‘Comissão vai revelar cadeias, de comando geral a torturador ’ 16

ESTADÃO.COM.BR

17 Mar 2013

Instalada em maio de 2012 para investigar as violações de direitos humanos no Brasil entre 1946 e 1988, a Comissão Nacional da Verdade fechou um calendário de 250 depoimentos a serem colhidos nos próximos três meses, dois dos quais sob comando do sociólogo e pesquisador Paulo Sérgio Pinheiro. Estão na lista vítimas, testemunhas e autores de assassinatos e torturas durante o regime militar (1964-1985). Nesta entrevista ao Estado, o coordenador da comissão – cujo mandato vai até 16 de maio – diz que o trabalho não se limitará a apurar a autoria material dos crimes. “Vamos levantar toda a cadeia de comando, desde o general presidente ao torturador que utilizava o pau de arara.” Pinheiro afirma, porém, que não pretende dar, no momento, publicidade a eventuais descobertas. “Isso é perturbar o trabalho dos investigadores”, diz ele, numa clara contraposição a seu antecessor na comissão, o ex-procurador-geral da República Cláudio Fonteles. “Não podemos fazer teatrinho, fazer de conta que estamos colocando os acusados no banco dos réus”, diz Pinheiro, segundo quem as informações a partir de agora só serão tomadas públicas após a entrega do relatório final da comissão à presidente Dilma Rousseff, em maio de 2014.

Limitada pela Lei de Anistia, a comissão não pode punir, processar agentes da ditadura envolvidos em crimes. Para que serve a comissão, então?

Nenhuma das comissões da verdade que existiram no mundo depois da primeira – em Uganda (1974) – teve caráter de tribunal, nem de órgão do Ministério Público. Elas surgiram no nosso continente depois do processo de transição das ditaduras militares. O que se vê na Argentina hoje (antigos mandatários do governo no banco dos réus) aconteceu depois da Comissão Nacional de Desaparecidos, que foi a mãe das comissões da verdade na América do Sul, dirigida por (Ernesto) Sabato entre 1983 e 84. Nenhuma comissão pune nem emite sentença. Não somos um tribunal. A nossa comissão, inclusive, tem mais poderes do que várias no mundo e no Cone Sul.

Quais os poderes?

Temos acesso a todos os arquivos, sem limitação de sigilo. Podemos convocar qualquer cidadão brasileiro, civil ou militar. Se os convocados não comparecem, caem num tipo penal que cabe ao Ministério Público investigar. Nós não vamos punir porque nenhuma comissão da verdade puniu. A lei é muito precisa nos tipos de crime que podemos investigar detenção arbitrária, desaparecimento, tortura e assassinatos, sem os constrangimentos que a Lei da Anistia impõe à jurisdição penal dos tribunais.

A Lei da Anistia não é limitadora?

Não ajuda nem atrapalha. O que importa é que a compreensão dos fatos desse1 período no Brasil vai ser diferente após a comissão. Será dividida em antes e depois do nosso relatório final.

Qual 0 foco agora dos trabalho?

As comissões da verdade têm uma centralidade nas vítimas e suas famílias. Conhecer a verdade é fundamental primeiro para as famílias das vítimas; segundo para ir além de uma visão ideologizada, não compatível com a realidade do período ditatorial. Como até hoje quase nenhum responsável pelos crimès foi sequer nomeado, então a comissão terá um trabalho extraordinário.

Se o objetivo básico é revelar a verdade, por que tomar depoimentos em ” sigilo, proteger os autores?

Tudo vai estar no relatório final. Tenho certeza de que a comissão vai revelar as cadeias de comando, algo que jamais foi explicitado na história brasileira. Cadeias de comando que iam desde o general presidente até o torturador que usava o pau de arara.

Porque não divulgar os nomes assim que eles são descobertos?

Não podemos fazer teatrinho, fazer de conta que estamos colocando os acusados no banco dos réus. Nós nãó temos esse banquinho, não temos essa encenação do tribunal. E não dá para fazer isso a conta-gotas. Isso é perturbar nosso trabalho.

Mas a opinião pública não tem 0 direito de acompanhar?

Não estamos trabalhando em segredo. Não tem segredo nenhum. Temos um site razoável, com transparência e temos atividades públicas a todo momento. Agora, revelar a todo instante, não. Agora mesmo estamos investigando o caso de três torturadores, mas tem os outros da cadeia de comando. Eles têm que revelar os nomes. E não vamos ficar revelando à cada momento o que vamos fazer.

Os órgãos militares de inteligência entregaram o que foi pedido ou boicotam a comissão?

Hoje há no Arquivo Nacional 16 milhões de páginas. Por volta de 40% estão digitalizadas. Sem digitalização a gente não tem como ler. É preciso o robozinho que lê 20 mil páginas por minuto para os cruzamentos. No que diz respeito aos órgãos de informação temos umã parte importante, mas há materiais faltando. Se ficarmos nesse debate – se queimou ou não queimou (arquivos militares) -, a gente não vai a lugar nenhum. Na hora que julgarmos adequada, se nossas demandas forem satisfeitas ou não, revelaremos. Mas agora o que temos é o apoio total do Ministério da Defesa e um diálogo construtivo com os comandantes militares.

A comissão tem sofrido pressões do governo ou de militares?

Só encontrei a presidente (Dilma) três vezes. A indicação dela e a seguinte: nenhum funcionário do governo tem que se intrometer na comissão.

Vamos fazer um ano (de trabalho) e ção vi nenhum funcionário dar palpite na comissão. Ao contrário – ela disse – todos têm de ajudar e para ela isso é prioridade. O ano de 2013 é o ano da Comissão da Verdade.

Um Comentário

  1. Certamente a culpa sera inpingida a policia,nao se lembrando da inercia dos politicos,da conivencia de promotores e juizes,do apoio de empresarios da inercia , de uma parte da sociedade que apoiava a ditadura ,portantanto eu estarei atento a eventuais perseguicoes contra inocentes que certamente irao ocorrer,e e necessario tambem que se reveja a atitude daqueles que pegaram em armas e mataram entre outros ao delegado Octavinho,ao tenente Alberto Mendes Jr a coronhadas e com a boca com panos para nao poder gritar,revisao de crimes para os dois lados ou entao volto a dizer e odiosa perseguicao

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  2. em 1988 fui torturado na escola de formação de soldados em pirituba, depois disso fiquei com traumas emocionais irreversíveis, consegui me livrar desse orgão repressor, mas levo as sequelas da época em que dessecaram a minha cabeça, quero que o estado apure isso também.

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  3. Essa comissão nacional da mentira já começou rasgando o texto de lei. A lei dizia para investigar todas as agressões a direitos humanos. Como foi formada pela esquerda, que adora falsear a verdade e enaltecer seus bandidos assassinos, direcionaram apenas ao agentes do Estado. No funda esta canalha querem rever a lei da anistia!!!!

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  4. Os chamados “torturados” foram treinados em Cuba,China para tomarem o poder. Como bem disse meu colega Mendes teve seu cérebro esmagado com fuzil para não fazer “barulho”. Policiais civis ,militares,empresários, diplomatas foram mortos a sangue frio. Porque não se investigam estes crimes da extrema esquerda? Na nossa constituição esta bem claro “… são imprescritíveis crimes de racismo e GRUPOS CONTRA A ORDEM DEMOCRÁTICA”. Por favor só queremos justiça.

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  5. Assunto: JORNALISTA CONFESSA QUE MENTIU DURANTE 30 ANOS QUE FOI TORTURADA – ERAM ORDENS DO ATOR MÁRIO LAGO

    Data: Sábado, 19 de Janeiro de 2013, 19:42

    Repasso
    JORNALISTA CONFESSA QUE MENTIU DURANTE 30 ANOS QUE FOI TORTURADA – ERAM ORDENS DO ATOR MÁRIO LAGO

    E ainda tem gente no governo, como a ministra Maria do Rosário, dita dos “direitos humanos”, que não se envergonha de exaltar uma revanchista “Comichão da Verdade”!!! É tempo de mudar e de dar um basta nos enriquecedores inventos do tipo: MENSALÃO, INDENIZAÇÕES E/OU REPARAÇÕES, APARELHAMENTO DO ESTADO, MULTIPLICAÇÃO DE MINISTÉRIOS OU SECRETARIAS DO MESMO NÍVEL! Exerça a sua cidadania e condene essa falta de vergonha!
    JORNALISTA CONFESSA QUE MENTIU DURANTE 30 ANOS QUE FOI TORTURADA – ERAM ORDENS DO ATOR MÁRIO LAGO

    O BLOG da jornalista tem artigos muito interessantes também.

    http://blogdemirianmacedo.blogspot.com/ A JORNALISTA MIRIAN MACEDO REVELA QUE FOI TERRORISTA NA JUVENTUDE, FOI PRESA E MENTIU DURANTE 30 ANOS QUE FOI TORTURADA. A JORNALISTA AFIRMA QUE O ATOR MÁRIO LAGO ORDENAVA QUE TODOS MENTISSEM AO SAIR DA CADEIA E DECLARASSEM QUE QUE FORAM BARBARAMENTE TORTURADOS. LEIAM “EU MENTI”

    Blog de Mírian Macedo
    blogdemirianmacedo.blogspot.com

    A verdade: eu menti

    Mirian Macedo

    Eu, de minha parte, vou dar uma contribuição à Comissão da Verdade. Fui uma subversivazinha medíocre, mal fui aliciada e já caí, com as mãos cheias de material comprometedor. Não tive nem o cuidado de esconder os jornais da organização clandestina a que eu pertencia, eles estavam no meio dos livros de uma estante, daquelas improvisadas, de tijolos e tábuas, que existia em todas as repúblicas de estudantes, em Brasília naquele ano de 1973.

    Já contei o que eu fazia (quase nada). A minha verdadeira ação revolucionária foi outra, esta sim, competente, profícua, sistemática: MENTI DESCARADAMENTE DURANTE 30 ANOS!
    Repeti e escrevi a mentira de que tinha tomado choques elétricos (poucos, é verdade), que me interrogaram com luzes fortes, que me ameaçaram de estupro quando voltava à noite dos interrogatórios no DOI-CODI para o PIC e que eu ficavam ouvindo “gritos assombrosos” de outros presos sendo torturados (aconteceu uma única vez, por pouquíssimos segundos: ouvi gritos e alguém me disse que era minha irmã sendo torturada. Os gritos cessaram – achei, depois, que fosse gravação – e minha irmã, que também tinha sido presa, não teve um único fio de cabelo tocado).
    Eu menti dizendo que meus algozes diversas vezes se divertiam jogando-me escada abaixo, e, quando eu achava que ia rolar pelos degraus, alguém me amparava (inventei um trauma de escadas”, imagina). A verdade: certa vez, ao descer as escadas até a garagem no subsolo, alguém me desequilibrou e outro me segurou, antes que eu caísse.

    Quanto aos empurrões de que eu fui alvo durante os dias de prisão, não houve violência nem chegaram a machucar nada mais que um gesto irritado de um dos inquisidores, eu os levava à loucura, com meu enrolation. Sou rápida no raciocínio, sei manipular as palavras, domino a arte de florear o discurso. Um deles repetia sempre: “Você é muito inteligente. Já contou o pré-primário. Agora, senta e escreve o resto”.

    Quem, durante todos estes anos, tenha me ouvido relatar aqueles dias em que estive presa, tinha o dever de carimbar a minha testa com a marca de “vítima da repressão”. A impressão, pelo relato, é de que aquilo deve ter sido um calvário tão doloroso que valeria uma nota preta hoje, os beneficiados com as indenizações da Comissão da Anistia sabem do que eu estou falando.

    Ma va! Torturada?! Eu?! As palmadas que dei na bunda de meus filhos podem ser consideradas tortura inumana se comparadas ao que (não) sofri nas mãos dos agentes do DOI-CODI.
    Que teve gente que padeceu, é claro que teve. Mas alguém acha que todos nós que saíamos da cadeia contando que tínhamos sido barbaramente torturados falávamos a verdade?
    Não, não é verdade. Noventa e nove por cento das barbaridades e torturas eram pura mentira! Por Deus, nós sabemos disto! Ninguém apresentava a marca de um beliscão no corpo. Éramos barbaramente torturados e ninguém tinha uma única mancha roxa para mostrar! Sei, técnica do torturadores. Não, técnica de torturado, ou seja, mentira.
    Mário Lago, comunista até a morte, ensinava: “quando sair da cadeia, diga que foi torturado. Sempre.” A pior coisa que podia nos acontecer naqueles “anos de chumbo” era não ser preso. Como assim, todo mundo ia preso e nós não? Ser preso dava currículo, demonstrava que éramos da pesada, revolucionários perigosos, ameaça ao regime, comunistas de verdade! Sair dizendo que tínhamos apanhado, então! Mártires, heróis, cabras bons.

    Vaidade e mau-caratismo puros, só isto. Nós saímos com a aura de hérois e a ditadura com a marca da violência e arbítrio. Era mentira? Era, mas, para um revolucionário comunista, a verdade é um conceito burguês, Lênin já tínhamos nos ensinado o que fazer.

    E o que era melhor: dizer que tínhamos sido torturados escondia as patifarias e amarelões que nos acometiam quando ficávamos cara a cara com os “ômi”. Com esta raia miúda que nós éramos, não precisava bater. Era só ameaçar, a gente abria o bico rapidinho.

    Quando um dia perguntaram-me se eu queria conhecer a marieta, pensei que fosse uma torturadora braba. Mas era choque elétrico (parece que marieta era uma corruptela de maritaca (nome que se dava à maquininha que rodava e dava choque elétrico). Eu não a quis conhecer.

    Relembrar estes fatos está sendo frutífero. Criei coragem e comecei a ler um livro que tenho desde 2009 (é mais um que eu ainda não tinha lido): “A Verdade Sufocada – A história que a esquerda não quer que o Brasil conheça”, escrito pelo coronel Carlos Alberto Brilhante Ulstra. Editora Ser, publicado em 2007. Serão quase 600 páginas de verdade sufocada”? Vou conferir.

    A autora é Jornalista. Publicado no blog da autora

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  6. Está comissão deveria ser chamada de “Comissão da Mentira”, será que ela vai divulgar os crimes cometidos pela Governanta Dilma e seus Terroristas, será que irão indenizarem as centenas de vítimas de mortes contra a vida de policiais, fazendeiros, embaixadores, e até contra integrantes deles mesmos, durante os tribunais deles. É Claro que não, para mim a história foi e será sempre a mesma, ou seja, um bando de terroristas oportunistas com a onda do comunismo mundial, que tentaram tomar o poder como fizeram em Cuba, só que aqui levaram pau e até hoje esse bando não se conforma…Bando de terroristas de terceira.

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  7. 1 – 12/11/64 – Paulo Macena, Vigia – RJ
    Explosão de bomba deixada por uma organização comunista nunca identificada, em protesto contra a aprovação da Lei Suplicy, que extinguiu a UNE e a UBES. No Cine Bruni, Flamengo, com seis feridos graves e 1 morto

    2 – 27/03/65- Carlos Argemiro Camargo, Sargento do Exército – Paraná
    Emboscada de um grupo de militantes da Força Armada de Libertação Nacional (FALN), chefiado pelo ex-coronel Jeffersom Cardim de Alencar Osorio. Camargo foi morto a tiros. Sua mulher estava grávida de sete meses.

    3 – 25/07/66 – Edson Régis de Carvalho, Jornalista – PE
    Explosão de bomba no Aeroporto Internacional de Guararapes, com 17 feridos e 2 mortos. Ver próximo nome.

    4 – 25/07/66 – Nelson Gomes Fernandes, almirante – PE
    Morto no mesmo atentado citado no item 3. Além das duas vítimas fatais, ficaram feridas 17 pessoas, entre elas o então coronel do Exército Sylvio Ferreira da Silva. Além de fraturas expostas, teve amputados quatro dedos da mão esquerda. Sebastião Tomaz de Aquino, guarda civil, teve a perna direita amputada.

    5 – 28/09/66 – Raimundo de Carvalho Andrade – Cabo da PM, GO
    Morto durante uma tentativa de desocupação do Colégio Estadual Campinas, em Goiânia, que havia sido ocupado por estudantes de esquerda. O grupo de soldados convocado para a tarefa era formado por burocratas, cozinheiros etc. Estavam armados com balas de festim. Andrade, que era alfaiate da Polícia Militar, foi morto por uma bala de verdade disparada de dentro da escola.

    6 – 24/11/67 – José Gonçalves Conceição (Zé Dico) – fazendeiro – SP
    Morto por Edmur Péricles de Camargo, integrante da Ala Marighella, durante a invasão da fazenda Bandeirante, em Presidente Epitácio. Zé Dico foi trancado num quarto, torturado e, finalmente, morto com vários tiros. O filho do fazendeiro que tentara socorrer o pai foi baleado por Edmur com dois tiros nas costas.

    7 – 15/12/67 – Osíris Motta Marcondes, bancário – SP
    Morto quando tentava impedir um assalto terrorista ao Banco Mercantil, do qual era o gerente.

    8 – 10/01/68 – Agostinho Ferreira Lima – Marinha Mercante – Rio Negro/AM
    No dia 06/12/67, a lancha da Marinha Mercante “Antônio Alberto” foi atacada por um grupo de nove terroristas, liderados por Ricardo Alberto Aguado Gomes, “Dr. Ramon”, que, posteriormente, ingressou na Ação Libertadora Nacional (ALN). Neste ataque, Agostinho Ferreira Lima foi ferido gravemente, vindo a morrer no dia 10/01/68.

    9 – 31/05/68 – Ailton de Oliveira, guarda Penitenciário – RJ
    O Movimento Armado Revolucionário (MAR) montou uma ação para libertar nove de seus membros que cumpriam pena na Penitenciária Lemos de Brito (RJ) e que, uma vez libertados, deveriam seguir para a região de Conceição de Jacareí, onde o MAR pretendia estabelecer o “embrião do foco guerrilheiro”. No dia 26/05/68, o estagiário Júlio César entregou à funcionária da penitenciária Natersa Passos, num pacote, três revólveres calibre 38. Às 17h30, teve início a fuga. Os terroristas foram surpreendidos pelos guardas penitenciários Ailton de Oliveira e Jorge Félix Barbosa. Foram feridos, e Ailton morreu no dia 31/05/68. Ainda ficou gravemente ferido o funcionário da Light João Dias Pereira, que se encontrava na calçada da penitenciária. O autor dos disparos que atingiram o guarda Ailton foi o terrorista Avelino Brioni Capitani

    10 – 26/06/68- Mário Kozel Filho – Soldado do Exército – SP
    No dia 26/06/68, Kozel atua como sentinela do Quartel General do II Exército. Às 4h30, um tiro é disparado por um outro soldado contra uma camioneta que, desgovernada, tenta penetrar no quartel. Seu motorista saltara dela em movimento, após acelerá-la e direcioná-la para o portão do QG. O soldado Rufino, também sentinela, dispara 6 tiros contra o mesmo veículo, que, finalmente, bate na parede externa do quartel. Kozel sai do seu posto e corre em direção ao carro para ver se havia alguém no seu interior. Havia uma carga com 50 quilos de dinamite, que, segundos depois, explode. O corpo de Kozel é dilacerado. Os soldados João Fernandes, Luiz Roberto Julião e Edson Roberto Rufino ficam muito feridos. É mais um ato terrorista da organização chefiada por Lamarca, a VPR. Participaram do crime os terroristas Diógenes José de Carvalho Oliveira, Waldir Carlos Sarapu, Wilson Egídio Fava, Onofre Pinto, Edmundo Coleen Leite, José Araújo Nóbrega, Oswaldo Antônio dos Santos, Dulce de Souza Maia, Renata Ferraz Guerra Andrade e José Ronaldo Tavares de Lima e Silva. Ah, sim: a família de Lamarca recebeu indenização. De Kozel, quase ninguém mais se lembra.

    11 – 27/06/68 – Noel de Oliveira Ramos – civil – RJ
    Morto com um tiro no coração em conflito na rua. Estudantes distribuíam, no Largo de São Francisco, panfletos a favor do governo e contra as agitações estudantis conduzidas por militantes comunistas. Gessé Barbosa de Souza, eletricista e militante da VPR, conhecido como “Juliano” ou “Julião”, infiltrado no movimento, tentou impedir a manifestação com uma arma. Os estudantes, em grande maioria, não se intimidaram e tentaram segurar Gessé que fugiu atirando, atingindo mortalmente Noel de Oliveira Ramos e ferindo o engraxate Olavo Siqueira.

    12- 27/06/68 – Nelson de Barros – Sargento PM – RJ
    No dia 21/06/68, conhecida como a “Sexta-Feira Sangrenta”, realizou-se no Rio uma passeata contra o regime militar. Cerca de 10.000 pessoas ergueram barricadas, incendiaram carros, agrediram motoristas, saquearam lojas, atacaram a tiros a embaixada americana e as tropas da Polícia Militar. No fim da noite, pelo menos 10 mortos e centenas de feridos. Entre estes, estava o sargento da PM Nelson de Barros, que morreu no dia 27.

    13 – 01/07/68 – Edward Ernest Tito Otto Maximilian Von Westernhagen – major do Exército Alemão – RJ
    Morto no Rio, onde fazia o Curso da Escola de Comando e Estado Maior do Exército. Assassinado na rua Engenheiro Duarte, Gávea, por ter sido confundido com o major boliviano Gary Prado, suposto matador de Che Guevara, que também cursava a mesma escola. Autores: Severino Viana Callou, João Lucas Alves e um terceiro não-identificado. Todos pertenciam à organização terrorista COLINA- Comando de Libertação Nacional.

    14 – 07/09/68 – Eduardo Custódio de Souza – Soldado PM – SP
    Morto com sete tiros por terroristas de uma organização não identificada quando de sentinela no DEOPS, em São Paulo.

    15 – 20/09/68 – Antônio Carlos Jeffery – Soldado PM – SP
    Morto a tiros quando de sentinela no quartel da então Força Pública de São Paulo (atual PM) no Barro Branco. Organização terrorista que praticou o assassinato: Vanguarda Popular Revolucionária. Assassinos: Pedro Lobo de Oliveira, Onofre Pinto, Diógenes José Carvalho de Oliveira, atualmente conhecido como “Diógenes do PT”, ex-auxiliar de Olívio Dutra no Governo do RS.

    16- 12/10/68 – Charles Rodney Chandler – Cap. do Exército dos Estados Unidos – SP
    Herói na guerra com o Vietnã, veio ao Brasil para fazer o Curso de Sociologia e Política, na Fundação Álvares Penteado, em São Paulo/SP. No início de outubro de 68, um “Tribunal Revolucionário”, composto pelos dirigentes da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), Onofre Pinto (Augusto, Ribeiro, Ari), João Carlos Kfouri Quartin de Morais (Maneco) e Ladislas Dowbor (Jamil), condenou o capitão Chandler à morte, porque ele “seria um agente da CIA”. Os levantamentos da rotina de vida do capitão foram realizados por Dulce de Souza Maia (Judite). Quando retirava seu carro das garagem para seguir para a Faculdade, Chandler foi assassinado com 14 tiros de metralhadora e vários tiros de revólver, na frente da sua mulher, Joan, e de seus 3 filhos. O grupo de execução era constituído pelos terroristas Pedro Lobo de Oliveira (Getúlio), Diógenes José de Carvalho Oliveira (Luis, Leonardo, Pedro) e Marco Antônio Bráz de Carvalho (Marquito).

    17 – 24/10/68 – Luiz Carlos Augusto – civil – RJ
    Morto, com 1 tiro, durante uma passeata estudantil.

    18 – 25/10/68 – Wenceslau Ramalho Leite – civil – RJ
    Morto, com quatro tiros de pistola Luger 9mm durante o roubo de seu carro, na avenida 28 de Setembro, Vila Isabel, RJ. Autores: Murilo Pinto da Silva (Cesar ou Miranda) e Fausto Machado Freire (Ruivo ou Wilson), ambos integrantes da organização terrorista COLINA (Comando de Libertação Nacional).

    19 – 07/11/68 – Estanislau Ignácio Correia – Civil – SP
    Morto pelos terroristas Ioshitame Fugimore, Oswaldo Antônio dos Santos e Pedro Lobo Oliveira, todos integrantes da Vanguarda Popular Revolucionária(VPR), quando roubavam seu automóvel na esquina das ruas Carlos Norberto Souza Aranha e Jaime Fonseca Rodrigues, em São Paulo.

    Por Reinaldo Azevedo

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  8. Relação cronológica das vítimas dos terroristas entre 1964 a 1974. PORQUE A IMPRENSA SE CALA? Memorial 1964 O clamor das manifestações públicas e sociais do início de 1964 desaguou no Movimento Democrático de 31 de março, marco imorredouro da evolução política nacional, quando as forças democráticas, lideradas pelas Forças Armadas e em defesa da nossa Soberania, impediram que o comunismo internacional tomasse o poder.Eterna homenagem aos que lutaram em prol da Democracia e da Liberdade. Relação cronológica dos mortos pelas mãos de terroristas entre os anos de 1964 a 1974. Nr – Datas – Nomes – Funções, Gargos, Patentes – Locais – Fatos Históricos 001 – 12/11/64 – Paulo Macena – Vigia – RJ Explosão de bomba – deixada por uma organização comunista nunca identificada, em protesto contra a aprovação da Lei Suplicy, que extinguiu a UNE e a UBES – no Cine Bruni Flamengo, com seis feridos graves e 1 morto, o vigia PAULO MACENA. 002 – 27/03/65 – Carlos A. Camargo – Sargento do Exército – PR. Emboscada de um grupo de militantes da Força Armada de Libertação Nacional (FALN), chefiado pelo ex-Cel EB Jeffersom Cardim de Alencar Osorio, com o assassinato a tiros do 3º Sgt Inf EB CARLOS ARGEMIRO DE CAMARGO da 2ª Cia Inf de Francisco Beltrão/PR, que deixou viúva grávida de sete meses. 003 – 25/07/66 – Edson Régis de Carvalho – Jornalista – PE. Explosão de bomba no Aeroporto Internacional de Guararapes, com 15 feridos e 2 mortos, o jornalista EDSON REGIS DE CARVALHO e o almirante NELSON GOMES FERNANDES. 004 – 25/07/66 – Nelson Gomes Fernandes – Almirante – PE. Morto no mesmo atentado. Além das duas vítimas fatais ficaram feridas 17 pessoas, entre elas o então coronel do Exército Sylvio Ferreira da Silva que, além de fraturas expostas, teve amputados quatro dedos da mão esquerda e Sebastião Tomaz de Aquino, o Paraíba, guarda civil que teve a perna direita amputada.”Um dos executores do atentado, revelado pelas pesquisas e entrevistas de Gorender, é Raimundo Gonçalves de Figueiredo, codinome CHICO, que viria a ser morto pela Polícia Civil, em abril de 1971, já como integrante da VAR-PALMARES”. 005 – 28/09/66 – Raimundo C. Andrade – Cabo PM – GO. Em meados de 1966, eram numerosas as agitações estudantis em várias cidades do Brasil, com numerosos incêndios suspeitos em São Paulo e conflitos no Rio de Janeiro e na Bahia. Apesar da proibição, foi realizado, em Belo Horizonte, o 28º Congresso da UNE, entidade que estabeleceu a data de 22 de setembro para ser o “Dia Nacional de Luta Contra a Ditadura”. Tarzan de Castro (Luis, Osvaldo, Rogério, Sérgio), além de líder estudantil em Goiânia, era um militante que, em junho de 1966, havia liderado uma dissidência do Partido Comunista do Brasil (PC do B), que iria formar uma das mais violentas organizações terroristas daquela época, a Ala Vermelha. Preso na Fortaleza de Santa Cruz, em Niterói, chegaram as falsas notícias de que ele havia morrido na prisão e de que seu corpo chegaria no aeroporto de Goiânia à meia noite de 28/09/66, uma quarta feira. Em protesto, estudantes, dirigidos por agitadores comunistas, resolveram invadir e ocupar o Colégio Estadual Campinas. A diretora solicitou policiamento. A POLÍCIA MILITAR , então, reuniu os PMs que não faziam parte do policiamento de rua, tais como cozinheiros burocratas, carpinteiros, etc… Por volta das 20:00 horas, quando a “tropa”, armada com fuzis modelo 1908, com tiros de festim, chegou ao colégio – que estava invadido – foi recebida por tiros vindos do seu interior, ocasião em que foi atingido, mortalmente, o cabo Raimundo de Carvalho Andrade que era o alfaiate da corporação. A “vítima” viva, Tarzan de Castro, até recentemente destacado empresário do ramo de armazém de estocagens de grãos, com um dos maiores armazéns de Goiás, reivindica atualmente, como “vítima” da Revolução de 31 de março, as seguintes indenizações: Do governo de Pernambuco, pelo o seu envolvimento no inquérito do chamado Movimento Julião; Do Governo do Distrito Federal, por haver respondido a inquéritos promovidos pelo Comando Militar do Planalto; Do Governo de Minas Gerais, por ser a sede da Região Judiciária Militar, para onde seguiram seus processos;Do Governo do Estado de Goiás, através da lei estadual nº 14067/010, ao lado de inúmeras outras pessoas catalogadas como “vítimas” da Revolução de 1964, generosa indenização. A vítima morta, cabo Raimundo de Carvalho Andrade, que era o alfaiate da Polícia Militar de Goiás, homem simples – não especialista em assuntos de segurança e designado pelos seus superiores para completar uma equipe, visando a coibir os tumultos gerados pelo episódio inverídico ligado a Tarzan de Castro – está esquecida. Não se tem notícia de que seus humildes familiares tenham recebido qualquer indenização ou apoio especial dos governos estadual ou federal (colaboração do co-irmão, Grupo Anhangüera. 006 – 24/11/67 – José G. Conceição (Zé Dico) – Fazendeiro – SP. Morto por Edmur Péricles de Camargo, integrante da Ala Marighela, durante a invasão da fazenda Bandeirante, em Presidente Epitácio. Zé Dico foi trancado num quarto, torturado e, finalmente, morto com vários tiros. O filho do fazendeiro que tentara socorrer o pai foi baleado por Edmur com dois tiros nas costas. 007 – 15/12/67 – Osíris M. Marcondes – Bancário – SP. Morto quando tentava impedir um assalto terrorista ao Banco Mercantil, do qual era o gerente. 008 – 10/01/68 – Agostinho F. Lima – Marinha Mercante – AM. No dia 06/12/67, a lancha da Marinha Mercante “Antônio Alberto” foi atacada por um grupo de nove terroristas, liderados por Ricardo Alberto Aguado Gomes “Dr. Ramon”, o qual, posteriormente, ingressou na Ação Libertadora Nacional (ALN). Neste ataque Agostinho Ferreira Lima foi ferido gravemente, vindo a falecer no dia 10/01/68. 009 – 31/05/68 – Ailton de Oliveira – Guarda Penitenciário – RJ. O Movimento Armado Revolucionário (MAR), montou uma ação para libertar nove de seus membros que cumpriam pena na Penitenciária Lemos de Brito (RJ) e que uma vez libertados deveriam seguir para região de Conceição de Jacareí, onde o MAR pretendia estabelecer o “embrião do foco guerrilheiro”. No dia 26/05/68 o estagiário Júlio César entregou à funcionária da penitenciária Natersa Passos, dentro de um pacote, três revólveres calibre 38 que seriam usados pelos Às 17:30 horas os subversivos, ao iniciarem a fuga foram surpreendidos pelos guardas penitenciários Ailton de Oliveira e Jorge Félix Barbosa. Os guardas foram feridos pelos presos em fuga, sendo que Ailton de Oliveira veio a falecer cinco dias depois, em 31/05/68.Ainda ficou gravemente ferido o funcionário da Light, João Dias Pereira que se encontrava na calçada da penitenciária.O autor dos disparos que atingiram o guarda Ailton foi o terrorista Avelino Brioni Capitani. 010 – 26/06/68 – Mário Kozel Filho – Soldado do Exército – SP. Em 1968 o jovem Mário Kozel Filho é convocado para servir à Pátria e defendê-la contra possíveis agressões internas ou externas.Na mesma época o capitão Carlos Lamarca, formado pela Academia Militar das Agulhas Negras, serve no 4ºRI, em Quitaúna, SP.O capitão Lamarca, no dia 24/01/68, trai a Pátria que jurou defender. Rouba do 4ºRI muitos fuzis, metralhadoras e munição, deserta e entra na clandestinidade. O material bélico roubado é entregue à Vanguarda Popular Revolucionária, VPR, uma organização terrorista que Lamarca já integrava antes de desertar.O soldado Kozel continua servindo, com dedicação a Pátria que jurou defender. No dia 26/06/68, como sentinela, zela pela segurança do Quartel General do II Exército. Às 04:30 horas ele está vigilante em sua guarita. A madrugada é fria e com pouca visibilidade. Neste momento, um tiro é disparado por uma sentinela contra uma camioneta que desgovernada tenta penetrar no Quartel. Seu motorista saltara dela em movimento, após acelerá-la e direcioná-la para o portão do QG. O soldado Rufino, também sentinela, dispara 6 tiros contra o mesmo veículo que, finalmente, bate na parede externa do quartel. Kozel sai do seu posto e corre em direção ao carro, para ver se há alguém no seu interior. Há uma carga com 50 quilos de dinamite que, segundos depois, explode e espalha destruição e morte num raio de 300metros. Seu corpo é dilacerado. Os soldados João Fernandes, Luiz Roberto Julião e Edson Roberto Rufino estão muito feridos. É mais um ato terrorista da organização chefiada por Lamarca, a VPR.Participaram deste crime hediondo os terroristas Diógenes José de Carvalho Oliveira (o Diógenes do PT, com implicações com bicheiros no governo Olívio Dutra/RS), Waldir Carlos Sarapu, Wilson Egídio Fava, Onofre Pinto, Edmundo Coleen Leite, José Araújo Nóbrega, Oswaldo Antônio dos Santos, Dulce de Souza Maia, Renata Ferraz Guerra Andrade e José Ronaldo Tavares de Lima e Silva.Lamarca continuou na VPR, seqüestrando, assaltando, assassinando e praticando vários outros atos terroristas, até o dia em que morreu, de arma na mão enfrentando uma patrulha do Exército que o encontrou no interior da Bahia em 1971. Sua família passou a receber a pensão de coronel porque Lamarca, se não tivesse desertado, poderia chegar a este posto.Apesar de todos os crimes hediondos que cometeu, sendo o mais torpe deles o assassinato a coronhadas de seu prisioneiro Tenente PM Alberto Mendes Júnior, Lamarca é apontado como herói pelos esquerdistas brasileiros. Ruas passam a ter seu nome. Tentam colocar seus restos mortais num Mausoléu na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Um filme é feito para homenageá-lo. Mário Kozel Filho, soldado cumpridor dos seus deveres, cidadão brasileiro que morreu em serviço, está totalmente esquecido. Além do esquecimento a Comissão dos Mortos e Desaparecidos que já concedera vultosas indenizações às famílias de muitos terroristas que nunca foram considerados desaparecidos, resolveu indenizar, também, a família Lamarca, numa evidente provocação às Forças Armadas e desrespeito às famílias de Mário Kozel Filho e de muitos outros que com ele morreram em conseqüência de atos terroristas. 011 – 27/06/68 – Noel de Oliveira Ramos – Civil – RJ. Morto com um tiro no coração, em conflito na rua. Estudantes distribuíam no Largo de São Francisco, panfletos a favor do governo e contra as agitações estudantis conduzidas por militantes comunistas.Gessé Barbosa de Souza, eletricista e militante da VPR, conhecido como “Juliano” ou “Julião” infiltrado no movimento, tentou impedir a manifestação com uma arma. Os estudantes, em grande maioria, não se intimidaram e tentaram segurar Gessé que fugiu atirando, atingindo mortalmente Noel de Oliveira Ramos e ferindo o engraxate Olavo Siqueira. 012 – 27/06/68 – Nelson de Barros – Sargento PM – RJ. No início de junho de 1968, no Rio de Janeiro, pequenas passeatas realizadas em Copacabana e na rua Uruguaiana, pressagiaram as grandes agitações que estavam por vir, ainda nesse mês, e que ficaram conhecidas como “As Jornadas de Junho”.No dia 19/06/68, cerca de 800 estudantes, liderados por Wladimir Palmeira, tentaram tomar de assalto o edifício do Ministério da Educação e Cultura, no Rio de Janeiro.No dia seguinte, cerca de 1500 estudantes invadiram e ocuparam a Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Avenida Pasteur, fazendo com que professores e membros do Conselho Universitário passassem por vexames, obrigando-os a saírem por uma espécie de corredor polonês formado por centenas de estudantes.Vinte e quatro horas depois, em 21/06/68, também ao meio dia, foi realizada nova passeata no centro do Rio. Conhecido como a “Sexta feira Sangrenta”, este dia foi marcado por brutal violência Cerca de 10.000 pessoas, os estudantes engrossados por populares, ergueram barricadas, incendiaram carros, agrediram motoristas, saquearam lojas, atacaram a tiros a embaixada americana e as tropas da Polícia Militar. No final da noite, mais de 10 mortos, e centenas de feridos atestavam a violência dos confrontos. Entre os feridos graves estava o sargento da Polícia Militar Nelson de Barros que veio a falecer no dia 27/06/68.A violência estudantil continuou no dia 22, quando tentaram, sem sucesso, ocupar a Universidade de Brasília, (UNB), e no dia 24, em São Paulo, quando realizaram uma passeata no centro da cidade, depredando a Farmácia do Exército, o City Bank e a sede do jornal “O Estado de São Paulo”. No dia 26, no Rio de Janeiro ocorreu a “Passeata dos Cem Mil”. 013 – 01/07/68 – Edward E. T. O. M. Von Westernhagen – Major do Exército Alemão – RJ. Morto no Rio de Janeiro onde fazia o Curso da Escola de Comando e Estado Maior do Exército. Assassinado na rua Engenheiro Duarte, Gávea, por ter sido confundido com o major boliviano Gary Prado, suposto matador de Che Guevara, que também cursava a mesma escola. Autores: Severino Viana Callou, João Lucas Alves e um terceiro não identificado, todos da organização terrorista denominada COLINA- Comando de Libertação Nacional. 014 – 07/09/68 – Eduardo C. de Souza – Soldado PM – SP. Morto, com sete tiros, por terroristas de uma organização não identificada quando de sentinela no DEOPS, em São Paulo. 015 – 20/09/68 – Antônio C. Jeffery – Soldado PM – SP. Morto a tiros quando de sentinela no quartel da então Força Pública de São Paulo (atual PM) no Barro Branco.Organização terrorista que praticou o assassinato: Vanguarda Popular Revolucionária.Assassinos: Pedro Lobo de Oliveira; Onofre Pinto; Diógenes José Carvalho de Oliveira, atualmente conhecido como o Diógenes do PT, ex-auxiliar de Olívio Dutra no Governo do RS. 016 – 12/10/68 – Charles R. Chandler – Cap. do Exército dos Est. Unidos – SP Herói na guerra com o Vietnã, veio ao Brasil para fazer o Curso de Sociologia e Política, na Fundação Álvares Penteado, em São Paulo/SP. No início de outubro /68, um “Tribunal Revolucionário”, composto pelos dirigentes da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), Onofre Pinto (Augusto, Ribeiro, Ari), João Carlos Kfouri Quartin de Morais (Manéco) e Ladislas Dowbor (Jamil), condenou o capitão Chandler à morte, porque ele “seria um agente da CIA”. Os levantamentos da rotina de vida do capitão foram realizados por Dulce de Souza Maia (Judite). O capitão Chandler quando retirava seu carro das garagem para seguir para a Faculdade, foi assassinado, friamente, com 14 tiros de metralhadora e vários tiros de revólver, na frente da sua esposa Joan e seus 3 filhos.O grupo de execução era constituído pelos terroristas Pedro Lobo de Oliveira (Getúlio), Diógenes José de Carvalho Oliveira (Luis, Leonardo, Pedro) e Marco Antônio Bráz de Carvalho (Marquito). Obs:Diógenes José de Carvalho Oliveira, também conhecido como Diógenes do PT, na década de 90 ingressou nos quadros do PT/RS, sempre assessorando seus líderes mais influentes. Diógenes foi o Presidente do Clube de Seguros da Cidadania de Porto Alegre, orgão encarregado de coletar fundos para o PT. João Carlos Kfouri Quartin de Morais é, atualmente Professor Titular de Filosofia e Ciências da UNICAMP e, Ladislas Dowbor Professor Titular de Economia da PUC/SP e trabalha no Instituto de Economia da UNICAMP. Saiba mais em Recordando a História/Justiçamentos. 017 – 24/10/68 – Luiz Carlos Augusto – Civil – RJ. Morto, com 1 tiro, durante uma passeata estudantil. 018 – 25/10/68 – Wenceslau Ramalho Leite – Civil – RJ. Morto, com 4 tiros de pistola Luger 9mm, durante o roubo de seu carro, na avenida 28 de Setembro, Vila Isabel, RJ. Autores: Murilo Pinto da Silva (Cesar ou Miranda) e Fausto Machado Freire(Ruivo ou Wilson) ambos integrantes da Organização Terrorista COLINA(Comando de Libertação Nacional). 019 – 07/11/68 – Estanislau Ignácio Correia – Civil – SP. Morto pelos terroristas Ioshitame Fugimore, Oswaldo Antônio dos Santos e Pedro Lobo Oliveira, todos integrantes da Vanguarda Popular Revolucionária(VPR), quando roubavam seu automóvel na esquina das ruas Carlos Norberto Souza Aranha e Jaime Fonseca Rodrigues, em São Paulo. 020 – 07/01/69 – Alzira Baltazar de Almeida -Dona de casa – Rio de Janeiro / RJ. Uma bomba jogada por terroristas, embaixo de uma viatura policial, estacionada em frente à 9ª Delegacia de Polícia, ao explodir, matou a Sra. Alzira, uma vítima inocente, que na ocasião transitava na rua. 021 – 11/01/69 – Edmundo Janot -Lavrador – Rio de Janeiro – RJ. Morto a tiros, foiçadas e facadas por um grupo de terroristas que haviam montado uma base de guerrilha nas proximidades da sua fazenda. 022 – 29/01/69 – Cecildes Moreira de Faria – Subinspetor de Polícia – BH/ MG. Morto a tiros ao sair de sua residência. 023 – 29/01/69 – José Antunes Ferreira – Guarda Civil – BH/MG. O terrorista Pedro Paulo Bretas “Kleber” ao ser interrogado “entregou” um “aparelho” do Comando de Libertação Nacional (Colina), na rua Itacarambu nº 120, bairro São Geraldo. Imediatamente, os policiais se dirigiram para o local e quando se anunciaram como policiais, foram recebidos por rajadas de metralhadoras, disparadas por Murilo Pinto Pezzuti da Silva , “Cesar’ ou “Miranda”, que mataram o subinspetor. Cecildes Moreira da Silva que deixou viúva e oito filhos menores, e o guarda civil José Antunes Ferreira ,ferindo, ainda, o investigador José Reis de Oliveira. Foram presos no interior do “aparelho” o assassino Murilo Pinto Pezzuti da Silva o os terroristas do Colina: Afonso Celso L.Leite “Ciro”. Mauricio Vieira de Castro “Carlos” Nilo Sérgio Menezes Macedo J ulio Antonio Bittencourt de Almeida “Pedro” Jorge Raimundo Nahas “Clovis”ou “Ismael” e Maria José de Carvalho Nahas “Celia”ou “Marta”. No interior do ” aparelho” foram apreendidos 1 fuzil FAL ,5 pistolas, 3 revóveres, 2 metralhadoras, 2 carabinas, 2 granadas de mão, 702 bananas de dinamite, fardas da PM e dinheiro de assaltos. 024 – 14/04/69 – Francisco Bento da Silva – Motorista – SP. Morto durante um assalto, praticado pela Ala Vermelha do PC do B, ao carro pagador (uma Kombi) do Banco Francês-Italiano para a América do Sul, na Alameda Barão de Campinas, quando foram roubados vinte milhões de cruzeiros. Participaram desta ação os terroristas: Élio Cabral de Souza, Derly José de Carvalho, Daniel José de Carvalho, Devanir José de Carvalho, James Allen Luz, Aderval Alves Coqueiro, Lúcio da Costa Fonseca, Gilberto Giovanetti, Ney Jansen Ferreira Júnior, Genésio Borges de Melo e Antônio Medeiros Neto. 025 – 14/04/69 – Luiz Francisco da Silva – Guarda bancário – SP. Morto durante o assalto acima explanado, praticado pela Ala Vermelha do PC do B, ao carro pagador (uma Kombi) do Banco Francês-Italiano para a América do Sul, na Alameda Barão de Campinas, quando foram roubados vinte milhões de cruzeiros. 026 – 08/05/69 – José de Carvalho – Investigador de Polícia – SP. Atingido com um tiro na boca, durante um assalto ao União de Bancos Brasileiros, em Suzano, no dia 07 de maio, vindo a falecer no dia seguinte. Nessa ação, os terroristas feriram, também, Antonio Maria Comenda Belchior e Ferdinando Eiamini. Participaram os seguintes terroristas da Ação Libertadora Nacional (ALN): Virgílio Gomes da Silva, Aton Fon Filho, Takao Amano, Ney da Costa Falcão, Manoel Cyrilo de Oliveira Neto e João Batista Zeferino Sales Vani. Takao Amano foi baleado na coxa e operado, em um “aparelho médico” por Boanerges de Souza Massa, médico da ALN. 027 – 09/05/69 – Orlando Pinto da Silva – Guarda Civil – SP. Morto com dois tiros, um na nuca e outro na testa, disparados por Carlos Lamarca, durante assalto ao Banco Itaú, na rua Piratininga, Bairro da Mooca. Na ocasião também foi esfaqueado o gerente do Banco, Norberto Draconetti. Organização responsável por esse assalto: Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). 028 – 27/05/69 – Naul José Montovani – Soldado PM – SP. Em 27/05/69 foi realizada uma ação contra o 15º Batalhão da Força Pública de São Paulo, atual PMESP, na Avenida Cruzeiro do Sul, SP/SP. Os terroristas Virgílio Gomes da Silva, Aton Fon Filho, Carlos Eduardo Pires Fleury, Maria Aparecida Costa, Celso Antunes Horta e Ana Maria de Cerqueira César Corbisier, metralharam o soldado Naul José Montovani que estava de sentinela e que morreu instantaneamente. O soldado Nicário Conceição Pulpo que acorreu ao local ao ouvir os disparos, foi gravemente ferido na cabeça, tendo ficado paralítico. 029 – 04/06/69 – Boaventura Rodrigues da Silva – Soldado PM – SP. Morto por terroristas durante assalto ao Banco Tozan. 030 – 22/06/69 – Guido Boné – Soldado PM – SP. Morto por militantes da ALN que atacaram e incendiaram a radio-patrulha RP 416, da então Força Pública de São Paulo, hoje Polícia Militar, matando os seus dois ocupantes, os soldados Guido Bone e Natalino Amaro Teixeira, roubando suas armas. 031 – 22/06/69 – Natalino Amaro Teixeira – Soldado PM – SP. Morto por militantes da ALN na ação acima explanada. 032 – 11/07/69 – Cidelino P. Nascimento – Motorista de táxi – RJ. Morto a tiros quando conduzia em seu carro, policiais que perseguiam terroristas que haviam assaltado o Banco Aliança, agência Muda. Participaram deste assassinato os terroristas Chael Charles Schreier, Adilson Ferreira da Silva, Fernando Borges de Paula Ferreira, Flávio Roberto de Souza, Reinaldo José de Melo, Sônia Eliane Lafóz e o autor dos disparos Darci Rodrigues, todos pertencentes a organização terrorista VAR-Palmares. 033 – 24/07/69 – Aparecido dos Santos Oliveira – Soldado PM – SP. Neste dia, atuando em “frente ” foi assaltado o Banco Bradesco, na rua Turiassu, no Bairro de Perdizes, de onde foram roubados sete milhões de cruzeiros. Participaram da ação: · Pelo Grupo de Expropriação e Operação: Devanir José de Carvalho, James Allen Luz, Raimundo Gonçalves de Figueiredo, Ney Jansen Ferreira Júnior, José Couto Leal;· Pelo Grupo do Gaúcho: Plínio Petersen Pereira, Domingos Quintino dos Santos, Chaouky Abara;· Pela VAR-Palmares: Chael Charles Schreier, Roberto Chagas e Silva, Carmem Monteiro dos Santos Jacomini e Eduardo Leite.Essa ação terminou de forma trágica: Raimundo Gonçalves Figueiredo baleou o soldado da então Força Pública do Estado de São Paulo, atual PMESP, Aparecido dos Santos Oliveira que, já caído, recebeu mais quatro tiros disparados por Domingos Quintino dos Santos. 034 – 20/08/69 – José Santa Maria – Gerente de Banco – RJ. Morto por terroristas que assaltaram o Banco de Crédito Real de Minas Gerais, do qual era gerente. 035 – 25/08/69 – Sulamita Campos Leite – Dona de casa – PA. Parente do terrorista Flávio Augusto Neves Leão Salles. Morta na residência dos Salles, em Belém, ao detonar, por inadvertência ,uma carga de explosivos escondida pelo terrorista. 036 – 31/08/69 – Mauro Celso Rodrigues – Soldado PM – MA. Morto quando procurava impedir a luta entre proprietários e posseiros, incitada por movimentos subversivos. 037 – 03/09/69 – José Getúlio Borba – Comerciário – SP. Os terroristas da Ação Libertadora Nacional (ALN) Antenor Meyer, José Wilson Lessa Sabag, Francisco José de Oliveira e Maria Augusta Tomaz, resolveram comprar um gravador na loja Lutz Ferrando, na esquina da Avenida Ipiranga com a Rua São Luis. O pagamento seria feito com um cheque roubado num assalto. Descobertos, receberam voz de prisão e reagiram. Na troca de tiros o guarda civil João Szelacsak Neto ficou ferido com um tiro na coxa e o funcionário da loja, José Getúlio Borba, foi mortalmente ferido. Perseguidos pela polícia o terrorista José Wilson Lessa Sabag matou a tiros o soldado da Força Pública (atual PM) João Guilherme de Brito. 038 – 03/09/69 – João G. de Brito – Soldado da Força Pública – SP. Na ação acima houve troca de tiros o guarda civil João Szelacsak Neto ficou ferido com um tiro na coxa e o funcionário da loja, José Getúlio Borba, foi mortalmente ferido. Perseguidos pela polícia o terrorista José Wilson Lessa Sabag matou ainda, a tiros o soldado da Força Pública (atual PM) João Guilherme de Brito. 039 – 20/09/69 – Samuel Pires – Cobrador de ônibus – SP. Morto por terroristas quando assaltavam uma empresa de ônibus. 040 – 22/09/69 – Kurt Kriegel – Comerciante – Porto Alegre/RS. Comerciante Kurt Kriegel, morto pela Var-Palmates em Porto Alegre. 041 – 30/09/69 – Cláudio E. Canton – Agente da Polícia Federal – SP. Após ter efetuado a prisão de um terrorista foi atingido na coluna vertebral, vindo a falecer em conseqüência desse ferimento. 042 – 04/10/69 – Euclídes Paiva Cerqueira – Guarda particular – RJ. Morto por terroristas durante assalto ao carro transportador de valores do Banco Irmãos Guimarães. 043 – 06/10/69 – Abelardo Rosa Lima – Soldado PM – SP. Metralhado por terroristas numa tentativa de assalto ao Mercado Peg-Pag. Autores: Devanir José de Carvalho (Henrique) , Walter Olivieri, Eduardo Leite (Bacuri), Mocide Bucherone e Ismael Andrade dos Santos. Organizações Terroristas : REDE (Resistência Democrática) e MRT (Movimento Revolucionário Tiradentes. 044 – 07/10/69 – Romildo Ottenio – Soldado PM – SP. Morto quando tentava prender um terrorista. 045 – 31/10/69 – Nilson José de Azevedo Lins – Civil – PE. Gerente da firma Cornélio de Souza e Silva, distribuidora da Souza Cruz, em Olinda. Foi assaltado e morto quando ia depositar, no Banco, o dinheiro da firma.Organização:PCBR (Partido Com. Bras. Revolucionário). Autores: Alberto Vinícius Melo do Nascimento, Rholine Sonde Cavalcante Silva, Carlos Alberto Soares e João Maurício de Andrade Baltar. 046 – 04/11/69 – Estela Borges Morato – Investigadora do DOPS – SP. Morta a tiros quando participava da operação em que morreu o terrorista Carlos Marighela. 047 – 04/11/69 – Friederich Adolf Rohmann – Protético – SP. Morto durante a operação que resultou na morte do terrorista Carlos Marighela. 048 – 07/11/69 – Mauro Celso Rodrigues – Soldado PM – MA. Morto em uma emboscada, durante a luta travada entre lavradores de terra, incitados por militantes da Ação Popular(AP). 049 – 14/11/69 – Orlando Girolo – Bancário – SP. Morto por terroristas durante assalto ao Banco Brasileiro de Descontos(Bradesco). 050 – 17/11/69 – Joel Nunes – Sub-Tenente PM – RJ. Neste dia o PCBR assaltou o Banco Sotto Maior, na Praça do Carmo, no subúrbio carioca de Brás de Pina, de onde foram roubados cerca de 80 milhões de cruzeiros. Na fuga, obstados por uma viatura policial, surgiu um violento tiroteio no qual Avelino Bioni Capitani matou o sargento da PM Joel Nunes. Na ocasião foi preso o terrorista Paulo Sérgio Granado Paranhos. 051 – 18/12/69 – Elias Santos – Soldado do Exército – RJ. Paulo Sérgio Granado Paranhos preso no dia anterior ao ser interrogado “abriu” um “aparelho” do PCBR localizado na rua Baronesa de Uruguaiana nº 70, no bairro de Lins de Vasconcelos. Ali, Prestes de Paula, ao fugir pelos fundos da casa, disparou, à queima-roupa, um tiro de pistola .45 no soldado do Exército Elias dos Santos que integrava a equipe que “estourou” o “aparelho”. O soldado Elias morreu momentos depois. A respeito do soldado Elias, morto em combate no cumprimento do dever, o Ternuma recebeu o seguinte comovente e-mail: “Fico feliz de achar uma página da Internet a qual faz uma homenagem a uma pessoa que não conheci, mas com certeza, muito especial. Desde pequena vejo minha avó aos prantos lembrar de seu filho Elias dos Santos, morto brutalmente por assassinos terroristas. Não conhecia direito a história, fiquei sabendo agora. Realmente é revoltante saber que a família de Carlos Lamarca tem direitos que minha avó não teve. Não tenho palavras, só agradeço Daniele Esteves”. 052 – 17/01/70 – José G. A. Cursino – Sargento PM – São Paulo / SP. Morto a tiros por terroristas. 053 – 20/02/70 – Antônio A. P. Nogueró – Sargento PM – São Paulo / SP. Morto pelo terrorista Antônio Raimundo de Lucena quando tentava impedir um ato terrorista no Jardim Cerejeiras, Atibaia/SP. 054 – 11/03/70 – Newton O. Nascimento – Soldado PM – Rio de Janeiro / RJ. No dia 11/03/70, os militantes do grupo tático armado da ALN, Mário de Souza Prata, Rômulo Noronha de Albuquerque e Jorge Raimundo Júnior deslocavam-se num carro Corcel azul, roubado, dirigido pelo último, quando foram interceptados no bairro de Laranjeiras- RJ, por uma patrulha da PM. Suspeitando do motorista, pela pouca idade que aparentava, e verificando que Jorge Raimundo não portava habilitação, os policiais ordenaram-lhe que entrasse no veículo policial, junto com Rômulo Noronha Albuquerque, enquanto Mauro de Souza Prata, acompanhado de um dos soldados, iria dirigindo o Corcel até a delegacia mais próxima. Aproveitando-se do descuido dos policiais, que não revistaram os detidos, Mário, ao manobrar o veículo para colocá-lo à frente da viatura policial, sacou de uma arma e atirou, matando com um tiro na testa o soldado da PM Newton Oliveira Nascimento, que o escoltava no carro roubado. O soldado Newton deixou a viúva dona Luci e órfãos duas filhas menores de quatro e dois anos. 055 – 31/03/70 – Joaquim Melo – Investigador de Polícia – PE. Morto por terroristas durante ação contra um “aparelho”. 056 – 02/05/70 – João B. de Souza – Guarda de Segurança – SP. Um comando terrorista, integrado por Devanir José de Carvalho, Antonio André Camargo Guerra, Plínio Petersen Pereira, Waldemar Abreu e José Rodrigues Ângelo, pelo Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT) e mais Eduardo Leite (Bacuri) pela Resistência Democrática (REDE) assaltaram a Companhia de Cigarros Souza Cruz, no Cambuci/SP. Na ocasião Bacuri assassinou o guarda de segurança João B. de Souza. 057 – 10/05/70 – Alberto Mendes Junior -1º Tenente PMESP – SP. Nos dias 16/04/70 e 18/04/70 foram presos no Rio de Janeiro, Celso Lungaretti e Maria do Carmo Brito, ambos militantes da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), uma das organizações comunistas que seguia a linha cubana. Ao serem interrogados os dois informaram que desde janeiro/70, a VPR, com a colaboração de outras organizações comunistas, instalara uma área de treinamento de guerrilhas, na região de Jacupiranga, próxima a Registro, no Vale da Ribeira, no Estado de São Paulo, sob o comando do ex-capitão do Exército, Carlos Lamarca. No dia 19/04/70, tropas do Exército e da Polícia Militar do Estado de São Paulo foram deslocadas para a área, para verificar a autenticidade das declarações dos dois militantes presos e neutralizar a área, prendendo, se possível os seus 18 ocupantes. No início de maio/70 uma parte da tropa da Polícia Militar foi retirada da área, permanecendo, apenas, um pelotão. Como voluntário para comandá-lo, apresentou-se um jovem de 23 anos, o Tenente Alberto Mendes Júnior. Com 5 anos de Polícia Militar, o Tenente Mendes era conhecido, entre os seus companheiros, por seu espírito afável e alegre e pelo altruísmo no cumprimento das missões. Idealista, acreditava que era seu dever permanecer na área, ao lado se seus subordinados. No dia 08/05/70, 7 terroristas, chefiados por Carlos Lamarca, que estavam numa pick-up, ao pararem num posto de gasolina em Eldorado Paulista, foram abordados por policiais que, imediatamente, foram alvejados por tiros que partiram dos terroristas que ocupavam a pick-up e que após o tiroteio fugiram para Sete Barras. Ciente do ocorrido, o Tenente Mendes organizou uma patrulha, que, em duas viaturas, dirigiu-se de Sete Barras para Eldorado Paulista. Cerca das 21:00 horas, houve o encontro com os terroristas que estavam armados com fuzis FAL enquanto que os PMs portavam o velho fuzil Mauser modelo 1908. Em nítida desvantagem bélica, vários PMs foram feridos e o Tenente Mendes verificou que diversos de seus comandados estavam necessitando urgentes socorros médicos. Um dos terroristas, com um golpe astucioso, aproveitando-se daquele momento psicológico, gritou-lhes para que se entregassem. Julgando-se cercado, o oficial aceitou render-se, desde que seus homens pudessem receber o socorro necessário. Tendo os demais componentes da patrulha permanecido como reféns, o Tenente levou os feridos para Sete Barras. De madrugada, a pé e sozinho, o Tenente Mendes buscou contato com os terroristas, preocupado que estava com o restante de seus homens. Encontrou Lamarca que decidiu seguir com seus companheiros e os prisioneiros para Sete Barras. Ao se aproximarem dessa localidade foram surpreendidos por um tiroteio, ocasião em que dois terroristas Edmauro Gopfert e José Araújo Nóbrega desgarraram-se do grupo e os cinco terroristas restantes embrenharam-se no mato, levando consigo o Tenente Mendes. Depois de caminharem um dia e meio na mata, os terroristas e o Tenente pararam para descansar. Nesta ocasião Carlos Lamarca, Yoshitame Fugimore e Diógenes Sobrosa de Souza afastaram-se e formaram um tribunal revolucionário que resolveu assassinar o Tenente Mendes pois o mesmo, pela necessidade de vigiá-lo, retardava a fuga. Os outros dois Ariston Oliveira Lucena e Gilberto Faria Lima ficaram vigiando o prisioneiro. Poucos minutos depois, os três terroristas retornaram, e, acercando-se por traz do Oficial, Yoshitame Fugimore desfechou-lhe violentos golpes na cabeça, com a coronha de um fuzil. Caído e com a base do crânio partida, o Tenente Mendes gemia e se contorcia em dores. Diógenes Sobrosa de Souza desferiu-lhe outros golpes na cabeça, esfacelando-a. Ali mesmo, numa pequena vala e com seus coturnos ao lado da cabeça ensangüentada, o Tenente Mendes foi enterrado. Em 08/09/70, Ariston Lucena foi preso pelo DOI/CODI/IIEx e apontou, no local, onde o Tenente estava enterrado. Seu corpo foi exumado, em segredo, pelos agentes do DOI pois os companheiros do Tenente queriam linchar Ariston. Dos cinco assassinos do Tenente Mendes, sabe-se que: Carlos Lamarca, morreu na tarde de 17/09/71, no interior da Bahia, durante tiroteio com o DOI/CODI/6ª RM; Yoshitame Fugimore, morreu em 05/12/70, em São Paulo, durante tiroteio com o DOI/CODI/IIEx;Diógenes Sobrosa de Souza, preso em 12/12/70, no RS. Em novembro de 71 foi condenado à pena de morte (existia na época esta punição para os terroristas assassinos, que nunca foi usada). Em fins de 1979 , com a anistia foi libertado;Gilberto Faria Lima, fugiu para o exterior. Ariston Lucena, após a anistia foi libertado e teria se suicidado, recentemente, no RS. Observação: Embora Carlos Lamarca tenha desertado no posto de capitão, por lei especial, sua família recebe a pensão de coronel. Todas as famílias dos terroristas assassinos, inclusive a de Carlos Lamarca receberam uma grande indenização em dinheiro. O Tenente Mendes, promovido após sua morte, por bravura, ao posto de capitão, deixou para sua família a pensão relativa a esse posto. Sua família , que nunca ganhou nenhuma indenização dos governos federal e estadual, tem problemas psicológicos até hoje . Seus pais não se conformam em ter único filho sido assassinado de forma brutal, por bandidos sempre tão endeusados pela nossa mídia. 058 – 11/06/70 – Irlando M. Régis – Agente da Polícia Federal – RJ. No dia 11/06/70, o embaixador da Alemanha, Ehrenfried Von Hollebem, saiu da Embaixada, no Rio de Janeiro, para a sua residência. Sentado no banco de trás de sua Mercedes preta, o embaixador tinha como motorista o funcionário Marinho Huttl e o agente da Polícia Federal Irlando de Moura Régis, sentado no banco da frente e portando um revólver .38. Seguindo a Mercedes, como segurança, ia uma Variant com os agentes da Polícia Federal Luiz Antônio Sampaio como motorista e José Banharo da Silva, com uma metralhadora INA.Tendo ocupado o dispositivo desde antes das 19:00 horas, o “Comando Juarez Guimarães de Brito” executou o seqüestro às 19:55 horas, nas proximidades da residência do embaixador, no cruzamento das ruas Cândido Mendes com a Ladeira do Fialho.Ao aproximar-se o carro diplomático, Jesus Paredes Soto deu um sinal a José Maurício Gradel que avançou uma “pick up” Willys, abalroando a Mercedes. Incontinente o casal que “namorava” na Escadinha do Fialho, Sônia Eliane Lafóz e José Milton Barbosa, este com uma metralhadora, disparou sua arma contra a Variant da segurança, ferindo Luiz Antônio Sampaio no abdômen e na coxa esquerda e José Banharo da Silva na cabeça. Ao mesmo tempo, Eduardo Coleen Leite “Bacuri”, à queima roupa, disparou três tiros de revólver .38 em Irlando de Moura Régis, matando-o com um tiro na cabeça.Herbert Eustáquio de Carvalho, empunhando uma pistola .45 arrancou o diplomata da Mercedes e embarcou-o no Opala, dirigido por José Roberto Gonçalves de Rezende.Participaram, ainda, deste crime hediondo os terroristas Alex Polari Alvarenga e Roberto Chagas da Silva.Decorridos 33 anos, vemos que neste período as famílias de subversivos, de assaltantes de bancos, de seqüestradores, de assassinos e de terroristas políticos foram indenizadas pelo governo. Até indenizações para “perseguidos políticos” que alcançam o teto máximo da carreira do pretendente, independente de se saber se ele chegaria ou não a este teto. E, vimos subversivos que na época estavam desempregados, serem indenizados em até R$450.000,00.Enquanto isto, famílias de cidadãos inocentes, atingidos em ações dos “guerrilheiros” como em assaltos a bancos, ou despedaçados por bombas nos atos terroristas, como no atentado ao Aeroporto de Guararapes, em Recife, são totalmente esquecidas. Orlando Lovechio Filho que, em 1968, teve uma perna amputada no atentado a bomba ao consulado americano, em São Paulo, teve seu sonho de ser piloto, destruído e luta até hoje por uma indenização do Estado.Famílias de seguranças de bancos e embaixadas, de policiais civis e militares, de policiais federais, de militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, mortos e feridos quando em serviço, foram ignoradas pelo governo.Para as famílias dos mortos pelos terroristas e para os que ficaram inválidos, lutando para manter a ordem no país, NADA!… Para elas, deve ser impossível entender porque no Congresso Nacional, um senador, que como membro da Polícia Civil de São Paulo, participou ativamente da luta contra a subversão e ex-policiais federais, civis e militares, hoje deputados, não tenham até a presente data, lembrado de seus colegas mortos e feridos no combate ao terrorismo e que não lutem para que esta lamentável injustiça seja reparada. 059 – 15/07/70 – Isidoro Zamboldi -Guarda de segurança – SP. Morto pela terrorista Ana Bursztyn durante assalto à loja Mappin. 060 – 12/08/70 – Benedito Gomes – Capitão do Exército – SP. Morto por terroristas, no interior do seu carro, na Estrada Velha de Campinas. 061 – 19/08/70 – Vagner L. V. da Silva – Guarda de segurança – RJ. Morto durante assalto do Grupo Tático Armado da organização terrorista MR8, ao Banco Nacional de Minas Gerais, no bairro de Ramos. Sônia Maria Ferreira Lima foi quem fez os disparos que o mataram. Participaram, também, dessa ação os terroristas Reinaldo Guarany Simões, Viriato Xavier de Melo Filho e Benjamim de Oliveira Torres Neto, os dois últimos recém chegados do curso em Cuba. 062 – 29/08/70 – José A. Rodrigues – Comerciante – CE. Proprietário da firma Ibiapaba Comércio Ltda. Após ter sido assaltado em sua loja, foi seqüestrado, barbaramente torturado e morto a tiros por terroristas da ALN. Após seu assassinato seu carro foi lançado num precipício na serra de Ibiapaba, em São Benedito, CE. Autores: Ex-seminaristas Antônio Espiridião Neto e Waldemar Rodrigues Menezes, ( autor dos disparos), José Sales de Oliveira, Carlos de Montenegro Medeiros, Gilberto Telmo Sidney Marques, Timoschenko Soares de Sales e Francisco William. 063 – 14/09/70 – Bertolino F. da Silva – Guarda de segurança – SP. Morto durante assalto praticado pelas organizações terroristas ALN e MRT ao carro pagador da empresa Brinks, no Bairro do Paraíso em São Paulo. 064 – 21/09/70 – Célio Tonelly – Soldado PM – SP. Morto em Santo André, quando de serviço em uma rádio patrulha tentou deter terroristas que ocupavam um automóvel. 065 – 22/09/70 – Autair Macedo – Guarda de segurança – RJ. Morto por terroristas, durante assalto a empresa de ônibus Amigos Unidos. 066 – 27/10/70 – Walder de Lima – Sargento da Aeronáutica – BA. Morto quando, ao volante de uma viatura, conduzia terroristas presos, em Salvador. O assassino, Theodomiro Romeiro dos Santos o atingiu, covardemente, com um tiro na nuca. Organização: PCBR (Partido Comunista Brasileiro Revolucionário). Atualmente, Theodomiro é Juiz do Tribunal Regional do Trabalho, em Recife/PE. 067 – 10/11/70 – José M. do Nascimento – Civil – SP. Morto por terroristas em confronto com policiais. 068 – 10/11/70 – Garibaldo de Queiroz – Soldado PM – SP. Morto em confronto com terroristas da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária) que faziam uma panfletagem armada na Vila Prudente, São Paulo. 069 – 10/11/70 – José Aleixo Nunes – Soldado PM – SP. Morto em confronto com terroristas da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária) que faziam uma panfletagem armada na Vila Prudente, São Paulo. 070 – 10/12/70 – Hélio C. Araújo – Ag.Polícia Federal – RJ. No dia 07/12/70 a VPR, Vanguarda Popular Revolucionária, seqüestrou no Rio de Janeiro, o Embaixador da Suíça no Brasil, Giovani Enrico Bucher. Participaram, ativamente, da operação os terroristas Adair Gonçalves Reis, Gerson Theodoro de Oliveira, Maurício Guilherme da Silveira, Alex Polaris de Alvarenga, Inês Etienne Romeu, Alfredo Sirkis, Herbert Eustáquio de Carvalho e Carlos Lamarca. Após fecharem e paralisarem o carro que conduzia o Embaixador, Carlos Lamarca bateu com um revólver Smith-Wesson, cano longo, calibre .38, no vidro do carro. Abriu a porta traseira e a uma distância de 2 metros atirou, duas vezes, no agente Hélio. Uma das balas seccionou a medula do policial. Os terroristas levaram o Embaixador e deixaram o agente agonizando. Transferido para o Hospital Miguel Couto, faleceu no dia 10/12/70. 071 – 07/01/71 – Marcelo Costa Tavares – Estudante – MG. Morto por terroristas durante um assalto ao Banco Nacional de Minas Gerais. Autor dos disparos: Newton Moraes. 072 – 12/02/71 – Américo Cassiolato – Soldado PM – São Paulo – SP. Morto por terroristas em Pirapora do Bom Jesus. 073 – 20/02/71 – Fernando Pereira – Comerciário – Rio de Janeiro – RJ. Morto por terroristas quando tentava impedir um assalto ao estabelecimento “Casa do Arroz”, do qual era gerente. 074 – 08/03/71 – Djalma P. Batista – Soldado PM – Rio de Janeiro-RJ. Morto por terroristas, durante assalto ao Banco do Estado do Rio de Janeiro. 075 – 24/03/71 – Mateus L. dos Santos – Tenente da FAB – PE. O PCBR necessitava roubar um carro para participar do seqüestro do cônsul norte-americano, em Recife. No dia 26/06/70 resolveram roubar um volks, estacionado em Jaboatão, na Grande Recife, nas proximidades do Hospital da Aeronáutica.Quatro militantes do PCBR desceram do carro dirigido por Nancy Mangabeira Unger: Carlos Alberto Soares Rodrigues de Sousa, José Gersino Saraiva Maia e Luiz “Jacaré”, (até hoje não identificado). Ao tentarem render o motorista, este ao identificar-se como Tenente da Aeronáutica, foi ferido gravemente por Carlos Alberto, com dois tiros, um na cabeça e outro no pescoço.O Tenente Mateus Levino dos Santos, após nove meses de impressionante sofrimento, veio a falecer em 24/03/71, deixando viúva e duas filhas menores.O imprevisto levou o PCBR a desistir do seqüestro.Nancy Mangabeira Unger, banida em 13/01/71, em troca da vida do embaixador suíço, era filha de pai americano e sua mãe, brasileira, era filha de Otávio Mangabeira.Por ironia, o próprio consulado americano, sem saber do planejamento do seqüestro de seu cônsul, correu em defesa de Nancy, alegando a dupla nacionalidade dela, brasileira e norte-americana. 076 – 04/04/71 – José J. T.Martinez – Major do Exército – Rio de Janeiro – RJ. No início de abril, a Brigada Pára-quedista recebeu uma denúncia de que um casal de terroristas ocupara uma casa localizada na rua Niquelândia, 23, em Campo Grande/RJ. Não desejando passar esse informe à 2ª Sessão do então I Exército, sem aprofundá-lo, a 2ª Sessão da Brigada, chefiada pelo major Martinez, montou um esquema de vigilância sobre a citada residência. Por volta das 23 horas desse dia, chegou, num táxi, um casal, estacionando-o nas proximidades da casa vigiada. A mulher ostentava uma volumosa barriga que indicava estar em adiantado estado de gravidez. O fato sensibilizou Martinez, que, impelido por seu sentimento de solidariedade, agiu impulsivamente visando preservar a “senhora” de possíveis riscos. O major José Júlio Toja Martinez Filho acabara de concluir o curso da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, onde por três anos, exatamente o período em que a guerra revolucionária se desenvolvera, estivera afastado desses problemas, em função da própria vida escolar bastante intensa. Estagiário na Brigada Pára-quedista, a quem também não estava afeta a missão de combate à subversão, não se havia habituado à virulência da ação terrorista, que se tornava a cada dia mais violenta. Julgando que o casal nada tinha a ver com a subversão, Martinez iniciou a travessia da rua, a fim de solicitar-lhe que se afastasse daquela área. Ato contínuo, de sua “barriga”, formada por uma cesta para pão com uma abertura para saque da arma ali escondida, a mulher retirou um revólver, matando-o instantaneamente, sem qualquer chance de reação. O capitão Parreira, de sua equipe, ao sair em sua defesa foi gravemente ferido por um tiro desferido pelo terrorista. Nesse momento, os demais agentes desencadearam cerrado tiroteio que causou a morte do casal de terroristas. Estes foram identificados como sendo os militantes do MR-8 Mário de Souza Prata e sua amante Marilena Villas-Bôas Pinto, ambos de alta periculosidade e responsáveis por uma extensa lista de atos terroristas. No “aparelho” do casal foram encontrados explosivos, munição e armas, além de dezenas de levantamentos de bancos, de supermercados, de diplomatas estrangeiros e de generais do Exército. Destino perverso esse que compensou com uma reação de ódio e violência o gesto de bondade tão característica do major Martinez. Ele deixou viúva e quatro filhos, três meninas e um menino, a mais velha, à época, com onze anos de idade. Sua esposa, com uma pequena pensão, criou com sacrifícios aquelas crianças que, pelo ambiente familiar de que desfrutavam, eram, naturalmente, dóceis e afáveis. Com o apoio de familiares e amigos, suplantou a dor, os traumas decorrentes da morte violenta e inesperada e as dificuldades resultantes da ausência do chefe de família. A família do major Martinez não pediu, nem vê razão em homenagens. Apenas quer guardar a lembrança do esposo dedicado e pai carinhoso que ele foi. Profissional competente, dedicado e leal, atleta exemplar, amigo afável e educado, “Zazá” , como era carinhosamente chamado por seus amigos, será sempre lembrado com muito carinho por todos aqueles que com ele conviveram. 077 – 07/04/71 – Maria Alice Matos – Empregada doméstica – Rio de Janeiro – RJ. Morta por terroristas quando do assalto a um depósito de material de construção. 078 – 15/04/71 – Henning Albert Boilensen – Industrial – São Paulo – SP. Quando da criação da Operação Bandeirante, o então comandante do II Exército, general Canavarro, reuniu-se com o governador do Estado de São Paulo, com várias autoridades federais, estaduais, municipais e com industriais paulistas para solicitar o apoio para um órgão que necessitava ser criado com rapidez, a fim de fazer frente ao crescente terrorismo que estava em curso no estado de São Paulo. Assim, vários industriais, entre eles Boilesen, se cotizaram para atender ao pedido daquela autoridade militar. E, o que fizeram os terroristas para intimidar aqueles industriais? A pedido de Carlos Lamarca, escolheram três nomes para serem assassinados, como forma de intimidar os demais colaboradores. Estes eram: Henning A. Boilesen, Peri Igel e Sebastião Camargo (Camargo Correia) O escolhido foi o presidente da Ultragás, Henning Albert Boilesen, um dinamarquês, naturalizado brasileiro. A partir da segunda quinzena de janeiro de 1971, iniciaram-se os levantamentos do industrial paulista, dos quais participaram: Devanir José de Carvalho, Dimas Antonio Casemiro, Gilberto Faria Lima e José Dan de Carvalho, pelo MRT; Carlos Eugênio Sarmento Coelho da Paz, pela ALN; Gregório Mendonça e Laerte Dorneles Méliga (chefe de gabinete do então governador do RS, Olívio Dutra), pela VPR. No dia 15 de abril de 1971 um Comando Revolucionário, integrado pelos terroristas Yuri Xavier Pereira, Joaquim Alencar Seixas, José Milton Barbosa, Dimas Antonio Casimiro e Antonio Sérgio de Matos, covardemente assassinou Boilesen. Quando o carro de Boilesen entrou na Alameda Casa Branca, dois carros dos terroristas emparelharam com o dele. Pela esquerda, Yuri, colocando um fuzil para fora da janela, disparou um tiro que foi raspar a cabeça de Boilesen. Este saiu do automóvel que dirigia e tentou correr em direção contrária aos carros. Foi inútil. José Milton descarregou sua metralhadora nas costas do industrial e Yuri desfechou-lhe mais três tiros de fuzil. Cambaleando, Boilesen arrastou-se por mais alguns metros e foi cair na sarjeta, junto de um Volkswagen. Aproximando-se, Yuri disparou mais um tiro que lhe arrancou a maior parte da face esquerda. Joaquim Alencar Seixas e Gilberto Faria Lima jogaram os panfletos por cima do cadáver. No relatório escrito por Yuri, e apreendido pela polícia, aparecem as frases “durante a fuga trocávamos olhares de contentamento e satisfação. Mais uma vitória da Revolução Brasileira”. Vários carros e casas foram atingidos por projéteis. Caídas, duas senhoras, uma atingida no ombro e outra ferida numa perna. Sobre o corpo de Boilesen, mutilado com dezenove tiros, os panfletos da ALN e do MRT, dirigidos “Ao Povo Brasileiro”, traziam a ameaça: “Como ele, existem muitos outros e sabemos quem são. Todos terão o mesmo fim, não importa quanto tempo demore; o que importa é que eles sentirão o peso da JUSTIÇA REVOLUCIONÁRIA. Olho por olho, dente por dente”. Este assassinato comoveu a opinião pública e teve ampla repercussão no Congresso Nacional e na Assembléia Legislativa de São Paulo. A respeito desse repulsivo ato terrorista é conveniente relembrar o que publicou a Folha de São Paulo, no dia 16/04/1971: “Meios políticos e empresariais condenaram veementemente o brutal assassinato. A Assembléia Legislativa suspendeu seus trabalhos para render um preito de homenagem à memória do industrial assassinado por terroristas. Ao instalar os trabalhos da sessão, o presidente da Casa, deputado Jacob Pedro Carolo, disse que Boilesen foi vítima de terroristas covardes”. Para justificar este ato criminoso, os terroristas e seus simpatizantes passaram a difundir abomináveis e sórdidas mentiras. Entre outras acusações criminosas, afirmam que Boilesen era um agente da CIA, que freqüentava a OBAN (que depois passou a se chamar DOI) e que nessas visitas assistia e participava do interrogatório dos presos, ocasião em que pessoalmente testava uma máquina de aplicar choques elétricos que ele mesmo inventara. Na realidade Boilesen nunca foi agente da CIA e muito menos assistiu interrogatórios de presos na OBAN e no DOI/CODI/IIEx. Boilesen esteve no DOI uma única vez, em fins de dezembro de 1970, quando foi cumprimentar o comandante deste órgão, pelo natal que se aproximava. Foi recebido no gabinete do comando do DOI e lá não permaneceu por mais de quinze minutos. A família do industrial assassinado deveria pensar em processar aqueles que através da mentira e da calúnia, deturpam os fatos e procuram manchar a honra e a dignidade de um homem com as qualidades de HENNING ALBERT BOILESEN. 079 – 10/05/71 – Manoel Silva Neto – Soldado PM – SP. Morto por terroristas durante assalto à Empresa de Transporte Tusa. 080 – 14/05/71 – Adilson Sampaio – Artesão – RJ. Morto por terroristas durante assalto às lojas Gaio Marti. Mesmo com tanto tempo já decorrido, alguma incorreção ainda pode cercar algum nome aqui lembrado. Assim, rogamos ser informados de eventual impropriedade. 081 – 09/06/71 – Antônio Lisboa Ceres de Oliveira – Civil – RJ. Morto por terroristas durante assalto à boate Comodoro. 082 – 01/07/71 – Jaime Pereira da Silva – Civil – RJ. Morto por terroristas , na varanda de sua residência, durante tiroteio entre terroristas e policiais.Os mortos acima relacionados não dão nomes a logradouros públicos, nem seus parentes receberam indenizações mas os responsáveis diretos ou indiretos por suas mortes dão nome à escolas, ruas, estradas e suas famílias receberam vultosas indenizações, pagas com o nosso dinheiro. 083 – 02/09/71 – Gentil Procópio de Melo – Motorista de praça – PE. A organização terrorista denominada Partido Comunista Revolucionário determinou que um carro fosse roubado para realizar um assalto. Cumprindo a ordem recebida, o terrorista José Mariano de Barros tomou um táxi em Madalena, Recife. Ao chegar ao Hospital das Clínicas, quando fingia que ia pagar a corrida apareceram seus comparsas Manoel Lisboa de Moura e José Emilson Ribeiro da Silva, que se aproximaram do veículo, tendo José Emilson disparado dois tiros que mataram o motorista Gentil Procópio de Melo. 084 – 02/09/71 – Jayme Cardenio Dolce – Guarda de segurança – RJ. Assassinado pelos terroristas Flávio Augusto Neves Leão Salles, Hélio Pereira Fortes, Antônio Carlos Nogueira Cabral, Aurora Maria do Nascimento Furtado, Sônia Hipólito e Isis Dias de Oliveira, durante assalto à Casa de Saúde Dr. Eiras. 085 – 02/09/71 – Silvâno Amâncio dos Santos – Guarda de segurança – RJ. Assassinado pelos terroristas Flávio Augusto Neves Leão Salles, Hélio Pereira Fortes, Antônio Carlos Nogueira Cabral, Aurora Maria do Nascimento Furtado, Sônia Hipólito e Isis Dias de Oliveira, durante assalto à Casa de Saúde Dr. Eiras. 086 – 02/09/71 – Demerval Ferreira dos Santos – Guarda de segurança – RJ. Assassinado pelos terroristas Flávio Augusto Neves Leão Salles, Hélio Pereira Fortes, Antônio Carlos Nogueira Cabral, Aurora Maria do Nascimento Furtado, Sônia Hipólito e Isis Dias de Oliveira, durante assalto à Casa de Saúde Dr. Eiras. 087 – 03/10/71 – Alberto da Silva Machado – Civil – RJ. Morto por terroristas durante assalto à Fábrica de Móveis Vogal Ltda, da qual era um dos proprietários. 088 – 22/10/71 – José do Amaral – Sub-oficial da reserva da Marinha. – RJ. Morto por terroristas da VAR PALMARES ( Vanguarda Armada Revolucionária Palmares) e do MR8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro) durante assalto a um carro transportador de valores da Transfort S/A. Foram feridos o motorista Sérgio da Silva Taranto e os guardas de segurança Emílio Pereira e Adilson Caetano da Silva. Autores: James Allen Luz (Ciro), Carlos Alberto Salles (soldado), Paulo Cesar Botelho Massa, João Carlos da Costa. 089 – 01/11/71 – Nelson Martinez Ponce – Cabo PM – SP. Metralhado por Aylton Adalberto Mortati, durante um atentado praticado por cinco terroristas do MOLIPO (Movimento de Libertação Popular), contra um ônibus da Empresa de Transportes Urbano S/A, em Vila Brasilândia, São Paulo. 090 – 10/11/71 – João Campos – Cabo PM – SP. Morto na estrada de Pindamonhangaba, ao interceptar um carro que conduzia terroristas armados. 091 – 22/11/71 – José Amaral Vilela – Guarda de segurança – RJ. Neste dia os terroristas Sérgio Landulfo Furtado, Norma Sá Ferreira, Nelson Rodrigues Filho, Paulo Roberto Jabour, Thimothy William Watkin Ross e Paulo Costa Ribeiro Bastos assaltaram um carro-forte da firma TRANSPORT, na Estrada do Portela, em Madureira. O guarda José Amaral Vilela foi morto a rajadas de metralhadora e ficaram feridos os guardas Sérgio da S. Taranto, Emílio Pereira e Adilson Caetano da Silva. 092 – 07/11/71 Eduardo Timóteo Filho – Soldado PM – RJ. Morto por terroristas, durante assalto contra as Lojas Caio Marti. 093 – 13/12/71 – Hélio Ferreira de Moura – Guarda de Segurança – RJ. Morto, por terroristas, durante assalto contra um carro transportador de valores da Brink´s, na Via Dutra. 094 – 18/01/72 – Tomaz Paulino de AlmeidaSargento PM – S. Paulo – SP. Morto, a tiros de metralhadora, no bairro Cambuci, quando um grupo terrorista roubava o seu carro. Autores do assassinato: João Carlos Cavalcante Reis, Lauriberto José Reyes e Márcio Beck Machado, todos integrantes do Movimento de Libertação Nacional (Molipo). 095 – 20/01/72 – Sylas Bispo Feche – Cabo PM – São Paulo – SP. O cabo Sylas Bispo Feche, integrava uma Equipe de Busca e Apreensão do DOI/CODI/II Exército. Sua equipe executava uma ronda, quando um carro VW, ocupado por duas pessoas, cruzou um sinal fechado quase atropelando uma senhora que atravessava a rua com uma criança no colo. A sua equipe saiu em perseguição ao carro suspeito, que foi interceptado. Ao tentar aproximar-se para pedir os documentos dos dois ocupantes do veículo, o cabo Feche foi, covardemente, metralhado por eles. Foi travado um tiroteio entre a equipe e os dois terroristas que também morreram no local.Os assassinos do cabo Feche, ambos membros da Ação Libertadora Nacional (ALN), são: Gelson Reicher “Marcos” que usava identidade falsa com o nome de Emiliano Sessa, era chefe de um Grupo Tático Armado (GTA) e já tinha praticado mais de vinte atos terroristas, inclusive o seqüestro de um médico. Alex Paula Xavier Pereira “Miguel”, que usava identidade falsa com o nome de João Maria de Freitas, fez curso de guerrilha em Cuba e praticou mais de quarenta atos terroristas, inclusive atentados a bomba na cidade do Rio de Janeiro. Anistiados e régiamente indenizados ! 096 – 25/01/72 – Elzo Ito – Estudante – São Paulo – SP. Aluno do Centro de Formação de Pilotos Militares, foi morto por terroristas quando roubavam seu carro. 097 – 11/02/72 – Iris do Amaral – Civil – Rio de Janeiro – RJ. Morto durante um tiroteio entre terroristas da ALN e policiais. Ficaram feridos nesta ação os civis Marinho Floriano Sanches, Romeu Silva e Altamiro Sinzo.Autores: Flávio Augusto Neves Leão Salles(“Rogério”, “Bibico”) e Antônio Carlos Cabral Nogueira(“Chico”, “Alfredo”), ambos da ALN. 098 – 05/02/72 – David A. Cuthberg – Marinheiro inglês – Rio de Janeiro. Tinha dezenove anos o marinheiro inglês David A. Cuthberg que, na madrugada de sábado, tomou um táxi com um companheiro para conhecer o Rio, nos seus aspectos mais alegres. Ele aqui chegara como amigo, a bordo da flotilha que nos visita para comemorar os 150 anos de Independência do Brasil. Uma rajada de metralhadora tirou-lhe a vida, no táxi que se encontrava. Não teve tempo para perceber o que ocorria e, se percebesse, com certeza não poderia compreender. Um terrorista, de dentro de outro carro, apontara friamente a metralhadora antes de desenhar nas suas costas o fatal risco de balas, para, logo em seguida, completar a infâmia, despejando sobre o corpo, ainda palpitante, panfletos em que se mencionava a palavra liberdade. Com esse crime repulsivo, o terror quis apenas alcançar repercussão fora de nossas fronteiras para suas atividades, procurando dar-lhe significação de atentado político contra jovem inocente, em troca da publicação da notícia num jornal inglês. O terrorismo cumpre, no Brasil, com crimes como esse, o destino inevitável dos movimentos a que faltam motivação real e consentimento de qualquer parcela da opinião pública: o de não ultrapassar os limites do simples banditismo, com que se exprime o alto grau de degeneração dessas reduzidas maltas de assassinos gratuitos”. A ação criminosa, tachada como “justiçamento”, foi praticada pelos seguintes terroristas, integrantes de uma frente formada por três organizações comunistas:Flávio Augusto Neves Leão Salles(“Rogério”, “Bibico”) – ALN, que fez os disparos com a metralhadora.Antônio Carlos Nogueira Cabral(“Chico”, “Alfredo”) – ALN.Aurora Maria Nascimento Furtado(“Márcia”, “Rita”) – ALNAdair Gonçalves Reis(“Elber”, “Leônidas”, “Sorriso”) – ALNLígia Maria Salgado da Nóbrega(“Ana”, “Célia”, “Cecília”) – VAR PALMARES, que jogou dentro do táxi os panfletos que falavam em vingança contra os “Imperialistas Ingleses”.Hélio Silva(“Anastácio”, “Nadinho”) – VAR-PALMARESCarlos Alberto Salles(“Soldado”) – VAR-PALMARES.Getúlio de Oliveira Cabral(“Gogó”, “Soares”, “Gustavo”) – PCBR. 099 – 15/02/72 – Luzimar Machado de Oliveira – Soldado PM – Goiás. O terrorista Arno Preiss encontrava-se na cidade de Paraiso do Norte, que estava incluída dentro de esquema de trabalho de campo do MOLIPO. Usava o nome falso de Patrick McBundy Comick. Arno tentou entrar com sua documentação falsa no baile carnavalesco do clube social da cidade. Sua documentação levantou suspeita nos policiais, que o convidaram a comparecer à delegacia local. Ao deixar o clube, julgando-se desmascarado, Arno sacou seu revólver e disparou à queima roupa contra os policiais, matando o PM Luzimar Machado de Oliveira e ferindo gravemente o outro PM que o conduzia, Gentil Ferreira Mano.Protegido pela escuridão, Arno homiziou-se num matagal, sendo entretanto localizado por populares que, indignados, auxiliavam a polícia. Arno travou, ainda, intenso tiroteio com seus perseguidores, antes de tombar sem vida. Com dificuldade, a polícia impediu a violação do corpo. 100 – 18/02/72 – Benedito Monteiro da Silva – Cabo PM – São Paulo – SP. Morto quando tentava evitar um assalto terrorista a uma agencia bancária em Santa Cruz do Rio Pardo. 101 – 27/02/72 – Napoleão Felipe Bertolane Biscaldi – Civil – São Paulo – SP. Morto durante um tiroteio entre os terroristas Lauriberto José Reyes e José Ibsem Veroes com policiais, na rua Serra de Botucatu, no bairro Tatuapé. Nesta ação um policial foi ferido a tiros de metralhadoras por Lauriberto. Os dois terroristas morreram no local . 102 – 06/03/72 – Walter César Galleti – Comerciante – São Paulo – SP. Terroristas da ALN assaltaram a firma F. Monteiro S/A . Após o assalto fecharam a loja, fizeram um discurso subversivo e assassinaram o gerente Walter César Galetti e feriram o subgerente Maurílio Ramalho e o despachante Rosalindo Fernandes. 103 – 12/03/72 – Manoel dos Santos Guarda de Segurança – São Paulo. Morto durante assalto terrorista à fábrica de bebidas Charel Ltda. 104 – 12/03/72 – Aníbal F. de Albuquerque – Coronel R1 do Exército – São Paulo. Morto durante assalto à fábrica de bebidas Charel Ltda., da qual era um dos proprietários. 105 – 08/05/72 – Odilo Cruz Rosa – Cabo do Exército – PA. Morto na região do Araguaia, quando uma equipe comandada por um Tenente e composta ainda, por dois Sargentos e pelo Cabo Rosa, foram emboscados por terroristas comandados por Oswaldo Araújo Costa “Oswaldão”, na região de Grota Seca, no Vale da Gameleira. Neste tiroteio foi morto o Cabo Rosa e feridos o Tenente e um Sargento.Julgando que o Cabo Rosa estivesse desgarrado da equipe, o Tenente e os dois Sargentos retiraram-se para Xambioá, a procura de atendimento médico. Lá souberam, através de um mateiro, que o Cabo Rosa tinha sido morto e que “Oswaldão” dissera aos habitantes da região que permaneceria mantendo guarda ao corpo do Cabo, até que ele apodrecesse, e que o Exército não teria coragem para resgatá-lo.Foi formada uma patrulha com a missão de localizar e resgatar o corpo do Cabo Rosa.A patrulha cumpriu sua missão, sem ser molestada pelos guerrilheiros comandados por “Oswaldão”. 106 – 02/06/72 – Rosendo… – Sargento PM – SP. Morto ao interceptar 04 terroristas que assaltaram um bar e um carro da Dist. de Cigarros Oeste Ltda.. 107 – 29/06/72 – João PereiraMateiro – Região do Araguaia – PA. Justiçado exemplarmente” pelo PC do B, por ter servido de guia para as forças legais que combatiam os guerrilheiros.A respeito, Ângelo Arroyo declarou em seu relatório:”A morte desse bate-pau causou pânico entre os demais da zona”. 108 – 09/09/72 – Mário Domingos Panzarielo – Detetive Polícia Civil – RJ. Morto ao tentar prender um terrorista da ALN. 109 – 23/09/72 – Mário A. Silva – Segundo Sargento do Exército – PA. Pertencia ao 2º Batalhão de Infantaria de Selva, com sede em Belém. Sua Companhia foi deslocada para combater a guerrilha na região do Araguaia. Morto em combate, durante um ataque guerrilheiro no lugarejo de Pavão, base do 2º Batalhão de Selva. 110 – 27/09/72 – Sílvio Nunes Alves – Bancário – RJ. Assassinado em assalto ao Banco Novo Mundo, na Penha, pelas organizações terroristas PCBR – ALN – VPR – Var Palmares e MR8. Autor do assassinado: José Selton Ribeiro. 111 – 29/09/72 – Osmar… – Posseiro – PA. “Just CurtirCurtir
  9. Relação cronológica das vítimas dos terroristas entre 1964 a 1974. PORQUE A IMPRENSA SE CALA? Memorial 1964 O clamor das manifestações públicas e sociais do início de 1964 desaguou no Movimento Democrático de 31 de março, marco imorredouro da evolução política nacional, quando as forças democráticas, lideradas pelas Forças Armadas e em defesa da nossa Soberania, impediram que o comunismo internacional tomasse o poder.Eterna homenagem aos que lutaram em prol da Democracia e da Liberdade. Relação cronológica dos mortos pelas mãos de terroristas entre os anos de 1964 a 1974. Nr – Datas – Nomes – Funções, Gargos, Patentes – Locais – Fatos Históricos 001 – 12/11/64 – Paulo Macena – Vigia – RJ Explosão de bomba – deixada por uma organização comunista nunca identificada, em protesto contra a aprovação da Lei Suplicy, que extinguiu a UNE e a UBES – no Cine Bruni Flamengo, com seis feridos graves e 1 morto, o vigia PAULO MACENA. 002 – 27/03/65 – Carlos A. Camargo – Sargento do Exército – PR. Emboscada de um grupo de militantes da Força Armada de Libertação Nacional (FALN), chefiado pelo ex-Cel EB Jeffersom Cardim de Alencar Osorio, com o assassinato a tiros do 3º Sgt Inf EB CARLOS ARGEMIRO DE CAMARGO da 2ª Cia Inf de Francisco Beltrão/PR, que deixou viúva grávida de sete meses. 003 – 25/07/66 – Edson Régis de Carvalho – Jornalista – PE. Explosão de bomba no Aeroporto Internacional de Guararapes, com 15 feridos e 2 mortos, o jornalista EDSON REGIS DE CARVALHO e o almirante NELSON GOMES FERNANDES. 004 – 25/07/66 – Nelson Gomes Fernandes – Almirante – PE. Morto no mesmo atentado. Além das duas vítimas fatais ficaram feridas 17 pessoas, entre elas o então coronel do Exército Sylvio Ferreira da Silva que, além de fraturas expostas, teve amputados quatro dedos da mão esquerda e Sebastião Tomaz de Aquino, o Paraíba, guarda civil que teve a perna direita amputada.”Um dos executores do atentado, revelado pelas pesquisas e entrevistas de Gorender, é Raimundo Gonçalves de Figueiredo, codinome CHICO, que viria a ser morto pela Polícia Civil, em abril de 1971, já como integrante da VAR-PALMARES”. 005 – 28/09/66 – Raimundo C. Andrade – Cabo PM – GO. Em meados de 1966, eram numerosas as agitações estudantis em várias cidades do Brasil, com numerosos incêndios suspeitos em São Paulo e conflitos no Rio de Janeiro e na Bahia. Apesar da proibição, foi realizado, em Belo Horizonte, o 28º Congresso da UNE, entidade que estabeleceu a data de 22 de setembro para ser o “Dia Nacional de Luta Contra a Ditadura”. Tarzan de Castro (Luis, Osvaldo, Rogério, Sérgio), além de líder estudantil em Goiânia, era um militante que, em junho de 1966, havia liderado uma dissidência do Partido Comunista do Brasil (PC do B), que iria formar uma das mais violentas organizações terroristas daquela época, a Ala Vermelha. Preso na Fortaleza de Santa Cruz, em Niterói, chegaram as falsas notícias de que ele havia morrido na prisão e de que seu corpo chegaria no aeroporto de Goiânia à meia noite de 28/09/66, uma quarta feira. Em protesto, estudantes, dirigidos por agitadores comunistas, resolveram invadir e ocupar o Colégio Estadual Campinas. A diretora solicitou policiamento. A POLÍCIA MILITAR , então, reuniu os PMs que não faziam parte do policiamento de rua, tais como cozinheiros burocratas, carpinteiros, etc… Por volta das 20:00 horas, quando a “tropa”, armada com fuzis modelo 1908, com tiros de festim, chegou ao colégio – que estava invadido – foi recebida por tiros vindos do seu interior, ocasião em que foi atingido, mortalmente, o cabo Raimundo de Carvalho Andrade que era o alfaiate da corporação. A “vítima” viva, Tarzan de Castro, até recentemente destacado empresário do ramo de armazém de estocagens de grãos, com um dos maiores armazéns de Goiás, reivindica atualmente, como “vítima” da Revolução de 31 de março, as seguintes indenizações: Do governo de Pernambuco, pelo o seu envolvimento no inquérito do chamado Movimento Julião; Do Governo do Distrito Federal, por haver respondido a inquéritos promovidos pelo Comando Militar do Planalto; Do Governo de Minas Gerais, por ser a sede da Região Judiciária Militar, para onde seguiram seus processos;Do Governo do Estado de Goiás, através da lei estadual nº 14067/010, ao lado de inúmeras outras pessoas catalogadas como “vítimas” da Revolução de 1964, generosa indenização. A vítima morta, cabo Raimundo de Carvalho Andrade, que era o alfaiate da Polícia Militar de Goiás, homem simples – não especialista em assuntos de segurança e designado pelos seus superiores para completar uma equipe, visando a coibir os tumultos gerados pelo episódio inverídico ligado a Tarzan de Castro – está esquecida. Não se tem notícia de que seus humildes familiares tenham recebido qualquer indenização ou apoio especial dos governos estadual ou federal (colaboração do co-irmão, Grupo Anhangüera. 006 – 24/11/67 – José G. Conceição (Zé Dico) – Fazendeiro – SP. Morto por Edmur Péricles de Camargo, integrante da Ala Marighela, durante a invasão da fazenda Bandeirante, em Presidente Epitácio. Zé Dico foi trancado num quarto, torturado e, finalmente, morto com vários tiros. O filho do fazendeiro que tentara socorrer o pai foi baleado por Edmur com dois tiros nas costas. 007 – 15/12/67 – Osíris M. Marcondes – Bancário – SP. Morto quando tentava impedir um assalto terrorista ao Banco Mercantil, do qual era o gerente. 008 – 10/01/68 – Agostinho F. Lima – Marinha Mercante – AM. No dia 06/12/67, a lancha da Marinha Mercante “Antônio Alberto” foi atacada por um grupo de nove terroristas, liderados por Ricardo Alberto Aguado Gomes “Dr. Ramon”, o qual, posteriormente, ingressou na Ação Libertadora Nacional (ALN). Neste ataque Agostinho Ferreira Lima foi ferido gravemente, vindo a falecer no dia 10/01/68. 009 – 31/05/68 – Ailton de Oliveira – Guarda Penitenciário – RJ. O Movimento Armado Revolucionário (MAR), montou uma ação para libertar nove de seus membros que cumpriam pena na Penitenciária Lemos de Brito (RJ) e que uma vez libertados deveriam seguir para região de Conceição de Jacareí, onde o MAR pretendia estabelecer o “embrião do foco guerrilheiro”. No dia 26/05/68 o estagiário Júlio César entregou à funcionária da penitenciária Natersa Passos, dentro de um pacote, três revólveres calibre 38 que seriam usados pelos Às 17:30 horas os subversivos, ao iniciarem a fuga foram surpreendidos pelos guardas penitenciários Ailton de Oliveira e Jorge Félix Barbosa. Os guardas foram feridos pelos presos em fuga, sendo que Ailton de Oliveira veio a falecer cinco dias depois, em 31/05/68.Ainda ficou gravemente ferido o funcionário da Light, João Dias Pereira que se encontrava na calçada da penitenciária.O autor dos disparos que atingiram o guarda Ailton foi o terrorista Avelino Brioni Capitani. 010 – 26/06/68 – Mário Kozel Filho – Soldado do Exército – SP. Em 1968 o jovem Mário Kozel Filho é convocado para servir à Pátria e defendê-la contra possíveis agressões internas ou externas.Na mesma época o capitão Carlos Lamarca, formado pela Academia Militar das Agulhas Negras, serve no 4ºRI, em Quitaúna, SP.O capitão Lamarca, no dia 24/01/68, trai a Pátria que jurou defender. Rouba do 4ºRI muitos fuzis, metralhadoras e munição, deserta e entra na clandestinidade. O material bélico roubado é entregue à Vanguarda Popular Revolucionária, VPR, uma organização terrorista que Lamarca já integrava antes de desertar.O soldado Kozel continua servindo, com dedicação a Pátria que jurou defender. No dia 26/06/68, como sentinela, zela pela segurança do Quartel General do II Exército. Às 04:30 horas ele está vigilante em sua guarita. A madrugada é fria e com pouca visibilidade. Neste momento, um tiro é disparado por uma sentinela contra uma camioneta que desgovernada tenta penetrar no Quartel. Seu motorista saltara dela em movimento, após acelerá-la e direcioná-la para o portão do QG. O soldado Rufino, também sentinela, dispara 6 tiros contra o mesmo veículo que, finalmente, bate na parede externa do quartel. Kozel sai do seu posto e corre em direção ao carro, para ver se há alguém no seu interior. Há uma carga com 50 quilos de dinamite que, segundos depois, explode e espalha destruição e morte num raio de 300metros. Seu corpo é dilacerado. Os soldados João Fernandes, Luiz Roberto Julião e Edson Roberto Rufino estão muito feridos. É mais um ato terrorista da organização chefiada por Lamarca, a VPR.Participaram deste crime hediondo os terroristas Diógenes José de Carvalho Oliveira (o Diógenes do PT, com implicações com bicheiros no governo Olívio Dutra/RS), Waldir Carlos Sarapu, Wilson Egídio Fava, Onofre Pinto, Edmundo Coleen Leite, José Araújo Nóbrega, Oswaldo Antônio dos Santos, Dulce de Souza Maia, Renata Ferraz Guerra Andrade e José Ronaldo Tavares de Lima e Silva.Lamarca continuou na VPR, seqüestrando, assaltando, assassinando e praticando vários outros atos terroristas, até o dia em que morreu, de arma na mão enfrentando uma patrulha do Exército que o encontrou no interior da Bahia em 1971. Sua família passou a receber a pensão de coronel porque Lamarca, se não tivesse desertado, poderia chegar a este posto.Apesar de todos os crimes hediondos que cometeu, sendo o mais torpe deles o assassinato a coronhadas de seu prisioneiro Tenente PM Alberto Mendes Júnior, Lamarca é apontado como herói pelos esquerdistas brasileiros. Ruas passam a ter seu nome. Tentam colocar seus restos mortais num Mausoléu na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Um filme é feito para homenageá-lo. Mário Kozel Filho, soldado cumpridor dos seus deveres, cidadão brasileiro que morreu em serviço, está totalmente esquecido. Além do esquecimento a Comissão dos Mortos e Desaparecidos que já concedera vultosas indenizações às famílias de muitos terroristas que nunca foram considerados desaparecidos, resolveu indenizar, também, a família Lamarca, numa evidente provocação às Forças Armadas e desrespeito às famílias de Mário Kozel Filho e de muitos outros que com ele morreram em conseqüência de atos terroristas. 011 – 27/06/68 – Noel de Oliveira Ramos – Civil – RJ. Morto com um tiro no coração, em conflito na rua. Estudantes distribuíam no Largo de São Francisco, panfletos a favor do governo e contra as agitações estudantis conduzidas por militantes comunistas.Gessé Barbosa de Souza, eletricista e militante da VPR, conhecido como “Juliano” ou “Julião” infiltrado no movimento, tentou impedir a manifestação com uma arma. Os estudantes, em grande maioria, não se intimidaram e tentaram segurar Gessé que fugiu atirando, atingindo mortalmente Noel de Oliveira Ramos e ferindo o engraxate Olavo Siqueira. 012 – 27/06/68 – Nelson de Barros – Sargento PM – RJ. No início de junho de 1968, no Rio de Janeiro, pequenas passeatas realizadas em Copacabana e na rua Uruguaiana, pressagiaram as grandes agitações que estavam por vir, ainda nesse mês, e que ficaram conhecidas como “As Jornadas de Junho”.No dia 19/06/68, cerca de 800 estudantes, liderados por Wladimir Palmeira, tentaram tomar de assalto o edifício do Ministério da Educação e Cultura, no Rio de Janeiro.No dia seguinte, cerca de 1500 estudantes invadiram e ocuparam a Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Avenida Pasteur, fazendo com que professores e membros do Conselho Universitário passassem por vexames, obrigando-os a saírem por uma espécie de corredor polonês formado por centenas de estudantes.Vinte e quatro horas depois, em 21/06/68, também ao meio dia, foi realizada nova passeata no centro do Rio. Conhecido como a “Sexta feira Sangrenta”, este dia foi marcado por brutal violência Cerca de 10.000 pessoas, os estudantes engrossados por populares, ergueram barricadas, incendiaram carros, agrediram motoristas, saquearam lojas, atacaram a tiros a embaixada americana e as tropas da Polícia Militar. No final da noite, mais de 10 mortos, e centenas de feridos atestavam a violência dos confrontos. Entre os feridos graves estava o sargento da Polícia Militar Nelson de Barros que veio a falecer no dia 27/06/68.A violência estudantil continuou no dia 22, quando tentaram, sem sucesso, ocupar a Universidade de Brasília, (UNB), e no dia 24, em São Paulo, quando realizaram uma passeata no centro da cidade, depredando a Farmácia do Exército, o City Bank e a sede do jornal “O Estado de São Paulo”. No dia 26, no Rio de Janeiro ocorreu a “Passeata dos Cem Mil”. 013 – 01/07/68 – Edward E. T. O. M. Von Westernhagen – Major do Exército Alemão – RJ. Morto no Rio de Janeiro onde fazia o Curso da Escola de Comando e Estado Maior do Exército. Assassinado na rua Engenheiro Duarte, Gávea, por ter sido confundido com o major boliviano Gary Prado, suposto matador de Che Guevara, que também cursava a mesma escola. Autores: Severino Viana Callou, João Lucas Alves e um terceiro não identificado, todos da organização terrorista denominada COLINA- Comando de Libertação Nacional. 014 – 07/09/68 – Eduardo C. de Souza – Soldado PM – SP. Morto, com sete tiros, por terroristas de uma organização não identificada quando de sentinela no DEOPS, em São Paulo. 015 – 20/09/68 – Antônio C. Jeffery – Soldado PM – SP. Morto a tiros quando de sentinela no quartel da então Força Pública de São Paulo (atual PM) no Barro Branco.Organização terrorista que praticou o assassinato: Vanguarda Popular Revolucionária.Assassinos: Pedro Lobo de Oliveira; Onofre Pinto; Diógenes José Carvalho de Oliveira, atualmente conhecido como o Diógenes do PT, ex-auxiliar de Olívio Dutra no Governo do RS. 016 – 12/10/68 – Charles R. Chandler – Cap. do Exército dos Est. Unidos – SP Herói na guerra com o Vietnã, veio ao Brasil para fazer o Curso de Sociologia e Política, na Fundação Álvares Penteado, em São Paulo/SP. No início de outubro /68, um “Tribunal Revolucionário”, composto pelos dirigentes da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), Onofre Pinto (Augusto, Ribeiro, Ari), João Carlos Kfouri Quartin de Morais (Manéco) e Ladislas Dowbor (Jamil), condenou o capitão Chandler à morte, porque ele “seria um agente da CIA”. Os levantamentos da rotina de vida do capitão foram realizados por Dulce de Souza Maia (Judite). O capitão Chandler quando retirava seu carro das garagem para seguir para a Faculdade, foi assassinado, friamente, com 14 tiros de metralhadora e vários tiros de revólver, na frente da sua esposa Joan e seus 3 filhos.O grupo de execução era constituído pelos terroristas Pedro Lobo de Oliveira (Getúlio), Diógenes José de Carvalho Oliveira (Luis, Leonardo, Pedro) e Marco Antônio Bráz de Carvalho (Marquito). Obs:Diógenes José de Carvalho Oliveira, também conhecido como Diógenes do PT, na década de 90 ingressou nos quadros do PT/RS, sempre assessorando seus líderes mais influentes. Diógenes foi o Presidente do Clube de Seguros da Cidadania de Porto Alegre, orgão encarregado de coletar fundos para o PT. João Carlos Kfouri Quartin de Morais é, atualmente Professor Titular de Filosofia e Ciências da UNICAMP e, Ladislas Dowbor Professor Titular de Economia da PUC/SP e trabalha no Instituto de Economia da UNICAMP. Saiba mais em Recordando a História/Justiçamentos. 017 – 24/10/68 – Luiz Carlos Augusto – Civil – RJ. Morto, com 1 tiro, durante uma passeata estudantil. 018 – 25/10/68 – Wenceslau Ramalho Leite – Civil – RJ. Morto, com 4 tiros de pistola Luger 9mm, durante o roubo de seu carro, na avenida 28 de Setembro, Vila Isabel, RJ. Autores: Murilo Pinto da Silva (Cesar ou Miranda) e Fausto Machado Freire(Ruivo ou Wilson) ambos integrantes da Organização Terrorista COLINA(Comando de Libertação Nacional). 019 – 07/11/68 – Estanislau Ignácio Correia – Civil – SP. Morto pelos terroristas Ioshitame Fugimore, Oswaldo Antônio dos Santos e Pedro Lobo Oliveira, todos integrantes da Vanguarda Popular Revolucionária(VPR), quando roubavam seu automóvel na esquina das ruas Carlos Norberto Souza Aranha e Jaime Fonseca Rodrigues, em São Paulo. 020 – 07/01/69 – Alzira Baltazar de Almeida -Dona de casa – Rio de Janeiro / RJ. Uma bomba jogada por terroristas, embaixo de uma viatura policial, estacionada em frente à 9ª Delegacia de Polícia, ao explodir, matou a Sra. Alzira, uma vítima inocente, que na ocasião transitava na rua. 021 – 11/01/69 – Edmundo Janot -Lavrador – Rio de Janeiro – RJ. Morto a tiros, foiçadas e facadas por um grupo de terroristas que haviam montado uma base de guerrilha nas proximidades da sua fazenda. 022 – 29/01/69 – Cecildes Moreira de Faria – Subinspetor de Polícia – BH/ MG. Morto a tiros ao sair de sua residência. 023 – 29/01/69 – José Antunes Ferreira – Guarda Civil – BH/MG. O terrorista Pedro Paulo Bretas “Kleber” ao ser interrogado “entregou” um “aparelho” do Comando de Libertação Nacional (Colina), na rua Itacarambu nº 120, bairro São Geraldo. Imediatamente, os policiais se dirigiram para o local e quando se anunciaram como policiais, foram recebidos por rajadas de metralhadoras, disparadas por Murilo Pinto Pezzuti da Silva , “Cesar’ ou “Miranda”, que mataram o subinspetor. Cecildes Moreira da Silva que deixou viúva e oito filhos menores, e o guarda civil José Antunes Ferreira ,ferindo, ainda, o investigador José Reis de Oliveira. Foram presos no interior do “aparelho” o assassino Murilo Pinto Pezzuti da Silva o os terroristas do Colina: Afonso Celso L.Leite “Ciro”. Mauricio Vieira de Castro “Carlos” Nilo Sérgio Menezes Macedo J ulio Antonio Bittencourt de Almeida “Pedro” Jorge Raimundo Nahas “Clovis”ou “Ismael” e Maria José de Carvalho Nahas “Celia”ou “Marta”. No interior do ” aparelho” foram apreendidos 1 fuzil FAL ,5 pistolas, 3 revóveres, 2 metralhadoras, 2 carabinas, 2 granadas de mão, 702 bananas de dinamite, fardas da PM e dinheiro de assaltos. 024 – 14/04/69 – Francisco Bento da Silva – Motorista – SP. Morto durante um assalto, praticado pela Ala Vermelha do PC do B, ao carro pagador (uma Kombi) do Banco Francês-Italiano para a América do Sul, na Alameda Barão de Campinas, quando foram roubados vinte milhões de cruzeiros. Participaram desta ação os terroristas: Élio Cabral de Souza, Derly José de Carvalho, Daniel José de Carvalho, Devanir José de Carvalho, James Allen Luz, Aderval Alves Coqueiro, Lúcio da Costa Fonseca, Gilberto Giovanetti, Ney Jansen Ferreira Júnior, Genésio Borges de Melo e Antônio Medeiros Neto. 025 – 14/04/69 – Luiz Francisco da Silva – Guarda bancário – SP. Morto durante o assalto acima explanado, praticado pela Ala Vermelha do PC do B, ao carro pagador (uma Kombi) do Banco Francês-Italiano para a América do Sul, na Alameda Barão de Campinas, quando foram roubados vinte milhões de cruzeiros. 026 – 08/05/69 – José de Carvalho – Investigador de Polícia – SP. Atingido com um tiro na boca, durante um assalto ao União de Bancos Brasileiros, em Suzano, no dia 07 de maio, vindo a falecer no dia seguinte. Nessa ação, os terroristas feriram, também, Antonio Maria Comenda Belchior e Ferdinando Eiamini. Participaram os seguintes terroristas da Ação Libertadora Nacional (ALN): Virgílio Gomes da Silva, Aton Fon Filho, Takao Amano, Ney da Costa Falcão, Manoel Cyrilo de Oliveira Neto e João Batista Zeferino Sales Vani. Takao Amano foi baleado na coxa e operado, em um “aparelho médico” por Boanerges de Souza Massa, médico da ALN. 027 – 09/05/69 – Orlando Pinto da Silva – Guarda Civil – SP. Morto com dois tiros, um na nuca e outro na testa, disparados por Carlos Lamarca, durante assalto ao Banco Itaú, na rua Piratininga, Bairro da Mooca. Na ocasião também foi esfaqueado o gerente do Banco, Norberto Draconetti. Organização responsável por esse assalto: Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). 028 – 27/05/69 – Naul José Montovani – Soldado PM – SP. Em 27/05/69 foi realizada uma ação contra o 15º Batalhão da Força Pública de São Paulo, atual PMESP, na Avenida Cruzeiro do Sul, SP/SP. Os terroristas Virgílio Gomes da Silva, Aton Fon Filho, Carlos Eduardo Pires Fleury, Maria Aparecida Costa, Celso Antunes Horta e Ana Maria de Cerqueira César Corbisier, metralharam o soldado Naul José Montovani que estava de sentinela e que morreu instantaneamente. O soldado Nicário Conceição Pulpo que acorreu ao local ao ouvir os disparos, foi gravemente ferido na cabeça, tendo ficado paralítico. 029 – 04/06/69 – Boaventura Rodrigues da Silva – Soldado PM – SP. Morto por terroristas durante assalto ao Banco Tozan. 030 – 22/06/69 – Guido Boné – Soldado PM – SP. Morto por militantes da ALN que atacaram e incendiaram a radio-patrulha RP 416, da então Força Pública de São Paulo, hoje Polícia Militar, matando os seus dois ocupantes, os soldados Guido Bone e Natalino Amaro Teixeira, roubando suas armas. 031 – 22/06/69 – Natalino Amaro Teixeira – Soldado PM – SP. Morto por militantes da ALN na ação acima explanada. 032 – 11/07/69 – Cidelino P. Nascimento – Motorista de táxi – RJ. Morto a tiros quando conduzia em seu carro, policiais que perseguiam terroristas que haviam assaltado o Banco Aliança, agência Muda. Participaram deste assassinato os terroristas Chael Charles Schreier, Adilson Ferreira da Silva, Fernando Borges de Paula Ferreira, Flávio Roberto de Souza, Reinaldo José de Melo, Sônia Eliane Lafóz e o autor dos disparos Darci Rodrigues, todos pertencentes a organização terrorista VAR-Palmares. 033 – 24/07/69 – Aparecido dos Santos Oliveira – Soldado PM – SP. Neste dia, atuando em “frente ” foi assaltado o Banco Bradesco, na rua Turiassu, no Bairro de Perdizes, de onde foram roubados sete milhões de cruzeiros. Participaram da ação: · Pelo Grupo de Expropriação e Operação: Devanir José de Carvalho, James Allen Luz, Raimundo Gonçalves de Figueiredo, Ney Jansen Ferreira Júnior, José Couto Leal;· Pelo Grupo do Gaúcho: Plínio Petersen Pereira, Domingos Quintino dos Santos, Chaouky Abara;· Pela VAR-Palmares: Chael Charles Schreier, Roberto Chagas e Silva, Carmem Monteiro dos Santos Jacomini e Eduardo Leite.Essa ação terminou de forma trágica: Raimundo Gonçalves Figueiredo baleou o soldado da então Força Pública do Estado de São Paulo, atual PMESP, Aparecido dos Santos Oliveira que, já caído, recebeu mais quatro tiros disparados por Domingos Quintino dos Santos. 034 – 20/08/69 – José Santa Maria – Gerente de Banco – RJ. Morto por terroristas que assaltaram o Banco de Crédito Real de Minas Gerais, do qual era gerente. 035 – 25/08/69 – Sulamita Campos Leite – Dona de casa – PA. Parente do terrorista Flávio Augusto Neves Leão Salles. Morta na residência dos Salles, em Belém, ao detonar, por inadvertência ,uma carga de explosivos escondida pelo terrorista. 036 – 31/08/69 – Mauro Celso Rodrigues – Soldado PM – MA. Morto quando procurava impedir a luta entre proprietários e posseiros, incitada por movimentos subversivos. 037 – 03/09/69 – José Getúlio Borba – Comerciário – SP. Os terroristas da Ação Libertadora Nacional (ALN) Antenor Meyer, José Wilson Lessa Sabag, Francisco José de Oliveira e Maria Augusta Tomaz, resolveram comprar um gravador na loja Lutz Ferrando, na esquina da Avenida Ipiranga com a Rua São Luis. O pagamento seria feito com um cheque roubado num assalto. Descobertos, receberam voz de prisão e reagiram. Na troca de tiros o guarda civil João Szelacsak Neto ficou ferido com um tiro na coxa e o funcionário da loja, José Getúlio Borba, foi mortalmente ferido. Perseguidos pela polícia o terrorista José Wilson Lessa Sabag matou a tiros o soldado da Força Pública (atual PM) João Guilherme de Brito. 038 – 03/09/69 – João G. de Brito – Soldado da Força Pública – SP. Na ação acima houve troca de tiros o guarda civil João Szelacsak Neto ficou ferido com um tiro na coxa e o funcionário da loja, José Getúlio Borba, foi mortalmente ferido. Perseguidos pela polícia o terrorista José Wilson Lessa Sabag matou ainda, a tiros o soldado da Força Pública (atual PM) João Guilherme de Brito. 039 – 20/09/69 – Samuel Pires – Cobrador de ônibus – SP. Morto por terroristas quando assaltavam uma empresa de ônibus. 040 – 22/09/69 – Kurt Kriegel – Comerciante – Porto Alegre/RS. Comerciante Kurt Kriegel, morto pela Var-Palmates em Porto Alegre. 041 – 30/09/69 – Cláudio E. Canton – Agente da Polícia Federal – SP. Após ter efetuado a prisão de um terrorista foi atingido na coluna vertebral, vindo a falecer em conseqüência desse ferimento. 042 – 04/10/69 – Euclídes Paiva Cerqueira – Guarda particular – RJ. Morto por terroristas durante assalto ao carro transportador de valores do Banco Irmãos Guimarães. 043 – 06/10/69 – Abelardo Rosa Lima – Soldado PM – SP. Metralhado por terroristas numa tentativa de assalto ao Mercado Peg-Pag. Autores: Devanir José de Carvalho (Henrique) , Walter Olivieri, Eduardo Leite (Bacuri), Mocide Bucherone e Ismael Andrade dos Santos. Organizações Terroristas : REDE (Resistência Democrática) e MRT (Movimento Revolucionário Tiradentes. 044 – 07/10/69 – Romildo Ottenio – Soldado PM – SP. Morto quando tentava prender um terrorista. 045 – 31/10/69 – Nilson José de Azevedo Lins – Civil – PE. Gerente da firma Cornélio de Souza e Silva, distribuidora da Souza Cruz, em Olinda. Foi assaltado e morto quando ia depositar, no Banco, o dinheiro da firma.Organização:PCBR (Partido Com. Bras. Revolucionário). Autores: Alberto Vinícius Melo do Nascimento, Rholine Sonde Cavalcante Silva, Carlos Alberto Soares e João Maurício de Andrade Baltar. 046 – 04/11/69 – Estela Borges Morato – Investigadora do DOPS – SP. Morta a tiros quando participava da operação em que morreu o terrorista Carlos Marighela. 047 – 04/11/69 – Friederich Adolf Rohmann – Protético – SP. Morto durante a operação que resultou na morte do terrorista Carlos Marighela. 048 – 07/11/69 – Mauro Celso Rodrigues – Soldado PM – MA. Morto em uma emboscada, durante a luta travada entre lavradores de terra, incitados por militantes da Ação Popular(AP). 049 – 14/11/69 – Orlando Girolo – Bancário – SP. Morto por terroristas durante assalto ao Banco Brasileiro de Descontos(Bradesco). 050 – 17/11/69 – Joel Nunes – Sub-Tenente PM – RJ. Neste dia o PCBR assaltou o Banco Sotto Maior, na Praça do Carmo, no subúrbio carioca de Brás de Pina, de onde foram roubados cerca de 80 milhões de cruzeiros. Na fuga, obstados por uma viatura policial, surgiu um violento tiroteio no qual Avelino Bioni Capitani matou o sargento da PM Joel Nunes. Na ocasião foi preso o terrorista Paulo Sérgio Granado Paranhos. 051 – 18/12/69 – Elias Santos – Soldado do Exército – RJ. Paulo Sérgio Granado Paranhos preso no dia anterior ao ser interrogado “abriu” um “aparelho” do PCBR localizado na rua Baronesa de Uruguaiana nº 70, no bairro de Lins de Vasconcelos. Ali, Prestes de Paula, ao fugir pelos fundos da casa, disparou, à queima-roupa, um tiro de pistola .45 no soldado do Exército Elias dos Santos que integrava a equipe que “estourou” o “aparelho”. O soldado Elias morreu momentos depois. A respeito do soldado Elias, morto em combate no cumprimento do dever, o Ternuma recebeu o seguinte comovente e-mail: “Fico feliz de achar uma página da Internet a qual faz uma homenagem a uma pessoa que não conheci, mas com certeza, muito especial. Desde pequena vejo minha avó aos prantos lembrar de seu filho Elias dos Santos, morto brutalmente por assassinos terroristas. Não conhecia direito a história, fiquei sabendo agora. Realmente é revoltante saber que a família de Carlos Lamarca tem direitos que minha avó não teve. Não tenho palavras, só agradeço Daniele Esteves”. 052 – 17/01/70 – José G. A. Cursino – Sargento PM – São Paulo / SP. Morto a tiros por terroristas. 053 – 20/02/70 – Antônio A. P. Nogueró – Sargento PM – São Paulo / SP. Morto pelo terrorista Antônio Raimundo de Lucena quando tentava impedir um ato terrorista no Jardim Cerejeiras, Atibaia/SP. 054 – 11/03/70 – Newton O. Nascimento – Soldado PM – Rio de Janeiro / RJ. No dia 11/03/70, os militantes do grupo tático armado da ALN, Mário de Souza Prata, Rômulo Noronha de Albuquerque e Jorge Raimundo Júnior deslocavam-se num carro Corcel azul, roubado, dirigido pelo último, quando foram interceptados no bairro de Laranjeiras- RJ, por uma patrulha da PM. Suspeitando do motorista, pela pouca idade que aparentava, e verificando que Jorge Raimundo não portava habilitação, os policiais ordenaram-lhe que entrasse no veículo policial, junto com Rômulo Noronha Albuquerque, enquanto Mauro de Souza Prata, acompanhado de um dos soldados, iria dirigindo o Corcel até a delegacia mais próxima. Aproveitando-se do descuido dos policiais, que não revistaram os detidos, Mário, ao manobrar o veículo para colocá-lo à frente da viatura policial, sacou de uma arma e atirou, matando com um tiro na testa o soldado da PM Newton Oliveira Nascimento, que o escoltava no carro roubado. O soldado Newton deixou a viúva dona Luci e órfãos duas filhas menores de quatro e dois anos. 055 – 31/03/70 – Joaquim Melo – Investigador de Polícia – PE. Morto por terroristas durante ação contra um “aparelho”. 056 – 02/05/70 – João B. de Souza – Guarda de Segurança – SP. Um comando terrorista, integrado por Devanir José de Carvalho, Antonio André Camargo Guerra, Plínio Petersen Pereira, Waldemar Abreu e José Rodrigues Ângelo, pelo Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT) e mais Eduardo Leite (Bacuri) pela Resistência Democrática (REDE) assaltaram a Companhia de Cigarros Souza Cruz, no Cambuci/SP. Na ocasião Bacuri assassinou o guarda de segurança João B. de Souza. 057 – 10/05/70 – Alberto Mendes Junior -1º Tenente PMESP – SP. Nos dias 16/04/70 e 18/04/70 foram presos no Rio de Janeiro, Celso Lungaretti e Maria do Carmo Brito, ambos militantes da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), uma das organizações comunistas que seguia a linha cubana. Ao serem interrogados os dois informaram que desde janeiro/70, a VPR, com a colaboração de outras organizações comunistas, instalara uma área de treinamento de guerrilhas, na região de Jacupiranga, próxima a Registro, no Vale da Ribeira, no Estado de São Paulo, sob o comando do ex-capitão do Exército, Carlos Lamarca. No dia 19/04/70, tropas do Exército e da Polícia Militar do Estado de São Paulo foram deslocadas para a área, para verificar a autenticidade das declarações dos dois militantes presos e neutralizar a área, prendendo, se possível os seus 18 ocupantes. No início de maio/70 uma parte da tropa da Polícia Militar foi retirada da área, permanecendo, apenas, um pelotão. Como voluntário para comandá-lo, apresentou-se um jovem de 23 anos, o Tenente Alberto Mendes Júnior. Com 5 anos de Polícia Militar, o Tenente Mendes era conhecido, entre os seus companheiros, por seu espírito afável e alegre e pelo altruísmo no cumprimento das missões. Idealista, acreditava que era seu dever permanecer na área, ao lado se seus subordinados. No dia 08/05/70, 7 terroristas, chefiados por Carlos Lamarca, que estavam numa pick-up, ao pararem num posto de gasolina em Eldorado Paulista, foram abordados por policiais que, imediatamente, foram alvejados por tiros que partiram dos terroristas que ocupavam a pick-up e que após o tiroteio fugiram para Sete Barras. Ciente do ocorrido, o Tenente Mendes organizou uma patrulha, que, em duas viaturas, dirigiu-se de Sete Barras para Eldorado Paulista. Cerca das 21:00 horas, houve o encontro com os terroristas que estavam armados com fuzis FAL enquanto que os PMs portavam o velho fuzil Mauser modelo 1908. Em nítida desvantagem bélica, vários PMs foram feridos e o Tenente Mendes verificou que diversos de seus comandados estavam necessitando urgentes socorros médicos. Um dos terroristas, com um golpe astucioso, aproveitando-se daquele momento psicológico, gritou-lhes para que se entregassem. Julgando-se cercado, o oficial aceitou render-se, desde que seus homens pudessem receber o socorro necessário. Tendo os demais componentes da patrulha permanecido como reféns, o Tenente levou os feridos para Sete Barras. De madrugada, a pé e sozinho, o Tenente Mendes buscou contato com os terroristas, preocupado que estava com o restante de seus homens. Encontrou Lamarca que decidiu seguir com seus companheiros e os prisioneiros para Sete Barras. Ao se aproximarem dessa localidade foram surpreendidos por um tiroteio, ocasião em que dois terroristas Edmauro Gopfert e José Araújo Nóbrega desgarraram-se do grupo e os cinco terroristas restantes embrenharam-se no mato, levando consigo o Tenente Mendes. Depois de caminharem um dia e meio na mata, os terroristas e o Tenente pararam para descansar. Nesta ocasião Carlos Lamarca, Yoshitame Fugimore e Diógenes Sobrosa de Souza afastaram-se e formaram um tribunal revolucionário que resolveu assassinar o Tenente Mendes pois o mesmo, pela necessidade de vigiá-lo, retardava a fuga. Os outros dois Ariston Oliveira Lucena e Gilberto Faria Lima ficaram vigiando o prisioneiro. Poucos minutos depois, os três terroristas retornaram, e, acercando-se por traz do Oficial, Yoshitame Fugimore desfechou-lhe violentos golpes na cabeça, com a coronha de um fuzil. Caído e com a base do crânio partida, o Tenente Mendes gemia e se contorcia em dores. Diógenes Sobrosa de Souza desferiu-lhe outros golpes na cabeça, esfacelando-a. Ali mesmo, numa pequena vala e com seus coturnos ao lado da cabeça ensangüentada, o Tenente Mendes foi enterrado. Em 08/09/70, Ariston Lucena foi preso pelo DOI/CODI/IIEx e apontou, no local, onde o Tenente estava enterrado. Seu corpo foi exumado, em segredo, pelos agentes do DOI pois os companheiros do Tenente queriam linchar Ariston. Dos cinco assassinos do Tenente Mendes, sabe-se que: Carlos Lamarca, morreu na tarde de 17/09/71, no interior da Bahia, durante tiroteio com o DOI/CODI/6ª RM; Yoshitame Fugimore, morreu em 05/12/70, em São Paulo, durante tiroteio com o DOI/CODI/IIEx;Diógenes Sobrosa de Souza, preso em 12/12/70, no RS. Em novembro de 71 foi condenado à pena de morte (existia na época esta punição para os terroristas assassinos, que nunca foi usada). Em fins de 1979 , com a anistia foi libertado;Gilberto Faria Lima, fugiu para o exterior. Ariston Lucena, após a anistia foi libertado e teria se suicidado, recentemente, no RS. Observação: Embora Carlos Lamarca tenha desertado no posto de capitão, por lei especial, sua família recebe a pensão de coronel. Todas as famílias dos terroristas assassinos, inclusive a de Carlos Lamarca receberam uma grande indenização em dinheiro. O Tenente Mendes, promovido após sua morte, por bravura, ao posto de capitão, deixou para sua família a pensão relativa a esse posto. Sua família , que nunca ganhou nenhuma indenização dos governos federal e estadual, tem problemas psicológicos até hoje . Seus pais não se conformam em ter único filho sido assassinado de forma brutal, por bandidos sempre tão endeusados pela nossa mídia. 058 – 11/06/70 – Irlando M. Régis – Agente da Polícia Federal – RJ. No dia 11/06/70, o embaixador da Alemanha, Ehrenfried Von Hollebem, saiu da Embaixada, no Rio de Janeiro, para a sua residência. Sentado no banco de trás de sua Mercedes preta, o embaixador tinha como motorista o funcionário Marinho Huttl e o agente da Polícia Federal Irlando de Moura Régis, sentado no banco da frente e portando um revólver .38. Seguindo a Mercedes, como segurança, ia uma Variant com os agentes da Polícia Federal Luiz Antônio Sampaio como motorista e José Banharo da Silva, com uma metralhadora INA.Tendo ocupado o dispositivo desde antes das 19:00 horas, o “Comando Juarez Guimarães de Brito” executou o seqüestro às 19:55 horas, nas proximidades da residência do embaixador, no cruzamento das ruas Cândido Mendes com a Ladeira do Fialho.Ao aproximar-se o carro diplomático, Jesus Paredes Soto deu um sinal a José Maurício Gradel que avançou uma “pick up” Willys, abalroando a Mercedes. Incontinente o casal que “namorava” na Escadinha do Fialho, Sônia Eliane Lafóz e José Milton Barbosa, este com uma metralhadora, disparou sua arma contra a Variant da segurança, ferindo Luiz Antônio Sampaio no abdômen e na coxa esquerda e José Banharo da Silva na cabeça. Ao mesmo tempo, Eduardo Coleen Leite “Bacuri”, à queima roupa, disparou três tiros de revólver .38 em Irlando de Moura Régis, matando-o com um tiro na cabeça.Herbert Eustáquio de Carvalho, empunhando uma pistola .45 arrancou o diplomata da Mercedes e embarcou-o no Opala, dirigido por José Roberto Gonçalves de Rezende.Participaram, ainda, deste crime hediondo os terroristas Alex Polari Alvarenga e Roberto Chagas da Silva.Decorridos 33 anos, vemos que neste período as famílias de subversivos, de assaltantes de bancos, de seqüestradores, de assassinos e de terroristas políticos foram indenizadas pelo governo. Até indenizações para “perseguidos políticos” que alcançam o teto máximo da carreira do pretendente, independente de se saber se ele chegaria ou não a este teto. E, vimos subversivos que na época estavam desempregados, serem indenizados em até R$450.000,00.Enquanto isto, famílias de cidadãos inocentes, atingidos em ações dos “guerrilheiros” como em assaltos a bancos, ou despedaçados por bombas nos atos terroristas, como no atentado ao Aeroporto de Guararapes, em Recife, são totalmente esquecidas. Orlando Lovechio Filho que, em 1968, teve uma perna amputada no atentado a bomba ao consulado americano, em São Paulo, teve seu sonho de ser piloto, destruído e luta até hoje por uma indenização do Estado.Famílias de seguranças de bancos e embaixadas, de policiais civis e militares, de policiais federais, de militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, mortos e feridos quando em serviço, foram ignoradas pelo governo.Para as famílias dos mortos pelos terroristas e para os que ficaram inválidos, lutando para manter a ordem no país, NADA!… Para elas, deve ser impossível entender porque no Congresso Nacional, um senador, que como membro da Polícia Civil de São Paulo, participou ativamente da luta contra a subversão e ex-policiais federais, civis e militares, hoje deputados, não tenham até a presente data, lembrado de seus colegas mortos e feridos no combate ao terrorismo e que não lutem para que esta lamentável injustiça seja reparada. 059 – 15/07/70 – Isidoro Zamboldi -Guarda de segurança – SP. Morto pela terrorista Ana Bursztyn durante assalto à loja Mappin. 060 – 12/08/70 – Benedito Gomes – Capitão do Exército – SP. Morto por terroristas, no interior do seu carro, na Estrada Velha de Campinas. 061 – 19/08/70 – Vagner L. V. da Silva – Guarda de segurança – RJ. Morto durante assalto do Grupo Tático Armado da organização terrorista MR8, ao Banco Nacional de Minas Gerais, no bairro de Ramos. Sônia Maria Ferreira Lima foi quem fez os disparos que o mataram. Participaram, também, dessa ação os terroristas Reinaldo Guarany Simões, Viriato Xavier de Melo Filho e Benjamim de Oliveira Torres Neto, os dois últimos recém chegados do curso em Cuba. 062 – 29/08/70 – José A. Rodrigues – Comerciante – CE. Proprietário da firma Ibiapaba Comércio Ltda. Após ter sido assaltado em sua loja, foi seqüestrado, barbaramente torturado e morto a tiros por terroristas da ALN. Após seu assassinato seu carro foi lançado num precipício na serra de Ibiapaba, em São Benedito, CE. Autores: Ex-seminaristas Antônio Espiridião Neto e Waldemar Rodrigues Menezes, ( autor dos disparos), José Sales de Oliveira, Carlos de Montenegro Medeiros, Gilberto Telmo Sidney Marques, Timoschenko Soares de Sales e Francisco William. 063 – 14/09/70 – Bertolino F. da Silva – Guarda de segurança – SP. Morto durante assalto praticado pelas organizações terroristas ALN e MRT ao carro pagador da empresa Brinks, no Bairro do Paraíso em São Paulo. 064 – 21/09/70 – Célio Tonelly – Soldado PM – SP. Morto em Santo André, quando de serviço em uma rádio patrulha tentou deter terroristas que ocupavam um automóvel. 065 – 22/09/70 – Autair Macedo – Guarda de segurança – RJ. Morto por terroristas, durante assalto a empresa de ônibus Amigos Unidos. 066 – 27/10/70 – Walder de Lima – Sargento da Aeronáutica – BA. Morto quando, ao volante de uma viatura, conduzia terroristas presos, em Salvador. O assassino, Theodomiro Romeiro dos Santos o atingiu, covardemente, com um tiro na nuca. Organização: PCBR (Partido Comunista Brasileiro Revolucionário). Atualmente, Theodomiro é Juiz do Tribunal Regional do Trabalho, em Recife/PE. 067 – 10/11/70 – José M. do Nascimento – Civil – SP. Morto por terroristas em confronto com policiais. 068 – 10/11/70 – Garibaldo de Queiroz – Soldado PM – SP. Morto em confronto com terroristas da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária) que faziam uma panfletagem armada na Vila Prudente, São Paulo. 069 – 10/11/70 – José Aleixo Nunes – Soldado PM – SP. Morto em confronto com terroristas da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária) que faziam uma panfletagem armada na Vila Prudente, São Paulo. 070 – 10/12/70 – Hélio C. Araújo – Ag.Polícia Federal – RJ. No dia 07/12/70 a VPR, Vanguarda Popular Revolucionária, seqüestrou no Rio de Janeiro, o Embaixador da Suíça no Brasil, Giovani Enrico Bucher. Participaram, ativamente, da operação os terroristas Adair Gonçalves Reis, Gerson Theodoro de Oliveira, Maurício Guilherme da Silveira, Alex Polaris de Alvarenga, Inês Etienne Romeu, Alfredo Sirkis, Herbert Eustáquio de Carvalho e Carlos Lamarca. Após fecharem e paralisarem o carro que conduzia o Embaixador, Carlos Lamarca bateu com um revólver Smith-Wesson, cano longo, calibre .38, no vidro do carro. Abriu a porta traseira e a uma distância de 2 metros atirou, duas vezes, no agente Hélio. Uma das balas seccionou a medula do policial. Os terroristas levaram o Embaixador e deixaram o agente agonizando. Transferido para o Hospital Miguel Couto, faleceu no dia 10/12/70. 071 – 07/01/71 – Marcelo Costa Tavares – Estudante – MG. Morto por terroristas durante um assalto ao Banco Nacional de Minas Gerais. Autor dos disparos: Newton Moraes. 072 – 12/02/71 – Américo Cassiolato – Soldado PM – São Paulo – SP. Morto por terroristas em Pirapora do Bom Jesus. 073 – 20/02/71 – Fernando Pereira – Comerciário – Rio de Janeiro – RJ. Morto por terroristas quando tentava impedir um assalto ao estabelecimento “Casa do Arroz”, do qual era gerente. 074 – 08/03/71 – Djalma P. Batista – Soldado PM – Rio de Janeiro-RJ. Morto por terroristas, durante assalto ao Banco do Estado do Rio de Janeiro. 075 – 24/03/71 – Mateus L. dos Santos – Tenente da FAB – PE. O PCBR necessitava roubar um carro para participar do seqüestro do cônsul norte-americano, em Recife. No dia 26/06/70 resolveram roubar um volks, estacionado em Jaboatão, na Grande Recife, nas proximidades do Hospital da Aeronáutica.Quatro militantes do PCBR desceram do carro dirigido por Nancy Mangabeira Unger: Carlos Alberto Soares Rodrigues de Sousa, José Gersino Saraiva Maia e Luiz “Jacaré”, (até hoje não identificado). Ao tentarem render o motorista, este ao identificar-se como Tenente da Aeronáutica, foi ferido gravemente por Carlos Alberto, com dois tiros, um na cabeça e outro no pescoço.O Tenente Mateus Levino dos Santos, após nove meses de impressionante sofrimento, veio a falecer em 24/03/71, deixando viúva e duas filhas menores.O imprevisto levou o PCBR a desistir do seqüestro.Nancy Mangabeira Unger, banida em 13/01/71, em troca da vida do embaixador suíço, era filha de pai americano e sua mãe, brasileira, era filha de Otávio Mangabeira.Por ironia, o próprio consulado americano, sem saber do planejamento do seqüestro de seu cônsul, correu em defesa de Nancy, alegando a dupla nacionalidade dela, brasileira e norte-americana. 076 – 04/04/71 – José J. T.Martinez – Major do Exército – Rio de Janeiro – RJ. No início de abril, a Brigada Pára-quedista recebeu uma denúncia de que um casal de terroristas ocupara uma casa localizada na rua Niquelândia, 23, em Campo Grande/RJ. Não desejando passar esse informe à 2ª Sessão do então I Exército, sem aprofundá-lo, a 2ª Sessão da Brigada, chefiada pelo major Martinez, montou um esquema de vigilância sobre a citada residência. Por volta das 23 horas desse dia, chegou, num táxi, um casal, estacionando-o nas proximidades da casa vigiada. A mulher ostentava uma volumosa barriga que indicava estar em adiantado estado de gravidez. O fato sensibilizou Martinez, que, impelido por seu sentimento de solidariedade, agiu impulsivamente visando preservar a “senhora” de possíveis riscos. O major José Júlio Toja Martinez Filho acabara de concluir o curso da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, onde por três anos, exatamente o período em que a guerra revolucionária se desenvolvera, estivera afastado desses problemas, em função da própria vida escolar bastante intensa. Estagiário na Brigada Pára-quedista, a quem também não estava afeta a missão de combate à subversão, não se havia habituado à virulência da ação terrorista, que se tornava a cada dia mais violenta. Julgando que o casal nada tinha a ver com a subversão, Martinez iniciou a travessia da rua, a fim de solicitar-lhe que se afastasse daquela área. Ato contínuo, de sua “barriga”, formada por uma cesta para pão com uma abertura para saque da arma ali escondida, a mulher retirou um revólver, matando-o instantaneamente, sem qualquer chance de reação. O capitão Parreira, de sua equipe, ao sair em sua defesa foi gravemente ferido por um tiro desferido pelo terrorista. Nesse momento, os demais agentes desencadearam cerrado tiroteio que causou a morte do casal de terroristas. Estes foram identificados como sendo os militantes do MR-8 Mário de Souza Prata e sua amante Marilena Villas-Bôas Pinto, ambos de alta periculosidade e responsáveis por uma extensa lista de atos terroristas. No “aparelho” do casal foram encontrados explosivos, munição e armas, além de dezenas de levantamentos de bancos, de supermercados, de diplomatas estrangeiros e de generais do Exército. Destino perverso esse que compensou com uma reação de ódio e violência o gesto de bondade tão característica do major Martinez. Ele deixou viúva e quatro filhos, três meninas e um menino, a mais velha, à época, com onze anos de idade. Sua esposa, com uma pequena pensão, criou com sacrifícios aquelas crianças que, pelo ambiente familiar de que desfrutavam, eram, naturalmente, dóceis e afáveis. Com o apoio de familiares e amigos, suplantou a dor, os traumas decorrentes da morte violenta e inesperada e as dificuldades resultantes da ausência do chefe de família. A família do major Martinez não pediu, nem vê razão em homenagens. Apenas quer guardar a lembrança do esposo dedicado e pai carinhoso que ele foi. Profissional competente, dedicado e leal, atleta exemplar, amigo afável e educado, “Zazá” , como era carinhosamente chamado por seus amigos, será sempre lembrado com muito carinho por todos aqueles que com ele conviveram. 077 – 07/04/71 – Maria Alice Matos – Empregada doméstica – Rio de Janeiro – RJ. Morta por terroristas quando do assalto a um depósito de material de construção. 078 – 15/04/71 – Henning Albert Boilensen – Industrial – São Paulo – SP. Quando da criação da Operação Bandeirante, o então comandante do II Exército, general Canavarro, reuniu-se com o governador do Estado de São Paulo, com várias autoridades federais, estaduais, municipais e com industriais paulistas para solicitar o apoio para um órgão que necessitava ser criado com rapidez, a fim de fazer frente ao crescente terrorismo que estava em curso no estado de São Paulo. Assim, vários industriais, entre eles Boilesen, se cotizaram para atender ao pedido daquela autoridade militar. E, o que fizeram os terroristas para intimidar aqueles industriais? A pedido de Carlos Lamarca, escolheram três nomes para serem assassinados, como forma de intimidar os demais colaboradores. Estes eram: Henning A. Boilesen, Peri Igel e Sebastião Camargo (Camargo Correia) O escolhido foi o presidente da Ultragás, Henning Albert Boilesen, um dinamarquês, naturalizado brasileiro. A partir da segunda quinzena de janeiro de 1971, iniciaram-se os levantamentos do industrial paulista, dos quais participaram: Devanir José de Carvalho, Dimas Antonio Casemiro, Gilberto Faria Lima e José Dan de Carvalho, pelo MRT; Carlos Eugênio Sarmento Coelho da Paz, pela ALN; Gregório Mendonça e Laerte Dorneles Méliga (chefe de gabinete do então governador do RS, Olívio Dutra), pela VPR. No dia 15 de abril de 1971 um Comando Revolucionário, integrado pelos terroristas Yuri Xavier Pereira, Joaquim Alencar Seixas, José Milton Barbosa, Dimas Antonio Casimiro e Antonio Sérgio de Matos, covardemente assassinou Boilesen. Quando o carro de Boilesen entrou na Alameda Casa Branca, dois carros dos terroristas emparelharam com o dele. Pela esquerda, Yuri, colocando um fuzil para fora da janela, disparou um tiro que foi raspar a cabeça de Boilesen. Este saiu do automóvel que dirigia e tentou correr em direção contrária aos carros. Foi inútil. José Milton descarregou sua metralhadora nas costas do industrial e Yuri desfechou-lhe mais três tiros de fuzil. Cambaleando, Boilesen arrastou-se por mais alguns metros e foi cair na sarjeta, junto de um Volkswagen. Aproximando-se, Yuri disparou mais um tiro que lhe arrancou a maior parte da face esquerda. Joaquim Alencar Seixas e Gilberto Faria Lima jogaram os panfletos por cima do cadáver. No relatório escrito por Yuri, e apreendido pela polícia, aparecem as frases “durante a fuga trocávamos olhares de contentamento e satisfação. Mais uma vitória da Revolução Brasileira”. Vários carros e casas foram atingidos por projéteis. Caídas, duas senhoras, uma atingida no ombro e outra ferida numa perna. Sobre o corpo de Boilesen, mutilado com dezenove tiros, os panfletos da ALN e do MRT, dirigidos “Ao Povo Brasileiro”, traziam a ameaça: “Como ele, existem muitos outros e sabemos quem são. Todos terão o mesmo fim, não importa quanto tempo demore; o que importa é que eles sentirão o peso da JUSTIÇA REVOLUCIONÁRIA. Olho por olho, dente por dente”. Este assassinato comoveu a opinião pública e teve ampla repercussão no Congresso Nacional e na Assembléia Legislativa de São Paulo. A respeito desse repulsivo ato terrorista é conveniente relembrar o que publicou a Folha de São Paulo, no dia 16/04/1971: “Meios políticos e empresariais condenaram veementemente o brutal assassinato. A Assembléia Legislativa suspendeu seus trabalhos para render um preito de homenagem à memória do industrial assassinado por terroristas. Ao instalar os trabalhos da sessão, o presidente da Casa, deputado Jacob Pedro Carolo, disse que Boilesen foi vítima de terroristas covardes”. Para justificar este ato criminoso, os terroristas e seus simpatizantes passaram a difundir abomináveis e sórdidas mentiras. Entre outras acusações criminosas, afirmam que Boilesen era um agente da CIA, que freqüentava a OBAN (que depois passou a se chamar DOI) e que nessas visitas assistia e participava do interrogatório dos presos, ocasião em que pessoalmente testava uma máquina de aplicar choques elétricos que ele mesmo inventara. Na realidade Boilesen nunca foi agente da CIA e muito menos assistiu interrogatórios de presos na OBAN e no DOI/CODI/IIEx. Boilesen esteve no DOI uma única vez, em fins de dezembro de 1970, quando foi cumprimentar o comandante deste órgão, pelo natal que se aproximava. Foi recebido no gabinete do comando do DOI e lá não permaneceu por mais de quinze minutos. A família do industrial assassinado deveria pensar em processar aqueles que através da mentira e da calúnia, deturpam os fatos e procuram manchar a honra e a dignidade de um homem com as qualidades de HENNING ALBERT BOILESEN. 079 – 10/05/71 – Manoel Silva Neto – Soldado PM – SP. Morto por terroristas durante assalto à Empresa de Transporte Tusa. 080 – 14/05/71 – Adilson Sampaio – Artesão – RJ. Morto por terroristas durante assalto às lojas Gaio Marti. Mesmo com tanto tempo já decorrido, alguma incorreção ainda pode cercar algum nome aqui lembrado. Assim, rogamos ser informados de eventual impropriedade. 081 – 09/06/71 – Antônio Lisboa Ceres de Oliveira – Civil – RJ. Morto por terroristas durante assalto à boate Comodoro. 082 – 01/07/71 – Jaime Pereira da Silva – Civil – RJ. Morto por terroristas , na varanda de sua residência, durante tiroteio entre terroristas e policiais.Os mortos acima relacionados não dão nomes a logradouros públicos, nem seus parentes receberam indenizações mas os responsáveis diretos ou indiretos por suas mortes dão nome à escolas, ruas, estradas e suas famílias receberam vultosas indenizações, pagas com o nosso dinheiro. 083 – 02/09/71 – Gentil Procópio de Melo – Motorista de praça – PE. A organização terrorista denominada Partido Comunista Revolucionário determinou que um carro fosse roubado para realizar um assalto. Cumprindo a ordem recebida, o terrorista José Mariano de Barros tomou um táxi em Madalena, Recife. Ao chegar ao Hospital das Clínicas, quando fingia que ia pagar a corrida apareceram seus comparsas Manoel Lisboa de Moura e José Emilson Ribeiro da Silva, que se aproximaram do veículo, tendo José Emilson disparado dois tiros que mataram o motorista Gentil Procópio de Melo. 084 – 02/09/71 – Jayme Cardenio Dolce – Guarda de segurança – RJ. Assassinado pelos terroristas Flávio Augusto Neves Leão Salles, Hélio Pereira Fortes, Antônio Carlos Nogueira Cabral, Aurora Maria do Nascimento Furtado, Sônia Hipólito e Isis Dias de Oliveira, durante assalto à Casa de Saúde Dr. Eiras. 085 – 02/09/71 – Silvâno Amâncio dos Santos – Guarda de segurança – RJ. Assassinado pelos terroristas Flávio Augusto Neves Leão Salles, Hélio Pereira Fortes, Antônio Carlos Nogueira Cabral, Aurora Maria do Nascimento Furtado, Sônia Hipólito e Isis Dias de Oliveira, durante assalto à Casa de Saúde Dr. Eiras. 086 – 02/09/71 – Demerval Ferreira dos Santos – Guarda de segurança – RJ. Assassinado pelos terroristas Flávio Augusto Neves Leão Salles, Hélio Pereira Fortes, Antônio Carlos Nogueira Cabral, Aurora Maria do Nascimento Furtado, Sônia Hipólito e Isis Dias de Oliveira, durante assalto à Casa de Saúde Dr. Eiras. 087 – 03/10/71 – Alberto da Silva Machado – Civil – RJ. Morto por terroristas durante assalto à Fábrica de Móveis Vogal Ltda, da qual era um dos proprietários. 088 – 22/10/71 – José do Amaral – Sub-oficial da reserva da Marinha. – RJ. Morto por terroristas da VAR PALMARES ( Vanguarda Armada Revolucionária Palmares) e do MR8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro) durante assalto a um carro transportador de valores da Transfort S/A. Foram feridos o motorista Sérgio da Silva Taranto e os guardas de segurança Emílio Pereira e Adilson Caetano da Silva. Autores: James Allen Luz (Ciro), Carlos Alberto Salles (soldado), Paulo Cesar Botelho Massa, João Carlos da Costa. 089 – 01/11/71 – Nelson Martinez Ponce – Cabo PM – SP. Metralhado por Aylton Adalberto Mortati, durante um atentado praticado por cinco terroristas do MOLIPO (Movimento de Libertação Popular), contra um ônibus da Empresa de Transportes Urbano S/A, em Vila Brasilândia, São Paulo. 090 – 10/11/71 – João Campos – Cabo PM – SP. Morto na estrada de Pindamonhangaba, ao interceptar um carro que conduzia terroristas armados. 091 – 22/11/71 – José Amaral Vilela – Guarda de segurança – RJ. Neste dia os terroristas Sérgio Landulfo Furtado, Norma Sá Ferreira, Nelson Rodrigues Filho, Paulo Roberto Jabour, Thimothy William Watkin Ross e Paulo Costa Ribeiro Bastos assaltaram um carro-forte da firma TRANSPORT, na Estrada do Portela, em Madureira. O guarda José Amaral Vilela foi morto a rajadas de metralhadora e ficaram feridos os guardas Sérgio da S. Taranto, Emílio Pereira e Adilson Caetano da Silva. 092 – 07/11/71 Eduardo Timóteo Filho – Soldado PM – RJ. Morto por terroristas, durante assalto contra as Lojas Caio Marti. 093 – 13/12/71 – Hélio Ferreira de Moura – Guarda de Segurança – RJ. Morto, por terroristas, durante assalto contra um carro transportador de valores da Brink´s, na Via Dutra. 094 – 18/01/72 – Tomaz Paulino de AlmeidaSargento PM – S. Paulo – SP. Morto, a tiros de metralhadora, no bairro Cambuci, quando um grupo terrorista roubava o seu carro. Autores do assassinato: João Carlos Cavalcante Reis, Lauriberto José Reyes e Márcio Beck Machado, todos integrantes do Movimento de Libertação Nacional (Molipo). 095 – 20/01/72 – Sylas Bispo Feche – Cabo PM – São Paulo – SP. O cabo Sylas Bispo Feche, integrava uma Equipe de Busca e Apreensão do DOI/CODI/II Exército. Sua equipe executava uma ronda, quando um carro VW, ocupado por duas pessoas, cruzou um sinal fechado quase atropelando uma senhora que atravessava a rua com uma criança no colo. A sua equipe saiu em perseguição ao carro suspeito, que foi interceptado. Ao tentar aproximar-se para pedir os documentos dos dois ocupantes do veículo, o cabo Feche foi, covardemente, metralhado por eles. Foi travado um tiroteio entre a equipe e os dois terroristas que também morreram no local.Os assassinos do cabo Feche, ambos membros da Ação Libertadora Nacional (ALN), são: Gelson Reicher “Marcos” que usava identidade falsa com o nome de Emiliano Sessa, era chefe de um Grupo Tático Armado (GTA) e já tinha praticado mais de vinte atos terroristas, inclusive o seqüestro de um médico. Alex Paula Xavier Pereira “Miguel”, que usava identidade falsa com o nome de João Maria de Freitas, fez curso de guerrilha em Cuba e praticou mais de quarenta atos terroristas, inclusive atentados a bomba na cidade do Rio de Janeiro. Anistiados e régiamente indenizados ! 096 – 25/01/72 – Elzo Ito – Estudante – São Paulo – SP. Aluno do Centro de Formação de Pilotos Militares, foi morto por terroristas quando roubavam seu carro. 097 – 11/02/72 – Iris do Amaral – Civil – Rio de Janeiro – RJ. Morto durante um tiroteio entre terroristas da ALN e policiais. Ficaram feridos nesta ação os civis Marinho Floriano Sanches, Romeu Silva e Altamiro Sinzo.Autores: Flávio Augusto Neves Leão Salles(“Rogério”, “Bibico”) e Antônio Carlos Cabral Nogueira(“Chico”, “Alfredo”), ambos da ALN. 098 – 05/02/72 – David A. Cuthberg – Marinheiro inglês – Rio de Janeiro. Tinha dezenove anos o marinheiro inglês David A. Cuthberg que, na madrugada de sábado, tomou um táxi com um companheiro para conhecer o Rio, nos seus aspectos mais alegres. Ele aqui chegara como amigo, a bordo da flotilha que nos visita para comemorar os 150 anos de Independência do Brasil. Uma rajada de metralhadora tirou-lhe a vida, no táxi que se encontrava. Não teve tempo para perceber o que ocorria e, se percebesse, com certeza não poderia compreender. Um terrorista, de dentro de outro carro, apontara friamente a metralhadora antes de desenhar nas suas costas o fatal risco de balas, para, logo em seguida, completar a infâmia, despejando sobre o corpo, ainda palpitante, panfletos em que se mencionava a palavra liberdade. Com esse crime repulsivo, o terror quis apenas alcançar repercussão fora de nossas fronteiras para suas atividades, procurando dar-lhe significação de atentado político contra jovem inocente, em troca da publicação da notícia num jornal inglês. O terrorismo cumpre, no Brasil, com crimes como esse, o destino inevitável dos movimentos a que faltam motivação real e consentimento de qualquer parcela da opinião pública: o de não ultrapassar os limites do simples banditismo, com que se exprime o alto grau de degeneração dessas reduzidas maltas de assassinos gratuitos”. A ação criminosa, tachada como “justiçamento”, foi praticada pelos seguintes terroristas, integrantes de uma frente formada por três organizações comunistas:Flávio Augusto Neves Leão Salles(“Rogério”, “Bibico”) – ALN, que fez os disparos com a metralhadora.Antônio Carlos Nogueira Cabral(“Chico”, “Alfredo”) – ALN.Aurora Maria Nascimento Furtado(“Márcia”, “Rita”) – ALNAdair Gonçalves Reis(“Elber”, “Leônidas”, “Sorriso”) – ALNLígia Maria Salgado da Nóbrega(“Ana”, “Célia”, “Cecília”) – VAR PALMARES, que jogou dentro do táxi os panfletos que falavam em vingança contra os “Imperialistas Ingleses”.Hélio Silva(“Anastácio”, “Nadinho”) – VAR-PALMARESCarlos Alberto Salles(“Soldado”) – VAR-PALMARES.Getúlio de Oliveira Cabral(“Gogó”, “Soares”, “Gustavo”) – PCBR. 099 – 15/02/72 – Luzimar Machado de Oliveira – Soldado PM – Goiás. O terrorista Arno Preiss encontrava-se na cidade de Paraiso do Norte, que estava incluída dentro de esquema de trabalho de campo do MOLIPO. Usava o nome falso de Patrick McBundy Comick. Arno tentou entrar com sua documentação falsa no baile carnavalesco do clube social da cidade. Sua documentação levantou suspeita nos policiais, que o convidaram a comparecer à delegacia local. Ao deixar o clube, julgando-se desmascarado, Arno sacou seu revólver e disparou à queima roupa contra os policiais, matando o PM Luzimar Machado de Oliveira e ferindo gravemente o outro PM que o conduzia, Gentil Ferreira Mano.Protegido pela escuridão, Arno homiziou-se num matagal, sendo entretanto localizado por populares que, indignados, auxiliavam a polícia. Arno travou, ainda, intenso tiroteio com seus perseguidores, antes de tombar sem vida. Com dificuldade, a polícia impediu a violação do corpo. 100 – 18/02/72 – Benedito Monteiro da Silva – Cabo PM – São Paulo – SP. Morto quando tentava evitar um assalto terrorista a uma agencia bancária em Santa Cruz do Rio Pardo. 101 – 27/02/72 – Napoleão Felipe Bertolane Biscaldi – Civil – São Paulo – SP. Morto durante um tiroteio entre os terroristas Lauriberto José Reyes e José Ibsem Veroes com policiais, na rua Serra de Botucatu, no bairro Tatuapé. Nesta ação um policial foi ferido a tiros de metralhadoras por Lauriberto. Os dois terroristas morreram no local . 102 – 06/03/72 – Walter César Galleti – Comerciante – São Paulo – SP. Terroristas da ALN assaltaram a firma F. Monteiro S/A . Após o assalto fecharam a loja, fizeram um discurso subversivo e assassinaram o gerente Walter César Galetti e feriram o subgerente Maurílio Ramalho e o despachante Rosalindo Fernandes. 103 – 12/03/72 – Manoel dos Santos Guarda de Segurança – São Paulo. Morto durante assalto terrorista à fábrica de bebidas Charel Ltda. 104 – 12/03/72 – Aníbal F. de Albuquerque – Coronel R1 do Exército – São Paulo. Morto durante assalto à fábrica de bebidas Charel Ltda., da qual era um dos proprietários. 105 – 08/05/72 – Odilo Cruz Rosa – Cabo do Exército – PA. Morto na região do Araguaia, quando uma equipe comandada por um Tenente e composta ainda, por dois Sargentos e pelo Cabo Rosa, foram emboscados por terroristas comandados por Oswaldo Araújo Costa “Oswaldão”, na região de Grota Seca, no Vale da Gameleira. Neste tiroteio foi morto o Cabo Rosa e feridos o Tenente e um Sargento.Julgando que o Cabo Rosa estivesse desgarrado da equipe, o Tenente e os dois Sargentos retiraram-se para Xambioá, a procura de atendimento médico. Lá souberam, através de um mateiro, que o Cabo Rosa tinha sido morto e que “Oswaldão” dissera aos habitantes da região que permaneceria mantendo guarda ao corpo do Cabo, até que ele apodrecesse, e que o Exército não teria coragem para resgatá-lo.Foi formada uma patrulha com a missão de localizar e resgatar o corpo do Cabo Rosa.A patrulha cumpriu sua missão, sem ser molestada pelos guerrilheiros comandados por “Oswaldão”. 106 – 02/06/72 – Rosendo… – Sargento PM – SP. Morto ao interceptar 04 terroristas que assaltaram um bar e um carro da Dist. de Cigarros Oeste Ltda.. 107 – 29/06/72 – João PereiraMateiro – Região do Araguaia – PA. Justiçado exemplarmente” pelo PC do B, por ter servido de guia para as forças legais que combatiam os guerrilheiros.A respeito, Ângelo Arroyo declarou em seu relatório:”A morte desse bate-pau causou pânico entre os demais da zona”. 108 – 09/09/72 – Mário Domingos Panzarielo – Detetive Polícia Civil – RJ. Morto ao tentar prender um terrorista da ALN. 109 – 23/09/72 – Mário A. Silva – Segundo Sargento do Exército – PA. Pertencia ao 2º Batalhão de Infantaria de Selva, com sede em Belém. Sua Companhia foi deslocada para combater a guerrilha na região do Araguaia. Morto em combate, durante um ataque guerrilheiro no lugarejo de Pavão, base do 2º Batalhão de Selva. 110 – 27/09/72 – Sílvio Nunes Alves – Bancário – RJ. Assassinado em assalto ao Banco Novo Mundo, na Penha, pelas organizações terroristas PCBR – ALN – VPR – Var Palmares e MR8. Autor do assassinado: José Selton Ribeiro. 111 – 29/09/72 – Osmar… – Posseiro – PA. “Just CurtirCurtir
  10. Mais um monte de gente se locomovendo para lá e para cá, sem finalidade alguma, às expensas do povo, para não atingirem objetivo algum. Farta de papo furado !!!

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  11. Voces estão percebendo a preocupação do governo com a época do regime, a razão é por que as supostas vitimas desse periodo, eram todas amigas desses que hoje estão no poder. A familia da maioria deles já foram indenizadas com o dinheiro público. Mas o governo ainda não esta contente, quer ir até as ultimas consequências, isto é, punir os policiais e militares da época que ainda estão vivos. Deveriam estar preocupados com a criminalidade que assola o nosso país, más na analise desse governo é mais importante desenterrar os passados da ditadura, pois eles também foram perseguidos e o troco esta aí. Até parece que o Brasil vai bem!..

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  12. ENQUANTO ISSO POR TODO O PAÍS,O CRIME ORGANIZADO EXECUTAM PAIS DE FAMILIAS, CIDADÃOS,NOVOS E VELHOS,E NADA SE FAZ,LEGISLAÇAO PENAL FRACA,NAO ASSUTA MAIS NINGUÉM,A BANDIDAGEM ESTA DEITANDO E ROLANDO ,ISSO SIM É IMPORTANTE.ABRAM O OLHO POIS PODERÁ SER TARDE DE MAIS.
    O SENTIMENTO REVANCHISTA,PODEM OFUSCAR AS CONQUISTAS ALCANÇADAS ATÉ AGORA!
    QUEM VIVE DESENTERRANDO DEFUNTOS,NAO PODERÁ SE QUEIXAR DO MAU CHEIRO!

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  13. E alguns dizem que a “esquerda” brasileira não é revanchista. Mas os que a apoiam são como gado, então esperar o quê né?……

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  14. 17/03/2013 – 03h00
    Enquanto Dilma faz desonerações, Alckmin deve aumentar conta de água

    Quem paga a conta Enquanto Dilma Rousseff promove desonerações em série para deter a inflação, Geraldo Alckmin tem encrenca à vista: a Sabesp quer incorporar aditivo de 7,5% ao reajuste anual das contas de água na cidade de São Paulo, que deve ficar próximo de 2%. A revisão tarifária compensaria a empresa, controlada pelo Estado, por uma injeção de recursos do mesmo percentual que fez no fundo de saneamento da capital em 2009, quando José Serra era governador e Gilberto Kassab, prefeito.

    Freio A agência reguladora paulista contratou empresa para auditar os investimentos da Sabesp antes de decidir se acolhe a revisão da tarifa, que traria impacto ao consumidor a partir de agosto. O contrato entre a empresa e a prefeitura, de 30 anos, prevê injeção de R$ 16 bilhões.

    Redução… Preocupado com o desgaste da medida, Alckmin estuda saída menos onerosa com sua equipe. Auxiliares do tucano defendem a pulverização desse índice adicional em até quatro anos.

    … de danos Alegando desconhecer o processo, a prefeitura pediu prazo para submeter o tema ao comitê gestor dos serviços de água e esgoto da capital. Na próxima sexta-feira, contudo, o Estado deve dar seu veredicto.

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  15. 20/03/2013 19:06
    Da Tribuna
    Da Redação

    Investimentos anunciados

    Ramalho da Construção (PSDB) cumprimentou Miguel Lopes, vereador de Bragança Paulista, pela sua presença na Assembleia, e o deputado Olímpio Gomes pelo seu aniversário. Parabenizou o governador Geraldo Alckmin pelos investimentos divulgados nas áreas da saúde e educação. Finalizou comentando a importância das universidades paulistas. (GC)

    Iamspe e alunos de Mogi

    Luiz Carlos Gondim (PPS) falou das queixas de atendimento, limpeza e outras situações, feitas por servidores públicos sobre o Iamspe. Cobrou providências para solução das reclamações. Denunciou os prestadores de serviço do transporte de alunos da rede pública de Mogi das Cruzes, que de acordo com o parlamentar, transportam as crianças em situação insegura e irregular. (GC)

    Eventos e Osasco

    Marcos Martins (PT) convidou a população a participar do debate sobre oncologia e a Caminhada das Mulheres, ambas realizadas pela Coordenadoria da Mulher e Promoção da Igualdade Racial. “Dos atendimentos feitos pelo Icesp, em São Paulo, 10% são referentes a moradores da região de Osasco”, informou o deputado, lembrando que as causas da doença em boa parte estão ligadas à contaminação por amianto. (GC)

    Aumento da criminalidade

    Rafael Silva (PDT) discorreu sobre o aumento do número de crimes cometidos por menores em São Paulo. O parlamentar ressaltou que devem ser feitos investimentos para que as escolas funcionem em tempo integral. “Uma criança começa a criar seus conceitos a partir dos 10 anos e precisa ser incentivada e ter perspectiva de vida.” (DT)

    Duplicação de rodovia

    Rodrigo Moraes (PSC) falou da duplicação da rodovia SP-79, Waldomiro Corrêa de Camargo, que liga as regiões de Sorocaba e Itu. Segundo o deputado, as obras na rodovia proporcionam melhoria no tráfego, porém o parlamentar ressaltou que deve haver sinalização para pedestres, devido ao índice de acidentes. (DT)

    Índice paulista

    Orlando Bolçone (PSB) ressaltou que a região Noroeste ficou em 10º lugar quanto ao desenvolvimento econômico no ranking do Índice Paulista de Responsabilidade Social e que “devem ser realizadas ações públicas para melhorar a colocação da região”. Bolçone parabenizou a população de São José do Rio Preto, pelo aniversário de 161 anos. “Me orgulho de viver e trabalhar naquela cidade.” (DT)

    Educação

    Luiz Claudio Marcolino (PT) citou que uma escola da zona Leste está com problemas de estrutura. Segundo o deputado, pais e alunos procuraram os professores para uma reunião sobre as condições da quadra de educação física que está sem cobertura. Marcolino lembrou a dificuldade que os estudantes têm para realizar as aulas na quadra devido a infiltrações e exposição ao sol. O parlamentar ressaltou que o governo deve tomar medidas para resolver a situação. (DT)

    Circulação de caminhões

    Alcides Amazonas (PCdoB) informou sua participação, no dia 14/3, em Florianópolis, na Convenção do Sindicato dos Distribuidores, Transportadores e Revendedores Retalhistas, que fazem a distribuição de combustíveis. Comentou medidas do ex-prefeito Gilberto Kassab sobre a restrição do tráfego de veículos na cidade de São Paulo, lembrando problemas na entrega de botijões de gás. (JF)

    Políticas sociais

    Ramalho da Construção (PSDB) disse que faz parte do Núcleo de Articulações de Políticas Sociais. De acordo com ele, os integrantes desse núcleo são voluntários que realizam pesquisas no Brasil e no exterior. Ramalho divulgou pesquisa do núcleo, intitulada Me engana que eu gosto, uma análise para conscientizar a população para que esta não seja enganada por políticos. (JF)

    Plantão médico

    Osvaldo Vergínio (PSD) informou as dificuldades enfrentadas pela área da saúde. “Os pacientes graves não podem esperar tanto tempo pelo atendimento”, afirmou. Criticou a Eletropaulo por não ter efetuado a troca de lâmpadas velhas ou queimadas em Carapicuíba. (JF)

    Criticas e aprovação

    “Os deputados têm que se preocupar com os problemas do Estado”, falou o deputado Marcos Martins (PT) sobre críticas feitas pelos colegas de Plenário a presidente Dilma. “Ela obteve alto índice de aprovação da população”. O deputado lembrou o Dia Mundial da Água (22/3) e criticou a Sabesp pelo número de vazamentos na rede de distribuição do Estado. (JF)

    Obras no Trevão
    Rafael Silva (PDT) comemorou o anúncio feito pelo governador, nesta quarta-feira, 20/3, de obras no trevo Waldo Adalberto da Silveira, em Ribeirão Preto. Segundo ele, o anúncio atende antiga reivindicação da população da cidade. O deputado falou ainda sobre a necessidade de o poder público preparar jovens e crianças, abrindo-lhes perspectivas favoráveis de futuro, com escolas integrais, e punindo infratores como meio de evitar o comprometimento deles com o crime. (BC)

    Sofrimento

    Jooji Hato (PMDB) lamentou as condições de vida que o povo brasileiro enfrenta nas questões de moradia, segurança pública e de saúde. “O Brasil é terra abençoada por Deus, mas o povo brasileiro sofre muito”, disse manifestando tristeza pelos desmoronamentos ocorridos com as últimas chuvas em Petrópolis (RJ), e em São Paulo, pelas mortes de policiais e cidadãos por ação criminosa e também pelo atendimento precário de hospitais e unidades de saúde. Segundo ele, é necessária uma força tarefa do Exército para impedir a entrada de drogas e armas ilegais no país. (BC)

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  16. 48ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM AO Denarc – DEPARTAMENTO DE INVESTIGAÇÃO SOBRE NARCÓTICOS

    Presidência: MILTON VIEIRA

    Secretário: UBIRATAN GUIMARÃES

    DIVISÃO TÉCNICA DE TAQUIGRAFIA

    Data: 22/10/2004 – Sessão 48ª S. SOLENE Publ. DOE:

    Presidente: MILTON VIEIRA

    HOMENAGEM AO DENARC – DEPARTAMENTO DE INVESTIGAÇÃO SOBRE NARCÓTICOS

    001 – MILTON VIEIRA

    Assume a Presidência e abre a sessão. Nomeia as autoridades. Informa que a Presidência efetiva da Casa convocou a presente sessão, a pedido do Deputado ora na condução dos trabalhos, com a finalidade de homenagear o DENARC – Departamento de Investigação sobre Narcóticos. Convida todos para, de pé, ouvirem o Hino Nacional Brasileiro.

    002 – UBIRATAN GUIMARÃES

    Cumprimenta os policiais do Denarc por sua dedicação ao trabalho.

    003 – SOUZA SANTOS

    Destaca o trabalho educativo do Denarc junto aos jovens, que alerta para a realidade das drogas.

    004 – CAMPOS MACHADO

    Afirma que o prestígio do Denarc extrapola os limites do Estado de São Paulo. Rende as homenagens do PTB ao departamento na pessoa de seu diretor, o Dr. Ivaney Cayres de Souza.

    005 – WAGNER SALUSTIANO

    Saúda o Denarc e o Dr. Ivaney por seu trabalho de livrar a sociedade das drogas.

    006 – IVANEY CAYRES DE SOUZA

    Diretor do Denarc, agradece o apoio prestado pelo Delegado-Geral da Polícia Civil, Dr. Marco Antonio Desgualdo, ao órgão que dirige. Exalta a credibilidade conquistada pelo departamento, fruto de um trabalho de difícil execução.

    007 – MARCO ANTONIO DESGUALDO

    Delegado-Geral da Polícia Civil, elogia a atuação do Denarc na repressão às drogas e na sua prevenção, a despeito da falta de reconhecimento.

    008 – ARNALDO FARIA DE SÁ

    Deputado Federal, prega combate rigoroso às drogas. Considera a polícia de São Paulo exemplo para todo o país.

    009 – WANDERVAL DOS SANTOS

    Deputado Federal, rende homenagens aos policiais que morreram em serviço, pelo bem-estar da sociedade. Defende a criação de lei orgânica para a Polícia Civil e a Polícia Militar e melhores condições de trabalho para os policiais.

    010 – Presidente MILTON VIEIRA

    Conduz a entrega de medalhas a policiais do Denarc e de outros órgãos da Polícia Civil.

    011 – ROMEU TUMA

    Homenageia o Denarc e anuncia a presença de comitiva de Senadores da República Tcheca.

    012 – FRANCISCO BASILE

    Coordenador de Planejamento Operacional do Denarc, em nome de todos os contemplados agradece a homenagem recebida desta Casa.

    013 – Presidente MILTON VIEIRA

    Exalta o papel desempenhado pelo Denarc. Menciona crimes de repercussão que foram solucionados pelo departamento. Agradece a todos que colaboraram para o êxito da solenidade. Encerra a sessão.

    * * *

    O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS – HUGO DANIEL ROTSCHILD – Bom-dia. Senhoras e Senhores, vamos dar início à Sessão Solene com a finalidade de homenagear o Denarc – Departamento de Investigações sobre Narcóticos da Polícia Civil do Estado de São Paulo, por solicitação do nobre Deputado Milton Vieira. Convidamos a presidir esta sessão solene S. Exa. o Deputado Milton Vieira, para quem solicitamos uma salva de palmas. (Palmas).

    Temos a satisfação de receber e convidar também para compor a mesa o Exmo. Sr. Deputado Federal Wanderval dos Santos, Presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara Federal. Com a mesma satisfação convidamos o Dr. Marco Antonio Desgualdo, Delegado-Geral da Polícia Civil; Dr. Ivaney Cayres de Souza, diretor do Denarc – Departamento de Investigações sobre Narcóticos; Dr. José Francisco Leigo, diretor do Departamento Estadual de Trânsito – Detran. (Palmas).

    Tem a palavra o Presidente desta sessão, nobre Deputado Milton Vieira.

    O SR. PRESIDENTE – MILTON VIEIRA – PFL – Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Convido o Sr. Deputado Ubiratan Guimarães para, como 2º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da Ata da sessão anterior.

    O SR. 2º SECRETÁRIO – UBIRATAN GUIMARÃES – PTB – Procede à leitura da Ata da sessão anterior, que é considerada aprovada.

    * * *

    O SR. PRESIDENTE – MILTON VIEIRA – PFL – Obrigado, nobre Deputado Ubiratan Guimarães.

    Quero cumprimentar o Exmo. Sr. Deputado Federal Wanderval dos Santos, Presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara Federal; Dr. Marco Antonio Desgualdo, Delegado-Geral da Polícia Civil; Dr. Ivaney Cayres de Souza, diretor do Denarc – Departamento de Investigações sobre Narcóticos; e o Dr. José Francisco Leigo, diretor do Departamento Estadual de Trânsito – Detran.

    Quero agradecer as seguintes presenças: dos nossos colegas, Deputado Campos Machado, Líder do PTB; Deputado Cel. Ubiratan Guimarães, que leu a Ata; Vereador da Câmara Municipal de São Paulo, Bispo Atílio Francisco; Exmo. Sr. Deputado Estadual Wagner Salustiano: Dr. Elson Alexandre Sayão, delegado e diretor do Dird – Departamento de Identificação e Registros Diversos da Polícia Civil; Dr. Milton Rodrigues Montemor, delegado, chefe da Assistência Policial Civil da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo; Major PM Carlos Eduardo Blanco, neste ato representando o Cel. Alberto Silveira Rodrigues, Comandante-Geral da Polícia Militar; Dr. Pedro Herbella Fernandes, representando o Dr. Rui Estanislau Silveira Mello, delegado de polícia, diretor da Corregedoria-Geral da Polícia Civil; Dra. Luciane Cristina de Souza, delegada-assistente, representando o Dr. Maurício José Lemos Freire, diretor da Academia da Polícia Civil; e do Deputado Federal Arnaldo Faria de Sá. Muito obrigado por estarem aqui conosco.

    Srs. Deputados, minhas senhoras e meus senhores, esta sessão solene foi convocada pelo Presidente desta Casa, Deputado Sidney Beraldo, atendendo solicitação deste Deputado, com a finalidade de homenagear o Denarc – Departamento de Investigações sobre Narcóticos pelo serviço prestado à nossa sociedade.

    Convido todos os presentes para, de pé, entoarmos o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do maestro, 2º Tenente Músico PM Jassen Feliciano.

    * * *

    – É executado o Hino Nacional Brasileiro pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do 2º Tenente Músico PM Jassen Feliciano.

    * * *

    O SR. PRESIDENTE – MILTON VIEIRA – PFL – Esta Presidência agradece à Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo e também ao 2º Tenente Músico PM Jassen Feliciano. Esta Presidência concede a palavra ao nobre Deputado Ubiratan Guimarães.

    O SR. UBIRATAN GUIMARÃES – PTB – Sr. Presidente, nobre Deputado Milton Vieira; Sr. Deputado Federal, Bispo Wanderval; Deputado Federal Arnaldo Faria de Sá; Exmo. Dr. Marco Antonio Desgualdo, Delegado-Geral de Polícia; Dr. Ivaney Cayres, diretor do Denarc; Srs. que compõem a Mesa; Senhoras e Senhores Deputados presentes, é uma satisfação poder estar aqui hoje para cumprimentá-los.

    Em primeiro lugar, gostaria de cumprimentar o nobre Deputado Milton Vieira pela oportunidade de poder fazer esta sessão solene para homenagear o Denarc.

    Trabalhei ao longo da vida na Polícia Militar. Foram 34 anos nas ruas. Acompanhei e acompanho, até hoje, o trabalho e a dedicação dos Ssenhores. Em muitas oportunidades estivemos juntos, combatendo o crime. Hoje, afastado da Polícia, aqui no Legislativo, acompanho o trabalho, a eficiência e, como disse, a dedicação.

    Gostaria também de fazer uma saudação em memória de meu pai, investigador de polícia que por 32 anos lutou. Ele nunca esteve à frente ou na Delegacia de Entorpecentes;, a maior parte de sua vida profissional foi na Delegacia de Capturas. Lembro-me, que, quando pequeno,, que esperávamos o papai chegar das diligências que fazia, com dificuldades, tudo de trem, a cavalo.

    Desde pequeno, aprendi a valorizar o trabalho policial, tanto da Polícia Militar quanto da Polícia Civil. Os Ssenhores estão de parabéns! Um abraço a cada um dos, senhores e muito obrigado! (Palmas.)

    O sr. PRESIDENTE — Milton Vieira — PFL – Esta Presidência agradece ao nobre Deputado Ubiratan Guimarães. Gostaria também de cumprimentar a Sra. Kátia Bombonatti, que está representando a Assessoria da Presidência do Banco Nossa Caixa S/A.

    Tem a palavra o nobre Deputado Souza Santos, da Bancada do Partido Liberal.

    O SR. Souza Santos – PL – SEM REVISÃO DO ORADOR – Sr. Presidente, Deputado Milton Vieira, V. Exa. está de parabéns por estsa iniciativa. É muito importante o que hoje está se vendo na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo.

    Gostaria de cumprimentar o Deputado Wanderval dos Santos, Presidente da Comissão de Segurança da Câmara Federal, na pessoa de quem cumprimento os Deputados Federais que aqui se encontram. Quero também cumprimentar o Dr. Desgualdo, chefe dos delegados do Estado de São Paulo, e parabenizá-lo pelo trabalho eficiente que vem desenvolvendo em nosso eEstado; cumprimento o Dr. Ivaney Cayres de Souza, Diretor do Denarc, e o parabenizo pelo trabalho desenvolvido diante dnesse órgão da Polícia Civil; cumprimento também o Dr. José Francisco Leigo, Diretor do Detran; demais autoridades presentes, Ssenhores e Ssenhoras.

    Sabemos que o trabalho que o Denarc e a Polícia Civil vêm fazendo no Estado de São Paulo é um trabalho que ensina, que fala a língua dos jovens, que fala a língua dos pais, que fala a língua dos professores e, em outras palavras, educa. Isso é muito importante.

    O trabalho do Denarc, o trabalho da Polícia Civil, é preventivo e social. É muito mais do que combater o tráfico: é educar, ir às escolas, conversar com os professores, conversar com os líderes religiosos nas igrejas. É um trabalho que todos conhecemos.

    Estive com o Dr. Carlos, ?, que tem um programa de televisão em Campinas, e gostei muito da apresentação sobre o que as drogas fazem na vida de uma sociedade que se envereda por esse caminho.

    A Polícia Civil e a Militar, em especial o Denarc, está nas ruas e se antecipa aos fatos, informando à população o que as drogas podem causar. Isso é muito importante, é salutar e, por que não dizer que a Polícia é responsável pela ordem pública?

    A Polícia Civil possui verdadeiros heróis da sociedade, faz um trabalho que é simpático à sociedade e que merece muito mais reconhecimento do que está tendo hoje.

    Portanto, quero parabenizar a iniciativa do Deputado Milton Vieira e parabenizar todos destsa brilhante polícia, dirigida pelo Dr. Ivaney e pelo Dr. Desgualdo.

    Vamos em frente porque o Brasil realmente precisa de homens sinceros, honestos e trabalhadores como vocês. Muito obrigado! (Palmas.)

    O sr. PRESIDENTE – Milton Vieira – PFL – Esta Presidência agradece ao nobre Deputado Souza Santos e dá a palavra ao convida o nobre Deputado Campos Machado, lLíder da Bancada do o PTB, que falará em nome de toda a Bancada.

    O SR. Campos Machado – PTB – Meu Presidente, Deputado Milton Vieira, um orgulho desta Casa; meu Deputado, meu amigo, meu Prefeito,, Deputado Arnaldo Faria de Sá; meu amigo, Deputado, Bispo Wanderval; meu amigo, meu irmão,, Dr. Desgualdo; meu amigo,, Dr. Leigo; meu grande amigo, meu irmão,, Dr. Ivaney; meus amigos da Polícia Civil,; Srs. Deputados.

    Quando vinha para cá, fiz uma pequena viagem ao passado, e constatei que estou nesta Casa há 14 anos e nunca havia participado de nenhuma sessão solene. Por que motivo, então, nesta manhã, aqui estou? Refleti, meditei e conclui que três são as razões. Uma de ordem sentimental, o sentimento de amor, de carinho, de apreço e de afeto que tenho pela Polícia Civil. Seguramente, a melhor polícia do mundo.

    Em segundo lugar, o respeito que tenho pelo Denarc, órgão cujo prestígio já extrapolou todo o eEstado. Recentemente, fui fazer um comício em Recife para o meu amigo Joaquim Francisco, candidato a PPrefeito. Lá, dizia-me um Juiz de Direito que ele gostaria que no Nordeste existisse um órgão como o Denarc, repressivo, sim, mas preventivo nas suas ações.

    Recordo-me que, há anos e anos, policiais civis sempre evitavam o Denarc. Eles achavam que era uma espécie de castigo irem para lá. Hoje, os policiais fazem questão de ir para o Denarc, como se a permanência no Denarc significasse uma medalha conquistada num campo de batalha, estampada em seu peito. Esse é o Denarc, orgulho de São Paulo e do Brasil.

    E a terceira razão é em vista de um homem que sabe plantar sementes de sonhos e, mais do que isso, ssabe construir sonhos. quem não sabe sonhar não sabe viver, e esse homem sabe sonhar. Dizem que tem estrela, mas diz um provérbio chinês: “Trabalho muito, daí a minha estrela, daí a minha sorte”. Estse homem é um sonhador, estse homem realiza os seus sonhos, constrói os seus sonhos. refiro-me ao meu amigo, mais meu irmão do que meu amigo, exemplo de policial,: Dr. Ivaney.

    Por isso, fiz questão vir hoje aqui. Cheguei de madrugada de Santos, após uma convenção religiosa. Disse a minha esposa, Marlene: “Posso faltar a qualquer compromisso, menos a este de estender minha mão a um homem de valor, simples, que jamais se despediu do paletó da humildade, que respeita seus colegas, incentiva escrivães, investigadores e agentes. Mais que um chefe, é um pai.”

    Daí a Bancada do PTB estar hoje aqui para render suas homenagens aos pés do altar da Justiça. Aceite, Dr. Ivaney, meu amigo e irmão de fé, os aplausos do PTB. Tenha certeza de que o senhor é um homem marcado pelo destino. São Paulo ainda espera muito do senhor.

    Quanto ao Denarc, se não fosse Deputado, se não tivesse sido advogado – vim de uma pequena cidade do interior sonhando em ser policial civil, sonhando em ser delegado – se o destino dos gregos houvesse me conduzido para a Polícia Civil, eu gostaria de esta manhã sentar-me aqui e dizer: “Eu pertenço ao Denarc.”

    Que Deus proteja a Polícia Civil de São Paulo!

    O SR. PRESIDENTE – MILTON VIEIRA – PFL – Agradeço ao Deputado Campos Machado por estar conosco e prestar essa grande homenagem em nome do PTB. Tem a palavra o nobre Deputado Wagner Salustiano, para falar em nome da Bancada do PSDB.

    O SR. WAGNER SALUSTIANO – PSDB – Sr. Presidente, meu amigo Deputado Milton Vieira; Deputado Federal Wanderval dos Santos; Deputado Federal Arnaldo Faria de Sá; Dr. Desgualdo, Delegado-Geral da Polícia Civil do Estado de São Paulo; Dr. Ivaney, Diretor do Denarc; Dr. Leigo, que realiza um grande trabalho como Diretor do Detran; Dr. Montemor, Delegado da Assembléia Legislativa; Deputado Campos Machado, Líder do PTB, na pessoa de quem cumprimento todos os Deputados estaduais presentes; Vereador Atílio Francisco, na pessoa de quem cumprimento todos os vereadores; demais autoridades civis e militares, minhas senhoras e meus senhores, é uma honra muito grande ocupar a tribuna neste momento para falar de um departamento da polícia que vem realizando um grande trabalho para a sociedade em geral. Este é um grande privilégio e eu o tenho. É um dos momentos na política que nos faz crescer.

    Para nós, políticos, que recebemos tantas críticas, muitas vezes injustas, que somos alvos de tantas pedradas, alvos da imprensa, da sociedade, este é um momento gratificante, de alegria, porque temos oportunidade, como políticos, de subir a esta tribuna e prestar homenagem a um departamento que se preocupa com a família. E a família é algo sagrado.

    No caminho para a Assembléia Legislativa vinha pensando na história do filho pródigo, daquele pai que tinha seus filhos educados, dirigindo seus negócios junto a eles, uma família bem sucedida. De repente, um dos filhos tomou a iniciativa de dizer que queria ir embora. Pediu que o pai vendesse a parte dos seus bens e lhe desse o dinheiro. Pegou o pai de surpresa.

    Fico imaginando aquele pai, depois de tratar e cuidar tão bem do seu filho, ouvir do filho que iria embora, que não queria mais ficar junto à família. O pai não pediu para que ele ficasse. Apenas disse: “Se é a sua vontade, vá.”

    Ele vendeu os bens e deu ao filho a parte que lhe cabia. O filho foi e, depois, perdeu tudo, envolveu-se com o mundo, com a prostituição, com tudo que existe de ruim no mundo. Depois, voltou para sua família, para seu pai.

    Fiquei pensando o seguinte: será que, naquele tempo, se houvesse drogas, aquele filho teria voltado com vida e aquela família teria tido oportunidade de recebê-lo de braços abertos? Será que aquele filho voltaria com vida ou morreria?

    Os tempos passaram e hoje o mundo está envolvido com drogas, com tráfico. Que coisa horrível para a família. Eu, que sou pai de quatro filhos e tenho um neto, fico pensando: quantos pais viram seus filhos envolvidos com drogas? Quantas famílias destruídas por causa das drogas!

    Tudo isso me passou pela cabeça vindo para cá. Ao mesmo tempo, pensei na alegria de poder prestar esta homenagem de iniciativa do nobre Deputado Milton Vieira, aliás, uma brilhante iniciativa. Parabéns, Deputado Milton Vieira, por prestar homenagem a um órgão que vem realizando um grande trabalho.

    São muitos homens que estão à frente desse trabalho no Denarc, são muitos policiais competentes, mas um se destaca por seu caráter ilibado, por ser um homem honrado, que nem precisava estar à frente de um departamento da polícia, mas, com amor, carinho, dedicação, vem seguindo carreira na polícia. Hoje, à frente do Denarc, tem combatido, com mão firme, o tráfico, prendendo traficantes, desmontando quadrilhas, colocando atrás das grades marginais perigosos para as famílias.

    Esse homem é o Dr. Ivaney, a quem tenho a honra de chamar de amigo. Na polícia, foi um dos primeiros homens que conheci, dentre tantos outros honrados que temos na Polícia Civil, como o Dr. Desgualdo, o Dr. Leigo. É um privilégio prestar esta homenagem a um departamento que vem limpando a sociedade desse câncer que é o tráfico de drogas, os traficantes.

    Quase que corriqueiramente vemos nos jornais que o Denarc desmantelou, prendeu alguma quadrilha de traficantes. Que alegria ver o Denarc trabalhando dessa maneira. Quando vejo isso acontecer, sinto-me mais aliviado. Vejo que minha família está sendo protegida. Tenho, como tantos aqui, filhos adolescentes. Por mais educação que venhamos a dar aos nossos filhos, parece que o mundo aí fora é muito mais perigoso do que se pode imaginar. Sinto-me honrado, privilegiado por estar aqui homenageando o Denarc.

    Parabéns, Dr. Ivaney, que Deus o abençoe abundantemente, o senhor, a sua família, que compreende sua luta para combater esse câncer que são as drogas no nosso país. Parabéns ao Denarc, aos policiais do Denarc, ao Dr. Ivaney. Parabéns à Polícia Civil por contar com um departamento e com um homem do quilate do Dr. Ivaney. Muito obrigado. (Palmas.)

    O SR. PRESIDENTE – MILTON VIEIRA – PFL – Esta Presidência convida o Dr. Ivaney, diretor do Departamento de Investigações sobre Narcóticos – Denarc, para fazer uso da palavra.

    O SR. IVANEY CAYRES DE SOUZA – Sr. Presidente, nobre Deputado Milton Vieira; Deputado Wanderval, na pessoa de quem cumprimento todos os Deputados Federais presentes; nobre Deputado Campos Machado, na pessoa de quem cumprimento todos os Deputados estaduais presentes; demais autoridades legislativas; Exmo. Sr. Dr. Marco Antonio Desgualdo, meu querido Delegado-Geral, meu irmão e amigo; meus colegas delegados de polícia; policiais; meus senhores, estou muito emocionado e talvez a minha retórica não saia tão bem quanto eu gostaria.

    Recebo uma homenagem que não é minha, é dos senhores que compõem esse departamento de polícia. Os senhores trouxeram a imagem que ele tem hoje. Mas o departamento tem um mentor intelectual desse avanço positivo, o Dr. Marco Antonio Desgualdo, a quem ofereço, em nome de todos vocês que comando, as nossas vitórias. (Palmas.)

    Quando chamado para assumir o Departamento de Narcóticos, há quase três anos pelo Dr. Marco Antonio, a sociedade queria acabar com o departamento, alguns queriam mudar seu nome, outros falavam sem conhecê-lo. O problema maior é que as pessoas esquecem que as instituições sempre têm de ser preservadas, seja qual for o fundamento, a situação, a transição que se imponha a cada instituição. Essas transições, os problemas que as instituições vivem acontecem para que adquiram maturação, avancem na qualidade, no histórico que todas as instituições devem passar.

    Falo da pessoa do Dr. Marco Antonio Desgualdo, nosso Delegado-Geral que se configurou por mais tempo em toda a história da polícia no cargo. Mas isso não é o importante, o importante é a figura do delegado-geral dentro do Dr. Marco Antonio, uma pessoa de extrema competência, visão policial, mas de uma humildade nunca vista em nenhuma outra pessoa que ocupou o cargo de chefia da polícia paulista.

    Dr. Desgualdo, no dia de hoje a vitória é sua. V. Exa. acreditou nos seus comandados, na sua polícia que ama tanto, com visão profunda de tudo o que acontecia, soube durante toda essa minha gestão dar tudo aquilo que precisávamos.

    Nunca, em nenhum momento, deixei de receber de V. Exa. o apoio necessário para que todos os meus comandados pudessem realizar seu trabalho. Ainda no dia de ontem interrompi seu almoço porque o Denarc “invadiu Minas Gerais” para prender dois traficantes importantes e havia conflito com a polícia de Minas. V. Exa. largou o almoço, foi resolver o problema, dando retorno, conversando com todos, esses grandes traficantes estão hoje presos no Denarc.

    Meus caros subordinados, amigos, minha família policial, sou uma pessoa que está na polícia simplesmente porque é minha paixão, meu segundo casamento. A polícia tem me dado tudo aquilo que sonhei um dia como cidadão, como profissional, como pai. A polícia é uma das coisas mais importantes que tenho dentro do meu coração, é minha verdadeira família, pois fico mais com vocês do que com meus filhos, com minha esposa.

    Nunca tivemos as condições necessárias para realizar o nosso trabalho, e não vamos ter nunca, pois isso é difícil, as coisas não vão acontecer do dia para a noite. Mas queria, sinceramente, deixar a marca de um departamento que hoje tem sido reconhecido internacionalmente não por esse diretor, por minha pessoa, pois não faço nada nesse departamento a não ser ouvi-los, tentar ajudá-los naquilo que posso, tentar defendê-los em todos os lugares possíveis e imagináveis, mas acima de tudo os senhores conseguiram fazer com que esse departamento ficasse reconhecido internacionalmente.

    Outro dia recebi um expediente de Brasília assinado pelo Presidente da República, vindo do Ministro Márcio Thomaz Bastos, passando pelo Delegado-Geral e vindo para mim, pedindo ações do Denarc em Fortaleza e na Bahia. Isso nos causou espécie, porque obviamente não temos competência federal.

    Vejam o departamento que os senhores construíram. Vejam a imagem que os senhores têm em todo o Brasil e no mundo todo. Recebo e-mails de outros Estados, da população do Brasil todo, da população internacional solicitando providências, comunicando fatos. Isso é credibilidade, credibilidade que vocês trouxeram para a Polícia Civil paulista. Vocês fizeram isso, a ponto de hoje, sem qualquer competição, termos um departamento que faz muito mais no tráfico internacional do que a própria Polícia Federal, que tem competência originária.

    Não queremos abrir competição, mas é uma realidade. Uma polícia que tem marcado não só pelas grandes quantidades e recordes de prisões e apreensões, mas uma polícia que tem se pautado pela qualidade das suas prisões, que tem se preocupado com tudo o que acontece de ruim com as famílias, com as crianças, com os adolescentes.

    Por isso a prioridade que V. Exa., Dr. Desgualdo, determinou, está sendo cumprida. Estamos cuidando das escolas, das danceterias, das áreas de lazer, dos nossos jovens, alvo principal dos traficantes. E, acima de tudo, não podemos nos esquecer dos nossos sacerdotes que fazem a prevenção, a educação, que tratam dos dependentes. Chegamos a atender quase dez mil pessoas por ano com as nossas psicólogas, psiquiatras. Realizamos inúmeras palestras.

    Diria a todos os senhores que tenho muito orgulho de dirigir o Denarc, porque é um departamento completo, que atua na prevenção, na educação, na repressão, mas também atua na recuperação do dependente. Não importa se vou resolver o problema, importa que façamos, importa que os senhores façam, importa que o Denarc esteja presente em todos os setores importantes da sociedade, importa a credibilidade que os senhores estão dando para suas atividades. Importa acima de tudo que, quando voltarmos aos nossos lares, possamos estar bem com a nossa consciência. E os senhores estão; podem ter certeza disso.

    Poucas pessoas conhecem a dificuldade que é atuar na repressão ao narcotráfico, porque mexemos com a degradação em todos os níveis, sem faixa etária. Temos que ter o suporte moral, emocional muito além daquele policial normal. Nós, que trabalhamos na Entorpecentes, sabemos o valor da nossa investigação.

    Entendo que uma das investigações mais bonitas que existe é a de homicídio. Mas nenhuma é tão completa como a investigação de entorpecente, onde um policial concorre com a própria vida a todo instante. Isso quando não transcende o perigo para dentro dos nossos lares, pela ameaça desses espúrios criminosos, que nunca vão conseguir nos intimidar em nenhum sentido, porque, acima de tudo, temos dentro do nosso coração a vocação policial. Por isso que admiro os policiais que atuam na repressão ao narcotráfico. Nenhuma polícia do mundo conseguiria realizar o que os senhores estão fazendo.

    É muito fácil elaborar filmes sobre entorpecentes, sob o crivo da fantasia. Os senhores vivem a realidade. Os senhores têm a matéria-prima real. Os senhores não têm nenhum espaço virtual de discurso, como muita gente que quer opinar sobre o nosso trabalho, mas nunca passou perto sequer de um problema que nós vivemos.

    Sei as críticas que os senhores sofrem e elas todas eu as recebo no meu peito, porque os senhores não as merecem e o meu comando exige que eu as receba no meu peito, como sempre fiz com os senhores. Conheço a ingratidão.

    Mas a minha motivação é saber que todos os dias eu posso olhar para os senhores e manter o respeito, a confiança, o carinho e a certeza de que são os verdadeiros policiais, são as pessoas que estão fazendo aquilo que muitos preferem cruzar os braços. Os senhores são aqueles que apanham todos os dias, mas não têm medo de se levantar e continuar fazendo pela sociedade muito daquilo que não é reconhecido.

    Mas não trabalhamos para sermos reconhecidos. Trabalhamos porque somos policiais e vamos continuar sendo policiais para termos sociedade que todos sonhamos. Muito obrigado. (Palmas.)

    O SR. PRESIDENTE – MILTON VIEIRA – PFL – Esta Presidência concede a palavra ao Dr. Marco Antonio Desgualdo, Delegado-Geral da Polícia Civil.

    O SR. MARCO ANTONIO DESGUALDO – Exmo. Deputado Estadual Milton Vieira, digno Presidente da Mesa, amigo inseparável e que propiciou esta homenagem aos policiais do Denarc; Dr. Ivaney Cayres de Souza e todos aqueles que trabalham numa missão difícil, que esta Casa Legislativa reconhece o trabalho.

    Sr. Presidente, como o Dr. Ivaney Cayres de Souza disse, sabemos que a ingratidão é algo que incomoda. Mas isso não nos atinge, pois sabemos que há pessoas, como V. Exa. e demais Deputados que estão aqui, que sabem da nossa luta. O reconhecimento desta Casa é muito importante para todos nós. Muito obrigado.

    Deputados Federais, Dr. Wanderval dos Santos, Arnaldo Faria de Sá, companheiros também sempre presentes; Deputados Estaduais, Coronel Ubiratan Guimarães, nosso amigo e irmão Campos Machado, nosso companheiro Wagner Salustiano, Sousa Santos; Dr. Ivaney Cayres de Souza, Delegado de Policia, Diretor do Departamento de Investigações sobre Narcóticos – Denarc, nome forte; Dr. José Francisco Leigo, digno Delegado de Policia, Diretor de Departamento Estadual de Trânsito – Detran; saúdo também os membros do Conselho da Polícia Civil aqui presentes; Dr. Sayão; Vereador Bispo Atílio Francisco; Dr. Milton Rodrigues Montemor, Delegado da Assembléia, Chefe da Assessoria Policial Civil junto à Assembléia; minha amiga e minha irmã Kátia Bombonatti, Assessora da Presidência da Nossa Caixa; Major PM Carlos Eduardo, neste ato representando o digno Coronel Alberto Silveira Rodrigues, comandante da Polícia Militar; e cumprimentando o chefe dos gladiadores, Plínio de Napolis, chefe dos tiras, e Maria Risoleta, chefe dos escrivães, eu abraço todos os policiais civis do Denarc. Falei em gladiadores, vocês são os gladiadores. Vocês mudaram o rumo da história de um departamento.

    As palavras do Ivaney Cayres de Souza, da forma como foram ditas, demonstram que polícia é polícia. E para vocês não tem crime, porque passam por cima do crime. O crime não tem fronteiras. O Denarc também não.

    Sempre que vocês entram em ação, mais alguns cabelos caem da minha cabeça. Ontem, por exemplo, foi até mais “light”. Aí o coelhinho da felicidade entra em ação, corre o brinquedo assassino. Aquele que nos acompanha, magno em suas palestras, é um pessoal forte, aquele pessoal que vem à frente.

    O Luiz Carlos Uzelin, companheiro da década de setenta, dividimos um banco da Marte 07. Estávamos na rua, Uzelin, e sentimos o cheiro do sangue e o cheiro doce da pólvora. Companheiro sempre firme, agora com o Ivaney. Ivaney, um companheiro que sempre se faz presente, que assumiu um posicionamento no Denarc que, como se diz, chegou às raias de uma possível extinção.

    Denarc, nome forte, cujo falcão sempre se faz presente não só na repressão e nas grandes canas, porque toneladas de drogas foram apreendidas. Não há como alguma outra polícia concorrer.

    E, outra coisa, naquele dia que estávamos entrando lá no prédio de madrugada, depois que os senhores abriram aquele litro de uísque, nós ouvimos a gravação e foram ali identificados os autores de um terrível homicídio. Então, o Denarc também trabalha nessa faixa junto com o DHPP. As prisões, a vibração dos senhores e aquele investigador falando “Olha, as canas estão chegando”, não são os motoristas dos caminhões que estão sendo presos, são os patrões.

    A palavra daquele investigador, naquele momento, quis dizer muito. A hora em que ele se referiu a ‘os patrões estão entrando em cana’ é que a coisa mudou. A polícia está indo para cima. Os patrões. Ele quis dizer o quê? Os donos, aqueles que estão por trás do tráfico e não só aquele micro-traficante.

    Então, o trabalho de vocês está sendo um trabalho digno, um trabalho correto. Sei que é difícil. Sei das ameaças que os senhores sofrem, que os seus familiares sofrem, os atentados de que ninguém fica sabendo. Mas eu sei. Sei do sofrimento das suas esposas, dos seus familiares, Dr. Ivaney. Nisso ninguém pensa.

    Surge alguma coisa que algum policial fez de errado, pronto! Generaliza-se e se esquece de tudo. Esquecem dos heróis, dos gladiadores, daqueles que, levantando a espada, falam: ‘César, nós te saudamos, os que vão morrer te saúdam’. Esquecem deles, esquecem de vocês. Isso é que nos dá força, dirigir uma polícia que é a melhor que existe. É a polícia que se faz presente, a polícia que faz infiltração, que corre riscos, cada coisa mirabolante, de filme, que daria inveja aos filmes de Hollywood.

    Aquele dia, no Paraná, quando você me ligou, penso que o Dr. Tanganelli está na Zona Sul, São Paulo. Ele estava na Zona Sul, mas estava na Zona Sul do Estado do Paraná, onde alguns cachorros morreram baleados porque foram para cima, claro, era uma mansão que foi cercada. E aí é bonito. O Secretário de Segurança, o Dr. Saulo, e o Governador do Estado emprestam um avião para nós mandarmos o reforço. E os camaradas vêm em cana. A cana é de São Paulo. Sem acordo. O maluco do Tanganelli está à frente.

    Na sustentação administrativa, Gustavo Niess, companheiro de tanto tempo, o Otávio e tantos outros que vêm junto com a gente acompanhando. Fico vendo o rosto de vocês e sei o que passa quando vocês recebem aqueles ataques injustos.

    Para mim, vocês são os melhores. Sempre que São Paulo precisou Ivaney se fez presente. Nunca faltou o Ivaney. Você nunca faltou a um chamado. Sempre que nós ligamos, ‘Charlie zero um’, então, ‘QAP’! Aí já começam as maluquices, no bom sentido, desculpem a irreverência. Mas é aquele linguajar da polícia, e eles vão que vão. É a sirene da viatura rompendo as entranhas da madrugada e o doce cheiro de pólvora no ar. Isso faz a gente crescer. Vocês são polícia.

    Obrigado, Assembléia, obrigado, Deputado, por reconhecer esse tão sofrido departamento, um departamento cujos policiais vivem ameaçados – atentados, mortes – e eles estão aí. Eles derrubaram o tráfico de entorpecentes. Estão derrubando o tráfico de entorpecentes. O índice de homicídio cai homogeneamente em todo o Estado de São Paulo.

    Isso é o que eu gostaria de dizer para vocês. Não poderia deixar de estar aqui. É aquilo que o Deputado Campos Machado disse, a gente tem que ver o rosto de vocês. Obrigado pelo que vocês estão fazendo por São Paulo. Obrigado pelo que já fizeram às toneladas de drogas. E como havia droga! E vocês vão lá.

    Falam, metem o pau, falam que vocês fizeram isso, falam que vocês fizeram aquilo, mas ninguém consegue parar. O Denarc vai para cima, o Ivaney briga, o Ivaney faz isso, faz aquilo, vai parar no hospital. Temos que correr com o Ivaney, porque dá um ‘peripaque’ nele e todos correm. E aí outro investigador é baleado, e aquela confusão! Até no Paraguai fomos parar. Permitam incluir-me nessa, que tive uma pequena participação.

    É aquela polícia gostosa. Outro dia me disseram sobre algo que uma vez eu me expressei, que era um sonhador, porque eu dizia que eu vivo uma polícia romântica. Eu vivo uma polícia romântica, sim. A polícia é romântica. E não é qualquer um que vai dizer que eu falo de um romantismo em sentido pejorativo. Querem dar um sentido pejorativo.

    A polícia é a polícia. A polícia é romântica. Nós que estamos na rua de noite, de madrugada. E outra coisa: vocês vão freqüentar onde? A Catedral da Sé? Aonde vai se buscar a informação? O que vocês têm que fazer? Falar com quem? É aquilo que a polícia sabe fazer. Tem que buscar, tem que ir. A infiltração, o perigo que vocês correm às duas horas da manhã, dentro da favela, naquele caminho e tal, muitas vezes sem arma, porque não pode estar com a arma. O risco. E aí fecha o cerco.

    Aí o GOE aparece, aqueles centuriões de negro. Surgem os ‘snipers’, os atiradores de elite. Eu lembro que certa feita um deles estava posicionado em uma casa e o ponto vermelho estava na cabeça do bandido; fomos obrigados a dar ordem para retirar. Vocês sabem do que estou falando. E a Polícia Civil sai de cena. Mas a mira estava lá. Era só a ordem. Vocês são disciplinados. Vocês obedecem, magoados, muitas vezes. Mas cumprem o seu dever.

    Muito obrigado, Dr. Ivaney, pelo que você tem feito. Obrigado a todos vocês e Deus lhe pague, Presidente, Deputado, pela lembrança desses queridos policiais do Denarc. (Palmas)

    O SR. PRESIDENTE – MILTON VIEIRA – PFL – Esta Presidência cumprimenta também o Capitão-de-Fragata, fuzileiro naval Clerynésio Garcia, representando o Comandante do 8º Distrito Naval, Vice-Almirante Marcélio Carmo de Castro Pereira. Obrigado pela presença.

    Esta Presidência concede a palavra ao nobre Deputado Federal Arnaldo Faria de Sá.

    O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Sr. Presidente, Deputado Milton Vieira; Deputado, líder Campos Machado; Deputado Wagner Salustiano; Deputado Souza Santos; Deputados estaduais; Sr. Delegado-Geral de Polícia, Dr. Marco Antonio Desgualdo; Dr. Ivaney Cayres, diretor do Denarc; Dr. Leigo, diretor do Detran; Deputado Bispo Wanderval; Vereador Bispo Atílio; senhores policiais, com muita alegria e satisfação estamos aqui prestigiando esta homenagem que é feita não apenas ao Denarc, mas a toda a polícia de São Paulo.

    Certamente o comando do Dr. Ivaney permite que esse departamento alcance resultados extremamente positivos. Neste período em que o Ivaney está à frente do Denarc, já tivemos a apreensão de mais de 50 mil quilos de drogas. É uma coisa de louco. É preciso ser meio louco para estar à frente de um departamento como este, para manter a motivação, para fazer com que essa motivação seja o norte, uma caminhada. Isso é nato em Ivaney.

    Ele, como titular do 78º, como Seccional Leste, sempre agiu dessa maneira. Ele tem essa maneira de dirigir, de motivar, de fazer com que toda a sua equipe esteja sempre alerta.

    É como lembrava o Dr. Desgualdo: até fora do país deu ‘cana’. Foi no Paraguai. Depois resolvemos o problema diplomático. Tem ‘cana’ que foi dada no Paraná, em Minas Gerais, no Nordeste. Depois resolvemos o problema. Na verdade, joga o vagabundo para dentro e o resto depois se resolve. É assim mesmo que a polícia tem de ser. Não tem de ter muito método não, tem de ter ação. Muitas vezes a ação chega a extrapolar, mas é assim mesmo que a polícia tem de ser. É por isso que o Denarc transpõe barreiras, transpõe fronteiras e chega a esse dado positivo.

    Estávamos numa Comissão na Câmara dos Deputados discutindo essa questão das drogas. E, lamentavelmente, o Congresso Nacional, motivado pela chamada opinião pública e pela grande imprensa, entende que tem de haver complacência em relação a essa questão das drogas. É duro dizer isso. Sei que o Dr. Magno tem um trabalho permanente nessa luta em defesa da nossa juventude e o Congresso Nacional acaba sendo complacente. Na luta de tentar impedir que isso pudesse acontecer, um departamento de narcóticos foi citado como exemplo: o de São Paulo. Certamente esse trabalho de São Paulo leva para além das fronteiras a luta da polícia de São Paulo.

    Portanto, estar aqui hoje, Dr. Ivaney, é uma alegria e uma satisfação. Na verdade, o Denarc não é o único exemplo. Esta semana, em Brasília, discutia-se uma questão em relação à área do Detran e o Detran de São Paulo foi citado como exemplo. Na verdade, a polícia que você comanda, Desgualdo, aqui em São Paulo é um exemplo para o Brasil.

    Tenho certeza de que ao homenagearmos você, Ivaney, estamos homenageando todos os seus policiais.

    Quero cumprimentar o Deputado Milton Vieira por esta oportunidade, porque, na verdade, é um louco bem-sucedido que comanda o Denarc e precisamos de loucos como você. Parabéns Ivaney. Parabéns ao Denarc. (Palmas.)

    O SR. PRESIDENTE – MILTON VIEIRA – PFL – Tem a palavra o Exmo. Sr. Wanderval dos Santos, Deputado Federal e Presidente da Comissão de Segurança Pública do Congresso Nacional.

    O SR. WANDERVAL DOS SANTOS – Nobre Deputado Milton Vieira, Presidente desta sessão solene; Dr. Marco Antonio Desgualdo; Dr. Ivaney Cayres de Souza, na pessoa de quem cumprimento todos os delegados presentes; meu companheiro no Congresso Nacional, Deputado combativo; quero cumprimentar todos os Deputados Estaduais na pessoa do Deputado Souza Santos; todos os vereadores na pessoa do Vereador Atílio Francisco; quero cumprimentar todos os policiais, todos os senhores e as senhoras que hoje têm a grata satisfação de estar nesta sessão.

    Quero cumprimentar você, meu irmão, Milton – tenho a liberdade de chamá-lo assim porque você é nosso irmão – pela brilhante iniciativa. Cumprimentando você estou cumprimentando o Poder Legislativo do Estado de São Paulo, que hoje reconhecidamente presta justa homenagem a este tão importante departamento da Polícia Civil que é o Denarc, sob a direção do Dr. Ivaney Cayres de Souza e do Delegado-Geral, Dr. Marco Antonio Desgualdo. Julgo de máxima importância esta sessão, dados os riscos que a profissão oferece na função de bem servir e proteger a sociedade.

    Trata-se do Denarc, das chamadas funções modernas no campo da Segurança Pública, pois foi criado em função da necessidade que se via na sociedade, dado o aumento desenfreado do tráfico de drogas e do desdobramento das quadrilhas que se especializavam em desenvolver outras formas de ganhar dinheiro com o lado ilícito da sociedade.

    Vimos aqui vários exemplos, como disse agora o companheiro Arnaldo Faria de Sá. Foram apreendidas 50 toneladas de drogas. Vejam como os bandidos estão ligados ao tráfico de drogas. Graças à criação desse departamento é que isso está diminuindo.

    Quero, neste momento solene, levantar uma reflexão sobre o tema, lembrando os que, no cumprimento do dever, tombaram na guerrilha urbana que hoje ainda se trava lá fora, no dia-a-dia, nas madrugadas, nos becos escuros e nas esquinas da nossa cidade. (Palmas.) São imolados todos os dias, agentes policiais, pais de família, filhos e filhas que se foram ou que viram os seus entes queridos tombarem na injusta peleja que se trava na desigualdade das cidades.

    A falta de visão do Poder Público federal, estadual e municipal, conivente com a falta de investimento na área de Segurança Pública, tem permitido que as ações desenvolvidas pelos órgãos não tenham o resultado que se espera ou que se aguarda.

    Os índices no nosso País são muito altos. Por exemplo, no Rio de Janeiro, 137 policiais foram mortos somente neste ano. Em Minas Gerais, quase 80 policiais. E não é diferente também aqui no nosso Estado, onde muitos policiais civis também morrem nesta injusta peleja com os bandidos.

    Sabiamente, em razão da grave crise por que passava a Segurança em todo o País, foi criado o Fundo Nacional de Segurança Pública para atender a demanda da área, visando qualificar, equipar e modernizar todo o conjunto da Segurança. Mas, infelizmente, isso em Brasília só ficou no papel. Há, porém, divergências, pois fui informado de que o Governo Federal não tem enviado aos estados os recursos devidos que, tenho certeza, seriam bem aplicados em nosso Estado.

    Recente pesquisa apresentada pelo jornal “Folha de S. Paulo” informa que a cada 17 horas no Brasil um policial que deveria garantir a segurança da sociedade é sumariamente assassinado, deixando como legado a orfandade, a viuvez e solidão no coração daqueles que lhe eram caros.

    Está em tramitação na Câmara Federal um projeto de lei que cria a Lei Orgânica para os policiais militares e civis de nosso País. Pergunto: Por que os juízes têm a sua lei orgânica? Por que os promotores têm a sua lei orgânica? Por que policial civil não poderá ter a sua lei orgânica? Isso traria mais dignidade. A Polícia Militar e a Polícia Civil têm de ter a sua lei orgânica, tem de ter carreira, tem de ter vida digna. Assim, não haverá policiais corruptos e bandidos, como existem em nosso País. Claro que é uma minoria, mas isso diminuiria muito.

    Entendo ser da mais alta importância tal aprovação, pois com ela poderíamos dar condições ao profissional de Segurança Pública. Já que são vocês, policiais civis, policiais competentes deste departamento, que diariamente se colocam na frente de batalha, tombando e fazendo crescer dia-a-dia os números de mortes nas estatísticas oficiais.

    Há, porém, Dr. Ivaney e Dr. Desgualdo, motivos alegres para aqui estarmos: o número de seqüestros promovido em nosso Estado tem sofrido sensíveis baixas. Como disse há pouco o Dr. Marco Antonio Desgualdo, o índice de homicídios em nosso Estado também tem sido combatido, sendo noticiado pelos órgãos de imprensa, o que honra o cidadão paulista pela qualidade da polícia que tem.

    Acabamos de ver aqui um pouco da história que conta o Delegado-Geral de Polícia, de cada um, do discurso emocionado e inflamado do Dr. Ivaney Cayres de Souza, pela Polícia que dirige, por essa Polícia tão honrada.

    Temos nesta sessão as mais representativas autoridades do âmbito da Segurança Pública do Estado, que além de prestigiar a sessão que é prestada ao Denarc, poderão ponderar sobre o que é falado aqui, e na medida do possível equacionar proposições, levando a quem de direito os justos pleitos da comunidade.

    Sendo Deputado Federal, tenho a missão neste ano de conduzir os destinos da Comissão de Segurança Pública no combate ao crime organizado, de Brasília. É nesta função que recebo o lamento, de norte a sul do País, da grave situação pela qual passa a nossa sociedade no que diz respeito à insegurança pública.

    Entendo que a ampliação dos quadros de agentes públicos de segurança, atrelados aos salários dignos, certamente isso tem que ser dito, salários dignos e justos, sem dúvida alguma, darão tranqüilidade à população e sensação de sentimento de segurança à sociedade como um todo.

    Mas, senhoras e senhores, somente aumentar os quadros da Segurança Pública e equalizar os seus salários sem, contudo, cobrar a qualificação dos seus agentes, em nada poderá adiantar ou mesmo mudar o quadro atual.

    As autoridades têm que entender que a independência do setor de Segurança Pública, sem que haja contingenciamento de recursos, é necessária para que os objetivos sejam alcançados e sobrepujados sempre. Há quem exemplifique haver um mau-hálito político quando se trata da questão da Segurança. Segurança Pública do nosso País tem que ser levada a sério.

    Neste instante, gostaria de parabenizar o grande trabalho social, porque ligado a um grande trabalho social – o Deputado Milton Vieira, Presidente da sessão, sabe o que fazemos dentro das nossas igrejas – também trabalhando como o Denarc faz, em parceria com os sacerdotes, com as igrejas católicas e evangélicas e com os pastores, na recuperação dos viciados – ninguém melhor do que nós, que acompanhamos todos os dias a recuperação desses viciados.

    Dr. Ivaney Cayres de Souza, continue trabalhando. O senhor nos deu uma lição com essa vibração que o senhor expressou desta tribuna aos seus subordinados. Algo me marcou quando também o Delegado-Geral, Dr. Marco Antonio Desgualdo falou. “Vem, vamos embora – já dizia o grande poeta – esperar não é saber”.

    Policiais, vamos continuar sentindo as sirenes das suas viaturas cortando as entranhas das madrugadas e dos dias da nossa cidade. Que o doce cheiro de pólvora vocês continuem sentindo. Não esperem acontecer! Vamos à luta! Que Deus abençoe. Parabéns a todos vocês! (Palmas.)

    O SR. PRESIDENTE – MILTON VIEIRA – PFL – Quando homenageamos o Denarc, o fazemos a toda Polícia Civil, porque fazemos uma homenagem a um departamento que está servindo de exemplo do que é Polícia do nosso Estado. Então, preparamos.

    Quero prestar aqui minha homenagem, não apenas como Presidente desta sessão ou como solicitante para que esta sessão acontecesse; daqui a pouco vou expressar também o que sinto pela Polícia. Mas nós preparamos uma simples homenagem, para ficar registrada não somente nos Anais desta Casa e também no Denarc e no coração de cada um de nós. Vamos oferecer medalhas a alguns policiais que foram indicados pelo Dr. Ivaney; aqueles que mais se destacaram, que colaboraram e estavam à frente.

    Quero fazer essa entrega agora; gostaria que o cerimonial pudesse iniciar essa homenagem.

    O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS – HUGO DANIEL ROTSCHILD – Muito obrigado, Deputado.

    O primeiro homenageado para receber das mãos do Deputado Milton Vieira, não poderia ser diferente, é o Exmo. Sr. Marco Antonio Desgualdo, Delegado-Geral de Polícia Civil do Estado de São Paulo. (Palmas.)

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    – É feita a entrega.

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    O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS – HUGO DANIEL ROTSCHILD – Recebendo, igualmente, das mãos do Deputado Milton Vieira, o Dr. Ivaney Cayres de Souza, Diretor do Denarc. (Palmas.) Receberá também uma placa de homenagem. (Palmas.)

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    – É feita a entrega.

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    O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS – HUGO DANIEL ROTSCHILD – Convidamos, igualmente, para receber esta homenagem o Dr. José Francisco Leigo, Diretor do Detran. (Palmas)

    * * *

    – É feita a entrega.

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