Deixem o promotor jogar sozinho – O recado do governo para os policiais : sejam corruptos , mas saibam roubar ! 4

Com o apoio de Tarcísio de Freitas e de sua base na ALESP, todo promotor – mesmo os aposentados – aumentará ainda mais seus patrimônios milionários. Além dos benefícios retroativos, que proporcionarão mais de R$ 1.000.000,00 a cerca de 2.000 membros do Ministério Público, agora todo o dinheiro arrecadado do crime organizado será destinado ao Ministério Público; obviamente, depois foi dividido economicamente entre seus membros, pouco importando o trabalho das polícias. O recado do governo para os policiais: sejam corruptos, mas saibam roubar!

Absurdamente, a afirmação sobre o aumento do patrimônio de promotores, inclusive retroativos, com apoio político de Tarcísio de Freitas e da sua base na ALESP, tem fundamento em fatos recentes e manifestações oficiais encontradas em farto material jornalístico.

Indenizações retroativas (isentas de imposto de renda) e novos critérios para a destinação de recursos oriundos do crime organizado realmente estão sendo implementados a favor do Ministério Público, em complemento a remunerações e benefícios já bastante elevados.

Benefícios Retroativos e “Supersalários”

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) conseguiu aprovar , em 2025, um benefício financeiro retroativo que permite pagamentos de até R$ 1.000.000,00 por promotor ou procurador, tanto na ativa quantos aposentados: alegando “carga extra de trabalho” entre 2015 e 2023.

Jornadas extras sem provas; já que ninguém pode fiscalizar o fiscal.

Estima-se que cerca de 1.900 membros do MP-SP tenham direito aos benefícios, com impacto superior a R$ 1 bilhão nas contas públicas.

A prática dos chamados “penduricalhos” faz com que os rendimentos líquidos ultrapassem o teto constitucional, chegando a mais de R$ 100 mil por mês em certos casos.

Ou na maioria?.

Dinheiro do Crime Organizado

Uma alteração na legislação estadual também determinou a destinação para o Ministério Público dos recursos provenientes da lavagem de dinheiro e das apreensões do crime organizado.

Pelo novo arranjo, 30% desses valores vão diretamente para o Fundo Especial de Despesa do Ministério Público, enquanto 70% são destinados ao Fundo de Incentivo à Segurança Pública, usados ​​para equipamentos e capacitação das polícias.

Essa medida foi apresentada como estratégia para fortalecer o MP nas investigações próprias, mas causou desconforto quanto ao reconhecimento, valorização e participação das polícias nas operações, diante da diferença na destinação dos recursos.

É o promotor rico ficando cada vez mais rico e metendo a chibata no pobre policial.

Reação e Sinal Político

O governo, com maioria na ALESP, justificou que a medida  valoriza e reconhece o protagonismo do MP e incentiva a  recuperação de ativos do crime organizado, minimizando o peso sobre o Tesouro Estadual.

Mas não há transparência sobre critérios para distribuição interna desses recursos.

Também não há políticas de valorização dos quadros policiais, que sobrevivem com vencimentos absurdamente inferiores e condições muito precárias; especialmente na base.

O episódio deve ser amplamente contestado pela sociedade e pelas entidades de servidores como mais um capítulo de apropriação estamental de dinheiro público e total desvalorização das polícias em contraste com esse despropositado reconhecimento institucional dado ao MP.

Para muito breve – atendendo à hipócrita manifestação de um promotor – aguardem iniciativas do governador criando o direito a escolta vitalícia para membros do MP de São Paulo, é claro!

Depois da sua aposentadoria, a partir de 2023, ele passou a não ter nenhuma proteção do estado. Me parece que uma autoridade que dedicou mais de 40 anos ao combate ao crime organizado deveria ter uma proteção do estado.
Lincoln Gakiya, promotor do MP-SP…

Gakiya: ‘Não posso me aposentar por falta de segurança à minha vida’… A gente precisa ter uma garantia de uma legislação que nos apare. Assim como tem na Itália, tem nos Estados Unidos, tem na França, na Inglaterra. É uma legislação que dê garantia de proteção a esses policiais ou outras autoridades que corram o risco de vida por trabalhar diretamente no combate a organizações criminosas como essa.
Lincoln Gakiya… “Eu estou na última quadra do meu trabalho, ano que vem completo os requisitos para a aposentadoria, e não poderei fazê-lo por que não tenho garantia de segurança para mim e minha família”, disse o promotor.

O promotor relata ter avisado Fontes sobre planos do PCC. Ele reforça que, sem legislação, nem ele terá direito à escolta ao se aposentar, mesmo diante de ameaças.

O Ruy, caso ele realmente tenha sido atingido pelo PCC, porque isso ainda está sob investigação, ele estava abandonado à própria sorte. Ele até deu uma entrevista para um blog há poucos meses atrás e disse que estava sem segurança, que estava se sentindo amedrontado… –

Veja mais em https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2025/09/16/brasil-nao-protege-quem-enfrenta-o-crime-diz-lyncon-gakiya.htm?cmpid=copiaecola

Um Comentário

  1. Ainda recentemente o STF aprovou medida administrativa interna garantindo a todos seus ministros na ativa ou aposentados, vitaliciamente (ou seja, enquanto viverem), escolta armada no Brasil ou no exterior. Nessa esteira, ministros de outros tribunais superiores, inclusive do TST, além de diversas outras autoridades, mesmo já aposentadas, vão aos poucos “cavando” essa concessão. Eu também quero! Fui delegado de Polícia, promotor de Justiça e juiz de Direito, apesar de já aposentado há muitos anos, e preciso de proteção. Na verdade, como promotor certa feita atuei num júri em que o réu foi condenado a 16 anos de prisão. Anos se passaram, eu já era juiz quando ao chegar em casa, no início da noite, no retorno do trabalho, notei um “cara”, de boné, encostado no muro em frente. Fiquei esperto, passei direto e liguei para a PM. Abordado, o cidadão se identificou: era aquele que havia sido condenado, cumprido pena, saído na condicional e, de fato, tinha vindo à cidade à minha procura, para………..pedir ajuda para que arrumasse emprego (disse que no julgamento eu havia dito isso aos jurados: que depois que cumprisse a pena, eu o ajudaria a conseguir um emprego blablabla – eu costumava dizer isso mesmo). Acreditei nele, paguei-lhe uma pensão completa por uns dias na cidade, até que consegui emprego para ele bem longe de mim e perto da família dele. Em outra oportunidade, recebi uma carta de um preso da penitenciária de Presidente Prudente (que havia assaltado um motorista de táxi na comarca onde anos depois fui juiz, atravessado o Estado de SP e na região de Presidente Prudente matado dois policiais rodoviários). A “bronca” dele comigo era porque, ao chegar na comarca e receber de volta o processo do “roubo”, que havia sido anulado pelo STF por raquitismo da sentença do anterior juiz, simplesmente proferi nova sentença e ainda, pasmem!, baixei a pena em 4 meses, porque meu colega havia errado na conta aritmética. Na carta o preso dizia que, quando saísse, iria me matar e a toda minha família. Confesso que fiquei preocupado, e passei a “monitorar” sua “execução de pena”, e fiz isso durante anos, até que, para o azar dele e sorte minha, ele foi assassinado na cadeia. Enfim, mesmo as mais insignificantes autoridades algum dia causaram “bronca” em alguém. Escolta e proteção para todos? Ou só para alguns (os mais famosos – leia-se Odilon, Gakia, Alexandre de Moraes, Ruy Ferraz Fontes, Conde Guerra e outros). Amigos, quem aceita (e busca) entrar nessa vida de “autoridade”, em busca de estabilidade, vaidade, servir à população, pouco importa, deve saber muito bem o que está fazendo. “Passarinho que come pedra, sabe o c… que tem!”. Lamento pelo Dr. Ruy e principalmente sua família! Estive com ele, se bem me lembro, duas ou três vezes. Era um grande policial; destemido e esperto. Sabia se cuidar, mas desta feita, infelizmente, não teve chance. Seguro de vida considerável (algo em torno de 100 a 150 mil dólares, mais pensão integral com todos os benefícios) para todas autoridades, ou agentes de autoridades, assassinados em serviço ou em razão dele, a mim me parece que é a única solução num país pobre e violento como este. Mais do que isso – além de “escoltas” em casos concretos e muito especiais – não me parece razoável aos contribuintes. Cada um de nós faz sua escolha profissional e deve arcar com isso!…

    Curtir

Os comentários estão desativados.