho restrições”, completou.
Após a repercussão de suas palavras, o promotor, que disse não saber muito bem como funciona o mecanismo da rede social, pensa até em apagar seu perfil. “Estou até pensando em sair do Facebook”, disse.
O Ministério Público informou nesta segunda-feira (10) que avaliará se há providências a serem tomadas no caso. “Confirmada a autenticidade do comentário, a Procuradoria-Geral de Justiça apreciará o mérito da manifestação e avaliará se há providências a serem adotadas em sua esfera de atribuições. No tocante ao aspecto disciplinar, cabe à Corregedoria-Geral do Ministério Público avaliar as providências pertinentes”, diz em nota.
O protesto
Na sexta-feira, os manifestantes do Movimento Passe Livre (MPL) se reuniram pelo segundo dia para lutar contra o aumento das tarifas do transporte coletivo na cidade de São Paulo. A marcha passou pela Marginal Pinheiros, pelas avenidas Faria Lima, Rebouças, entre outras, e chegou à Avenida Paulista. Na quinta-feira (6), as manifestações deixaram um rastro de destruição e sujeira na Avenida Paulista, além de terem bloqueado vias no Centro.
Procurado pelo G1, Caio Martins, integrante do Movimento Passe Livre, disse que a declaração do promotor “é inadmissível na democracia”. Segundo o estudante, “é descabido ele (o promotor) entender a luta social como crime, e entender a manifestação popular como caso de polícia”, afirmou.
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FIM DO MUNDO !!!
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/06/apos-sugerir-morte-de-manifestantes-promotor-se-arrepende-e-exclui-post.html
10/06/2013 12h26 – Atualizado em 10/06/2013 12h26 . . .
Após sugerir morte de manifestantes, promotor se arrepende e exclui post
Rogério Zagallo mantém posição contra protesto, mas diz que errou ‘forma’.
Post foi publicado na sexta (7) durante manifestação na Marginal Pinheiros.
Julia Basso Viana
Do G1 São Paulo
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Post de Rogério Zagallo que acabou apagado
nas redes sociais (Foto: Reprodução/Facebook)
O promotor de Justiça Rogério Leão Zagallo, da 5ª Vara do Júri de São Paulo, diz ter se arrependido da maneira como declarou nesta sexta-feira (7), em sua página pessoal no Facebook, sua revolta contra a manifestação contra o aumento das tarifas no transporte público.
Na ocasião, o promotor chegou a escrever no Facebook que a Tropa de Choque poderia “matar os manifestantes” e que arquivaria “o inquérito policial” caso isso ocorresse, mas apagou o post polêmico.
Ele ficou irritado com o trânsito provocado por uma manifestação contra o aumento das tarifas do transporte público, que bloqueou um dos sentidos da Marginal Pinheiros nesta sexta-feira. A cidade chegou a registrar 226 km de lentidão na área sob monitoramento da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) durante a noite.
No post, Zagallo reclamava das duas horas que estava no congestionamento. “Estou há 2 horas tentando voltar para casa mas tem um bando de bugios revoltados parando a avenida Faria Lima e a Marginal Pinheiros. Por favor, alguém poderia avisar a Tropa de Choque que essa região faz parte do meu Tribunal do Júri e que se eles matarem esses f… eu arquivarei o inquérito policial”, afirmou nas redes sociais.
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FOTOS DO 2º DIA DE PROTESTOS
FOTOS DO 1º DIA DE PROTESTOS
Após fechar Marginal Pinheiros, ato contra tarifa volta à Avenida Paulista
O promotor disse ao G1 que a afirmação se tratava de um “desabafo para amigos” e que “talvez tenha errado na forma” de se manifestar. Contudo, ele afirma que mantém a posição em relação ao protesto. “A forma da manifestação está sendo equivocada. Eu não entendo como legítima a forma como ela está sendo executada”, disse. “Acho que uma cidade como São Paulo não pode ficar à mercê de uma manifestação”, completou.
Manifestação interditou vias de São Paulo nesta
sexta-feira (Foto: Julia Basso Viana/G1)
No domingo (9), Zagallo publicou, também em seu perfil no Facebook, uma explicação em que assumiu a autoria do discurso de sexta – apesar de ter dito que quem escreveu foi um amigo, com o seu aval -, mas atribuiu as declarações a um “momento de desabafo” e que não sabia que a declaração tomaria tamanha proporção. “Eu restringi [a publicação] a algumas pessoas, não sabia que isso poderia tomar dimensões públicas.”
No momento do protesto da sexta-feira, Zagallo estava indo buscar seu filho no clube onde ele estava praticando esportes. “Foi um desabafo. Não de um promotor, mas de um pai desesperado que não conseguia pegar seu filho”, contou. O promotor disse que nem pode arquivar inquéritos, porque tem restrições. “Nunca faria um negócio desse, foi uma forma de manifestar minha ira por não conseguir buscar meu filho. Eu nem tenho esse poder, tenho restrições”, completou.
Após a repercussão de suas palavras, o promotor, que disse não saber muito bem como funciona o mecanismo da rede social, pensa até em apagar seu perfil. “Estou até pensando em sair do Facebook”, disse.
O Ministério Público informou nesta segunda-feira (10) que avaliará se há providências a serem tomadas no caso. “Confirmada a autenticidade do comentário, a Procuradoria-Geral de Justiça apreciará o mérito da manifestação e avaliará se há providências a serem adotadas em sua esfera de atribuições. No tocante ao aspecto disciplinar, cabe à Corregedoria-Geral do Ministério Público avaliar as providências pertinentes”, diz em nota.
O protesto
Na sexta-feira, os manifestantes do Movimento Passe Livre (MPL) se reuniram pelo segundo dia para lutar contra o aumento das tarifas do transporte coletivo na cidade de São Paulo. A marcha passou pela Marginal Pinheiros, pelas avenidas Faria Lima, Rebouças, entre outras, e chegou à Avenida Paulista. Na quinta-feira (6), as manifestações deixaram um rastro de destruição e sujeira na Avenida Paulista, além de terem bloqueado vias no Centro.
Procurado pelo G1, Caio Martins, integrante do Movimento Passe Livre, disse que a declaração do promotor “é inadmissível na democracia”. Segundo o estudante, “é descabido ele (o promotor) entender a luta social como crime, e entender a manifestação popular como caso de polícia”, afirmou
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POLICIAL HONESTO E QUE VIVE DO SALÁRIO FAZ GREVE
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