Afif diz que se sentiu excluído de decisões em SP por entrar no PSD 1

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O vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, assumiu publicamente
nesta quarta-feira que sofreu pressão e foi afastado das decisões no Palácio dos
Bandeirantes. Ele foi substituído na Secretaria de Desenvolvimento Econômico
após desliga-se do DEM para entrar no PSD.

Mesmo assim, ele não fez reclamações públicas pela sua situação na gestão
Geraldo Alckmin (PSDB). Nesta quarta-feira, após a primeira reunião da executiva
nacional do PSD, a reportagem da Folha questionou a Afif se sentia
alijado das decisões no Palácio dos Bandeirantes.

“Não tenho sido mais, pelo contrário. Naquele primeiro momento, lógico, você
tem uma posição traumática e foi muito mais uma reivindicação do DEM querendo a
pasta”, respondeu em referência a sua saída da secretaria.

“Deixou-se passar aquele primeiro momento emocional e o governador me chamou
para me dar uma missão das mais importantes. Eu me sinto absolutamente integrado
e satisfeito em trabalhar em aliança com o Geraldo Alckmin.”

Embora o prefeito da capital e presidente da legenda, Gilberto Kassab, venha
evitando afirmar se será governista ou oposição, Afif disse que em São Paulo a
legenda será a favor da gestão Alckmin.

“Vice-governador é governista, não tem como não ser [risos]. Isso é muito
claro e eu não mudei em nada a minha visão. A dissidência nossa foi com o DEM e
não foi com a aliança”, disse.

Afif acrescenta que ele e Kassab foram “fundamentais” para que Alckmin fosse
eleito no primeiro turno.

“Nós somos a parte que o elegeu. O DEM que lá permaneceu, só permaneceu com o tempo de televisão. A essência do partido está no PSD e o PSD é um partido que faz parte da aliança e vai continuar fazendo parte. E eu cumpro esse papel e até tenho missões delegadas pelo governador.”

O PSD vai ser mantido nos primeiros meses com doações de colaboradores,
segundo o vice-governador. Ele acrescenta que o partido vai buscar coligações
para aumentar sua participação no tempo de televisão e que cogita entrar na
justiça para garantir esse benefício.

“Agora nós vamos buscar juridicamente o tempo de televisão, acho que podemos
reivindicar de decisão dos tribunais.”

Afif ficará responsável por organizar seminários nos 27 estados brasileiros
para “discutir com a base”.

“Eu não vou ser um operador político, até porque não tenho esse perfil. Vou
ser um formulador de conteúdo e isso se faz ouvindo e debatendo com a
sociedade.”

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