Demóstenes Torres, promotor de justiça, secretário de segurança e senador que pretendia ser governador arrecadando 30% da contravenção…( Se cuida Antonio F.P. ) 28

Exclusivo

23.03.2012 18:04

Os 30% de Demóstenes

Por Leandro Fortes*

A Polícia Federal tem conhecimento, desde 2006, das ligações do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com o senador Demóstenes Torres, do DEM de Goiás.

Três relatórios assinados pelo delegado Deuselino Valadares dos Santos, então chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros (DRCOR), da Superintendência da PF em Goiânia, revelam que Demóstenes tinha direito a 30% da arrecadação geral do esquema de jogo clandestino, calculada em, aproximadamente, 170 milhões de reais nos últimos seis anos.

Segundo relatório da Polícia Federal, 30% é o percentual que o senador do DEM recebia do bicheiro Carlinhos Cachoeira. Foto:Renato Araújo/ABr

 

Na época, o império do bicheiro incluía 8 mil máquinas ilegais de caça-níqueis e 1,5 mil pontos de bingos. Como somente no mês passado a jogatina foi desbaratada, na Operação Monte Carlo, as contas apresentadas pela PF demonstram que a parte do parlamentar deve ter ficado em torno de 50 milhões de reais. O dinheiro, segundo a PF, estava sendo direcionado para a futura candidatura de Demóstenes ao governo de Goiás, via caixa dois.

A informação, obtida por CartaCapital, consta de um Relatório Sigiloso de Análise da Operação Monte Carlo, sob os cuidados do Núcleo de Inteligência Policial da Superintendência da PF em Brasília. Dessa forma, sabe-se agora que Demóstenes Torres, ex-procurador, ex-delegado, ex-secretário de Segurança Pública de Goiás, mantinha uma relação direta com o bando de Cachoeira, ao mesmo tempo em que ocupava a tribuna do Senado Federal para vociferar contra a corrupção e o crime organizado no País.

O senador conseguiu manter a investigação tanto tempo em segredo por conta de um expediente tipicamente mafioso: ao invés de se defender, comprou o delegado da PF.

Deuselino Valadares foi um dos 35 presos pela Operação Monte Carlo, em 29 de fevereiro. Nas intercepções telefônicas feitas pela PF, com autorização da Justiça, ele é chamado de “Neguinho” pelo bicheiro. Por estar lotado na DRCOR, era responsável pelas operações policiais da Superintendência da PF em todo o estado de Goiás. Ao que tudo indica, foi cooptado para a quadrilha logo depois de descobrir os esquemas de Cachoeira, Demóstenes e mais três políticos goianos também citados por ele, na investigação: os deputados federais Carlos Alberto Leréia (PSDB), Jovair Arantes (PTB) e Rubens Otoni (PT).

Escutas da Operação Monte Carlo mostram que o bicheiro citou mais três políticos goianos: Rubens Otoni (PT) (à esquerda), Carlos Alberto Leréia (PSDB) (centro) e Jovair Arantes (PTB)

 

Ao longo da investigação, a PF descobriu que, nos últimos cinco anos, o delegado passava informações sigilosas para o bando e enriquecia a olhos vistos. Tornou-se dono de uma empresa, a Ideal Segurança Ltda, registrada em nome da mulher, Luanna Bastos Pires Valadares. A firma foi montada em sociedade com Carlinhos Cachoeira para lavar dinheiro. Também comprou fazendas em Tocantins, o que acabou por levantar suspeitas e resultar no afastamento dele da PF, em 2011.

O primeiro relatório do delegado Deuselino Valadares data de 7 de abril de 2006, encaminhado à Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Patrimônio (Delepat) da PF em Goiânia. Valadares investigava o escândalo da Avestruz Master, uma empresa que fraudou milhares de investidores em Goiás, quando conheceu o advogado Ruy Cruvinel. Cruvinel chamou Valadares para formar uma parceria a fim de criar “uma organização paralela” à de Carlinhos Cachoeira. O suborno, segundo o delegado, seria uma quantia inicial de 200 mil reais. Ele, ao que parece, não aceitou e decidiu denunciar o crime.

Em 26 de abril de 2006, o relatório circunstanciado parcial 001/06, assinado por Deuselino Valadares, revelou uma ação da PF para estourar o cassino de Ruy Cruvinel, no Setor Oeste de Goiânia. Preso, Cruvinel confessou que, dos 200 mil reais semanais auferidos pelo esquema (Goiás e entorno de Brasília), 50%, ou seja, 100 mil reais, iam diretamente para os cofres de Carlinhos Cachoeira.

Outros 30% eram destinados ao senador Demóstenes Torres, cuja responsabilidade era a de remunerar também o então superintende de Loterias da Agência Goiânia de Administração (Aganp), Marcelo Siqueira. Ex-procurador, Siqueira foi indicação de Demóstenes e do deputado Leréia para o cargo. Curiosamente, ao assumir a função, um ano antes, ele havia anunciado que iria “jogar duro” contra o jogo ilegal em Goiás.

Réplica do infográfico montado pelo delegado Deuselino Valadares dos Santos

 

Em 31 de maio de 2006, de acordo com os documentos da Operação Monte Carlo, Deuselino Valadares fez o relatório derradeiro sobre o esquema, de forma bem detalhada, aí incluído um infográfico do “propinoduto” onde o bicheiro é colocado no centro de uma série de ramificações criminosas, ao lado do senador do DEM e do ex-procurador Marcelo Siqueira. Em seguida, misteriosamente, o delegado parou de investigar o caso.

“Verificado todo o arquivo físico do NIP/SR/DPF/GO não foi localizado nenhum relatório, informação ou documentos de lavra do DPF DEUSELINO dando conta de eventual continuidade de seus contatos com pessoas ligadas à exploração de jogos de azar no Estado de Goiás”, registrou o delegado Raul Alexandre Marques de Souza, em 13 de outubro de 2011, quando as investigações da Monte Carlo estavam em andamento.

A participação do senador Demóstenes Torres só foi novamente levantada pela PF em 2008, quando uma operação também voltada à repressão de jogo ilegal, batizada de “Las Vegas”, o flagrou em grampos telefônicos em tratativas com Carlinhos Cachoeira. Novamente, o parlamentar conseguiu se safar graças a uma estranha posição da Procuradoria Geral da República, que recebeu o inquérito da PF, em 2009, mas jamais deu andamento ao caso.

Veja aqui documentos da Operação Monte Carlo .

*Acompanhe o Blog do Leandro Fortes

Secretário de Segurança inventa reforço psicológico para policiais civis: JURO!…( É obrigado mentir desde a posse ) 44

Prezado Dr. guerra,

O Secretário está de brincadeira ou é uma piada….

Ele está confundindo a Policia Civil com a Pm, será que não percebeu que a instituição é maior que seu poderio????

Se bem que alguns delegados convardes não concordam com isso, né…..

Veja com seus próprios olhos!!!!!

Segurança Pública
GABINETE DO SECRETÁRIO
Resolução SSP-29, de 09.03.2012
Prot. 633/12
Altera a redação do art. 1º, e parágrafo único
do art. 2º da Resolução SSP nº 19, de 02 de abril
de 1.979.
O Secretário da Segurança Pública, resolve:
Artigo 1º – O artigo 1º Resolução SSP-19, de 2 de abril de
1979, que disciplina o compromisso solene de posse em cargo
policial civil, com o teor que lhe foi dado pela Resolução SSP-
29, 09 de março de 2012, que passa a vigorar com a seguinte
redação:
Art. 1º [.]:
“ Juro, na condição de policial civil, respeitar e aplicar a lei,
na luta contra a criminalidade em prol da Justiça, arriscando a
própria vida, se necessário for, na defesa da sociedade e dos
cidadãos”.
[.]
Art. 2º [.]
Parágrafo único. A solenidade do ato deverá adotar o
seguinte protocolo: os empossados estarão de pé e perfilados
em ordem, com o braço direito estendido no momento da leitura
do compromisso.
Art. 3º [.]
Art. 4º – A presente Resolução entrará em vigor na data
de sua publicação, revogadas as disposições que lhe forem
contrárias.
sábado, 10 de março de 2012 Diário Ofi cial Poder Executivo – Seção I São Paulo, 122 (47) – 13

Existe um crime que compensa no Brasil: formação de cartel para fraudar licitação 9

24/03/2012-08h25

‘Esse crime compensa’, diz promotor sobre fraude em licitação do metrô

DE SÃO PAULO

Se existe um crime que compensa no Brasil, é formação de cartel para fraudar licitação. Essa é a opinião do promotor Marcelo Batlouni Mendroni, responsável pela denúncia contra 14 executivos ligados a empreiteiras que foram acusados de fraudarem a licitação bilionária para obras de ampliação da linha 5-lilás do metrô de São Paulo.

Na lista estão funcionários da Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Mendes Júnior, OAS e Queiroz Galvão.

Segundo o promotor, a pena neste tipo de crime é tão “excessivamente baixa” que o fraudador pode ser condenado (se for pego) ao pagamento de apenas uma multa. Essa é a maioria das penas aplicadas para esse crime.

“O que o empresário pensa? ‘Se for pego em uma [fraude], eu tenho que pagar uma multa. Vou pagar essa multa com o dinheiro que já roubei'”, disse.

“Isso faz com que pelo menos o crime de cartel compense”, afirmou.

O promotor disse ainda que isso é um estímulo para a multiplicação desse tipo de crime. “Essa forma de agir, de cartéis e fraudes em licitações, infelizmente é a regra neste país. A exceção é que não existam fraudes nas licitações.”

Mendroni defende uma mudança na lei para que as penas sejam aumentadas, como ocorre em grande parte do mundo. Para ele, esse dinheiro público desviado ajudaria a evitar que muita gente acabe no crime por não ter tido oportunidades.

“Gente desse tipo não precisa de ressocialização, porque já estão integrados à sociedade. Eles precisam é de punição. Quem precisa de ressocialização são os pobres que cometem os crimes de bagatela pelas ruas do país”, disse.

Editoria de Arte/Folhapress
Cronologia dos problemas da licitação de obras


http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1066708-esse-crime-compensa-diz-promotor-sobre-fraude-em-licitacao-do-metro.shtml

Minas Gerais nomeia novo Desintegrador de Segurança: o procurador de Justiça licenciado Rômulo Ferraz…( Para o PSDB integrar as polícias é: sucatear a Polícia Civil ) 16

23/03/2012-18h50

Governo de Minas muda toda a cúpula da Polícia Civil

PAULO PEIXOTO DE BELO HORIZONTE

Uma semana após a troca do secretário de Defesa Social, o governo de Minas comunicou nesta sexta-feira, por meio de nota, mudanças em toda a cúpula da Polícia Civil do Estado.

Crescimento da violência derruba secretário em Minas Gerais Após seis anos de queda, criminalidade em MG volta a crescer

A área da segurança pública em Minas tem ganhado mais atenção do governador Antonio Anastasia (PSDB) desde a divulgação, no fim de fevereiro, de um aumento expressivo nos índices de criminalidade no Estado.

Em janeiro, Anastasia já havia mudado o comando da Polícia Militar. As mudanças avançaram mais com a troca do secretário responsável pela articulação das duas polícias. Saiu o político Lafayette Andrada, deputado estadual filiado ao PSDB, e entrou o procurador de Justiça licenciado Rômulo Ferraz. Com a mudança na cúpula da Polícia Civil, Anastasia deixa o caminho mais livre para a atuação do novo secretário.

Especialistas em segurança pública apontam como um dos indicadores da piora da criminalidade no Estado a insatisfação da Polícia Civil com o tratamento recebido pelo governo no que se refere ao aparelhamento da corporação.

Há deficiência de delegados e escrivães pelo Estado afora, e inquéritos se acumulam pelas delegacias. Essa insatisfação, conforme os especialistas, acabou afetando o trabalho de integração iniciado em 2003.

Está em andamento na Secretaria de Defesa Social um processo de contratação de delegados por concurso, e a retomada do trabalho de integração das polícias volta a ganhar força com a chegada do novo secretário.

Em entrevista ao jornal “Estado de Minas”, nesta sexta-feira, Ferraz disse que “a integração passa pelo comprometimento das instituições envolvidas não só através das suas respectivas direções, mas também das diversas entidades representativas de classe dessas instituições”.

O novo comandante da Polícia Civil será Cylton Brandão da Matta, até então corregedor-geral da corporação. Já a nova chefe-adjunta será a delegada-geral Maria de Lurdes Camilli, que era chefe do 5º Departamento de Polícia Civil, em Uberaba.