CORREGEDORIA DA PM: EXECUTARAM ATÉ OS NÚMEROS…DEVE SER MAIS DE 8.000 CRIMES SÓ NA CAPITAL 14

22/05/2010 19h08 – Atualizado em 22/05/2010 20h47

Após troca de corregedor, PM de SP anuncia outras 10 mudanças

São 11 comandantes substituídos no estado.
Novo corregedor terá como tarefa investigar mais de 80 crimes de PMs.

Do G1 SP

Após a substituição na Corregedoria, a Polícia Militar anunciou neste sábado (22) a substituição de outros dez comandantes do alto escalão.

A determinação do comandante-geral da PM, coronel Álvaro Camilo, é que as trocas sejam feitas na segunda-feira. Os coronéis receberam orientações.

As mudanças chegaram à Policia Rodoviária e a mais dez batalhões da PM no estado. Sete ficam na Grande São Paulo. Na capital, novos comandantes vão assumir o policiamento do Centro, da Zona Norte e da Zona Oeste. O comando de policiamento metropolitano e os batalhões de Guarulhos e de Osasco também recebem novos chefes.

Ainda não houve mudanças nos setores de elite da PM, como a Rota e os batalhões de choque.
As mudanças começaram pela Corregedoria. O comandante da PM disse que quer mais agilidade na investigação e na punição de maus policiais. Só na Grande São Paulo, são investigados atualmente mais de 80 crimes em que PMs são suspeitos.

Desde abril, pelo menos 18 policiais militares foram presos. Destes, 12 são suspeitos de torturar e matar o motoboy Eduardo dos Santos, de 30 anos, dentro de um quartel. Outros quatro podem estar envolvidos na morte do entregador de pizza Alexandre Menezes dos Santos, de 25 anos, espancado até a morte em frente de casa. Há dois dias, mais dois PMs foram presos por suspeita de sequestrar e assaltar a mesma vítima.

O coronel Admir Gervásio Moreira, que assume a Corregedoria, recebeu a missão de acelerar a investigação de crimes. “A instituição não compactua com nada de errado, principalmente quando falta respeito ao cidadão”, diz o comandante Camilo.

http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2010/05/apos-troca-de-corregedor-pm-de-sp-anuncia-outras-10-mudancas.html

Um Comentário

  1. SALVE GERAL!
    CONTINUAM AS EXECUÇÕES.
    RESUMO DOS ACONTECIMENTOS
    m+diadema+sp+9397090.html
    O soldado René Avancini, de 42 anos, foi morto, por volta da 0h15 deste sábado ao tentar escapar de dois desconhecidos, um deles armado, na Rua Amélia Eugênia, no bairro da Chácara Húngara, em Diadema, na Grande São Paulo.
    Armado com um revólver calibre 38, particular, de folga e ocupando uma moto, o soldado, que era lotado no Centro de Suprimentos e Manutenção (CSM) da Polícia Militar, na zona leste de São Paulo, conversava com uma pessoa quando foi abordado pela dupla.
    Segundo testemunhas, os dois criminosos não chegaram a anunciar assalto. Um deles sacou uma arma e apontou para René, que ainda teve tempo de acelerar a moto, mas foi baleado nas costas. Um segundo tiro teria acertado o coldre do policial. René ainda percorreu cerca de 500 metros com a moto, caindo na Rua São Luiz.
    Uma equipe do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) foi acionada, mas ao chegar ao local encontrou o soldado já morto. Nem a arma nem o revólver da vítima foram levados. O caso foi registrado como homicídio no 1º Distrito Policial de Diadema.

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    14/03/2010 – PM – Grande SP ZN
    http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotid iano/ult95u706634.shtml
    PM é morto após tentativa de assalto na zona norte de SP
    Colaboração para a Folha Online
    Um policial militar foi morto no início da madrugada deste domingo após reagir a uma tentativa de assalto na zona norte de São Paulo. De acordo com a Polícia Militar, o crime aconteceu na rua Estevão Mélio, na altura do número 567, no bairro Vila Maria Alta.
    Após ser baleado, o policial chegou a ser socorrido para o pronto-socorro Ermelino Matarazzo, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
    Ninguém havia sido preso até a manhã deste domingo.

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    16/03/2010 – PM – Pindamonhangaba
    http://www.valenews.com.br/policial/7767 -policial-e-morto-a-tiros-no-alto-do-tab au-em-pindamonhangaba.html
    Por volta das 12h10 desta terça-feira (16), um policial foi morto a tiros no semáforo da Rua General Júlio Salgado, esquina com Eloy Chaves, no bairro Alto do Tabau.
    O fato aconteceu quando o policial, que estava à paisana, parou com sua motocicleta no semáforo, sendo abordado por indivíduos em duas motos. Logo em seguida ouviram-se quatro disparos contra o policial, que estava com sua irmã na garupa da moto. Os bandidos fugiram imediatamente, um deles conduzindo uma motocicleta Falcon, sentido centro-bairro.
    Segundo informações a vítima tinha acabado de sacar R$ 12 mil em dinheiro, em uma agencia bancária, o que pode ter sido o motivo do crime. Na fuga os bandidos não levaram o dinheiro, mas roubaram a arma do policial.
    A vítima foi identificada como Marcelo de Oliveira de 38 anos, soldado da Polícia Militar há 13 anos, Marcelo atuava na Força Tática de Taubaté. O PM chegou a ser socorrido com vida, mas não resistiu aos ferimentos.
    policialassassinadoaltotabau1 6032010-2
    Policiais envolvidos nas buscas dos criminosos
    Viaturas da PM, base móvel, ROCAM, polícia civil de Taubaté e um helicóptero auxiliaram nas buscas dos criminosos, um deles foi localizado nas imediações do bairro cidade nova em uma falcon vermelha, houve perseguição e o suspeito foi detido.
    A equipe da Polícia Militar continua nas buscas aos outros bandidos.

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    05/04/2010 – Civil – SP – Morumbi
    http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0, ,MUL1557839-5605,00.html
    O corpo de um policial civil de 40 anos foi encontrado na manhã desta segunda-feira (5) dentro de um carro no bairro do Morumbi, Zona Sul de São Paulo. A Polícia Militar foi acionada por moradores e quando chegou ao local, na Rua Almirante Aristides Guilhem, encontrou o corpo do policial dentro de um Palio preto.
    De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, não havia marcas de luta ou resistência no corpo da vítima, apenas um ferimento provocado – aparentemente – por arma de fogo. Segundo familiares do policial, ele havia saído de casa para o trabalho por volta das 5h40 desta segunda.
    Sua arma e sua funcional da Polícia Civil não foram encontradas no local. O caso será investigado agora pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que fará uma nova perícia no carro e no local do crime.

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    10/04/2010 – Civil – Grande SP
    http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/20 10/04/10/ex+policial+civil+e+morto+a+tir os+na+zona+sul+de+sp+9454331.html
    O autônomo e ex-policial Mauro de Souza Vieira, de 42 anos, foi morto a tiros por volta das 21 horas de ontem, quando trafegava em sua van, do tipo furgão, no Jardim da Saúde, zona sul de São Paulo. Ao lado da mulher, Vieira foi atingido no peito por um dos três tiros disparados contra ele.
    Os outros dois atingiram o veículo. Mesmo levada por policiais militares da 3ª Companhia do 46º Batalhão para o pronto-socorro Heliópolis, a vítima não resistiu aos ferimentos e morreu.
    A mulher do ex-policial afirmou ao delegado do 26º Distrito Policial, do Sacomã, que não viu de onde partiram os tiros, apenas ouviu os estampidos e percebeu que o marido havia sido atingido. A polícia acredita em crime motivado por alguma desavença. Vieira, que trabalhava com entrega de produtos, saiu da corporação por exoneração e não vinha cumprindo determinação judicial de comparecer a audiências de 3 em 3 meses em processo relativo a violência doméstica.

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    14/04/2010 – Civil – ABC – Santo André
    http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/20 10/04/14/policial+civil+e+executado+e+ar rastado+preso+a+um+carro+9457617.html
    Um policial civil foi morto a tiros e arrastado por cerca de vinte metros preso a um carro por volta das 19h50 de terça-feira, em Santo André, região metropolitana de São Paulo. Cerca de 50 pessoas que estavam na rua testemunharam a ação.
    Douglas Yamashita, 29, investigador do 4º DP da cidade, estacionou o carro na rua 21 de Abril e caminhava em direção ao Clube Atlético Aramaçan, onde iria jogar squash, quando dois homens encapuzados dentro de um Corsa emparelharam e começaram a atirar, segundo a polícia.
    O investigador, baleado várias vezes, caiu no meio fio e foi atropelado pelos criminosos. O corpo dele ficou preso acidentalmente no veículo e acabou arrastado por cerca de 20 metros, antes de se desprender.
    Cerca de 50 pessoas presenciaram a ação, das quais muitas entravam no clube para uma cerimônia de colação de grau. Algumas delas gritaram para avisar os criminosos que o corpo estava preso no carro.
    Yamashita foi levado ao pronto-socorro central de Santo André, mas não resistiu ao ferimentos. O crime foi registrado na mesma delegacia onde o investigador trabalhava. Duas vans adaptadas foram atingidas por balas perdidas, mas ninguém ficou ferido.

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    18/04/2010 – PM – Santos e Guarujá
    http://www.atribuna.com.br/noticias.asp? idnoticia=30513&idDepartamento=11&am p;amp;amp;amp;amp;amp;amp;idCategoria=0
    O ito pessoas são assassinadas em Guarujá e Santos
    Mal havia anoitecido no domingo quando um soldado da Polícia Militar foi abatido a tiros de fuzil enquanto dirigia o seu carro, durante horário de folga, em Vicente de Carvalho. A execução sumária, no entanto, foi apenas o prenúncio de outras quatro, além de duas tentativas de homicídio, que ocorreram nas horas subsequentes naquele distrito de Guarujá.
    A onda de violência que atingiu a região, a começar pelo assassinato do soldado Paulo Raphael Ferreira Pires, de 27 anos, teve início às 18h45. Lotado na Força Tática do 21º BPM/I (Guarujá, ele estava sozinho no seu Fiat Siena, quando foi assassinado na Avenida Santos Dumont, em frente à agência do Banco Itaú, no Pae Cará.
    Sem chance de defesa, foi atacado pelos dois lados do carro e, provavelmente, pelas costas, em razão das marcas de disparos na lataria.
    Concentrada no lado direito do automóvel, a maior parte dos tiros acentua a ideia de que o crime se caracterizou por uma emboscada. O soldado Raphael chegou a ser levado ao Pronto-Socorro de Vicente de Carvalho, mas nada pôde ser feito, porque já estava morto. O delegado Carlos Topfer Schneider esteve no local da execução, onde recolheu dez cartuchos deflagrados de calibre 5.56.
    Capaz de perfurar até a blindagem de carros-fortes, essa munição é utilizada em fuzil AR-15.
    O Siena foi periciado no local do crime, sendo apreendido para análises mais minuciosas nesta segunda-feira. Durante o ataque ao policial militar, o Voyage de um técnico de informática, de 51 anos, também foi atingido. Segundo o motorista deste carro, ele estava parado em um semáforo quando houve os disparos.

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    20/04/2010 – PM & GCM – Cotia
    http://noticias.terra.com.br/brasil/noti cias/0,,OI4390638-EI5030,00.html
    Um policial militar foi morto e dois guardas civis foram baleados em um ataque na cidade de Cotia, na noite desta segunda-feira. Por volta das 20h, de acordo com a Guarda Civil de Cotia, os guardas e o policial militar foram atacados em um posto de gasolina no bairro do Tijuco Preto, por tiros de fuzil e metralhadora disparados por homens que estavam em três carros.
    O PM, que estava à paisana e trabalhava no posto, não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Os dois guardas foram encaminhados ao Centro Cirúrgico do Hospital de Cotia, um deles com ferimentos graves no fêmur. O outro guarda foi alvejado no pé, com menor gravidade. A Polícia e a Guarda Civil detiveram três suspeitos de participação no ataque ainda nesta noite. Um outro suspeito trocou tiros com a Polícia e morreu. Com ele, havia uma grande quantidade de armamento.
    Inicialmente suspeitava-se de um ataque do Primeiro Comando da Capital (PCC), mas a hipótese é posta em dúvida pela Guarda Civil, uma vez que os ataques dessa facção costumam ser simultâneos em vários locais do País. A Polícia espera descobrir a motivação do ataque no depoimento dos três suspeitos detidos.

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    20/04/2010 – Civil – Sorocaba
    http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/20 10/04/investigador-e-morto-durante-abord agem-policial-em-sorocaba.html
    O investigador da Polícia Civil Antonio Carlos Vieira Neto, de 42 anos, foi morto com um tiro na cabeça durante abordagem a dois suspeitos na tarde desta terça-feira (20) em Sorocaba, no interior de São Paulo.
    Ele seguia em um carro de polícia para a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) na companhia de outro policial civil quando viu dois homens pulando o alambrado da linha férrea administrada pela Ferroban, na região central da cidade.
    Neto pediu ao colega que parasse o carro e seguiu em direção à dupla. Antes que fizesse a abordagem, um dos homens sacou um revólver e disparou. Neto morreu na hora.
    Os suspeitos saltaram para a linha e fugiram. O outro policial saiu em perseguição, mas não disparou porque havia transeuntes no local. A Polícia Militar usou um helicóptero na tentativa de localizar o atirador. Policiais civis e militares continuam as buscas.

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    21/04/2010 – Fundação Casa – Zona Leste
    Passou no Jornal da Globo de hoje… Morto Sidnei Gonçalves de 39 anos… EXECUÇÃO (tiro encostado), Coordenador da Fundação Casa, alvejado várias vezes e perseguido por mais de 100 metros…. Uma criança de 3 anos também levou um tiro na nuca…

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    Samogin’s Blog – Alerta de Segurança
    http://samogin.wordpress.com/2010/04/21/ 3744/
    As mortes não param. Semana após semana mais policiais civis, militares e carcereiros são mortos em São Paulo. Há semanas em que dois policiais são assassinados.
    Abatidos por assassinos que ficam de tocaia, eles tombam sem que providências sejam tomadas ou que se abra uma investigação especial para analisar as mortes como um todo e não isoladamente. Nem sequer a providência de enviar para uma mesma delegacia todos os históricos de assassinatos de policiais foi tomada pela Secretaria de Segurança Pública.
    Ficam como casos isolados e sem relação entre sí. No dia 05 de Abril, mais um Policial Civil foi morto. Ele estava dentro de seu veículo, na Rua Almirante Guilhem, no Morumbi. Seu corpo foi encontrado as 10 horas da manhã. Estava com a camisa ensanguentada e foi assassinado a tiros.
    Renato de Moraes Filho tinha 40 anos e a irmão dele disse a polícia que ele saiu de casa para trabalhar um pouco antes das seis horas da manhã. A arma e a carteira funcional dele foram roubadas.
    fONTE: SP AGORA

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    22/04/2010 – Resgate de Presos – Palmital
    http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotid iano/ult95u724266.shtml
    Homens armados invadem cadeia e libertam 19 presos em Palmital (SP)
    Um grupo de cinco homens armados e encapuzados invadiu a cadeia pública de Palmital (414 km de São Paulo) e libertou 19 presos na madrugada desta quinta-feira. Até as 9h50, três criminosos tinham sido recapturados.
    Segundo informações da Polícia Civil, os criminosos invadiram a cadeia por volta das 3h pulando um muro. Os carcereiros que estavam no local ouviram um barulho, mas foram rendidos pelo grupo quando foram verificar.
    Após a fuga dos 19 presos, policiais civis e militares iniciaram buscas na região e conseguiram recapturar três detentos. Por volta das 9h50, as buscas continuavam, com o auxilio de um helicóptero da Polícia Militar.

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    21/04/2010 – PCC pede unificação de “partidos”
    http://oglobo.globo.com/rio/mat/2010/04/ 21/apreensao-de-carta-sobre-uniao-de-fac coes-contra-upps-deixa-prisoes-em-alerta -916403919.asp

    RIO – Uma carta pregando a união entre as facções criminosas do Rio foi apreendida nesta quarta-feira com uma pessoa que visitaria um preso na Penitenciária Vicente Piragibe, no Complexo de Bangu. Como O GLOBO mostrou na terça-feira, a polícia descobriu que traficantes rivais estão se unido para enfrentar o projeto bem-sucedido das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP). A carta, que teria sido escrita por bandidos ligados a uma facção criminosa de São Paulo que atua nos presídios, também estaria circulando pelas favelas do Rio.

    A apreensão no Vicente Piragibe deixou todas as unidades do sistema de sobreaviso. O objetivo é evitar que a carta seja distribuída em outros presídios. No texto, as facções são tratadas como “partidos”. Traficantes pedem a união de todos e pregam assassinatos como represália às ações policiais. A união das facções criminosas foi confirmada por fontes da Secretaria de Segurança.

    Traficantes de pelo menos 45 grandes favelas, como Rocinha e Complexo de São Carlos, teriam se encontrado na Favela da Grota, no Complexo do Alemão, para discutir o pacto entre as facções. Após receber as informações sobre o plano dos bandidos, a polícia iniciou um planejamento para combater a união entre os traficantes. O objetivo é montar uma equipe exclusiva de agentes para acompanhar e prender os principais traficantes do estado. O novo grupo atuaria nos mesmos moldes do que combateu a milícia da Zona Oeste.

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    23/04/2010 – Agente Penitenciário – Carapicuíba
    http://www.spagora.com.br/index.php?opti on=com_content&view=article&id=4 19:agente-penitenciario-baleado-e-base-a tacada-em-sao-paulo&catid=52:policia &Itemid=76

    Os dois casos aconteceram em Carapicuiba, Grande São Paulo, na noite de sexta-feira, 23.No primeiro caso bandidos passaram atirando contra a base do 3° Batalhão da Polícia Militar. Os Pms que estavam de plantão revidaram e ouve intenso tiroteio. Um bandido morreu, um fugiu e um foi preso, conhecido como “Pixote”, que disse pertencer ao PCC – Primeiro Comando da Capital, facção criminosa que age em São Paulo, dentro e fora dos presídios.

    No Jardim de Abril, o agente penitenciário Reginaldo Alves chegava em casa com sua noiva, quando bandidos cerceram seu carro – um Fiat Uno – e fizeram vários disparos, acertando Reginaldo e sua noiva. Ambos foram internados no Hospital Universitário. Reginaldo trabalha no CDP – Centro de Detenção Provisória de Osasco. Os bandidos fugiram. Neste caso a polícia civil também trabalha com a hipótese de o ataque ter sido uma ordem do PCC.

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    26/04/2010 – Taubaté: PM é morto após ser baleado na nuca

    O Policial Militar, J. B., morreu na manhã desta sexta-feira (26), após levar dois tiros na nuca, no bairro Parque Aeroporto, em Taubaté.

    O cabo que estava de folga e veio na cidade de Taubaté para visitar sua irmã, quando dois rapazes, em uma bicicleta, dispararam os tiros.

    Ele foi levado para o Hospital Regional da cidade e por volta das 6h00 de hoje, faleceu. O caso será investigado pela Polícia Civil.

    http://www.agoravale.com.br/agoravale/no ticias.asp?id=22793&cod=3

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    26/04/10 – Escuta do exército flagra PCC
    http://www.diariosp.com.br/Noticias/Dia- a-dia/4318/Escuta+do+Exercito+flagra+ord em+de+ataques

    O setor de inteligência do Exército interceptou na semana passada o telefonema de um integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC) de dentro da Penitenciária de Mirandópolis, a 594 quilômetros de São Paulo, ordenando ataques a bases policiais e delegacias no litoral Sul paulista. A ação, que teria sido chamada de “Operação Armagedon” pela facção, seria em represália à morte do parente de um líder da crime organizado em confronto com a PM. O criminoso seria um primo de Marcos Herbas Camacho, o Marcola, apontado pela polícia como o principal chefe do PCC.

    “Um integrante do PCC morreu em tiroteio em março, quando se preparava para roubar caixas eletrônicos. Apreendemos muitas armas”, confirmou o major José Messina Filho, comandante da PM em Guarujá.

    Na ligação, ouvida pela 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea de Santos, os bandidos falavam ainda sobre um sítio em Santos onde estariam guardados fuzis.

    A informação foi repassada à cúpula da Segurança Pública do estado e à Polícia Federal na sexta-feira e confirmada ao DIÁRIO por policiais do Departamento de Polícia Judiciária (Deinter-6), que comanda a Polícia Civil no litoral, do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) e Polícia Militar. Oficialmente, o Exército e a Secretaria da Segurança Pública negam o fato.

    “O Exército não é órgão de segurança pública, não fazemos guerra eletrônica (escutas)”, disse o comandante da brigada antiaérea, general Luis Antonio dos Santos. A Secretaria da Segurança diz que o reforço das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) na região, após mais de 17 assassinatos é para “transmitir sensação de segurança à população”.

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    29/04/2010 – Preso homem com dinamite
    http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/20 10/04/homem-e-preso-com-3-kg-de-dinamite -perto-de-delegacia-em-sp.html

    Homem é preso com 3 kg de dinamite perto de delegacia em SP
    Segundo a polícia, material seria usado para explodir a delegacia.
    Denúncia levou policiais ao suspeito.
    Um jovem de 18 anos foi preso na madrugada desta quinta-feira (29) na região de Lageado, Zona Leste de São Paulo, com uma sacola com cerca de 3 kg de dinamite. Segundo a polícia, o material seria usado para explodir uma delegacia.
    A polícia foi avisada por telefone de que um homem estaria a caminho 68º Distrito Policial, no mesmo bairro, com os explosivos. Com as informações recebidas pelo disque-denúncia, os PMs prenderam o rapaz.
    “Nessa abordagem tomamos a maior cautela, visto que era material explosivo, e graças a Deus conseguimos deter o indivíduo”, explicou o soldado da PM Francisco Luis de Morais Pereira.
    O rapaz foi preso em flagrante por porte de material explosivo a cerca de 250 metros da delegacia. Ao ser questionado pelos policiais, ele apresentou informações contraditórias para os planos que teria para a dinamite.
    “A princípio a história que ele contou foi que ele tinha achado esse artefato na área central e que estava trazendo para jogar em um rio. Depois, após ser perguntado novamente, contou que iria vender em algum lugar por cerca de R$ 100, R$ 150. E outras várias histórias que eles costumam contar para a gente”, disse o soldado Vítor Souza de Almeida.

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    01/05/2010 – Civil – Zona Norte
    http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/20 10/05/policial-civil-e-morto-em-tentativ a-de-assalto-na-zona-norte-de-sp.html

    Um policial civil de 40 anos foi morto na noite de sexta-feira (30) na Vila Brasilândia, Zona Norte de São Paulo, durante uma tentativa de assalto.
    De acordo com a polícia, a vítima, que atuava como investigador no Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra), estava em uma moto quando foi abordada por três criminosos em um semáforo do bairro.
    Os assaltantes queriam levar a moto do policial, que reagiu. Durante o tiroteio, o investigador foi baleado, assim como dois dos suspeitos. O policial foi socorrido, mas morreu no hospital.
    Um dos assaltantes baleados segue foragido, mas já foi identificado pela polícia. O outro suspeito ferido e o terceiro envolvido foram presos. O carro usado pelos criminosos foi abandonado em um bairro vizinho.
    O caso foi encaminhado para o Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic).
    Suspeito morto
    Um suspeito foi morto durante uma tentativa de assalto a um capitão da Polícia Militar na noite de sexta na Zona Leste de São Paulo. Segundo a polícia, o oficial estava dentro de um carro e reagiu. Ele foi atingido por um tiro de raspão no rosto. Outro dois suspeitos de participação no crime conseguiram fugir.

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    01/05/2010 – Carcereiro – São Joaquim da Barra
    http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/20 10/05/carcereiro-e-morto-durante-fuga-de -presos-no-interior-de-sp.html

    Um carcereiro de 56 anos foi morto na noite de sexta-feira (30) na Cadeia Pública de São Joaquim da Barra, a 382 km de São Paulo, durante uma fuga de presos do local. Segundo a Polícia Militar, dos sete detentos que conseguiram escapar, seis haviam sido recapturados até 7h20 deste sábado (1º).
    De acordo com a PM, um dos presos envolvidos na fuga fingiu passar mal para sair da cela e ser atendido por um médico. Na volta para a carceragem, o carcereiro que o levava foi imobilizado por outro detento. A vítima chegou a ser socorrida, mas morreu por asfixia.
    Os dois presos pegaram as chaves que estavam com o carcereiro e abriram outras celas, permitindo a fuga de mais detentos.
    Cinco dos fugitivos foram presos até o meio da madrugada deste sábado. O sexto recapturado foi encontrado, por volta das 7h escondido em uma casa próxima à cadeia, segundo a PM.
    Com capacidade para 31 presos, a Cadeia Pública da cidade abriga atualmente 74.

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    02/05/2010
    02/05/2010 – PM – Diadema
    http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotid iano/ult95u729273.shtml

    Um soldado da Polícia Militar foi morto na noite de domingo (2) após ser atingido por sete tiros na frente de sua casa, no bairro Santa Teresinha, em Diadema (Grande São Paulo). Ninguém foi preso pelo crime.

    Segundo informações da polícia, o soldado estava acompanhado de amigos e parentes em frente a sua casa, quando um Honda Fit prata, com duas pessoas em seu interior, parou na frente da residência. Um dos homens desceu do veículo e disparou diversas vezes contra o policial. Ele foi atingido sete vezes.

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    04/05/2010 – Escrivão – Capão Redondo
    http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/20 10/05/escrivao-e-assassinado-dentro-de-b ar-na-zona-sul-de-sp.html

    Um policial civil foi executado na note de segunda-feira (3) dentro de um bar na região do Capão Redondo, na Zona Sul de São Paulo. O atirador fugiu sem levar nada.
    O escrivão Antônio José Araújo de Oliveira estava sozinho no bar quando foi baleado. Ele morava a 100 metros do local há cerca de 20 anos, e tinha saído de casa para comer um pastel.
    Vizinhos disseram que o bandido chegou a pé e atirou cinco vezes. Três tiros acertaram o escrivão. Em seguida, o homem foi embora sem levar nada da vítima – segundo a polícia, um forte indício de que se trata de uma execução.
    Depois de atirar, ele foi visto por testemunhas fugindo a pé por uma viela. “Só foi vista uma pessoa, inicialmente nós pensávamos que eram dois em uma moto, mas posteriormente uma testemunha disse que seria uma pessoa de 1,70 metro e roupa escura”, disse o delegado Carlos Alberto Delaye.
    O escrivão trabalhava havia um ano no 92º Distrito Policial, no Parque Santo Antônio, também na Zona Sul. O delegado lamentou a morte do colega, e ainda não sabe o motivo do crime. “Não tenho ideia, pela personalidade dele ele era bem pacato. Ele era músico, poeta, gostava muito de música”, disse Delaye.

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    14/05/2010 – Agente é morto na frente da filha

    http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/…/not_imp552166,0.php

    Agente é morto na frente da filha
    Dois homens invadiram quitanda e dispararam várias vezes contra cabeça da vítima que não suportou. Crime ocorreu no Marengo
    Execução ocorreu em uma quitanda, localizada na rua Joaquim Manoel de Macedo, no Marengo
    O agente penitenciário Mário Rezende Junior, de 53 anos, foi executado na frente da própria filha de 7 anos ontem à tarde no Parque Marengo, em Itaquá. O assassinato ocorreu dentro de uma quitanda de frutas. Dois homens invadiram o estabelecimento e atiraram várias vezes contra a vítima, que chegou ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.
    Por volta das 15 horas, Junior entrou com a filha no comércio, que fica na rua Joaquim Manoel de Macedo. No local, havia apenas uma funcionária. Os atiradores chegaram em um Santana verde e entraram na quitanda com armas em punho, procurando pelo agente. Quando o avistaram, os criminosos dispararam contra a cabeça de Mário Junior. A ação durou menos de um minuto. Imediatamente, dezenas de pessoas se aglomeraram, apavoradas, em volta da vítima.
    Segundo apurou a reportagem, o barulho do motor de uma moto foi ouvido por populares, o que levanta a suspeita de que mais pessoas participaram do crime, dando cobertura aos atiradores. A polícia acredita que a morte foi encomendada, já que os bandidos não chegaram a discutir com a vítima.
    Junior chegou a ser socorrido, mas morreu por volta das 15h30, antes mesmo de dar entrada no Pronto-Socorro do Hospital Santa Marcelina.
    De acordo com testemunhas, a vítima trabalhava no Centro de Detenção Provisório (CDP), em Suzano, e era visto com frequência fazendo compras em lojas e sacando dinheiro em um caixa eletrônico que fica na rua onde foi assassinado. O corpo do agente será sepultado hoje, em local e horário não divulgado pela família, que preferiu não comentar o caso.
    Policiais militares foram até o local do crime e realizaram buscas pelo bairro, mas não encontraram os assassinos. O caso foi registrado na delegacia central de Itaquá, que fica na avenida Emancipação, e encaminhado ao setor de investigação da Polícia Civil, que vai apurar se o homem tinha recebido ameaças de morte nos últimos dias ou teria se envolvido em alguma briga. Outra hipótese levantada pela polícia foi a liberdade provisório dada a vários presos no último dias das mães, sendo que muitos ainda não retornaram ao CDP.

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  2. http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/20 10/02/13/soldado+da+pm+e+morto+a+tiros+e m+diadema+sp+9397090.html
    O soldado René Avancini, de 42 anos, foi morto, por volta da 0h15 deste sábado ao tentar escapar de dois desconhecidos, um deles armado, na Rua Amélia Eugênia, no bairro da Chácara Húngara, em Diadema, na Grande São Paulo.
    Armado com um revólver calibre 38, particular, de folga e ocupando uma moto, o soldado, que era lotado no Centro de Suprimentos e Manutenção (CSM) da Polícia Militar, na zona leste de São Paulo, conversava com uma pessoa quando foi abordado pela dupla.
    Segundo testemunhas, os dois criminosos não chegaram a anunciar assalto. Um deles sacou uma arma e apontou para René, que ainda teve tempo de acelerar a moto, mas foi baleado nas costas. Um segundo tiro teria acertado o coldre do policial. René ainda percorreu cerca de 500 metros com a moto, caindo na Rua São Luiz.
    Uma equipe do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) foi acionada, mas ao chegar ao local encontrou o soldado já morto. Nem a arma nem o revólver da vítima foram levados. O caso foi registrado como homicídio no 1º Distrito Policial de Diadema.

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    14/03/2010 – PM – Grande SP ZN
    http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotid iano/ult95u706634.shtml
    PM é morto após tentativa de assalto na zona norte de SP
    Colaboração para a Folha Online
    Um policial militar foi morto no início da madrugada deste domingo após reagir a uma tentativa de assalto na zona norte de São Paulo. De acordo com a Polícia Militar, o crime aconteceu na rua Estevão Mélio, na altura do número 567, no bairro Vila Maria Alta.
    Após ser baleado, o policial chegou a ser socorrido para o pronto-socorro Ermelino Matarazzo, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
    Ninguém havia sido preso até a manhã deste domingo.

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    16/03/2010 – PM – Pindamonhangaba
    http://www.valenews.com.br/policial/7767 -policial-e-morto-a-tiros-no-alto-do-tab au-em-pindamonhangaba.html
    Por volta das 12h10 desta terça-feira (16), um policial foi morto a tiros no semáforo da Rua General Júlio Salgado, esquina com Eloy Chaves, no bairro Alto do Tabau.
    O fato aconteceu quando o policial, que estava à paisana, parou com sua motocicleta no semáforo, sendo abordado por indivíduos em duas motos. Logo em seguida ouviram-se quatro disparos contra o policial, que estava com sua irmã na garupa da moto. Os bandidos fugiram imediatamente, um deles conduzindo uma motocicleta Falcon, sentido centro-bairro.
    Segundo informações a vítima tinha acabado de sacar R$ 12 mil em dinheiro, em uma agencia bancária, o que pode ter sido o motivo do crime. Na fuga os bandidos não levaram o dinheiro, mas roubaram a arma do policial.
    A vítima foi identificada como Marcelo de Oliveira de 38 anos, soldado da Polícia Militar há 13 anos, Marcelo atuava na Força Tática de Taubaté. O PM chegou a ser socorrido com vida, mas não resistiu aos ferimentos.
    policialassassinadoaltotabau1 6032010-2
    Policiais envolvidos nas buscas dos criminosos
    Viaturas da PM, base móvel, ROCAM, polícia civil de Taubaté e um helicóptero auxiliaram nas buscas dos criminosos, um deles foi localizado nas imediações do bairro cidade nova em uma falcon vermelha, houve perseguição e o suspeito foi detido.
    A equipe da Polícia Militar continua nas buscas aos outros bandidos.

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    05/04/2010 – Civil – SP – Morumbi
    http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0, ,MUL1557839-5605,00.html
    O corpo de um policial civil de 40 anos foi encontrado na manhã desta segunda-feira (5) dentro de um carro no bairro do Morumbi, Zona Sul de São Paulo. A Polícia Militar foi acionada por moradores e quando chegou ao local, na Rua Almirante Aristides Guilhem, encontrou o corpo do policial dentro de um Palio preto.
    De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, não havia marcas de luta ou resistência no corpo da vítima, apenas um ferimento provocado – aparentemente – por arma de fogo. Segundo familiares do policial, ele havia saído de casa para o trabalho por volta das 5h40 desta segunda.
    Sua arma e sua funcional da Polícia Civil não foram encontradas no local. O caso será investigado agora pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que fará uma nova perícia no carro e no local do crime.

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    10/04/2010 – Civil – Grande SP
    http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/20 10/04/10/ex+policial+civil+e+morto+a+tir os+na+zona+sul+de+sp+9454331.html
    O autônomo e ex-policial Mauro de Souza Vieira, de 42 anos, foi morto a tiros por volta das 21 horas de ontem, quando trafegava em sua van, do tipo furgão, no Jardim da Saúde, zona sul de São Paulo. Ao lado da mulher, Vieira foi atingido no peito por um dos três tiros disparados contra ele.
    Os outros dois atingiram o veículo. Mesmo levada por policiais militares da 3ª Companhia do 46º Batalhão para o pronto-socorro Heliópolis, a vítima não resistiu aos ferimentos e morreu.
    A mulher do ex-policial afirmou ao delegado do 26º Distrito Policial, do Sacomã, que não viu de onde partiram os tiros, apenas ouviu os estampidos e percebeu que o marido havia sido atingido. A polícia acredita em crime motivado por alguma desavença. Vieira, que trabalhava com entrega de produtos, saiu da corporação por exoneração e não vinha cumprindo determinação judicial de comparecer a audiências de 3 em 3 meses em processo relativo a violência doméstica.

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    14/04/2010 – Civil – ABC – Santo André
    http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/20 10/04/14/policial+civil+e+executado+e+ar rastado+preso+a+um+carro+9457617.html
    Um policial civil foi morto a tiros e arrastado por cerca de vinte metros preso a um carro por volta das 19h50 de terça-feira, em Santo André, região metropolitana de São Paulo. Cerca de 50 pessoas que estavam na rua testemunharam a ação.
    Douglas Yamashita, 29, investigador do 4º DP da cidade, estacionou o carro na rua 21 de Abril e caminhava em direção ao Clube Atlético Aramaçan, onde iria jogar squash, quando dois homens encapuzados dentro de um Corsa emparelharam e começaram a atirar, segundo a polícia.
    O investigador, baleado várias vezes, caiu no meio fio e foi atropelado pelos criminosos. O corpo dele ficou preso acidentalmente no veículo e acabou arrastado por cerca de 20 metros, antes de se desprender.
    Cerca de 50 pessoas presenciaram a ação, das quais muitas entravam no clube para uma cerimônia de colação de grau. Algumas delas gritaram para avisar os criminosos que o corpo estava preso no carro.
    Yamashita foi levado ao pronto-socorro central de Santo André, mas não resistiu ao ferimentos. O crime foi registrado na mesma delegacia onde o investigador trabalhava. Duas vans adaptadas foram atingidas por balas perdidas, mas ninguém ficou ferido.

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    18/04/2010 – PM – Santos e Guarujá
    http://www.atribuna.com.br/noticias.asp? idnoticia=30513&idDepartamento=11&am p;amp;amp;amp;amp;amp;amp;idCategoria=0
    O ito pessoas são assassinadas em Guarujá e Santos
    Mal havia anoitecido no domingo quando um soldado da Polícia Militar foi abatido a tiros de fuzil enquanto dirigia o seu carro, durante horário de folga, em Vicente de Carvalho. A execução sumária, no entanto, foi apenas o prenúncio de outras quatro, além de duas tentativas de homicídio, que ocorreram nas horas subsequentes naquele distrito de Guarujá.
    A onda de violência que atingiu a região, a começar pelo assassinato do soldado Paulo Raphael Ferreira Pires, de 27 anos, teve início às 18h45. Lotado na Força Tática do 21º BPM/I (Guarujá, ele estava sozinho no seu Fiat Siena, quando foi assassinado na Avenida Santos Dumont, em frente à agência do Banco Itaú, no Pae Cará.
    Sem chance de defesa, foi atacado pelos dois lados do carro e, provavelmente, pelas costas, em razão das marcas de disparos na lataria.
    Concentrada no lado direito do automóvel, a maior parte dos tiros acentua a ideia de que o crime se caracterizou por uma emboscada. O soldado Raphael chegou a ser levado ao Pronto-Socorro de Vicente de Carvalho, mas nada pôde ser feito, porque já estava morto. O delegado Carlos Topfer Schneider esteve no local da execução, onde recolheu dez cartuchos deflagrados de calibre 5.56.
    Capaz de perfurar até a blindagem de carros-fortes, essa munição é utilizada em fuzil AR-15.
    O Siena foi periciado no local do crime, sendo apreendido para análises mais minuciosas nesta segunda-feira. Durante o ataque ao policial militar, o Voyage de um técnico de informática, de 51 anos, também foi atingido. Segundo o motorista deste carro, ele estava parado em um semáforo quando houve os disparos.

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    20/04/2010 – PM & GCM – Cotia
    http://noticias.terra.com.br/brasil/noti cias/0,,OI4390638-EI5030,00.html
    Um policial militar foi morto e dois guardas civis foram baleados em um ataque na cidade de Cotia, na noite desta segunda-feira. Por volta das 20h, de acordo com a Guarda Civil de Cotia, os guardas e o policial militar foram atacados em um posto de gasolina no bairro do Tijuco Preto, por tiros de fuzil e metralhadora disparados por homens que estavam em três carros.
    O PM, que estava à paisana e trabalhava no posto, não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Os dois guardas foram encaminhados ao Centro Cirúrgico do Hospital de Cotia, um deles com ferimentos graves no fêmur. O outro guarda foi alvejado no pé, com menor gravidade. A Polícia e a Guarda Civil detiveram três suspeitos de participação no ataque ainda nesta noite. Um outro suspeito trocou tiros com a Polícia e morreu. Com ele, havia uma grande quantidade de armamento.
    Inicialmente suspeitava-se de um ataque do Primeiro Comando da Capital (PCC), mas a hipótese é posta em dúvida pela Guarda Civil, uma vez que os ataques dessa facção costumam ser simultâneos em vários locais do País. A Polícia espera descobrir a motivação do ataque no depoimento dos três suspeitos detidos.

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    20/04/2010 – Civil – Sorocaba
    http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/20 10/04/investigador-e-morto-durante-abord agem-policial-em-sorocaba.html
    O investigador da Polícia Civil Antonio Carlos Vieira Neto, de 42 anos, foi morto com um tiro na cabeça durante abordagem a dois suspeitos na tarde desta terça-feira (20) em Sorocaba, no interior de São Paulo.
    Ele seguia em um carro de polícia para a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) na companhia de outro policial civil quando viu dois homens pulando o alambrado da linha férrea administrada pela Ferroban, na região central da cidade.
    Neto pediu ao colega que parasse o carro e seguiu em direção à dupla. Antes que fizesse a abordagem, um dos homens sacou um revólver e disparou. Neto morreu na hora.
    Os suspeitos saltaram para a linha e fugiram. O outro policial saiu em perseguição, mas não disparou porque havia transeuntes no local. A Polícia Militar usou um helicóptero na tentativa de localizar o atirador. Policiais civis e militares continuam as buscas.

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    21/04/2010 – Fundação Casa – Zona Leste
    Passou no Jornal da Globo de hoje… Morto Sidnei Gonçalves de 39 anos… EXECUÇÃO (tiro encostado), Coordenador da Fundação Casa, alvejado várias vezes e perseguido por mais de 100 metros…. Uma criança de 3 anos também levou um tiro na nuca…

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    Samogin’s Blog – Alerta de Segurança
    http://samogin.wordpress.com/2010/04/21/ 3744/
    As mortes não param. Semana após semana mais policiais civis, militares e carcereiros são mortos em São Paulo. Há semanas em que dois policiais são assassinados.
    Abatidos por assassinos que ficam de tocaia, eles tombam sem que providências sejam tomadas ou que se abra uma investigação especial para analisar as mortes como um todo e não isoladamente. Nem sequer a providência de enviar para uma mesma delegacia todos os históricos de assassinatos de policiais foi tomada pela Secretaria de Segurança Pública.
    Ficam como casos isolados e sem relação entre sí. No dia 05 de Abril, mais um Policial Civil foi morto. Ele estava dentro de seu veículo, na Rua Almirante Guilhem, no Morumbi. Seu corpo foi encontrado as 10 horas da manhã. Estava com a camisa ensanguentada e foi assassinado a tiros.
    Renato de Moraes Filho tinha 40 anos e a irmão dele disse a polícia que ele saiu de casa para trabalhar um pouco antes das seis horas da manhã. A arma e a carteira funcional dele foram roubadas.
    fONTE: SP AGORA

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    22/04/2010 – Resgate de Presos – Palmital
    http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotid iano/ult95u724266.shtml
    Homens armados invadem cadeia e libertam 19 presos em Palmital (SP)
    Um grupo de cinco homens armados e encapuzados invadiu a cadeia pública de Palmital (414 km de São Paulo) e libertou 19 presos na madrugada desta quinta-feira. Até as 9h50, três criminosos tinham sido recapturados.
    Segundo informações da Polícia Civil, os criminosos invadiram a cadeia por volta das 3h pulando um muro. Os carcereiros que estavam no local ouviram um barulho, mas foram rendidos pelo grupo quando foram verificar.
    Após a fuga dos 19 presos, policiais civis e militares iniciaram buscas na região e conseguiram recapturar três detentos. Por volta das 9h50, as buscas continuavam, com o auxilio de um helicóptero da Polícia Militar.

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    21/04/2010 – PCC pede unificação de “partidos”
    http://oglobo.globo.com/rio/mat/2010/04/ 21/apreensao-de-carta-sobre-uniao-de-fac coes-contra-upps-deixa-prisoes-em-alerta -916403919.asp

    RIO – Uma carta pregando a união entre as facções criminosas do Rio foi apreendida nesta quarta-feira com uma pessoa que visitaria um preso na Penitenciária Vicente Piragibe, no Complexo de Bangu. Como O GLOBO mostrou na terça-feira, a polícia descobriu que traficantes rivais estão se unido para enfrentar o projeto bem-sucedido das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP). A carta, que teria sido escrita por bandidos ligados a uma facção criminosa de São Paulo que atua nos presídios, também estaria circulando pelas favelas do Rio.

    A apreensão no Vicente Piragibe deixou todas as unidades do sistema de sobreaviso. O objetivo é evitar que a carta seja distribuída em outros presídios. No texto, as facções são tratadas como “partidos”. Traficantes pedem a união de todos e pregam assassinatos como represália às ações policiais. A união das facções criminosas foi confirmada por fontes da Secretaria de Segurança.

    Traficantes de pelo menos 45 grandes favelas, como Rocinha e Complexo de São Carlos, teriam se encontrado na Favela da Grota, no Complexo do Alemão, para discutir o pacto entre as facções. Após receber as informações sobre o plano dos bandidos, a polícia iniciou um planejamento para combater a união entre os traficantes. O objetivo é montar uma equipe exclusiva de agentes para acompanhar e prender os principais traficantes do estado. O novo grupo atuaria nos mesmos moldes do que combateu a milícia da Zona Oeste.

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    23/04/2010 – Agente Penitenciário – Carapicuíba
    http://www.spagora.com.br/index.php?opti on=com_content&view=article&id=4 19:agente-penitenciario-baleado-e-base-a tacada-em-sao-paulo&catid=52:policia &Itemid=76

    Os dois casos aconteceram em Carapicuiba, Grande São Paulo, na noite de sexta-feira, 23.No primeiro caso bandidos passaram atirando contra a base do 3° Batalhão da Polícia Militar. Os Pms que estavam de plantão revidaram e ouve intenso tiroteio. Um bandido morreu, um fugiu e um foi preso, conhecido como “Pixote”, que disse pertencer ao PCC – Primeiro Comando da Capital, facção criminosa que age em São Paulo, dentro e fora dos presídios.

    No Jardim de Abril, o agente penitenciário Reginaldo Alves chegava em casa com sua noiva, quando bandidos cerceram seu carro – um Fiat Uno – e fizeram vários disparos, acertando Reginaldo e sua noiva. Ambos foram internados no Hospital Universitário. Reginaldo trabalha no CDP – Centro de Detenção Provisória de Osasco. Os bandidos fugiram. Neste caso a polícia civil também trabalha com a hipótese de o ataque ter sido uma ordem do PCC.

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    26/04/2010 – Taubaté: PM é morto após ser baleado na nuca

    O Policial Militar, J. B., morreu na manhã desta sexta-feira (26), após levar dois tiros na nuca, no bairro Parque Aeroporto, em Taubaté.

    O cabo que estava de folga e veio na cidade de Taubaté para visitar sua irmã, quando dois rapazes, em uma bicicleta, dispararam os tiros.

    Ele foi levado para o Hospital Regional da cidade e por volta das 6h00 de hoje, faleceu. O caso será investigado pela Polícia Civil.

    http://www.agoravale.com.br/agoravale/no ticias.asp?id=22793&cod=3

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    26/04/10 – Escuta do exército flagra PCC
    http://www.diariosp.com.br/Noticias/Dia- a-dia/4318/Escuta+do+Exercito+flagra+ord em+de+ataques

    O setor de inteligência do Exército interceptou na semana passada o telefonema de um integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC) de dentro da Penitenciária de Mirandópolis, a 594 quilômetros de São Paulo, ordenando ataques a bases policiais e delegacias no litoral Sul paulista. A ação, que teria sido chamada de “Operação Armagedon” pela facção, seria em represália à morte do parente de um líder da crime organizado em confronto com a PM. O criminoso seria um primo de Marcos Herbas Camacho, o Marcola, apontado pela polícia como o principal chefe do PCC.

    “Um integrante do PCC morreu em tiroteio em março, quando se preparava para roubar caixas eletrônicos. Apreendemos muitas armas”, confirmou o major José Messina Filho, comandante da PM em Guarujá.

    Na ligação, ouvida pela 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea de Santos, os bandidos falavam ainda sobre um sítio em Santos onde estariam guardados fuzis.

    A informação foi repassada à cúpula da Segurança Pública do estado e à Polícia Federal na sexta-feira e confirmada ao DIÁRIO por policiais do Departamento de Polícia Judiciária (Deinter-6), que comanda a Polícia Civil no litoral, do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) e Polícia Militar. Oficialmente, o Exército e a Secretaria da Segurança Pública negam o fato.

    “O Exército não é órgão de segurança pública, não fazemos guerra eletrônica (escutas)”, disse o comandante da brigada antiaérea, general Luis Antonio dos Santos. A Secretaria da Segurança diz que o reforço das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) na região, após mais de 17 assassinatos é para “transmitir sensação de segurança à população”.

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    29/04/2010 – Preso homem com dinamite
    http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/20 10/04/homem-e-preso-com-3-kg-de-dinamite -perto-de-delegacia-em-sp.html

    Homem é preso com 3 kg de dinamite perto de delegacia em SP
    Segundo a polícia, material seria usado para explodir a delegacia.
    Denúncia levou policiais ao suspeito.
    Um jovem de 18 anos foi preso na madrugada desta quinta-feira (29) na região de Lageado, Zona Leste de São Paulo, com uma sacola com cerca de 3 kg de dinamite. Segundo a polícia, o material seria usado para explodir uma delegacia.
    A polícia foi avisada por telefone de que um homem estaria a caminho 68º Distrito Policial, no mesmo bairro, com os explosivos. Com as informações recebidas pelo disque-denúncia, os PMs prenderam o rapaz.
    “Nessa abordagem tomamos a maior cautela, visto que era material explosivo, e graças a Deus conseguimos deter o indivíduo”, explicou o soldado da PM Francisco Luis de Morais Pereira.
    O rapaz foi preso em flagrante por porte de material explosivo a cerca de 250 metros da delegacia. Ao ser questionado pelos policiais, ele apresentou informações contraditórias para os planos que teria para a dinamite.
    “A princípio a história que ele contou foi que ele tinha achado esse artefato na área central e que estava trazendo para jogar em um rio. Depois, após ser perguntado novamente, contou que iria vender em algum lugar por cerca de R$ 100, R$ 150. E outras várias histórias que eles costumam contar para a gente”, disse o soldado Vítor Souza de Almeida.

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    01/05/2010 – Civil – Zona Norte
    http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/20 10/05/policial-civil-e-morto-em-tentativ a-de-assalto-na-zona-norte-de-sp.html

    Um policial civil de 40 anos foi morto na noite de sexta-feira (30) na Vila Brasilândia, Zona Norte de São Paulo, durante uma tentativa de assalto.
    De acordo com a polícia, a vítima, que atuava como investigador no Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra), estava em uma moto quando foi abordada por três criminosos em um semáforo do bairro.
    Os assaltantes queriam levar a moto do policial, que reagiu. Durante o tiroteio, o investigador foi baleado, assim como dois dos suspeitos. O policial foi socorrido, mas morreu no hospital.
    Um dos assaltantes baleados segue foragido, mas já foi identificado pela polícia. O outro suspeito ferido e o terceiro envolvido foram presos. O carro usado pelos criminosos foi abandonado em um bairro vizinho.
    O caso foi encaminhado para o Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic).
    Suspeito morto
    Um suspeito foi morto durante uma tentativa de assalto a um capitão da Polícia Militar na noite de sexta na Zona Leste de São Paulo. Segundo a polícia, o oficial estava dentro de um carro e reagiu. Ele foi atingido por um tiro de raspão no rosto. Outro dois suspeitos de participação no crime conseguiram fugir.

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    01/05/2010 – Carcereiro – São Joaquim da Barra
    http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/20 10/05/carcereiro-e-morto-durante-fuga-de -presos-no-interior-de-sp.html

    Um carcereiro de 56 anos foi morto na noite de sexta-feira (30) na Cadeia Pública de São Joaquim da Barra, a 382 km de São Paulo, durante uma fuga de presos do local. Segundo a Polícia Militar, dos sete detentos que conseguiram escapar, seis haviam sido recapturados até 7h20 deste sábado (1º).
    De acordo com a PM, um dos presos envolvidos na fuga fingiu passar mal para sair da cela e ser atendido por um médico. Na volta para a carceragem, o carcereiro que o levava foi imobilizado por outro detento. A vítima chegou a ser socorrida, mas morreu por asfixia.
    Os dois presos pegaram as chaves que estavam com o carcereiro e abriram outras celas, permitindo a fuga de mais detentos.
    Cinco dos fugitivos foram presos até o meio da madrugada deste sábado. O sexto recapturado foi encontrado, por volta das 7h escondido em uma casa próxima à cadeia, segundo a PM.
    Com capacidade para 31 presos, a Cadeia Pública da cidade abriga atualmente 74.

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    02/05/2010
    02/05/2010 – PM – Diadema
    http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotid iano/ult95u729273.shtml

    Um soldado da Polícia Militar foi morto na noite de domingo (2) após ser atingido por sete tiros na frente de sua casa, no bairro Santa Teresinha, em Diadema (Grande São Paulo). Ninguém foi preso pelo crime.

    Segundo informações da polícia, o soldado estava acompanhado de amigos e parentes em frente a sua casa, quando um Honda Fit prata, com duas pessoas em seu interior, parou na frente da residência. Um dos homens desceu do veículo e disparou diversas vezes contra o policial. Ele foi atingido sete vezes.

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    04/05/2010 – Escrivão – Capão Redondo
    http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/20 10/05/escrivao-e-assassinado-dentro-de-b ar-na-zona-sul-de-sp.html

    Um policial civil foi executado na note de segunda-feira (3) dentro de um bar na região do Capão Redondo, na Zona Sul de São Paulo. O atirador fugiu sem levar nada.
    O escrivão Antônio José Araújo de Oliveira estava sozinho no bar quando foi baleado. Ele morava a 100 metros do local há cerca de 20 anos, e tinha saído de casa para comer um pastel.
    Vizinhos disseram que o bandido chegou a pé e atirou cinco vezes. Três tiros acertaram o escrivão. Em seguida, o homem foi embora sem levar nada da vítima – segundo a polícia, um forte indício de que se trata de uma execução.
    Depois de atirar, ele foi visto por testemunhas fugindo a pé por uma viela. “Só foi vista uma pessoa, inicialmente nós pensávamos que eram dois em uma moto, mas posteriormente uma testemunha disse que seria uma pessoa de 1,70 metro e roupa escura”, disse o delegado Carlos Alberto Delaye.
    O escrivão trabalhava havia um ano no 92º Distrito Policial, no Parque Santo Antônio, também na Zona Sul. O delegado lamentou a morte do colega, e ainda não sabe o motivo do crime. “Não tenho ideia, pela personalidade dele ele era bem pacato. Ele era músico, poeta, gostava muito de música”, disse Delaye.

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    14/05/2010 – Agente é morto na frente da filha

    http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/…/not_imp552166,0.php

    Agente é morto na frente da filha
    Dois homens invadiram quitanda e dispararam várias vezes contra cabeça da vítima que não suportou. Crime ocorreu no Marengo
    Execução ocorreu em uma quitanda, localizada na rua Joaquim Manoel de Macedo, no Marengo
    O agente penitenciário Mário Rezende Junior, de 53 anos, foi executado na frente da própria filha de 7 anos ontem à tarde no Parque Marengo, em Itaquá. O assassinato ocorreu dentro de uma quitanda de frutas. Dois homens invadiram o estabelecimento e atiraram várias vezes contra a vítima, que chegou ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.
    Por volta das 15 horas, Junior entrou com a filha no comércio, que fica na rua Joaquim Manoel de Macedo. No local, havia apenas uma funcionária. Os atiradores chegaram em um Santana verde e entraram na quitanda com armas em punho, procurando pelo agente. Quando o avistaram, os criminosos dispararam contra a cabeça de Mário Junior. A ação durou menos de um minuto. Imediatamente, dezenas de pessoas se aglomeraram, apavoradas, em volta da vítima.
    Segundo apurou a reportagem, o barulho do motor de uma moto foi ouvido por populares, o que levanta a suspeita de que mais pessoas participaram do crime, dando cobertura aos atiradores. A polícia acredita que a morte foi encomendada, já que os bandidos não chegaram a discutir com a vítima.
    Junior chegou a ser socorrido, mas morreu por volta das 15h30, antes mesmo de dar entrada no Pronto-Socorro do Hospital Santa Marcelina.
    De acordo com testemunhas, a vítima trabalhava no Centro de Detenção Provisório (CDP), em Suzano, e era visto com frequência fazendo compras em lojas e sacando dinheiro em um caixa eletrônico que fica na rua onde foi assassinado. O corpo do agente será sepultado hoje, em local e horário não divulgado pela família, que preferiu não comentar o caso.
    Policiais militares foram até o local do crime e realizaram buscas pelo bairro, mas não encontraram os assassinos. O caso foi registrado na delegacia central de Itaquá, que fica na avenida Emancipação, e encaminhado ao setor de investigação da Polícia Civil, que vai apurar se o homem tinha recebido ameaças de morte nos últimos dias ou teria se envolvido em alguma briga. Outra hipótese levantada pela polícia foi a liberdade provisório dada a vários presos no último dias das mães, sendo que muitos ainda não retornaram ao CDP.

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  3. A Polícia Militar de São Paulo, aquela famosa por fazer de tudo para preservar a vida de bandidos [e deixar a vítima ser morta], até entregar reféns a ele; além de ser conhecida por matar dentistas negros, os quais não conseguem discernir de bandidos, fez escola. Como a nefanda instituição já tem em seu rol corrupção, racismo e incompetência, resolveu dividir com a Polícia Civil Paulista a sua caixa de maldades. Esta então resolveu começar perseguindo delegados. Senão vejamos a matéria abaixo, retirada d’Os Amigos do Presidente Lula.FONTE:
    http://www.estadoanarquista.org/blog/?p=4358
    O delegado Roberto Conde Guerra é autor do blog Flit Paralisante, onde escreve suas opiniões sobre política e polícia (identificando-se e assinando o que escreve). Faz críticas a política de segurança pública paulista, denuncias de conhecimento público que saem nos jornais, ou em processos abertos ao público, contra focos de corrupção policial, e críticas políticas aos governos. Não há registros de vazamentos de informações confidenciais no blog.

    Por isso é um cidadão exercendo seu direito de expressão fora do trabalho, aparentemente sem infringir regulamentos, nem cometer indisciplina.

    Na manhã de sexta-feira, ele narra que recebeu a visita de membros da Corregedoria da Polícia Civil, com mandado de busca e apreensão em sua residência.

    A natureza da busca não é por desvio de conduta do delegado, e sim por crimes contra a honra, ou seja, gente que se sentiu ofendida com o que ele publica no blog.

    Na diligência, foram apreendidos (dentro da lei), para investigação os pertences de sua família:

    – um computador;
    – dois notebooks;
    – uma carabina Puma, registrada e , no mês de dezembro, recadastrada;
    – mídias com arquivos pessoais (a maioria contendo material sem quaisquer relações com o Blog, pois ele alega não possuir arquivos sobre denúncias ou correspondência de leitores).

    O texto afiado e corajoso do delegado obviamente incomoda muito setores da polícia, da secretaria de segurança e as pretensões do governo José Serra de abafar no noticiário as mazelas da segurança pública no estado.

    Daí haver forte indício de ser perseguição política, com cheiro de intimidação para calar o delegado.

    Pelo que o delegado escreve em seu blog, ele é da banda boa da polícia, do contrário não tocaria em temas que são verdadeiros tabus dentro de estruturas corrompidas de polícias.

    O governo José Serra tem adotado táticas fascistas de uso da força policial como polícia política para intimidar adversários (batalhões de choque contra estudantes, contra manifestantes, prisões de sem-terra, e agora contra policiais críticos da política de segurança pública).

    Enquanto esse contingente policial é alocado nestas diligências e investigações, o PCC faz “arrastão” em condomínios residenciais, sem ser incomodado pela polícia.

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  4. Mudam os personagens,mas não muda o sistema,a corregedoria é corporativista com o oficialato,só pune oficial quando esta estampado nos jornais,o corregedor vai indiciar os oficiais por desvio de função?a maio parte tá trabalhando para o governo estadual e municipal?vai acabar com os bicos?a insegurança pública tá inteira privatizada,puna oficiais e praças que fazem segurança,rsrsrsr,não vamos mexer neste barril de pólvora,deixa como está,não vamos cobrar dos governantes uma politica de segurança pública,vamos transferir a responsabilidade de pagar nossos policiais para comerciantes e empresários,não é responsabilidade do estado mesmo,e a hipocrisia vai continuar,porque para melhorar tem que mudar o sistema,alias o CMT geral vai mudar o nome da polícia,que lindo, vamos resolver os problemas,vamos tirar o nome militar da polícia,mas o militarismo não,continuando um legado falido,dos senhores feudais,vamos colocar a tropa no tronco,e aplicar o RD PM,tudo como antes no quartel de abrantes…

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  5. Em São Paulo nos 16 anos de (des)governo do PSDB, eles já conseguiram na prática, não oficialmente, mudar as funções constitucionais das policias, o que antes eram funções preventivas e repressivas eles transforam-nas em oprimidas e opressivas. (O PSDB revogou as funções constitucionais das policias paulistas).
    Sonham em espalhar esse jeitinho tucano de lidar com a segurança pública ao restante do país. O reflexo de tudo isso a sociedade sente no cotidiano, tamanha insegurança vive o estado de São Paulo.

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  6. ESSA CARTILHA É PARA AJUDAR A NOSSA CORREGEDORA A RECONHECER OS SINAIS DA CORRUPÇÃO DENTRO DA NOSSA INSTITUIÇÃO E VIR SE APRENDE A FAZER O SERVIÇO DELA DIREITO. AI MARIA VE SE ENFIA ESSA CARTILHA NO CRANIO. O que fazer? É uma pergunta constante. O procedimento para apanhar corruptos é o mesmo em qualquer esfera, seja ela Federal, Estadual ou Municipal. A cidade de Ribeirão Preto em São Paulo foi palco do lançamento de uma cartilha, elaborada por pessoas de bem, que ensina todos os passos para detectar e denunciar essa corja. Faça contato com os cidadãos de bem de sua cidade e procure difundi-la, se possível impressa. Distribua-a para pessoas esclarecidas. Toda a comunidade agradecerá. O combate à corrupção também é dever da Polícia. O combate à corrupção nas prefeituras do Brasil Por que esta cartilha foi escrita Este texto tem como objetivo indicar caminhos que se podem trilhar no combate à corrupção. Ele é resultado da experiência bem sucedida da comunidade paulista de Ribeirão Bonito, da qual os autores participaram. O testemunho sistemático de operações e atos suspeitos por parte de autoridades de Ribeirão Bonito, encabeçadas pelo então prefeito, levaram a organização não governamental Amigos Associados de Ribeirão Bonito (AMARRIBO) a liderar um movimento para o monitoramento, a cobrança e a contestação de atos das autoridades municipais, buscando para isso o apoio da comunidade. Como resultado, o prefeito da cidade renunciou para não ser cassado, e hoje responde a diversos processos judiciais. No curso do trajeto, os autores acumularam conhecimentos a respeito dos mecanismos empregados em fraudes municipais e dos instrumentos que se podem empregar para combatê-las. A percepção pública é de que casos como o de Ribeirão Bonito não constituem exceção no Brasil. O acompanhamento e supervisão permanentes da conduta dos administradores públicos é uma forma essencial de controlar a corrupção. Para isso, é necessário informação. Por isso esta cartilha foi escrita. Na primeira parte, descrevem-se os sinais típicos da presença de corrupção numa administração municipal, como identificá-los e quais as ações possíveis para combatê-la. A segunda parte relata a experiência de Ribeirão Bonito. A parte final reúne informações sobre instituições que podem ser acionadas para se contrapor à fraude, dispositivos legais pertinentes e outros dados. Os autores agradecem à Ateliê Editorial a oportunidade da edição impressa, bem como às entidades e empresas que apoiaram a publicação e se dispuseram a disseminá-la mais amplamente. Agradecem também ao Instituto Ethos de Responsabilidade Social pelo apoio institucional prestado. Por fim, agradecem o empenho da Transparência Brasil na concretização deste projeto. Introdução O exercício da cidadania pressupõe indivíduos que participem da vida comum. Organizados para alcançar o desenvolvimento do local onde vivem, devem exigir comportamento ético dos poderes constituídos e eficiência nos serviços públicos. Um dos direitos mais importantes do cidadão é o de não ser vítima da corrupção. De qualquer modo que se apresente, a corrupção é um dos grandes males que afetam o poder público, principalmente o municipal. E também pode ser apontada como uma das causas decisivas da pobreza das cidades e do país. A corrupção corrói a dignidade do cidadão, contamina os indivíduos, deteriora o convívio social, arruína os serviços públicos e compromete a vida das gerações atuais e futuras. O desvio de recursos públicos não só prejudica os serviços urbanos, como leva ao abandono obras indispensáveis às cidades e ao país. Ao mesmo tempo, atrai a ganância e estimula a formação de quadrilhas que podem evoluir para o crime organizado e o tráfico de drogas e armas. Um tipo de delito atrai o outro, e quase sempre estão associados. Além disso, investidores sérios afastam-se de cidades e regiões onde vigoram práticas de corrupção e descontrole administrativo. Os efeitos da corrupção são perceptíveis na carência de verbas para obras públicas e para a manutenção dos serviços da cidade, o que dificulta a circulação de recursos e a geração de empregos e riquezas. Os corruptos drenam os recursos da comunidade, uma vez que tendem a aplicar o grosso do dinheiro desviado longe dos locais dos delitos para se esconderem da fiscalização da Justiça e dos olhos da população. A corrupção afeta a qualidade da educação e da assistência aos estudantes, pois os desvios subtraem recursos da merenda e do material escolar, desmotivam os professores, prejudicam o desenvolvimento intelectual e cultural das crianças e as condenam a uma vida com menos perspectivas de futuro. A corrupção também subtrai verbas da saúde, comprometendo diretamente o bem-estar dos cidadãos. Impede as pessoas de ter acesso ao tratamento de doenças que poderiam ser facilmente curadas, encurtando as suas vidas. O desvio de recursos públicos condena a nação ao subdesenvolvimento econômico crônico. Por isso, o combate à desonestidade nas administrações públicas deve estar constantemente na pauta das pessoas que se preocupam com o desenvolvimento social e sonham com um país melhor para seus filhos e netos. Os que compartilham da corrupção, ativa ou passivamente, e os que dela tiram algum tipo de proveito, devem ser responsabilizados. Não só em termos civis e criminais, mas também eticamente, pois os que a praticam de uma forma ou de outra fazem com que seja aceita como fato natural no dia-a-dia da vida pública e admitida como algo normal no cotidiano da sociedade. É inaceitável que a corrupção possa ter espaço na cultura nacional. O combate às numerosas modalidades de desvio de recursos públicos deve, portanto, constituir-se em compromisso de todos os cidadãos e grupos organizados que queiram construir uma sociedade justa e solidária. Em ambiente em que a corrupção predomine dificilmente prospera um projeto para beneficiar os cidadãos, pois suas ações se perdem e se diluem na desesperança. De nada adianta uma sociedade organizada ajudar na canalização de esforços e recursos para projetos sociais, culturais ou de desenvolvimento de uma cidade, se as autoridades municipais, responsáveis por esses projetos, se dedicam ao desvio do dinheiro público. A AMARRIBO de Ribeirão Bonito A organização não-governamental AMARRIBO foi criada para promover o desenvolvimento social e humano da cidade de Ribeirão Bonito, no interior do estado de São Paulo. Ao procurar colocar seus planos em prática, deparou-se com a necessidade de combater uma administração municipal corrupta, que minava o progresso das iniciativas da ONG. Tal atuação demandou meses de muito trabalho e gerou alto grau de tensão. Numerosas reuniões se realizaram para discutir caminhos, orientações jurídicas e investigações. Milhares de e-mails e telefonemas foram trocados. Além de todo esse trabalho, os membros da entidade tiveram de conviver com ameaças, cartas anônimas, acusações falsas e todo tipo de golpe baixo que se pode esperar de quem chega ao ponto de desviar recursos da alimentação de crianças. As ações anticorrupção são complexas, pois envolvem diferentes aspectos que se entrecruzam – políticos, jurídicos, legais, formais, estratégicos, de motivação e mobilização popular. Uma falha ou erro em qualquer desses procedimentos poderia beneficiar e fortalecer os corruptos. O padrão típico de corrupção O padrão de corrupção identificado em Ribeirão Bonito é típico de muitas cidades do Brasil. Em vez de procurar cumprir suas promessas eleitorais em benefício da população, os eleitos usam essas mesmas promessas para empregar amigos e parentes, para favorecer aqueles que colaboraram com suas campanhas ou para privilegiar alguns comerciantes “amigos” em detrimento de outros. Grande parte do orçamento do município é orientado em proveito do restrito grupo que assume o poder municipal e se beneficia dessa situação. Uma estratégia utilizada habitualmente em desvios de recursos públicos se dá por meio de notas fiscais fictícias ou “frias”, que são aquelas nas quais os serviços declarados não são prestados ou os produtos discriminados não são entregues. A burla pode ser feita com as chamadas empresas-fantasmas, ou seja, que inexistem física ou juridicamente. Para isso, foi criado um comércio fluente de venda de “notas frias” desse tipo de empresa. Há pessoas especializadas em negociá-las. Mas a fraude também utiliza empresas legalmente constituídas e com funcionamento normal. Com o conluio dos administradores públicos cúmplices do “esquema”, tais empresas vendem ao município produtos e serviços superfaturados, ou recebem contra a apresentação de notas que discriminam serviços não executados e produtos não entregues. Tais fornecedoras ou prestadoras de serviço agem mediante acordo pré-estabelecido com o prefeito e/ou seus assessores. As empresas emitem notas fiscais e a prefeitura segue todos os trâmites administrativos de uma compra normal. Quando necessário uma licitação, monta todo o procedimento de forma a dirigir o certame para uma empresa “amiga”, dificultando ou impedindo a participação de outras. Depois, dá recibo de entrada da mercadoria, empenha a despesa, emite o cheque e faz o pagamento. Posteriormente, o montante é dividido entre o fornecedor e os membros da administração comprometidos com o esquema de corrupção. Em geral, os recursos obtidos dessa maneira chegam ao prefeito e aos que participam do esquema na forma de dinheiro vivo, a fim de não se deixarem vestígios da falcatrua. Os corruptos evitam que tais recursos transitem pelas suas contas bancárias, pois seriam facilmente rastreados por meio de uma eventual quebra de sigilo bancário. As quadrilhas que se formam para dilapidar o patrimônio público têm se especializado e vêm sofisticando seus estratagemas. O modo de proceder varia: apoderam-se de pequenas quantias de forma continuada ou então, quando o esquema de corrupção está consolidado, de quantias significativas sem nenhuma parcimônia. Uma forma de fraudar a prefeitura é por meio de notas superfaturadas. Para serviço que foi realmente prestado e teria um determinado custo, registra-se na nota fiscal um valor maior. Nas licitações, o processo de superfaturamento se dá com cotações de preços dos produtos em valores muito superiores aos de mercado. Nos dois casos, a diferença entre o preço real o valor superfaturado é dividida entre os fraudadores. Notas preenchidas com uma quantidade de produtos muito superior àquela realmente entregue é outra maneira de fraudar a prefeitura. Nessa modalidade, os valores cobrados a mais e que constam da nota emitida são divididos entre os “sócios”. Diferentemente do superfaturamento de preços, que exige uma combinação entre fornecedores, o superfaturamento de quantidades só depende do conluio de um fornecedor com o pessoal da prefeitura que atesta o recebimento. Esses tipos de fraude requerem, invariavelmente, a conivência de funcionários da prefeitura – o responsável pelo almoxarifado deve sempre dar quitação do serviço realizado ou da mercadoria entregue e a área contábil tem de empenhar a despesa e pagar as notas, emitindo o cheque correspondente. Quando se trata de serviços técnicos, como por exemplo os de eletricidade, construção civil e hidráulica, a execução deve ser certificada por funcionários capacitados, normalmente um engenheiro ou técnico. Assim, quando há irregularidade, todos são coniventes, mesmo que por omissão. É praticamente impossível para o prefeito fraudar a prefeitura sozinho. Quando há necessidade de licitação, mesmo nas formas mais simples de tomada de preços e convite, a comissão de licitações da prefeitura é obrigada a habilitar as empresas. Segundo a lei n° 8.666/93, estas devem estar “devidamente cadastradas na prefeitura ou atenderem todas as condições exigidas para cadastramento”. Para se cadastrarem, há uma série de pré-requisitos que as empresas devem preencher e documentos que precisam apresentar. Dessa forma, no caso de empresas-fantasmas, é impossível que saiam vencedoras de uma licitação sem a participação ou conivência da comissão de licitações. E é muito fácil verificar se uma empresa existe ou não. Por isso, não há justificativa para que essas empresas-fantasmas sejam habilitadas a participar de concorrências. Existem quadrilhas especializadas em fraudar prefeituras com a participação do poder público municipal. Esses grupos e seus especialistas são formados localmente, ou trazidos de fora, já com experiência em gestão fraudulenta. O objetivo é implantar ou administrar procedimentos ilícitos, montar concorrências viciadas e acobertar ilegalidades. O método mais usual consiste em forjar a participação de três concorrentes, usando documentos falsos de empresas legalmente constituídas. Outra maneira é incluir na licitação, apenas formalmente, algumas empresas que apresentam preços superiores, combinados de antemão, para que uma delas saia vencedora. As quadrilhas têm aperfeiçoado as suas formas de atuar. Por isso, é preciso que os controles por parte da sociedade também se aprimorem. Como foi observado no caso de Ribeirão Bonito, o Tribunal de Contas do Estado tende a verificar somente os aspectos formais das despesas. O órgão fiscalizador não entra no mérito se a nota fiscal contabilizada é “fria” ou não, se a empresa é “fantasma” ou não, se o valor é compatível com o serviço ou não e se o procedimento licitatório foi montado e conduzido adequadamente ou não. O Tribunal só examina tais questões quando estimulado especificamente. Contudo, mesmo que os aspectos formais examinados sejam irrelevantes diante da grosseira falsificação de documentos verificada em muitas prefeituras do país, os Tribunais de Contas insistem em manter seus procedimentos. Como, na maioria das vezes, os aspectos formais são observados cuidadosamente pelos fraudadores, o Tribunal, ao aprovar as contas do Município, acaba por passar atestado de idoneidade a um grande número de corruptos e exime publicamente de culpa quem desvia dinheiro público no país. Na forma como atua hoje, os Tribunais de Contas beneficiam indiretamente os corruptos. Um sinal que pode indicar ato criminoso é o que acontece com o fornecimento de alimentos para a merenda das escolas em algumas regiões do país. Muitas vezes, os produtos que chegam não seguem nenhuma programação e muito menos qualquer lógica nutricional. Nem as merendeiras sabem, em alguns casos, o que será servido aos alunos. A escolha dos produtos que serão entregues às escolas é, na realidade, feita pelos fornecedores, e não pelos funcionários. Sinais de irregularidades na administração municipal Apesar de não determinarem necessariamente a presença de corrupção, a presença de alguns fatores deve estimular uma atenção especial. Entre eles estão: histórico comprometedor da autoridade eleita e de seus auxiliares; falta de transparência nos atos administrativos do governante; ausência de controles administrativos e financeiros; subserviência do Legislativo e dos Conselhos municipais; baixo nível de capacitação técnica dos colaboradores e ausência de treinamento de funcionários públicos; alheamento da comunidade quanto ao processo orçamentário. Algumas atitudes tomadas pelas administrações e certos comportamentos das autoridades municipais se autodenunciam como fatores com muita chance de se relacionar à corrupção. Esses comportamentos são facilmente detectados, não demandando investigações mais profundas. Basta apenas uma observação mais atenta. A simples observação é um meio eficaz de detectar indícios típicos da existência de fraude na administração pública. Sinais exteriores de riqueza Sinais exteriores de riqueza são as evidências mais fáceis de serem percebidas e as que deixam mais claro que algo de errado ocorre na administração pública. São perceptíveis quando o grupo de amigos e parentes das autoridades municipais exibe bens caros, adquiridos de uma hora para a outra, como carros e imóveis. E também na ostentação por meio de gastos pessoais incompatíveis com suas rendas. Alguns passam a ter uma vida social intensa, freqüentando locais de lazer que antes não freqüentavam, como bares e restaurantes, onde realizam grandes despesas. Os corruptos assumem feições diversas. Há o do tipo grosseiro e despudorado, que se compraz em fazer demonstrações ostensivas de poder e riqueza, exibindo publicamente acesso a recursos extravagantes. Geralmente, não se preocupa em ser discreto, pois necessita alardear o seu sucesso econômico e sua nova condição, mesmo quando os que estão à sua volta possam perceber que o dinheiro exibido não tem procedência legítima. Com esse tipo de corrupto, a apropriação de recursos públicos é associada a um desejo incontrolável de ascender socialmente e de exibir essa ascensão. Como não encontra maneiras de enriquecer honestamente, recorre a atos ilícitos. Já o fraudador discreto tem formas de agir que tornam mais difícil a descoberta do ilícito. O dinheiro é subtraído aos poucos e em quantias pequenas, por meio de esquemas bem articulados com os fornecedores. O resultado dos golpes é aplicado longe do domicílio. Em geral, utilizando-se de “laranjas” (pessoas que, voluntária ou involuntariamente, emprestam suas identidades para encobrir os autores das fraudes), adquirem bens móveis ou semoventes: dólar, ouro, papéis do mercado de capitais, gado, commodities etc. Entretanto, mesmo quando a corrupção é bem planejada, deixa vestígios. Às vezes, os que se sentem traídos na partilha acabam por denunciar o esquema. Além disso, a necessidade de manter os atos ilegais ocultos torna difícil para o próprio corrupto, e até mesmo para os seus familiares, usufruírem da riqueza. Quando essa situação não gera um conflito entre os participantes da quadrilha, os comparsas acabam por ficar com a maior parte dos bens adquiridos. Independente dos tipos de corrupção praticados, os cidadãos que desejem um governo eficiente e transparente devem ficar atentos aos seus sinais. Um administrador sério e bem intencionado escolhe como assessores pessoas representativas e que tenham boa reputação e capacidade administrativa. Deve-se desconfiar de grupos fechados que gravitam em torno do poder. A nomeação de parentes de autoridades (prefeito, secretários, vereadores etc.) é também indício de corrupção. Resistência das autoridades a prestar contas Corruptos opõem-se veementemente a qualquer forma de transparência. Evitam que a Câmara Municipal fiscalize os gastos da prefeitura e buscam comprometer os vereadores com esquemas fraudulentos. Ao mesmo tempo, não admitem que dados contábeis e outras informações da administração pública sejam entregues a organizações independentes e aos cidadãos, nem que estes tenham acesso ao que se passa no Executivo. A Lei de Responsabilidade Fiscal impõe um princípio altamente salutar ao equilíbrio financeiro das prefeituras: não se pode gastar mais do que se arrecada. Também por defender a transparência absoluta das contas públicas, essa lei se tornou um entrave à corrupção. Mesmo assim, em governos em que se praticam atos ilegais na administração, existe uma grande resistência à liberação de informações sobre os gastos públicos. Qualquer cidadão tem o direito de saber, e os políticos têm o dever de demonstrar, como o dinheiro público está sendo empregado. Para que isso se transforme em prática usual, é necessário que os municípios brasileiros aperfeiçoem suas leis orgânicas, para tornar mais transparentes as ações das administrações municipais. As organizações instituídas na cidade têm um papel fundamental nisso, pois, quando bem estruturadas e com enraizamento na sociedade, têm a capacidade de mobilizar as pessoas. Falta crônica de verba para os serviços básicos Os orçamentos das prefeituras são, normalmente, previstos para custear os serviços básicos da cidade, como manutenção e limpeza das ruas e praças, coleta de lixo e provimento de água e de esgoto. Também prevê verbas para os serviços sociais, educação, saúde e obras públicas. A negligência em relação a esses serviços básicos, observada pelo aspecto de abandono que as cidades adquirem, pode ser um indício não só de incompetência administrativa, como de desvio de recursos públicos. Esses sinais ficam mais claros quando se constata que a prefeitura mantém um quadro de funcionários em número muito maior do que o necessário para a realização dos serviços. Parentes e amigos aprovados em concursos Eventualmente, concursos públicos podem ser abertos pelas autoridades recém-empossadas para pagar promessas de campanha e dar empregos para correligionários, amigos e parentes. Isso acontece mesmo quando a prefeitura se encontra em situação de déficit orçamentário e impedida de contratar funcionários por força da Lei de Responsabilidade Fiscal, que impede a administração pública de gastar mais do que arrecada e impõe à folha salarial um limite de 60% dos gastos totais. Esses concursos públicos arranjados normalmente incluem provas com avaliações subjetivas, que permitem à banca examinadora habilitar os candidatos segundo os interesses das autoridades municipais. Uma das artimanhas é incluir uma “entrevista” classificatória, realizada com critérios que retiram a objetividade da escolha. Concursos com essas características têm sido anulados, quando examinados pelo Judiciário, pois há uma reiterada jurisprudência determinada pelos tribunais sobre o assunto, inclusive por parte do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Falta de publicidade dos pagamentos efetuados Normalmente, a Lei Orgânica do Município obriga o prefeito a afixar diariamente na sede da prefeitura o movimento de caixa do dia anterior (o chamado boletim de caixa), no qual devem estar discriminados todos os pagamentos efetuados. A mesma lei exige também que, mensalmente, seja tornado público o balancete resumido com as receitas e despesas do município. A ausência desses procedimentos faz com que os cidadãos fiquem impedidos de acompanhar e verificar a movimentação financeira da municipalidade, e assim pode ser indicação de acobertamento de fatos ilícitos. Comunicação por meio de códigos sobre transferências de verbas orçamentárias Quando aprovado pela Câmara Municipal, o orçamento deve ser rigorosamente cumprido. As alterações posteriores devem ser novamente submetidas ao Legislativo local e tornadas públicas, para que as razões do remanejamento possam ser entendidas pelos cidadãos. Alguns prefeitos burlam essas determinações, publicando de forma ininteligível as transferências de verbas do orçamento. Por meio de códigos, procuram esconder quais contas estão sendo manipuladas e quais os elementos orçamentários remanejados. Esse esquema dificulta a fiscalização dos gastos públicos. Perseguição a vereadores que pedem explicações sobre gastos públicos Há, por outro lado, vereadores honestos e incorruptíveis que exercem seus mandatos com dignidade e responsabilidade. Esses, em geral, são marginalizados ou perseguidos pelo esquema de um prefeito corrupto, o qual se utiliza de qualquer motivo para dificultar a atuação desses vereadores, ou mesmo, para afastá-los da Câmara Municipal. No cumprimento de suas funções, os vereadores que se baseiam na ética encontram obstáculos ao seu desempenho, pois normalmente não são atendidos pelas autoridades municipais em seus pedidos de informações, principalmente os relacionados a despesas públicas. Os bastidores das fraudes A engenharia do desvio de recursos públicos cria instrumentos para dar à corrupção aspectos de legitimidade. Criaram-se métodos mais ou menos padronizados e utilizados com uma certa regularidade nas prefeituras dirigidas por administradores corruptos. No cotidiano da administração, mesmo um olhar externo mais atento pode ter dificuldade em perceber irregularidades contidas em coisas aparentemente banais, como o preenchimento de uma nota fiscal ou um pagamento em cheque da prefeitura. No entanto, a investigação mais aprofundada pode revelar como funciona, nos bastidores, o esquema desonesto. Empresas constituídas às vésperas do início de um novo mandato Nos períodos próximos à mudança de governo nas prefeituras, as quadrilhas começam a agir no sentido de implantar os sistemas de corrupção nas administrações futuras. Assim que o prefeito eleito é conhecido, os fraudadores dão início à montagem dos esquemas que serão introduzidos após a posse. Uma das primeiras e mais comuns providências é a criação de empresas, ou de empresas-fantasmas que passarão a fornecer para a prefeitura. Para descobrir se alguma firma foi constituída com esse intuito, deve-se fazer um pesquisa na Junta Comercial, levantando os protocolos e as datas de criação dessas empresas. É preciso estar atento para a possibilidade de os sócios serem meros “laranjas”, que emprestaram seus nomes para servirem de testas-de-ferro no esquema de corrupção. Os grupos de fraudadores costumam também manter um estoque de empresas “fantasmas” prontas para serem utilizadas. Nesses casos, o Tribunal de Contas poderia exercer um importante papel. Ao detectar que uma empresa é “fantasma”, esse órgão poderia checar se em outras prefeituras do mesmo estado houve o recebimento de notas fiscais iguais. Com isso, se estaria criando um mecanismo mais poderoso de combate à corrupção. Licitações dirigidas Um dos mecanismos mais comuns para se devolverem “favores” acertados durante a campanha eleitoral, bem como de canalizar recursos públicos para os bolsos dos cúmplices, é o direcionamento de licitações públicas. Devido ao valor relativamente baixo das licitações que se realizam nas prefeituras de porte pequeno, a modalidade mais comum de licitação é a carta-convite. O administrador mal-intencionado dirige essas licitações a fornecedores “amigos”, por meio da especificação de condições impeditivas da livre concorrência, incluindo exigências que os demais fornecedores em potencial não têm condições de atender. Um indício da possibilidade de problemas em licitações é a constância de compras junto aos mesmos fornecedores, sem que haja um certo rodízio. Caso haja esse indício, vale uma investigação mais atenta. Sendo comprovado que está havendo direcionamento de compras a fornecedores privilegiados, o fato configura formação de quadrilha. Outro mecanismo, às vezes empregado, é realizar compras junto a empresas de outras localidades, tornando mais difícil aos integrantes da comunidade avaliar a sua reputação e idoneidade. Fraudes em licitações Um dos sistemas utilizados para justificar a aquisição fraudulenta de materiais e serviços é a montagem de concorrências públicas fictícias. Mesmo que haja vício na escolha, ou seja, mesmo que o prefeito corrupto já saiba antes do processo qual firma vencerá a concorrência, é preciso dar ares legais à disputa. A simulação começa pela nomeação de uma comissão de licitação formada por funcionários envolvidos no esquema. Depois, a comissão monta o processo de licitação, no qual condições restritivas são definidas. Não raro, participam do certame empresas acertadas com o esquema, que apresentam propostas de antemão perdedoras, apenas para dar aparência de legitimidade ao processo. Na investigação sobre possíveis embustes em licitações, uma importante pista pode estar nos termos empregados e mesmo nos caracteres gráficos das propostas entregues pelas empresas. Muitas prefeituras ainda se utilizam de formulários que precisam ser preenchidos a máquina. Um exame minucioso permite constatar se uma mesma máquina de datilografia foi usada no preenchimento de propostas apresentadas por diferentes participantes do processo. O exame estilístico dos textos, em busca de termos, frases e parágrafos que se repetem em diferentes propostas, também fornece indícios. Se na lista de participantes de licitações aparecem os nomes de firmas idôneas ou conhecidas, é essencial que, por meio de um contato direto, se confirme a sua participação no processo. Isso porque alguns empresários se surpreenderam ao serem informados de que haviam tomado parte em concorrências sobre as quais não tinham conhecimento. Suas empresas foram incluídas pelos fraudadores, que, para isso, empregaram documentos falsificados. Essa operação de inserir empresas com boa reputação tem o objetivo de “branquear” o processo licitatório. Fornecedores “profissionais” de notas fiscais “frias” Uma pequena história ocorrida no aeroporto de Congonhas, em São Paulo , e testemunhada por um dos autores desta cartilha, ilustra bem o que vem a ser a indústria de notas fiscais “frias”. Perguntado sobre sua atividades, um conhecido falsário do interior do Estado de São Paulo, sem o menor constrangimento, respondeu : “Eu agora estou no ramo de fornecimento de notas fiscais ‘frias’. De agulha a avião, forneço nota de qualquer coisa, a um custo muito competitivo de 4% sobre o valor da nota.” Freqüentemente, como no caso de Ribeirão Bonito, notas de empresas diferentes, mas evidentemente impressas com o mesmo layout e características e defeitos gráficos, aparecem na contabilidade de diversas prefeituras de uma região, indicando a existência de quadrilhas especializadas nessa modalidade de fraude. Indícios de fraude no uso de notas fiscais de fornecimentos O levantamento da documentação relativa às despesas realizadas pela prefeitura pode revelar muitos indícios de desvio de dinheiro público. De posse de notas fiscais relativas aos pagamentos efetuados, é importante a verificação de alguns detalhes, como os seguintes: Notas fiscais com valores redondos ou próximos do valor de R$ 8 mil A prefeitura pode adquirir bens e serviços por meio do procedimento de carta-convite, quando se trata de gastos de até R$ 80 mil reais ao ano. A partir desse valor, é obrigatória a abertura de licitação em uma modalidade mais complexa e exigente, a tomada de preços. Porém, serviços e compras (desde que não sejam para obras e serviços de engenharia) com valor de até 10% do limite de R$ 80 mil, isto é, R$ 8 mil, estão desobrigados de licitação (desde que essa quantia não se refira a parcelas de um mesmo serviço ou compra de maior vulto) e podem ser realizados de uma só vez. Há indícios de atos ilegais quando se verifica que há muitas notas fiscais próximas do limite de R$ 8 mil. Isso pode significar que, para maximizar a subtração de recursos, os autores procurem emitir notas com valores próximos do limite. Notas do mesmo valor ou de valores próximos, e que se repetem todos os meses, podem representar um ardil para partilhar os frutos da fraude: a quantia de uma nota vai para o fornecedor, e o valor de outra é destinado ao administrador corrupto. Também acontece que compras de grandes volumes do mesmo produto sejam subdivididas em notas fiscais inferiores a R$ 8 mil para escapar às exigências de um processo de licitação mais complexo – o que é proibido pela Lei de Licitações e Contratos. Notas fiscais de fornecedores distantes e desconhecidos para materiais e serviços que poderiam ser adquiridos na localidade. Em uma localidade pequena, a aquisição, em localidades fora do município, de bens de uso cotidiano (como gasolina, óleo diesel, material elétrico, alimentos para merenda escolar) para os quais haja fornecedores locais, é uma indicação de irregularidades. Notas fiscais seqüenciais, indicando que a empresa só fornece para a prefeitura. Quando uma empresa tem a prefeitura como seu único cliente, existe possibilidade de que tenha sido montada ou preparada para esse fim. Isso, por sua vez, deve levantar suspeitas. Mas não é muito fácil descobrir esse tipo de falcatrua, pois às vezes os falsários simulam vendas e forjam notas fiscais para outras empresas e/ou órgãos só para disfarçar a seqüencialidade das notas. Contando com a atuação do promotor público da comarca, é preciso obter o talão de notas da empresa e verificar se os outros clientes constantes no talonário realmente existem e se de fato fizeram as aquisições registradas. Os fraudadores podem utilizar certos estratagemas para evitar que as notas caiam nas mãos da Justiça. Houve, por exemplo, o caso de um empresário que forjou um incêndio no qual as notas fiscais teriam sido destruídas. Com isso, o boletim de ocorrência do “acidente” foi utilizado para justificar o desaparecimento de eventuais provas. Simular roubos e registrar boletins de ocorrência policial é artifício muito utilizado por empresários desonestos. Notas fiscais com visual simples, quase todas com a mesma diagramação Também é motivo de suspeita a presença de notas fiscais padronizadas, com o mesmo layout, mas que pertencem a várias empresas diferentes. Há uma grande probabilidade de que talonários muito semelhantes tenham sido impressos no mesmo local. Isso é fácil de verificar, pois o nome da gráfica que imprimiu o talonário deve, obrigatoriamente, constar do rodapé das notas fiscais. Também vale a pena verificar se a gráfica que imprimiu os talões existe legalmente. Se a gráfica é fictícia, as notas fiscais, obviamente, são ilegais. Notas fiscais de prestação de serviço preenchidas com informações vagas Essa é uma maneira encontrada pelos fraudadores para confundir a fiscalização e evitar que se comprove se determinados serviços foram executados ou não. Geralmente, utilizam-se expressões genéricas e vagas, como: “serviços de eletricidade prestados a …”, ou “manutenção feita no …”, “serviços na praça principal” etc. Esse tipo de prática não é aceitável, pois qualquer tipo de serviço deve ser discriminado na nota, incluindo-se o que foi feito, o tempo despendido e o material aplicado. Além disso, o funcionário da prefeitura responsável pela fiscalização tem de atestar que o serviço foi realmente realizado. É importante lembrar que quem atesta é co-responsável pela legalidade do pagamento. Falta de controle de estoque na prefeitura Uma artimanha muito utilizada é simular desorganização para justificar ou encobrir desvios. Assim, os almoxarifados não registram entradas e saídas dos produtos adquiridos. Na mesma linha, faltam registros das requisições feitas pelos diversos setores e não há identificação dos responsáveis pelos pedidos. A falta de um controle rígido do estoque, de forma a impossibilitar a apuração do movimento de materiais de consumo nos depósitos das prefeituras, é traço de fraude. Consumo de combustível, merenda escolar, cabos elétricos, tubulações etc. A falta de qualidade da merenda escolar e o seu consumo desproporcional ao número de alunos, a utilização de cabos, tubulações e outros materiais de construção de forma incompatível com a dimensão e a propriedade de seu emprego, além de gastos com combustível em quantidade muito superior ao necessário à frota constituem práticas de desvio de recursos muito usuais em certas prefeituras. No consumo de gasolina, diesel e álcool pela frota da prefeitura encontra-se uma das formas mais comuns de fraude contra os recursos públicos. Acontece, principalmente, quando não existe um controle de estoque ou quando o funcionário encarregado de monitorar as entradas e saídas faz parte do esquema de corrupção. Diante disso, só se justifica que uma prefeitura tenha seus próprios depósitos de combustível se os preços praticados nos postos de gasolina instalados na cidade forem exorbitantes ou se inexistirem locais para o abastecimento. No caso de Ribeirão Bonito, constatou-se que o encarregado não registrava medições nem mantinha qualquer tipo de controle. No início, a fraude era feita com a entrega de apenas uma parte do combustível, enquanto a outra era armazenada em uma propriedade particular. Posteriormente, fazia-se a entrega do restante, como se fosse uma outra carga completa, e assim era registrada pelo controlador do depósito. Mais tarde, como se sentissem desimpedidos para continuarem com suas ações, e como consideraram que movimentar combustível era muito trabalhoso e oferecia riscos, os fraudadores resolveram simplificar o método. Passaram então a entregar apenas as notas fiscais na prefeitura. O responsável pelo almoxarifado continuou a atestar o recebimento do combustível e a contabilidade manteve os pagamentos. Outro artifício utilizado por algumas administrações corruptas para tentar justificar o alto consumo de combustível é manter veículos sucateados nos registros da prefeitura. Mesmo inadequados para o uso, são licenciados anualmente para que façam parte dos registros da municipalidade. Dessa forma se justifica o consumo de combustível acima das necessidades da frota real e se encobre o desvio. No caso de Ribeirão Bonito, o Tribunal de Contas do Estado computou os veículos “fantasmas” como ativos, para o cálculo médio de consumo por veículo. Promoção de festas públicas para acobertar desvios de recursos As festas públicas promovidas pela prefeitura merecem uma atenção especial, pois algumas empresas de eventos, pela própria natureza dos serviços que prestam, têm sido grandes fornecedoras de “notas frias”. Isso se deve ao fato de ser difícil checar a veracidade dos cachês dos artistas e da comissão que cabe aos agentes. Há ocasiões em que as notas desses eventos são superfaturadas e parte do dinheiro volta ao prefeito e à sua equipe. Pagamentos com cheques sem cruzamento Os integrantes dos esquemas de desvio de verbas públicas sempre procuram evitar que o dinheiro transite por meio de depósitos bancários. Por isso, em muitos pagamentos feitos por administrações municipais desonestas, utilizam-se cheques não cruzados, o que desobriga o recebedor de depositá-los em uma conta bancária. Fazendo o resgate desse tipo de papel diretamente nos caixas das agências, evita-se que a circulação do dinheiro obtido ilegalmente deixe muitos rastros. Uma vez em espécie, as quantias podem ser divididas mais facilmente entre os participantes das quadrilhas e sem que se conheçam os seus destinatários finais. Alguns optam por deixar o dinheiro em suas casas, na forma de papel-moeda, e o utilizam para o pagamento de parte de suas despesas. Manipulando os resultados do furto dessa forma, diminuem a possibilidade de ser rastreados pela Receita Federal e dificultam investigações. Outros fraudadores preferem transformar o dinheiro roubado em dólares obtidos no mercado paralelo, até como forma de investimento. As notas são, geralmente, guardadas em cofres residenciais, ou alugados de bancos. Em alguns casos, são feitos depósitos de moeda estrangeira em contas bancárias no exterior. Uma forma que funcionários municipais encontraram de auxiliar nesse tipo de fraude é facilitar a retirada de cheques da prefeitura sem o registro claro de quem o está fazendo. Publicações oficiais As publicações oficiais das prefeituras em periódicos locais ou regionais também podem ser instrumentos de fraude. O padrão de custeio de anúncios publicitários é o preço por centímetro de coluna. A contratação de um veículo para publicação de anúncios oficiais precisa passar por licitação. Se esta é mal feita (muitas vezes intencionalmente), usa-se como critério exclusivamente o preço por centímetro de coluna, e não se faz menção ao volume total a ser licitado. Isso deixa aberta a possibilidade de se superdimensionarem os espaços ocupados pelo material publicado (layouts generosos, tipografia exageradamente grande etc.). Existem ainda revistas especializadas em promover a publicidade de prefeitos e administrações municipais. Isso onera os cofres públicos e deve ser encarado no mínimo com desconfiança. Conluio em ações judiciais Todo órgão público é alvo de grande número de ações judiciais, e as prefeituras não são diferentes. Por vezes acontece de administradores inescrupulosos, em conluio com outros interesses, causarem deliberadamente motivo para ações na aparência justas. Depois, em conluio com os autores da ação, o prefeito e/ou seus auxiliares simulam ou formulam acordos contrários ao interesses público. O resultado é posteriormente partilhado entre os demandantes e os membros da administração municipal. Notória especialização Por vezes, prefeitos contratam advogados e outros profissionais com dispensa de licitação, baseados no argumento da “notória especialização”, a despeito da existência de profissionais internos na administração municipal. Além de nem sempre os advogados contratados deterem a notoriedade requerida pela lei, não raro a contratação se faz a preços demasiadamente elevados em face da tarefa a ser cumprida. Parte do valor dos contratos pode retornar por vias transversas para o contratante. Assim, é sempre importante vigiar se a “notória especialização” está de fato presente e se a contratação excepcional é realmente necessária. Declaração de renda do prefeito Quando um prefeito tem a intenção premeditada da apropriar-se dos bens públicos, manipula sua declaração de renda antes mesmo de assumir o cargo. De modo a se preparar para receber valores originários de desvio de dinheiro público, a declaração inclui uma série de bens semoventes, como obras de arte, ouro e gado. Como alguns desses objetos podem ser valorizados artificialmente, têm a função de “esquentar” o dinheiro e de justificar um enriquecimento súbito. Comprometimento de vereadores com o esquema de corrupção Uma forma de prefeitos corruptos obterem apoio aos seus esquemas é buscando, de forma explícita ou sutilmente, o comprometimento dos vereadores com o desvio de dinheiro público. O envolvimento pode dar-se de forma indireta, por meio de compras nos estabelecimentos comerciais do vereador, o qual por sua vez é ameaçado pela interrupção dessas aquisições e por isso, muitas vezes, faz vistas grossas aos atos do prefeito. Outras maneiras que o alcaide usa para ganhar a “simpatia” de vereadores é pelo oferecimento de uma “ajuda de custo”, pela nomeação parentes dos membros do legislativo municipal para cargos públicos e outras práticas de suborno e nepotismo. Há, ainda, os casos em que os vereadores participam diretamente do esquema de corrupção, sendo recompensados por seu silêncio com uma importância mensal “doada” pelo prefeito. Não é de admirar, assim, que tais vereadores sejam contrários a qualquer tipo de investigação que se proponha contra o prefeito. Qualquer apoio desses vereadores a processos que apurem irregularidades na prefeitura (como criação de CPIs, processos de cassação etc.) traria como conseqüência a revelação do seu envolvimento. Favorecimentos como contraprestação Uma das formas indiretas de compensação pelo “serviço” de desvio de recursos públicos é o oferecimento de bens e serviços para os uso particular dos administradores corruptos por parte dos fornecedores beneficiados. Os “favores” consistem, muitas vezes, na cessão de veículos e imóveis em cidades turísticas para serem utilizados pelo prefeito e seus familiares, realização de obras em suas propriedades, além de presentes. Existem casos, ainda, em que comerciantes abastecem a residência do prefeito com produtos (como por exemplo alimentos) e incluem esse fornecimento indiretamente na conta da prefeitura. Algumas medidas podem ser tomadas para se certificar de que está havendo esses tipos de favorecimento. No caso de veículos, pode-se obter os nomes dos seus verdadeiros proprietários fazendo uma consulta aos órgãos de trânsito, como o DETRAN. Para isso, é necessário apenas conhecer a placa do veículo. Nunca se esquecendo de que o registro de propriedade pode ter sido feito em nome de empresas dos fornecedores, de seus sócios, ou de “laranjas”. Quando se trata de construções e reformas executadas em propriedades, uma prova cabal de irregularidades é a demonstração de que estão sendo realizados gastos incompatíveis com os vencimentos e subsídios dos ocupantes dos cargos públicos. Um registro fotográfico das obras pode ser importante para a análise das despesas realizadas. Investigações, provas e confronto Existem várias maneiras de dar início às investigações para a confirmação da existência de fraudes e a obtenção de provas. Só após iniciadas investigações é que se podem mover processos visando responsabilizar os fraudadores. A partir desse estágio, em que começa o confronto direto com os corruptos, é preciso mobilizar a população contra os denunciados, que apelarão para qualquer meio no sentido de deter os acusadores. Formas de investigação de empresas-fantasmas É muito mais comum do que se imagina a figura da empresa-fantasma, que inexiste legalmente ou de fato, e está envolvida no processo de corrupção. O pagamento a uma empresa fictícia significa que o serviço ou o produto especificado não existiu,e que o cheque emitido pela prefeitura foi diretamente para os fraudadores. A comprovação de negócios com empresas “fantasmas” proporciona um fato contundente e relevante que, por si só, pode levar à condenação dos corruptos. Esse tipo de fraude já é motivo suficiente para se fazer uma representação ao Ministério Público, pedindo a abertura de inquérito civil público, ou mesmo de ação civil pública.* Associações constituídas há pelo menos um ano, nos termos da lei civil, e que tenham entre suas finalidades a proteção à ordem econômica e à livre concorrência, podem ajuizar diretamente uma ação civil pública. Quando, no exame das contas da prefeitura, surgirem dúvidas sobre a participação de empresas desonestas no esquema de corrupção, segundo os indícios citados anteriormente quanto a notas fiscais “frias” e empresas “fantasmas”, deve-se recorrer a alguns meios de investigação: * Com o advento da lei n° 10.628 de 24 de dezembro de 2002, a ação judicial contra prefeito municipal por improbidade administrativa passou a ser de competência do Tribunal de Justiça do Estado. Assim, representações pedindo a abertura de inquérito civil público por atos de improbidade administrativa devem ser feitas diretamente ao procurador geral de Justiça do Estado, mas nada obsta que se faça a representação ao promotor público da comarca. Junta Comercial Verificar a existência efetiva da empresa. Nisso, é preciso levar em conta que o fato de uma firma estar registrada na Junta Comercial é importante, mas é insuficiente para comprovar sua existência física ou sua idoneidade. Não há maiores dificuldades em se registrar uma empresa, e o registro acaba por ser usado para dar aparência de legitimidade aos negócios escusos que mantém com a prefeitura. Caso a empresa não esteja registrada nesse órgão, ela não existe, pois esse é um requisito obrigatório para todos os estabelecimentos que atuem no mercado. As juntas comerciais (estaduais ou regionais) informam sobre a existência de empresas por meio de requerimentos feitos em suas sedes. Em um dos casos analisados pela AMARRIBO, os fraudadores foram tão displicentes que, durante o processo de cassação do prefeito de Ribeirão Bonito, juntaram cópia do contrato social de uma empresa cujo protocolo emitido pela Junta Comercial tinha data anterior à constituição da própria firma. Isso mostra que não se deve confiar em cópias reprográficas (xerox) de contrato social, mesmo que tenham sido autenticadas em cartório. É essencial verificar a sua existência por meio de certidão da Junta Comercial. Receita Federal Verificar se a empresa é registrada no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), da Receita Federal. Mas deve-se estar atento, pois os fraudadores podem usar o número do CNPJ de firmas que realmente existem, mas que nada têm a ver com o processo. A consulta pode ser feita pela Internet, pelo endereço http://www.receita.fazenda.gov.br. Receita Estadual Verificar o cadastro da receita estadual, junto à Secretaria da Fazenda estadual. Constatação da existência física da empresa Tarefa essencial para checar se uma empresa é “fantasma” consiste em verificar a sua existência física. É necessário ir ao endereço indicado na nota fiscal e ver se a empresa está realmente instalada no local. Depois, é preciso conferir esse endereço com aqueles fornecidos aos outros órgãos em que a firma esteja registrada. Caso as instalações não sejam encontradas no lugar indicado, convém averiguar com moradores e comerciantes das imediações se a empresa esteve instalada no local. O registro fotográfico pode servir como prova documental em um eventual processo. Constatação de existência física da gráfica emissora da nota fiscal Verificar se, de fato, existe a gráfica que imprimiu o talonário de nota fiscal da empresa, seguindo os mesmos procedimentos do item anterior. Perícia nos serviços prestados Quando se desconfia que a prefeitura fez pagamentos superfaturados ou de notas fiscais “frias”, é necessário solicitar ao Ministério Público a instauração de inquérito civil público e a realização de perícias sobre os serviços prestados. Com base nos resultados, instaura-se uma ação civil pública, visando a punição dos responsáveis e o ressarcimento dos recursos desviados. A perícia também pode examinar serviços prestados e materiais empregados em obras. Pode haver, por exemplo, notas fiscais de serviços que na realidade não foram prestados; os 350 quilos de cabo que o empreiteiro afirmou ter gasto em uma instalação podem ser, de fato, apenas 50 quilos. Irregularidades desse tipo também são suficientes para se pedir ao Ministério Público instauração de inquérito e de ação civil por improbidade administrativa. Obtenção de provas A obtenção de provas é fundamental para qualquer ação contra a corrupção. É difícil iniciar qualquer processo administrativo, judicial ou político na ausência de fatos comprobatórios. Quanto mais veementes os indícios, mais fácil a abertura dos processos. Para tanto, é necessário: checar cuidadosamente as denúncias, verificando se não consistem em meras desavenças políticas sem fundamentos sólidos; buscar informações nos órgãos públicos (Junta Comercial, Receita Federal, Receita Estadual); identificar colaboradores – funcionários da administração municipal que não compactuam com os corruptos -, a fim de se obterem informações sobre fraudes administrativas; analisar transferências e aplicações de recursos, como os provenientes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF). Para esse caso, por exemplo, há manuais e cartilhas com informações detalhadas, no próprio FUNDEF, órgão vinculado ao Ministério da Educação. Mais informações podem ser encontradas no endereço http://www.mec.gov.br/fundef. documentar as provas, sempre que possível, com laudos, fotos e gravações. Mobilização popular Após anos de abusos e impunidade, muitas comunidades se tornaram indiferentes e alheias ao processo orçamentário e os cidadãos foram tomados de um grande ceticismo em relação à possibilidade de punição de políticos desonestos. Por isso, para que a sociedade se mobilize contra a corrupção, é preciso que as pessoas sejam estimuladas e provocadas. O começo pode ser muito difícil, pois as primeiras reações são de incredulidade. Depois, surgem sentimentos de resignação e medo, e só mais à frente os cidadãos se indignam e reagem à situação. No processo de mobilização, é fundamental que a sociedade esteja constantemente informada sobre os acontecimentos. As notícias devem ser transmitidas pelos meios de comunicação disponíveis, como boletins informativos, jornais, programas de rádio e, se possível, pelas emissoras de televisão regionais e nacionais. À medida que as fraudes vão sendo comprovadas, devem ser divulgadas para a população, pois essas informações desenvolvem um sentimento de repulsa ao comportamento das autoridades corruptas e, ao mesmo tempo, estimulam a continuidade das investigações. Os cidadãos devem ser convocados a freqüentar as sessões da Câmara Municipal e cobrar dos vereadores providências no sentido de interromper os atos ilícitos e de punir os culpados. É importante, também, estimular o debate organizado e promover audiências públicas de esclarecimento à sociedade. No entanto, deve-se evitar, sempre, a divulgação de denúncias inconsistentes, pois isso pode desacreditar todo o processo. Órgãos públicos competentes para investigar e apurar a corrupção no poder municipal devem, necessariamente, ser envolvidos. Da lista devem fazer parte o Ministério Público através do promotor público, o Tribunal de Contas do Estado (ou do município, quando existir), a Câmara Municipal e, eventualmente, a Polícia Federal, a Secretaria da Fazenda, o Ministério do Planejamento e as agências reguladoras dos setores envolvidos). Vale, ainda, pressionar os dirigentes dos partidos políticos,e os Conselhos Profissionais Regionais, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Conselho Regional de Medicina (CRM), o Conselho Regional de Contabilidade (CRC), entre outros. É também essencial despertar o interesse do promotor público para as investigações, pois, sem o seu apoio, tudo se torna muito mais difícil. Em cidades em que haja comprometimento do promotor com a administração municipal, as investigações ficam prejudicadas e dificilmente avançam. Para reverter situações como essa, deve-se pedir a instauração de inquérito civil público, cujo arquivamento depende de manifestação do Conselho da Procuradoria Geral de Justiça do Estado. A melhor maneira de motivar as autoridades judiciais no combate à corrupção é pela apresentação de fatos comprovados e consistentes. Quando a promotoria e o judiciário se mostram ativos na defesa do interesse público, o processo flui e atinge-se o objetivo pretendido. Uma investigação bem feita pode levar o promotor público a requerer o afastamento imediato do prefeito. No caso de Ribeirão Bonito, o judiciário aceitou o pedido do promotor e os tribunais superiores confirmaram a sua decisão. Declarações de inocência e reação dos denunciados Mesmo confrontados com provas contundentes, os corruptos sempre negam o crime. Declaram inocência com muito cinismo e sem qualquer escrúpulo. À medida que as denúncias vão se acumulando e as provas surgem, os administradores desonestos e seu grupo lançam mão de diversos métodos de reação, procurando impressionar a população e silenciar os denunciantes. Apelam para declarações teatrais e assumem o papel de vítimas de perseguição política. Também partem para o constrangimento, por meio de ameaças e mesmo pelo uso de violência física. Uma das formas usadas para abalar a convicção de parte das pessoas é a utilização de frases e temas religiosos. Com o intuito de provocar comiseração, os denunciados recorrem a declarações em que invocam a justiça divina e lêem salmos e orações antes de se pronunciar a respeito das denúncias. Essas atitudes levam muitos a ficar em dúvida, pois não conseguem identificar nisso a operação de uma estratégia concebida deliberadamente para confundir o público. No caso de Ribeirão Bonito, muitas vezes as pessoas religiosas se mostraram estremecidas diante das palavras do prefeito, que declarava inocência apelando para imagens de cunho religioso. Isso acontecia porque, àquela altura, a comunidade ainda não tinha acesso às provas e aos documentos de que a AMARRIBO dispunha. As provas, manipuladas pelos meios de informação controlados pela autoridade municipal, não chegavam às diferentes comunidades religiosas, as quais tendiam a esquivar-se da controvérsia que necessariamente se instalou. As declarações teatrais de inocência, a posição de vítima perseguida, as ameaças claras e veladas feitas diretamente ou por meio de emissários ou parentes, ou até mesmo a violência física, podem constranger pessoas e reduzi-las ao silêncio. Portanto, é importante, sempre que possível e sem atrapalhar as investigações, apresentar as provas dos delitos para desmascarar os fraudadores. Alguns cuidados Corruptos e fraudadores do erário público são pessoas sem qualquer escrúpulo, capazes de qualquer coisa, como forjar e destruir documentos e provas, subornar ou ameaçar testemunhas, intimidar os oponentes, atacar a integridade dos acusadores e até mesmo atear fogo na prefeitura, se julgarem necessário. Deles pode esperar-se todo tipo de bandidagem. Não se deve baixar a guarda e nem recuar, pois é isso o que eles esperam. O exemplo de Ribeirão Bonito A cidade de Ribeirão Bonito viveu uma experiência singular em sua história recente. Os Amigos Associados de Ribeirão Bonito (AMARRIBO), organização não governamental (ONG) criada para promover o desenvolvimento social e humano da cidade, acabou por assumir a liderança de um processo para eliminar a corrupção no poder público municipal. Além de desviar recursos públicos, o prefeito havia cometido inúmeros atos de improbidade administrativa. A demonstração dos ilícitos desencadeou um movimento de repúdio, por parte da população, a esse tipo de comportamento. A iniciativa foi bem sucedida e culminou com o afastamento do chefe do executivo municipal. A partir desse exemplo, movimentos semelhantes se espalharam pela região e por numerosas cidades do Brasil. Sem fins político-partidários, a ONG percebeu que seus objetivos sociais conflitavam com as práticas de desvio de recursos públicos observadas na cidade. Cidadãos e associados da AMARRIBO consideraram que os esforços da organização seriam infrutíferos caso a corrupção continuasse a dominar a administração pública. Depois de avaliarem seriamente a situação, os membros da ONG entenderam que não havia outra alternativa senão a de coibir os abusos constatados. No caso de Ribeirão Bonito, a eliminação da corrupção se tornou uma questão de sobrevivência, porque nada que se pudesse fazer pela cidade seria capaz de consertar os danos causados pelo desvio de recursos. Os atos ilícitos praticados pelo chefe do executivo se alastravam por outros setores da prefeitura. E a desorganização generalizada desmotivava os funcionários honestos. A máquina administrativa municipal trabalhava para o seu próprio benefício,e não para o dos cidadãos. Diante dessa situação, a população se sentia impotente para reagir. A convicção comum de que todo empenho associativo em favor da melhoria das condições de vida no município não pode prescindir das responsabilidades do poder público, conduziu os associados à decisão de promover o saneamento do poder público municipal, eliminando, como pré-condição, a apropriação dos bens públicos e as formas de corrupção que sustentam e perpetuam grupos desonestos no poder público municipal. O processo jurídico Em 9 de novembro de 2001, a ONG entrou com a primeira representação junto à Promotoria de Justiça da cidade de Ribeirão Bonito, pedindo abertura de inquérito civil público para a investigação dos desvios de verba de merenda escolar, aquisição de combustível,e notas “frias” de fornecimento de serviços. Cinco dias depois, ingressou junto ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo com pedido de uma auditoria especial antecipada, também para investigar os mesmos desvios. Em 24 de janeiro de 2002, o Tribunal de Contas emitiu relatório em que informa ter encontrado indícios de irregularidades em parte das denúncias. Afirmava ainda que não tinha como comprovar outras acusações, por não ter localizado alguns documentos na prefeitura. Apesar disso, os conselheiros não tiveram a iniciativa de ouvir ninguém – acusadores ou envolvidos. Por ser excessivamente formal, o Tribunal de Contas só conduz investigações se o denunciante entregar provas evidentes de fatos relacionados a desvios orçamentários. Isso leva a questionar seriamente a eficácia dos procedimentos desse órgão na fiscalização dos gastos públicos. A parte do relatório em que o Tribunal de Contas concluía que “nada se apurou” passou a ser usado publicamente pelo prefeito como prova de idoneidade. Contudo, a regularidade dos procedimentos de licitações é examinada apenas formalmente pelo TCE. Não se verifica se as firmas cadastradas ou participantes das concorrências existem física ou juridicamente. Quanto às notas fiscais, o tribunal faz um exame somente do ponto de vista contábil, sem perquirir sobre a existência das firmas emitentes. Apesar da omissão do TCE, em 4 de abril de 2002 o promotor público da cidade ingressou com uma ação civil pública contra o prefeito e diversos de seus assessores, solicitando o seu afastamento imediato do cargo. O pedido foi deferido pela juíza da comarca em 8 de abril de 2002, e posteriormente mantido pelo Tribunal de Justiça. Em 24 de abril de 2002, o prefeito renunciou ao mandato, teve a sua prisão preventiva decretada e fugiu. Mais tarde, acabou por ser preso no município de Chupinguaia, estado de Rondônia. O processo político Logo após a abertura dos inquéritos judiciais no Ministério Público e do procedimento administrativo junto ao Tribunal de Contas do Estado, a AMARRIBO, com o apoio dos cidadãos e de alguns vereadores, pediu na Câmara Municipal a instauração de uma Comissão Especial de Investigações para apurar os fatos. A Comissão apresentou o resultado das investigações em 13 de março de 2002, anunciando que as denúncias eram verdadeiras. O relatório da CEI foi aprovado em sessão da Câmara Municipal do dia 18 de março de 2002. Com base no artigo 4° do decreto-lei n° 201/67, leu-se denúncia de dois cidadãos, citando provas documentais das infrações político-administrativas cometidas pelo prefeito, contidas no relatório da Comissão. Outras provas de desvios de recursos públicos, surgidas posteriormente e que não eram objeto da CEI, também foram levantadas. Na mesma sessão, pediu-se a cassação do mandado do prefeito. A Câmara Municipal acatou a denúncia para o processo de impeachment por unanimidade, com a exclusão de dois vereadores que, por estarem envolvidos nos desvios, não votaram. Criou-se, então, a Comissão Processante que dirigiria o processo de cassação. Antes da conclusão dos trabalhos da Comissão Processante, em 24 de abril de 2002, o prefeito renunciou e logo após fugiu, de forma a evitar a prisão preventiva que fora determinada pela juíza da comarca. A Comissão prosseguiu seus trabalhos e acabou por julgar a denúncia procedente, o que servirá para a aplicação das penas previstas na lei. A cassação do mandato deixou de ser aplicável em virtude da renúncia do prefeito, mas as demais penas, como a inelegibilidade, podem ser aplicadas. As ONGs e o combate à corrupção A justiça brasileira é demasiadamente lenta. Muitas vezes, processos judiciais por improbidade administrativa são iniciados, mas os acusados só são julgados após o cumprimento integral de seus mandatos. Durante esse período, furtam o máximo que podem e acumulam recursos para sua defesa futura. Quase sempre alcançam esse objetivo, alimentando o círculo vicioso da impunidade. Esse movimento acaba por frustrar a busca por justiça. O processo político de cassação do mandato pela Câmara Municipal (impeachment) se desenvolve mais rapidamente. O mecanismo é disciplinado pelo decreto-lei n° 201/67, de âmbito federal, e pela Lei Orgânica do Município, a qual, da mesma forma que o Regimento Interno da Câmara de Vereadores, varia de cidade a cidade. É indispensável aprofunda CurtirCurtir
  7. Harpia,o senhor falou o que precisa ser dito,porém o comando só deixou que isso acontece-se em troca de FAVORECIMENTO PRÓPRIOS,venderam a tropa,assassinaram a segurança pública de SP,e vai chegar o momento que a coisa vai peder o controle,ai os demagogos vão dizer,nossa o que aconteceu? os senhores são donos das suas ações,porém a reação tá chegando,seguren-se quem puder…

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  8. VAI ACONTECER COM O PSDB O MESMO QUE ACONTECEU COM O PMDB, NESTA PRÓXIMA ELEIÇÃO.
    O PSDB ESTÁ RACHADO FAZ TEMPO, DIVIDIDO ENTRE O GRUPO DE ALCKMIM PICOLÉ DE CHUCHU E SERRÁGIO.
    MUITO DESGASTADO O PSDB SOMENTE VAI APARECER FUTURAMENTE TENDO QUE FAZER ALIANÇAS TIPO VICE DISTO, VICE DAQUILO, SEM EXPRESSÃO NACIONAL.
    A VEZ É DO PSDB AGORA…A VEZ DE SE ACABAR DE VEZ.
    OUTRORA FOI O PMDB E OUTROS PARTIDOS, AGORA O PSDB.
    RESTA SABER QUAL VAI SER O PARTIDO QUE ESTÁRA NO LUGAR DESTA INFÂMIA QUE CRIARAM OU TALVEZ, QUASE COM CERTEZA, OS POLÍTICOS QUE COMPOE ESSA CORJA CRIEM UMA LEGENDA LIMPA PARA TENTAR LIMPAR DO A SUJEIRA QUE FIZERAM A NAÇÃO E AO ESTADO DE SÃO PAULO
    PSDB QUE VENDEU E PRIVATIZOU TODO O BRASIL.
    PSDB QUE FORTALECEU O CRIME ORGANIZADO, ORQUESTRANTO O DESMANTELAMENTO DA POLÍCIA.
    COM FÉ VEREMOS ESSE ACONTECIMENTO.

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  9. “NÓS NÃO VAMOS APURAR NADA, LÁH, LÁH, LÁH!
    ÉH TUDO FREE, TAH NA HORA,
    SEMPRE FREE, VAMÚH EMBORA,
    PARA DAR LUGAR PROS NINJA ENTRAR, LÁH, LÁH, LÁH, LÁH, O NOSSO IMÓVEL ESTÁ PRA ALUGAR, TÁH PRÁH ALUGÁH,LÁH, LÁH, LÁH, LÁH,
    NÓS NÃO VAMOS APURAR NADA, LÁH, LÁH, LÁH!”
    Com todo o respeito e admiração do Raul!

    O Corregedor PM caiu, e não adiantou nada!
    Olha a comédia e o Corporativismo!
    … más o Valdez não foi preso na sexta-feira por policiais civis e custodiado pela Corregedoria da PM, e esse não foi um dos motivos da remoção do Senhor Corregedor PM, SATISFAÇÃO SOCIAL E POLÍTICA?
    Gostaria de saber o que ele estava fazendo com Três Amigos Policiais Militares, na sexta-feira, à noite, trajando moleton, bota marrom, bombeta e calça escura, jantando no Bar do Gordo, na Brigadeiro Tobias?
    Ele não deveria jantar no Romão Gomes?
    Realmente deveria estar entre Amigos, pois só amigos, gozando da mais pura liberdade e fraternidade, comem e bebem e Bar, sexta-feira à noite, após o expediente!
    Cuidado Pessoal, será que era uma mera confraternização?
    Ele falava ao telefone, lendo seu depoimento, dizendo que não ia dar nada!
    Pelo jeito, nem vai dar mesmo, pois, happy hour com preso do grupo de extermínio é inaceitável!
    Será que eles estavam comemorando os “PMzitos” que a meganha vai presenteá-lo?
    Essa eu não esperava!
    Ou será que ele estava espreitando para ver se passava alguma testemunha?
    Tinha uma viatura do 21BPMM parada na esquina do Bar do Gordo!
    RITMO, É ritmo de festa!
    “NÃO TEM PRA NINGUÉM, O CORPO 90 É NOTA SEM”
    CORPOrativismo SEM apuração!
    PQP!
    Socorro Folha, Estadão e Record!

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  10. VAMOS FAZER UMA LISTA DOS POLICIAIS MAIS RICOS DE SP!

    1º F U B I C A
    2º DR GUERRA






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  11. os batalhões cairam e os PMS não se tocaram nen o tenente WILSON resolve froça tarefa em SP não existe ?

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  12. Força Trágica!
    Selva!
    Cadê o Pinto que não vê as titicas de galinha?
    O negócio tah mais sujo que pau de galinheiro!
    Cuidado Senhor Secretário, os lobos, famintos, perdem o pelo más não perdem o faro!
    Lobo não escolhe presa, ensandecido, faminto, como frango, pato, ganso, ovelha, burro e Pinto!
    Na dúvida, bota pra dentro!
    In dubio pro societatis!
    IN DUBIO PRO PM TATICS!
    É força Jovem!
    É força Tática!
    SANTOS!

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  13. Faz 1 ano da morte do Policial Rene Avancini e nda de noticias, eu mesma descobri sozinha o motivo da execução….e por segurança da família, não posso falar sobre o assunto…q policia é essa?

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