Desigualdade  Histórica – A Disparidade Salarial que Desafia a Justiça e a Segurança Nacional 2

 

 

A desigualdade salarial entre policiais e membros do Judiciário e do Ministério Público não é apenas uma questão de números.

É um reflexo de uma distorção histórica que desafia os princípios de justiça e equidade, pilares fundamentais de qualquer sociedade democrática.

Enquanto juízes, promotores e procuradores desfrutam de vencimentos que, em muitos casos, ultrapassam o teto constitucional, os policiais, que arriscam suas vidas diariamente para garantir a segurança pública, recebem salários que não condizem com a importância e o risco de suas funções.

Essa disparidade não só é injusta, mas também mina a coesão social e a confiança nas instituições.

É corporativista e discriminatória , beirando espécie de racismo !

A estrutura das carreiras jurídicas, com suas  unilaterais progressões salariais vantajosas e benefícios polpudos , contrasta fortemente com a realidade das carreiras policiais.

Enquanto juízes e promotores , imoralmente, acumulam “penduricalhos” — auxílios-moradia, alimentação, transporte e outras gratificações —, os policiais enfrentam dificuldades para garantir o básico.

Essa diferença não se justifica apenas pela formação ou pela complexidade das funções.

Quem demonstra que a formação de operador de direito é mais qualificada e complexa ?

Afinal, policiais também passam por faculdades ,   por treinamentos rigorosos e desempenham um papel crucial na manutenção da ordem e da segurança, muitas vezes em condições precárias e de alto risco.

O poder político desempenha um papel central nessa equação. Juízes e promotores, por sua influência e representatividade, conseguem negociar salários e benefícios que muitas vezes escapam ao controle do teto constitucional.

Enquanto isso, as categorias policiais, menos organizadas e com menor poder de lobby, lutam para obter reconhecimento e valorização.

Essa assimetria de poder não só perpetua a desigualdade, mas também reforça um sistema que privilegia alguns em detrimento de outros, alimentando a sensação de injustiça e descontentamento.

A falta de isonomia salarial entre as carreiras públicas é um problema que precisa ser enfrentado com urgência.

Não se trata apenas de equiparar salários, mas de reconhecer o valor e a importância de todas as profissões que compõem o serviço público.

Uma reforma ampla e estrutural do sistema remuneratório é necessária para corrigir essas distorções.

Isso inclui reavaliar os critérios para concessão de benefícios, estabelecer limites mais rígidos para o teto remuneratório e promover uma discussão transparente sobre os gastos públicos.

Além disso, é preciso questionar a lógica que sustenta os altos salários do Judiciário e do Ministério Público.

Enquanto o país enfrenta crises econômicas e sociais, com milhões de brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza, é moralmente indefensável que uma parcela do funcionalismo público receba vencimentos que chegam a dezenas de salários-mínimos.

A justiça não pode ser cega às desigualdades que ela mesma ajuda a perpetuar.

A valorização das carreiras policiais é um passo essencial para corrigir essas distorções.

Equiparar os salários dos policiais aos de outras categorias não é apenas uma questão de justiça, mas também de segurança pública.

Policiais bem remunerados e valorizados tendem a ser mais motivados e comprometidos com seu trabalho, o que resulta em um serviço mais eficiente e uma sociedade mais segura.

Por fim, é fundamental que haja transparência e controle sobre os gastos com salários e benefícios no serviço público.

A sociedade precisa saber como e por que o dinheiro público é gasto, e deve ter voz ativa nessa discussão.

A desigualdade salarial entre policiais e membros do Judiciário ,  do Ministério Público ,  Procuradores do Estado e Defensores Públicos  é um problema que afeta a todos;  sua solução requer um esforço coletivo e um compromisso genuíno com a justiça e a equidade.

O Flit Paralisante  defende que é hora de enfrentar essa questão com coragem e determinação.

A justiça salarial não é privilégio de poucos, mas direito de todos.

E isso começa com a valorização de todos aqueles que dedicam suas vidas ao serviço público, em nome da segurança, da ordem e do bem-estar da sociedade.

Retificação sobre o posicionamento dos judeus americanos – 88 organizações judaicas subscreveram uma carta aberta ao presidente Trump se opondo aos planos de deportações em massa 1

Horas atrás publicamos um artigo que sugeria um suposto silêncio da comunidade judaica americana em relação às políticas de imigração do governo Trump.

Entretanto , conforme notícia da RNS – religionnews, reconhecemos a necessidade de retificar essa informação e apresentar um quadro mais preciso da situação.

Oposição ativa

Contrariamente ao que foi inicialmente relatado, ontem, 27 de janeiro , 88 organizações judaicas assinaram uma carta aberta ao presidente Trump se opondo aos planos de deportações em massa.

Também, grupos judaicos têm realizado protestos em frente a centros de detenção em diversos estados.

 Solidariedade com outras comunidades

A comunidade judaica americana tem demonstrado solidariedade com outros grupos afetados pelas políticas de imigração:

– Rabinos e líderes judeus têm se unido a organizações latinas e muçulmanas em manifestações conjuntas.

– O rabino Steve Einstein declarou que “a oposição ao fanatismo é um ato sagrado”, relacionando a experiência histórica judaica com a situação atual dos imigrantes.

Motivações históricas e valores

A oposição às políticas de deportação em massa está profundamente enraizada na experiência histórica e nos valores da comunidade judaica:

– Muitos judeus americanos descendem de famílias que imigraram para os EUA no início do século XX, buscando refúgio.

– A rabina Jill Jacobs, da organização T’ruah, afirmou: “É uma causa que os judeus sentem muito profundamente. Toda a nossa história é sobre ser expulso de um lugar e tentar encontrar um lugar seguro para viver”.

Conclusão

Reconhecemos nosso erro ao sugerir um silêncio da comunidade judaica americana sobre este assunto.

Na verdade, muitas organizações e indivíduos judeus têm sido vocais e ativos em sua oposição às políticas de deportação em massa, demonstrando solidariedade com outras comunidades afetadas e agindo de acordo com seus valores históricos e culturais.

Pedimos desculpas por qualquer mal-entendido que nossa publicação anterior possa ter causado e reafirmamos nosso compromisso com a precisão e a integridade jornalística.

A Paralisia do Silêncio: Trump, os Judeus e os Novos Párias

 

A Paralisia do Silêncio: Trump, os Judeus e os Novos Párias

Em um mundo que se gaba de ter aprendido com os erros do passado é perturbador assistir à repetição de certos roteiros.

Desta vez , mais uma vez , o palco é a América de Trump e o enredo uma distopia que parece ter sido copiada de um manual nazista, mas com novos protagonistas: os latino-americanos. 

Trump, com sua retórica inflamada e políticas de exclusão, transformou os estrangeiros — especialmente os vindos da América Latina — nos novos párias.

São eles os responsabilizados por todos os males do país, desde o desemprego até a criminalidade.

São eles os segregados, os detidos em condições desumanas, os separados de suas famílias.

São eles os “outros”, aqueles que não merecem compaixão, dignidade ou direitos. 

O paralelo com o que os nazistas fizeram com os judeus na década de 1930 é assustador.

Primeiro, veio a desumanização: os judeus  e ciganos foram retratados como parasitas, uma ameaça à pureza racial e ao bem-estar econômico da Alemanha.

Agora, são os latino-americanos que carregam o fardo de serem “criminosos”, “vagabundos” e “invasores”.

Depois, veio a segregação: os judeus , uma espécie de praga invasora , foram confinados a guetos, enquanto os latino-americanos são enjaulados em centros de detenção, tratados como animais. 

O mais absurdo, no entanto, é o silêncio ensurdecedor de uma parcela da sociedade que, em tese, deveria ser a primeira a levantar a voz: os judeus americanos que , ontem, lembraram os 80 anos da libertação de Auschwitz.

Muitos deles, descendentes de vítimas do Holocausto, parecem agora compactuar com a perseguição de outro grupo.

Será o medo?

A indiferença?

Ou a crença de que, desta vez, o alvo não são eles, e por isso podem se calar? 

O que esses judeus parecem esquecer é que o silêncio nunca é neutro.

Ele sempre beneficia o opressor.

Quando os nazistas começaram a perseguir os judeus, muitos alemães se calaram, e esse silêncio foi interpretado como consentimento.

Agora, a história se repete, e o silêncio dos judeus americanos ecoa como uma aprovação tácita à judiação dos latino-americanos. 

É preciso lembrar que o Holocausto não começou com câmaras de gás.

Ele começou com palavras de ódio, com políticas de exclusão, com a normalização da violência contra um grupo específico.

E é exatamente isso que estamos vendo hoje. 

A destruição desta vez não está  em campo de concentração ou  câmera de gás , mas numa paralisia moral que impede que as pessoas enxerguem o óbvio: quando permitimos que um grupo seja desumanizado, abrimos as portas para que todos sejam desumanizados.

O silêncio não é uma opção.

A história já nos mostrou onde ele nos leva.

 


Advertência : A comparação acima pode ter validade no sentido de destacar os perigos da desumanização, da retórica de ódio e do silêncio diante de políticas de exclusão.

Servindo como um alerta sobre como práticas aparentemente menores podem evoluir para violações mais graves dos direitos humanos se não forem contestadas.

No entanto, é crucial reconhecer as diferenças históricas e contextuais para evitar banalizar o Holocausto, um evento único em sua escala e horror.

A analogia até pode ser útil como uma ferramenta retórica para chamar a atenção para questões importantes, mas deve ser observada com cuidado e precisão, sempre contextualizando as diferenças entre os dois cenários.

Retificação: https://flitparalisante.com/2025/01/28/retificacao-sobre-o-posicionamento-dos-judeus-americanos-88-organizacoes-judaicas-subscreveram-uma-carta-aberta-ao-presidente-trump-se-opondo-aos-planos-de-deportacoes-em-massa/

A magistrada , o delegado e a Louis Vuitton pirata 6

 

A magistrada suspirou profundamente ao entrar em seu gabinete luxuoso no Tribunal de Justiça.

Seus saltos altos ecoavam no piso de mármore enquanto ela caminhava até sua mesa de mogno maciço.

Com um gesto suave, ela colocou sua bolsa Louis Vuitton de R$ 50.000 sobre a poltrona de couro.

“Mais um dia, mais um desafio”, murmurou para si mesma, ajeitando sua toga impecável.

Seu assistente, João Mané, entrou apressadamente com uma pilha de documentos.

“Doutora, temos uma audiência em 15 minutos sobre o caso do desvio de mercadorias no DEIC”, ele informou, hesitante.

A juíza  arqueou uma sobrancelha perfeitamente delineada.

“Ah sim, o caso do delegado  corrupto.

Irônico, não?”

Ela deu uma risada seca, pegando sua caneta de ouro para assinar alguns documentos.

O anel de diamantes em seu dedo cintilou sob a luz do escritório.

“João, lembre-me de passar na concessionária depois do expediente.

Preciso ver se meu novo carro importado já chegou”, ela comentou casualmente.

O jovem assistente assentiu, engolindo em seco.

“Claro, Doutora. Mais alguma coisa?”

“Sim”,  a rainha respondeu, levantando-se:  

“Agenda uma reunião com o setor de pessoal”

Precisamos discutir o aumento dos nossos… como eles chamam mesmo?

Ah sim, ‘direitos eventuais-naturais .”

Com um sorriso enigmático, a juíza pegou sua bolsa de grife e saiu da sala, pronta para mais um dia de “justiça” nos tribunais brasileiros.

O Sangramento Silencioso dos Cofres Públicos – Ou o “Corporativismo Mafioso” de carreiras que existem apenas “per se” 2

 

 

O Sangramento Silencioso dos Cofres Públicos

Os recentes pagamentos exorbitantes a ministros aposentados do Superior Tribunal de Justiça (STJ) expõem uma ferida profunda no sistema público brasileiro: o corporativismo desenfreado que drena os recursos da nação.

Em outubro de 2024, seis ministros aposentados do STJ receberam mais de R$ 300 mil cada, com o valor mais alto chegando a R$ 349 mil.

Esses montantes astronômicos, muito além do teto constitucional de R$ 44 mil, são justificados por uma série de “penduricalhos” e verbas extras.

O Malabarismo Jurídico

O STJ alega seguir “parâmetros definidos pelo CNJ”, mas a realidade é um elaborado esquema para contornar o teto salarial:

1. Pagamentos retroativos fora do teto constitucional

2. Revisão do índice de correção do auxílio-moradia

3. Implementação do “quinquênio”, um adicional por tempo de serviço

Essas manobras não são exclusivas do STJ. No Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministros chegaram a receber R$ 419 mil líquidos em um único mês.

O Custo para a Nação

Enquanto milhões de brasileiros lutam para sobreviver com um salário-mínimo, uma elite do funcionalismo público se apropria de recursos que poderiam ser direcionados para áreas essenciais como saúde, educação e segurança pública.

Este corporativismo descaradamente mafioso não apenas sangra os cofres públicos, mas também corrói a confiança da população nas instituições democráticas.

É um tapa na cara do cidadão comum que paga seus impostos e espera um serviço público eficiente e justo.

O Caminho para a Mudança

É imperativo que haja uma reforma profunda no sistema de remuneração do funcionalismo público. Precisamos de:

1. Transparência total nos pagamentos

2. Eliminação de “penduricalhos” e verbas extras

3. Respeito rigoroso ao teto constitucional

4. Revisão das aposentadorias especiais

O Brasil não pode mais tolerar uma casta de servidores públicos que se consideram acima da lei e da realidade econômica do país.

É hora de pôr fim a esse corporativismo predatório e restaurar a equidade e a responsabilidade fiscal no serviço público brasileiro.

Tomar no cu-porra-caralho – Faça São Paulo Grande Novamente, Tarcísio! 19

 

Ah, o nosso ilustre governador Tarcísio de Freitas!

Que figura, caros flitadores.

( Algo ridícula, não? )

Enquanto São Paulo ferve, ele se derrete todo pelo laranja trumpista.

Vejam só: mal Trump volta à Casa Branca e lá está nosso governador, todo pimpão, exibindo um boné com o slogan “Make America Great Again”.

E eu me pergunto: e São Paulo, Tarcísio?

Quem vai fazer São Paulo grande de novo?

Mas não, o homem prefere brincar de soldadinho.

Corta verba das câmeras policiais, infla o ego da PM e deixa a Polícia Civil de escanteio ( “judiada” ).

Até para discutir a Lei Orgânica da instituição ele põe um militar no comando!

É mole? É de cair o queixo, mas não o quepe.

E o povo?

Ah, o povo…

Segundo as pesquisas, mais da metade aprova essa “linha-dura” do nosso governador-capitão.

Será que não percebem que estão aplaudindo o próprio cerco?

Enquanto isso, a Polícia Civil, aquela que deveria investigar os crimes de verdade, fica a ver navios.

Ou melhor, a ver viaturas da PM passando, levando e trazendo o orgulho inflado do governador.

Tarcísio, meu caro, deixe de fazer tipo de subalterno do Trump e cuide do que importa.

Que tal fazer a Polícia Civil grande novamente?

Ou isso não cabe no seu boné de fã-clube trumpista?

Ah, tu és Carioca de passagem, né?

É triste, meus amigos.

Enquanto o governador sonha com Brasília lambendo Washington, São Paulo vive um pesadelo.

Mas quem sou eu para julgar?

Sou apenas um expulso delegado,  tentando entender como chegamos ao ponto em que bajular um presidente estrangeiro é mais importante do que cuidar da própria casa.

Que os ventos mudem, que o bom senso prevaleça.

Ou, pelo menos, que o governador troque o boné por um que diga “Faça São Paulo Grande Novamente”.

Seria um (bom) começo, não?

Policiais civis e a Lei Orgânica: um debate necessário 1

Policiais civis e a Lei Orgânica: um debate necessário

A decisão do governo paulista de excluir representantes da Polícia Civil do grupo de trabalho que discutirá a nova Lei Orgânica da corporação suscita preocupações legítimas e merece uma reflexão cuidadosa.

A nomeação de um militar da reserva para coordenar os debates sobre uma legislação tão crucial para o funcionamento da polícia judiciária do estado é, no mínimo, questionável.

Mas não surpresa , considerando a inclinação antidemocrática do governador bajulador  de neofacistas .

A Lei Orgânica da Polícia Civil não é apenas um conjunto de normas burocráticas, mas um instrumento fundamental que define direitos, deveres e a própria estrutura de uma instituição essencial para a segurança pública.

Ao afastar os principais interessados e conhecedores da realidade policial civil das discussões, corre-se o risco de produzir uma legislação descolada das necessidades reais da corporação e da sociedade.

É compreensível a apreensão manifestada pelas entidades representativas da Polícia Civil.

A ausência de participação efetiva no processo de elaboração da lei pode resultar em um texto que não contemple adequadamente as especificidades e desafios enfrentados pelos profissionais no dia a dia de suas atividades.

Além disso, a falta de transparência e diálogo nesse processo pode minar a confiança entre o governo e uma categoria fundamental para a segurança pública.

O governador Tarcísio de Freitas tem a oportunidade de corrigir esse equívoco e promover um debate mais amplo e inclusivo.

A participação de representantes da Polícia Civil no grupo de trabalho não apenas enriqueceria as discussões, mas também conferiria maior legitimidade ao processo e ao resultado ( final) .

É importante lembrar que uma polícia civil bem estruturada e valorizada é essencial para o combate eficaz à criminalidade e para a promoção da justiça.

Nesse sentido, a elaboração da Lei Orgânica deveria ser vista como uma oportunidade de modernização e aprimoramento institucional, e não como um processo impositivo e excludente.

O governo estadual ainda tem tempo de reconsiderar sua posição e abrir espaço para um diálogo construtivo com as entidades representativas da Polícia Civil.

Essa atitude não apenas atenderia às reivindicações legítimas da categoria, mas também fortaleceria os princípios democráticos e a busca por uma segurança pública mais eficiente e alinhada com as necessidades da população paulista.

A construção de uma Lei Orgânica sólida e representativa é um passo fundamental para o fortalecimento da Polícia Civil e, consequentemente, para a melhoria da segurança pública em São Paulo.

É hora de o governo estadual demonstrar maturidade política (sonhar não paga imposto) e disposição para o diálogo e resolução das questões mais importantes para este Estado, reconhecendo a importância da participação dos policiais civis nesse processo crucial para o futuro da instituição.

Homenagem a Marco Antonio Bioto: Um Legado de Serviço e Compaixão 6

 

Marco Antonio Bioto, carinhosamente conhecido como Bioto NPN, foi muito mais do que um policial civil; ele foi um exemplo vivo de dedicação, compaixão e serviço à comunidade.

Sua jornada de mais de três décadas na Polícia Civil de São Paulo não foi apenas uma carreira, mas uma vocação que transcendeu os limites do dever profissional.

Ingressando na força policial em 1990, Bioto dedicou grande parte de sua carreira ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC).

Suas múltiplas especialidades e inabalável comprometimento contribuíram significativamente para a segurança dos cidadãos de São Paulo.

“Nós Por Nós”

O verdadeiro legado de Bioto, no entanto, reside em sua incansável dedicação aos outros.

Fundador do NPN (Nós Por Nós), ele criou uma rede de apoio vital para policiais civis e penais, estendendo uma mão amiga aos que arriscam suas vidas diariamente para proteger a sociedade.

Judoca e Mentor

Com mais de 48 anos de experiência em judô, Bioto transformou sua paixão pelo esporte em uma ferramenta de mudança social.

Seus projetos sociais relacionados ao judô não apenas ensinaram técnicas marciais, mas também valores como disciplina, respeito e perseverança a inúmeros jovens.

Voz Policial

Como ativista, Bioto foi incansável na defesa dos direitos dos policiais.

Sua breve, mas impactante passagem pela Câmara Municipal de São Paulo em 2022 foi um testemunho de sua popularidade e do respeito que conquistou tanto entre seus pares quanto na comunidade.

Legado Imortal

O falecimento de Marco Antonio Bioto em 18 de janeiro de 2025 deixou um vazio imenso, mas seu espírito continua vivo através das vidas que tocou e das instituições que fortaleceu.

Descrito como “uma lenda” e “um anjo da guarda de carne e osso”, Bioto personificou o melhor da vocação policial: coragem, compaixão e um compromisso inabalável com o bem-estar dos outros.

Que o exemplo de Marco Antonio Bioto continue a inspirar futuras gerações de servidores públicos, lembrando-nos que a verdadeira grandeza reside não apenas no cumprimento do dever, mas na capacidade de ir além, tocando vidas e construindo uma comunidade mais forte e unida.

Seu lema “Nós Por Nós” permanece como um chamado à ação, lembrando-nos que, na união e no cuidado mútuo, encontramos nossa maior força.

Descanse em paz, Bioto NPN. Seu legado viverá para sempre nos corações daqueles que você serviu e inspirou.

Reunião do RESISTE-PCSP na sede da ADPESP 10

Foi realizada uma importante reunião em 23 de janeiro de 2025 , na sede da ADPESP , com representantes das 15 entidades das carreiras da Polícia Civil que compõem o Fórum Interassociativo e Intersindical das Carreiras Policiais Civis do Estado de São Paulo – RESISTE-PCSP.

O objetivo principal foi consolidar consensos e ações relacionadas à nova Lei Orgânica da Polícia Civil de São Paulo.

Principais pontos discutidos

  • Regulamentação da Lei Orgânica: O foco central foi deliberar sobre um documento conjunto a ser enviado ao governador Tarcísio de Freitas, visando a regulamentação da nova Lei Orgânica da Polícia Civil no estado.
  • Grupo de Trabalho: Discutiu-se a importância do trabalho coletivo das entidades na formulação do texto final da regulamentação, considerando o grupo de trabalho instituído pela Resolução Conjunta CC/SSP-1/2025.
  • Reivindicações prioritárias: Entre as principais demandas discutidas estão:
  1. Revisão salarial e valorização remuneratória
  2. Implementação de um Fundo Especial da Polícia Civil
  3. Regulamentação da jornada de trabalho
  4. Reformulação do plano de carreira
  5. Pagamento de adicional de insalubridade
  6. Garantia de paridade e integralidade das aposentadorias
  7. Indenizações específicas para condições de trabalho
  8. Criação de assistência à saúde para policiais e dependentes

Ações futuras

  • Ato Público: Foi aprovada a realização de um ato público, com data e local a serem definidos posteriormente.
  • Diálogo com o governo: O Fórum RESISTE-PCSP enfatizou a necessidade de participação direta na construção das políticas públicas voltadas à valorização dos policiais civis.

Contexto

O Fórum RESISTE-PCSP, criado há três anos, reúne 15 entidades de classe representando diversas carreiras da Polícia Civil paulista.

Sua atuação tem sido fundamental no processo de modernização e valorização da instituição, especialmente no contexto da nova Lei Orgânica Nacional das Polícias Civis (Lei Federal nº 14.735/2023).

Esta reunião representa um passo significativo na busca por melhorias para a Polícia Civil de São Paulo, demonstrando a união e o empenho das entidades representativas em prol de uma segurança pública mais eficiente e valorizada no estado.

Grupo Independentes – Discussão e luta por Emenda assegurando aos policiais civis as mesmas garantias da Polícia Militar: idade, tempo, paridade e integralidade 2

Proposta de Emenda à Constituição

Altera o art. 144 da Constituição Federal para estabelecer garantias aos policiais civis.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do § 3º do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional:

Art. 1º O art. 144 da Constituição Federal passa a vigorar acrescido dos seguintes parágrafos:

“Art. 144. …

§ 10. Aplicam-se aos policiais civis, no que couber, as mesmas garantias previstas para os policiais militares quanto a:

I – Tempo de serviço para fins de aposentadoria;

II – Idade mínima para aposentadoria;

III – integralidade da remuneração no cargo e classe  em que se der a aposentadoria;

IV – Paridade entre os proventos dos policiais civis aposentados e a remuneração dos policiais civis em atividade.

§ 11. Lei complementar estabelecerá as normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das polícias civis.

§ 12. A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela segurança pública, de maneira a garantir a eficiência de suas atividades.”

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.

Justificativa

Esta proposta de emenda constitucional visa equiparar as garantias dos policiais civis às dos policiais militares, reconhecendo a natureza especial e os riscos inerentes à atividade policial civil.

As principais mudanças incluem:

1. Tempo de serviço: Estabelece que os critérios de tempo de serviço para aposentadoria dos policiais civis serão equivalentes aos dos policiais militares.

2. Idade mínima: Determina que a idade mínima para aposentadoria dos policiais civis será a mesma aplicada aos policiais militares.

3. Integralidade: Garante aos policiais civis o direito à aposentadoria com proventos integrais, correspondentes à totalidade da remuneração do cargo em que se der a aposentadoria.

4. Paridade: Assegura a paridade entre os proventos dos policiais civis aposentados e a remuneração dos policiais civis em atividade, garantindo reajustes equivalentes.

5. Promoção a classe superior nos casos previstos e regulados por Lei Complementar .

Essas alterações visam valorizar a carreira policial civil, reconhecendo sua importância para a segurança pública e equiparando suas garantias às já existentes para os policiais militares.

A proposta também prevê a criação de uma lei complementar para estabelecer normas gerais de organização e funcionamento das polícias civis, promovendo maior uniformidade e eficiência na atuação desses profissionais em todo o território nacional.

A implementação dessas mudanças contribuirá para a melhoria das condições de trabalho e aposentadoria dos policiais civis, refletindo positivamente na qualidade do serviço prestado à sociedade e na segurança pública como um todo.

O caso dos policiais militares infiltrados e a farsa institucional 3

Imaginem só: “descobriram-se” que policiais militares investigados por ligações com o PCC estavam fazendo a segurança de autoridades importantes em São Paulo .

Isso mesmo, meus caros.

Enquanto o cidadão de bem não consegue dormir tranquilo, os bandidos estavam literalmente guardando o sono dos nossos “ilustres” governantes.

É de cair o queixo!

O capitão Raphael Alves Mendonça, por exemplo, passou pelos corredores da Prefeitura de São Paulo e do Ministério Público como se estivesse em casa .

Já o soldado Abraão Pereira Santana fez bico no Tribunal de Justiça.

Bico?

Perdão, quis dizer “serviço de segurança” .

E não pensem que as instituições ficaram mudas diante desse absurdo.

Ah, não!

Eles se apressaram em confirmar que sim, esses senhores realmente trabalharam lá.

Obrigado pela honestidade, senhores.

Na verdade, nos tranquiliza saber que vocês admitiram ter nomeado criminosos para nos proteger.

Logico, não!

Para ficar a salvo do PCC nada melhor do que ter como segurança comparsas fardados “incorruptíveis “, né? !

Mas o pior, caros flitadores , é que isso é apenas a ponta do iceberg.

Estamos diante de um esquema complexo de corrupção policial e política , com direito a vazamento de informações sigilosas e segurança privada ilegal para a nata do crime organizado…

Até quando? 

Bicha…Bicha…Bicha…Bolsonaro é o nosso Viado Feroz! 13

Trump declara 'apoio' a Bolsonaro, que vê 'grande... | VEJA

O Capitão saiu do armário (e não é o de Brasília)

Meus caros leitores, preparem-se para a mais nova pérola do nosso ilustríssimo Capitão.

Parece que o homem que tanto bradou contra a “ditadura gay” finalmente resolveu hastear sua própria bandeira arco-íris.

Em um momento de descuido – ou seria de lucidez? – nosso Capitão soltou esta joia: “Me sinto como uma criança outra vez com o convite do Trump.

Estou entusiasmado.

Já nem tomo Viagra mais”.

Ora, ora, quem diria que o convite do loiro do norte teria efeitos mais potentes que a famosa pilulinha azul?

É meus amigos, parece que o inconsciente do Capitão resolveu dar uma de Freud e revelar o que estava escondido nas profundezas do seu ser.

Trump, o homem que faz o Capitão se sentir “como uma criança outra vez”.

Será que vamos ver nosso “Mito” de chupeta e fraldas na próxima eleição?

Ou de quatro numa chupeta para o Xandão?

E não para por aí.

 O entusiasmo é tanto que o Viagra virou coisa do passado.

Quem precisa de química quando se tem o poder do amor, não é mesmo?

Ou seria o amor pelo poder?

Lembram daquela cena patética em que o Capitão praticamente se ajoelhou aos pés de Trump com um “I love you” digno de novela mexicana?

Pois é, parece que aquilo era só o começo.

O que virá a seguir?

Um pedido de casamento no Salão Oval?

Meus caros, vivemos tempos interessantes.

Enquanto o país afunda em crises artificiais, nosso Capitão flutua em suas fantasias trumpianas.

Quem sabe na próxima ele nos surpreenda com um “Make Brazil Great Again” em pleno Sete de Setembro?

Ah, Capitão, Capitão…

Quem te viu, quem te vê.

De paladino da “família tradicional” a fã número um do Trump.

Como diria o velho ditado: o fruto proibido é sempre o mais apetitoso.

Especialmente quando vem embrulhado em uma bandeira estrelada.

Finalizo: há quarenta anos  tínhamos o nosso VEADO VELOZ ( cf. Tarso de Castro),  o saudoso mito das corridas dominicais.

Hoje temos o nosso Viado Feroz !

Viado de transviado, viu?


Freud afirmou…”tudo aquilo que os fascistas dizem que é sujo( sexo e erotismo), é o elemento central da saúde e felicidade humana”…quase poético…

Eu lembro a máxima do Freud à vista do que afirmou o bozo nesta semana. Notemos q numa frase, bastou uma única frase, para revelar o tesão reprimido q ele tem pelo presidente ducci Donaldo Trump… está lá escondido no inconsciente dele e num momento de descuido soltou esta pérola:”Me sinto como uma criança outro vez com o convite do Trump. Estou entusiasmado. Já nem tomo Viagra mais”….

O bozó não sabe q o inconsciente nos governa e revelou a fixação anal em relação ao caralho poderoso do norte americano…solta logo a franga Bozooo…você há de lembrar aquela cena humilhante q foi o bozo cumprimentando o Trump com um Trump! I love you! Ao q o troglodita respondeu secamente- ” Nice tô ser you, Bolsonaro…”

O fascismo tem a necessidade de “corpos tristes”(Deleuze e Guatarri), a supressão do gozo, corpos para serem comandados, sem autonomia espiritual.

Autor: Romulo P.

Delegado Josenildo Belarmino de Moura Júnior, tragédia previsível por culpa do Estado 16

Tragédia policial expõe falhas na segurança pública

A morte do jovem delegado Josenildo Belarmino de Moura Júnior, ocorrida na última semana em São Paulo, é um triste reflexo do cenário de violência que assola nossa sociedade.

Mais do que isso, este episódio lança luz sobre graves falhas em nosso sistema de segurança pública que não podem mais ser ignoradas.

Com apenas 32 anos e sete meses no cargo, Josenildo tornou-se vítima de um crime que ele próprio deveria combater.

O fato de estar armado em seu momento de folga, longe de garantir sua segurança, acabou por selar seu trágico destino.

Esta circunstância nos obriga a questionar: estamos preparando adequadamente nossos agentes da lei para os perigos que enfrentam, dentro e fora de serviço?

É inegável que o porte de arma por policiais fora de serviço é um direito estabelecido.

No entanto, este incidente evidencia a urgente necessidade de uma discussão mais aprofundada sobre como e quando exercer tal direito.

 A formação de nossos policiais deve ir além das técnicas de combate ao crime, abrangendo também estratégias de autoproteção em situações cotidianas.

O governador Tarcísio de Freitas classificou o crime como “bárbaro” e prometeu que não ficará impune.

Porém, mais do que punição aos criminosos, a sociedade paulista – e brasileira – anseia por medidas concretas que previnam novas tragédias.

É imperativo que as autoridades competentes revisem os protocolos de segurança e aprimorem o treinamento oferecido aos agentes da lei.

Ademais, este lamentável episódio ressalta a urgência de políticas de segurança pública mais eficazes, especialmente em áreas com altos índices de criminalidade. A morte de um policial em seu tempo de lazer é um duro golpe na já frágil sensação de segurança da população.

A perda do delegado Josenildo não pode ser em vão.

Que sirva como um catalisador para mudanças significativas em nossas políticas de segurança, na formação de nossos policiais e na proteção de todos os cidadãos.

Só assim poderemos honrar sua memória e construir uma sociedade mais segura para todos.


7 – Não gaste dinheiro com armas, a ferramenta de trabalho fornecida pelo estado  é mais do que suficiente! Armamento particular ,  de regra , é fetiche  ou dependência psíquica de gente imatura e insegura.

8 –  Encerrado o horário de trabalho , desarme-se . Ser policial 24 horas por dia , além de mentira , não rende hora extra. Estatisticamente:  lhe renderá caixão!

9 – Aos jovens solteiros, não porte arma e funcional quando for para a balada. Bandido não identifica policial pelo cheiro ou características lombrosianas!

Se o governador Tarcísio de Freitas ler isso tenho uma dica de ouro: ACABE COM A ROTA, OS BAEP’S, FORÇA TATICA E ROCAM E COMEÇARÁ A ENFRENTAR DE VERDADE O CRIME ORGANIZADO!!! 14

Finalmente alguém explicou o surgimento do termo 'coxinha'. Leia aqui |  Revista Fórum

Que tinha coxinha envolvido tava na cara!

Desde da época do maldito Ferreira Pinto, que demitiu 10% da PC, a ROTA trabalha para o PCC.

Como o colega acima citou, os coxinhas do 1o. RosaChoque executaram o Nego Cora, que era grampeado e monitorado pela SSP, especificamente pela central clandestina de Presidente Prudente.

Os coxinhas misteriosamente decidiram realizar policiamento numa estrada de terra, no início da madrugada e bingo!

Se depararam com o Nego Cora, que sozinho, dirigia em alta velocidade por uma estrada de terra e ao mesmo tem atirava contra a valorosa guarnição rotariana.

Pouco repercutiu na imprensa, o que é mais estranho ainda, pq o Nego Cora era cabeçudo na hierarquia.

De lá para cá nada mudou e hoje com a prisão da coxinhada (corregedoria da PM tá dizendo que eles investigaram, mas quem é de verdade sabe que pouco fizeram, até pq o crime de homicídio é competência do Tribunal do Júri e não da comarquinha mais cara do mundo), sabemos quem orientou o vagabundo morto no aeroporto a fazer uma delação fraudulenta contra o Fábio Caipira e o DHPP (muitos dos delatados não são santos e é “poucas idéias”).

Expediente típico de oficial coxinha.

Delatar e forjar contra quem o investiga, sendo que tal delação foi vazada quando o DEIC entrou na força tarefa. Vazamento seletivo.

Coxinhada falando de PC com viatura descaracterizada no Aeroporto, vazando delação do vagabundo, tentando descredibilizar a investigação e hoje sabemos que a delação foi orientada por oficiais coxinhas, para proteger um vagabundo, e depois a megacoxinha corporation, para proteger PMs bandidos, tentou descredibilizar a investigação.

Infelizmente não tem DG com culhões para convocar coletiva e derrubar o Governador.

Se eu sou o DG convoco coletiva e derrubo o SSP e sento na cadeira dele.

Deveria assistir tropa de elite 2, quando nascimento entra no restaurante e é aplaudido.

DG nem pra coletiva de imprensa foi e a coitada da Ivana sozinha no meio das víboras comedoras de coxinhas.

Se governador ler isso tenho uma dica de ouro: ACABE COM A ROTA, OS BAEP’S, FORÇA TATICA E ROCAM E COMEÇARÁ A ENFRENTAR DE VERDADE O CRIME ORGANIZADO!!!


Autor : AMIGO DO GOVERNADOR !

A Rota derritida e descarrilada 6

São Paulo, 18 de janeiro de 2025

A Rota Descarrilada

Era uma manhã de sábado como outra qualquer na capital paulista.

O sol despontava preguiçoso por entre os arranha-céus, enquanto eu tomava meu café na padaria da esquina.

Foi quando vi a manchete estampada no jornal: “PMs da Rota presos por envolvimento com o PCC”.

Confesso que não me surpreendi tanto quanto deveria.

Afinal, os rumores sobre a promiscuidade entre alguns policiais e o crime organizado já circulavam há tempos nos bastidores.

Mas ver aquilo escancarado na primeira página era como assistir a queda de um mito.

A Rota, outrora símbolo máximo da força policial paulista, agora se via mergulhada em um escândalo sem precedentes.

Quinze policiais presos, incluindo o suposto executor de um delator do PCC no aeroporto.

Era como se o roteiro de um filme de ação tivesse saído do controle.

Lembrei-me de quando era garoto e via as viaturas da Rota passando imponentes pelas ruas.

O respeito e o temor que impunham eram quase palpáveis.

Agora, essa mesma instituição estava sendo desmascarada, expondo suas entranhas podres para toda a sociedade ver.

O “Rota’s Bar”, supostamente aberto com dinheiro do PCC, soava como uma piada de mau gosto.

Imaginei os policiais corruptos sentados ali, brindando com bandidos enquanto planejavam suas próximas operações conjuntas.

A ironia era tão ácida que chegava a queimar a garganta.

Enquanto caminhava de volta para casa, vi uma viatura da Rota passar.

 Os policiais lá dentro pareciam tensos, provavelmente cientes do furacão que estava devastando a corporação.

Perguntei-me quantos ali dentro ainda eram dignos do uniforme que vestiam.

O governador, em sua arrogância característica, havia dito dias antes que não estava “nem aí” para as denúncias de abusos policiais.

Agora, diante do escândalo, sua bravata soava vazia e irresponsável.

A realidade havia batido à sua porta com força total.

As ruas de São Paulo pareciam mais sombrias naquela manhã.

A sensação de segurança, já tão frágil, agora estava completamente abalada.

Afinal, se não podemos confiar nem na tropa de elite da polícia, em quem poderemos confiar?

Enquanto isso, nas periferias, o PCC continuava seu reinado implacável.

Os verdadeiros chefões, protegidos por uma rede de corrupção que se estendia até os mais altos escalões, deviam estar rindo da situação.

Para eles, era apenas mais um dia lucrativo no escritório.

Olhei novamente para o jornal em minhas mãos.

A foto dos policiais algemados contrastava grotescamente com o símbolo da Rota em seus uniformes.

Era o retrato perfeito de uma era de contradições e mentiras desmoronando diante de nossos olhos.

Restava saber se, das cinzas desse escândalo, surgiria uma polícia mais honesta e eficiente.

Ou se, como tantas vezes antes, tudo seria varrido para debaixo do tapete, enquanto a dança macabra entre policiais corruptos e criminosos continuaria nos bastidores.

Naquela manhã de sábado em São Paulo, a única certeza era que a Rota, outrora símbolo de ordem e lei, havia definitivamente descarrilado.

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Trem tomba após deslizamento de terra na Serra do Mar | Tribuna PR