Pesquisa revela que Policiais querem polícia única e civil
Dois terços dos praças e oficiais das Polícias Militares do país defendem mudanças no modelo de polícia e mais da metade dos policiais civis e militares prega a unificação das corporações. Os dados fazem parte de uma pesquisa inédita realizada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), em parceria com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e o Ministério da Justiça, sobre policiais, guardas municipais, bombeiros e agentes penitenciários do país.
Com 64.130 questionários respondidos, a pesquisa O Que Pensam os Profissionais de Segurança Pública, no Brasil, será divulgada hoje, em Brasília. As respostas ajudam a compreender e a interpretar a atuação das polícias no país.
Ao responderem a pergunta “Qual o modelo ideal de polícia?”, 35% defenderam a unificação das corporações, longe da disciplina e do rigor militar, e 15% manifestaram-se pela criação de uma única polícia militarizada. Mas a maioria (50%) defende uma nova e única polícia. Atuação condicionada a um determinado tipo de crime foi defendida por 12%.
Para Marcos Rolim, professor de Direitos Humanos do Centro Universitário Metodista do Rio Grande do Sul (IPA) e um dos três pesquisadores responsáveis pelo estudo, o fato de a metade defender a unificação deve ser interpretado com cautela.
– Em todo mundo moderno, a tendência é diversificação de polícias, criando mais outras forças. As polícias enormes, pesadas, são ineficientes e difíceis de administrar – opina Rolim. Para o pesquisador, os dados indicam “necessidade de mudança”.
– A constatação mais importante é que os policiais não estão satisfeitos com o modelo de polícia existente – opina Rolim.
Diretor da Academia da Polícia Civil do Rio Grande do Sul (Acadepol), delegado Mario Wagner acredita que os resultados indicam necessidade de se repensar as polícias.
– As polícias hoje precisam defender as garantias individuais do cidadão, nas suas relações entre si. É uma mudança de foco no sentido de se buscar uma prestação de serviços mais eficiente – pondera o delegado.
Com 29 anos de dedicação à Polícia Civil, Wagner defende a preservação da identidade das duas corporações bicentenárias:
– Juntar as duas identidades, agora, seria um fracasso.
O conteúdo de algumas respostas é revelador. Ao responderem, por exemplo, o que fariam se flagrassem um colega recebendo propina, 42% disseram que conversariam e pediriam que o parceiro não fizesse mais e 25% fingiriam não terem visto a cena – ou seja, 65% não prenderiam em flagrante o corrupto. Um em cada cinco denunciaria o companheiro de corporação e apenas 2% pediriam para dividir a propina.
– Fica evidente as limitações de formação e de compromisso moral de parte dos policiais brasileiros – alerta Rolim.
Fonte: Zero Hora
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Policia Militar não existe , militar é exercito, marinha, aeronautica,
Trata-de uma ficçção do passado que deixaram de lado aou invês de torna-los de fato militares.
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E 99% querem aumento salarial.
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Deixa como está.
Não tem como unificá-las.
Os Governos dos Estados devem orientar seus Delegados de Polícia e os Oficiais da PM para que um não interfira nas atribuições constitucional d’outro.
Deixe para à PM cumprira sua atribuição constitucional de realizar o patrulhamento ostensivo preventivo e garantir a ordem pública.
Assim, Polícia Civil deve investigar e não realizar patrulhamento preventivo especializado,extingue-se o G.A.R.R.A. que é uma invenção do regime militar, deixe somente o G.O.E. para apoio as unidades administrativas-operacionais da Polícia Civil.
Desburocratizar os trabalhos policiais civis, que muitos são repetitivos, somente avolumando os inquéritos policiais.
Expulsem da Polícia Civil os escrivães ad hoc e guardas municipais dos S.I.G das Delegacias de Polícia, pois a função de Escrivão e de Investigador de Polícia, como a de Delegado de Polícia é função de Estado.
Será que o Delegado de Polícia consegue estar ao mesmo tempo em todos os cartórios de escrivães ad hoc ao mesmo tempo?
Se consegue, ele (Delegado de Polícia) é o Espírito Santo.
Os Delegados de Polícia devem por obrigação em estar presentes em todas as Delegacias de Polícia, Plantões e nos cartórios das Delegacias de Polícia. É obrigação de ofício.
Se não conseguem por não tem número suficiente de Delegados de Polícia, reclamem ao Governador do seu Estado.
Os oficiais da PM estão presente em todas as ocorrências.
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Kaiser. Perfeito. só falta avisar os escrivães que insistem em ser delegados de fato…..
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Faltou dizer que os Policiais não querem delegados e nem oficiais.
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Queremos reajuste !!!!!!!!!!!!!!
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