HISTÓRICO AGITADO
Investigações internas contra diretor-geral da PRF têm sigilo de 100 anos
2 de novembro de 2022, 11h35
O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, já respondeu a oito sindicâncias internas da instituição ao longo de sua carreira. No entanto, os processos estão protegidos por sigilo de 100 anos, decretado pelo governo federal.
A decisão da gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) foi tomada no último ano, após o portal Metrópoles pedir informações sobre o conteúdo das sindicâncias com base na Lei de Acesso à Informação (LAI). As informações são da revista piauí.
Polêmicas antigas
Em 1997, no início de sua carreira na PRF, o atual chefe da instituição foi investigado por cobrar propina de uma empresa de guincho que tinha interesse em atuar nas rodovias federais da região de Joinville (SC). Segundo o inquérito, Vasques teria ameaçado matar um dos chantageados com um tiro na testa.
A investigação se arrastou por oito anos, e o Ministério Público Federal só ofereceu denúncia em 2009. Dois anos depois, a Justiça Federal decidiu que as condutas estavam prescritas.
Já em 2000, Vasques foi alvo de ação criminal por lesão corporal e abuso de autoridade após espancar um frentista de posto de combustível no interior de Goiás. O funcionário tinha se recusado a lavar um veículo da PRF.
A vítima conseguiu na Justiça uma indenização de R$ 71 mil do governo federal. Desde 2017, a Advocacia-Geral da União cobra de Vasques o ressarcimento de tal valor. O caso levou a Corregedoria da PRF e o Ministério da Justiça a pedirem a expulsão do policial da corporação. Mas a punição prescreveu devido à demora na investigação.
Extrapolando a ostentação
Silvinei Vasques é diretor-geral da PRF desde abril do último ano. Ele foi indicado para o cargo pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do presidente da República.
De 2019 a 2021, com Bolsonaro no poder, a PRF recebeu 54% mais recursos do que no triênio anterior. Em 2022, Flávio e seu irmão Eduardo Bolsonaro (deputado federal pelo PL-SP) enviaram R$ 3,6 milhões ao órgão por meio do orçamento secreto.
Apesar de a PRF ser uma polícia ostensiva, sem competência para investigação de crimes, a gestão de Vasques tem sido marcada pelo investimento em inteligência, a partir da compra de softwares de rastreamento, identificação e interceptação de números de celulares — cujo uso depende de autorização judicial.
Entre 2019 e o último mês de junho, policiais rodoviários prenderam 1.226 pessoas em municípios nos quais não há nenhuma estrada federal.
Em outubro do último ano, a PRF deflagrou uma operação contra uma quadrilha de assaltantes de banco em Varginha (MG). Ao final, todos os 26 homens envolvidos foram mortos. Alguns estavam desarmados e outros estavam dormindo.
A ação policial começou a partir da instalação de uma escuta clandestina no celular de um suspeito. Ao perceber as irregularidades promovidas pela PRF, a própria superintendência da Polícia Federal em Minas Gerais decidiu abandonar a investigação. Enquanto isso, Flávio e Eduardo usaram suas redes sociais para parabenizar os policiais rodoviários e comemorar o trabalho.
Polêmicas recentes
A relação próxima da PRF com o bolsonarismo vem sendo escancarada nos últimos dias. No domingo de eleições (30/10), surgiram diversas denúncias de ações do órgão contra o transporte de eleitores. Isso levou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, a pedir explicações a Vasques. Mais tarde, as operações foram suspensas e o ministro afirmou que os eleitores não foram impedidos de chegar aos locais de votação.
Já a partir desta segunda-feira (31/10), a PRF foi criticada por fazer “corpo mole” no combate aos bloqueios de rodovias, promovidos por caminhoneiros bolsonaristas indignados com o resultado das urnas. Vídeos divulgados nas redes sociais mostraram alguns agentes do órgão atuando a favor dos manifestantes. Mais tarde, diretores da instituição alegaram que foram registrados apenas “dois ou três casos” de conduta irregular, que já estão sendo apurados pela Corregedoria-Geral.
Nesta segunda, Alexandre determinou que a PRF e as Polícias Militares estaduais liberassem as vias bloqueadas pelos bolsonaristas. O Plenário do Supremo Tribunal Federal já formou maioria para confirmar a decisão liminar. A pena estabelecida pelo ministro para o descumprimento da ordem é de multa de R$ 100 mil por hora, além de responsabilização pessoal de Vasques, com possível afastamento do cargo e até mesmo prisão em flagrante pelo crime de desobediência.
Pode demorar um pouco, mas vai dar tudo certo
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Esse é cadeia direto. Sem mais.
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Jair não está ‘bonzinho’. Está com medo
Fernando Brito
04/11/2022
9:32 am
Não é um café servido ao vice-presidente eleito Geraldo Alckmin que vai melhorar a situação política de Jair Bolsonaro, por mais que ele queira reciclar-se para “civilizado”.
Não é do vice ou do presidente eleito Lula que lhe virão problemas pelas ações antidemocráticas antes, durante e depois do pleito eleitoral.
E não será mesmo de lá que elas virão, mas do Judiciário, onde não há possibilidade de “perdão” a tudo o que o atual presidente fez ou ameaçou fazer contra seus integrantes.
E é bom que seja assim, porque a agenda de Lula é e será positiva, social e politicamente.
O que não quer dizer que não haverá – e não demora – a subida, degrau por degrau, da pirâmide de responsabilidades: organizadores de bloqueio, seus cúmplices na administração pública, os mandantes e, afinal, o próprio presidente da República.
Quem quiser olhar a forma e o tempo com que isso acontecerá, veja o que aconteceu com a tomada do Capitólio norte-americano, com a diferença que será a Justiça e não o Congresso, como lá, o palco dos julgamentos.
Esgotado o prazo de 48 horas dado por Alexandre de Moraes para que Polícia Rodoviária Federa detalhe as multas aplicadas aos bloqueadores das estradas, o mais provável é que ele envie o caso a Augusto Aras, que não terá condições, desta vez, de pedir seu arquivamento.
É preciso, na política, manter a ação onde ela deve estar: no bem-estar das pessoas e na recuperação da economia.
O caso de bandidos é em outro lugar: a Justiça.
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TELEFONEMA PRO PERDEDOR ESCONDIDINHO
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Caramba Dr guerra pegou pesado de novo.
GUARDA RODOVIÁRIA FEDERAL.
Guarda não prevarica!
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Faz tempo que não piso aqui e resolvi voltar para dar meu pitaco e um pouco de risada.
Primeiro: todo mundo que é eleito coloca sua “pá”. Isso é assim desde que o mundo é mundo e funciona no municipal, estadual e federal, inclusive no PGR ( pessoal fala do Aras atualmente, mas esqueceram do Geraldo Brindeiro, conhecido como engavetador geral da republica nomeado pelo FHC). O Lula vai entrar em 2023 e vai “interferir” na cúpula da PF. Ou vcs acham que vai continuar o mesmo Delegado geral? Alias, ate no STF tem os indicados de FHC, Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro
Segundo: a eleição de 2014 nos ensinou que quem vota no presidente tambem vota no vice. Logo, quem é policial de verdade, que atua na linha de frente, que depende exclusivamente de salário, nao daria voto para Alckmin nem como suplente de sub síndico. A questão nao é ser pró Bolsonaro, mas sim anti Alckmin, PSDB e afins. Dessa turma, temos certeza que nada de bom virá. Da oposicao, seja o Bozo, tirica ou ate o Guerra tudo vira dúvida.
Terceiro: lula ja tem idade avançada e o sistema todo esta a favor dele. Desde invasor de propriedade ate banqueiro ( sem esquecer de uma parcela da grande mídia) . Nao existe almoço gratis. Se o Lula nao atender essa turma, o Alckmin passa a rasteira nele, com apoio da mídia, mercado etc. Simples assim.
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Josias: Perversão de Bolsonaro insufla casos de violência após eleições; crimes precisam ser punidos
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