Quadrilha formada por policiais militares é condenada por envolvimento com bicheiro de Praia Grande …Mas a banca continua firme e forte; tristemente com a proteção de personagens da Polícia Civil Santista… A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo disse que “está apurando” …Os lucros? 5

Quadrilha com policiais é condenada por envolvimento em jogo do bicho chefiado por idoso e tetraplégico

Organização criminosa mantinha 170 pontos na Baixada Santista, no litoral de São Paulo. Esquema incluía lavagem de dinheiro e corrupção de agentes públicos.

Por Gyovanna Soares, g1 Santos

25/02/2024 06h18  Atualizado há um dia

À esquerda, dois GCMs e um dos envolvidos nas proximidades da sede da organização em Praia Grande (SP). À direita, mais de R$ 370 mil encontrado na casa do homem tetraplégico — Foto: g1 Santos

À esquerda, dois GCMs e um dos envolvidos nas proximidades da sede da organização em Praia Grande (SP). À direita, mais de R$ 370 mil encontrado na casa do homem tetraplégico — Foto: g1 Santos

A Justiça de São Paulo condenou 17 homens envolvidos em uma organização criminosa que mantinha 170 pontos de jogo do bicho em três cidades da Baixada Santista, no litoral de São Paulo. O esquema, que incluía lavagem de dinheiro e corrupção de agentes públicos, era comandado por um idoso de 85 anos e o filho tetraplégico.

O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) denunciou 21 envolvidos após uma operação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) em 2014. Durante o processo, quatro homens morreram. Entre eles, estão o chefe tetraplégico, um policial civil aposentado e outros dois envolvidos.

De acordo com a sentença da 2ª Vara Criminal de Praia Grande (SP) emitida na terça-feira (20), os 17 homens foram condenados entre 7 e 17 anos de prisão em regime inicial fechado. Entre os envolvidos, estão quatro policiais militares, quatro guardas civis municipais da cidade, um policial militar reformado, o idoso que chefiava o esquema e outros sete participantes.

No documento da sentença, obtido pelo g1, o juiz Antonio Carlos Martins constatou que a atividade do jogo do bicho em Praia Grande, Mongaguá e Itanhaém era permitida e bem sucedida, graças a corrupção de policiais e guardas civis. Eles aceitavam propinas para proteger a organização criminosa.

Quadrilha com policiais era comandada por idoso e tetraplégico em Praia Grande (SP) — Foto: g1 Santos

Quadrilha com policiais era comandada por idoso e tetraplégico em Praia Grande (SP) — Foto: g1 Santos

Chefes e filho tetraplégico

A organização criminosa atuou por aproximadamente 30 anos dentro de panificadoras, lanchonetes, bares e bancas de jornal. O idoso comandava o esquema através do filho tetraplégico, que, de acordo com o documento da sentença, não tinha condições básicas para administrá-lo sozinho.

“[É] inviável a criação de grupo criminoso de tal porte e longa durabilidade sem um mentor de maior confiança, como seu pai […]. O ‘negócio’ foi herança de seu genitor, o qual paulatinamente lhe passava a liderança da organização criminosa, no entanto, sem desligar-se totalmente”, explicou o juiz.

Quando o esquema foi desarticulado, os valores movimentados pelo pai e o filho eram de aproximadamente R$ 94 mil por dia útil, já com o desconto do pagamento dos funcionários.

Esquema

À esquerda, um dos envolvidos na organização criminosa. À direita, munições apreendidas durante operação e sede do esquema — Foto: g1 Santos

À esquerda, um dos envolvidos na organização criminosa. À direita, munições apreendidas durante operação e sede do esquema — Foto: g1 Santos

Segundo a denúncia do MP, a organização era dividida em três núcleos. O primeiro era o gerencial, composto por quatro pessoas de confiança do pai e do filho. Este setor era responsável pela gestão financeira e supervisão dos outros envolvidos.

O setor operacional era responsável pela execução direta das atividades vinculadas ao jogo do bicho. Neste núcleo, haviam 170 pessoas, ainda não identificadas, que anotavam, recebiam e entregavam os jogos para ao menos 13 homens. Destes, cinco foram identificados e condenados.

Por fim, o setor da segurança que tinha participação direta de policiais militares e guardas municipais. Eles eram responsáveis por garantir a tranquilidade da organização no transporte dos pagamentos em dinheiro e evitar que o esquema fosse denunciado as autoridades.

O documento do MP apontou que há outros envolvidos na quadrilha, que ainda não foram identificados.

g1 entrou em contato com a Polícia Militar (PM) e com a Prefeitura de Praia Grande, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.

A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) disse estar apurando o caso

Um Comentário

  1. Pelo visto depois daquele monte de chefe de DP preso pela Corró uns anos atrás os PCs não ficam mais dando chance pro azar. O Gaeco só pegou PM e GCM e o falecido Pradão que já nem estava mais na ativa.

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  2. Ué, mas a PM não é a reserva moral da Segurança Pública? (ironia). A PM mata, simula tiroteio, coloca a vela na mão do defunto (que milagrosamente atirou depois se morto), tortura, humilha, forja flagrante, mas dinheiro, isso não, com isso ela não mexe.

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  3. Perguntar não ofende: Foi a operação escudo que prendeu? Derrite, estrela da imprensa, youtube, Instagram, X (Twitter), podcasts e afins, manifestou-se à respeito?

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  4. Nossa sério! É verdade? Não acredito! Quer dizer que desde 2014, data informada na reportagem, até o presente momento NÃO existe mais jogo do bicho! Nossa que sentença, palmas, palmas, palmas e mais palmas….para o “meretricimo”, 10 (dez) anos para condenar os pés de chinelo de sempre! Agora vou dormir mais tranquilo sabendo que agora acabou o jogo do bicho no litoral! Ufa! Que delícia saber que a nossa justiça é rápida, eficiente e eficaz….e o Cacareco, ops falha minha GAECO! Esses então…. sem palavras, o FBI devem vim fazer curso com eles para aprender a investigar. Putz de uma investigação monstro que cana…..Só que não! Bando de comédia!

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