Imparcialidade – Em tiroteio de americano matando americano estrangeiro não deve meter a colher …Nunca se sabe a Heckler & Koch 7,62 mm que nos espreita… 12

Que o governo americano se aquiete ,  não há risco de apreenderem a minha sandália baiana no chão de esquizofrênicos.

E o consulado americano poderia tranquilamente exibir um outdoor: “Brasileiros raciocinando não entram aqui!”

E não seria falsidade ideológica, pois brasileiros pensantes , há muito tempo , não perdem tempo e dinheiro nos USA.

Pois bem , os Estados Unidos, sob administração Trump, ameaçaram punir estrangeiros que elogiem, racionalizem ou minimizem o assassinato do influenciador conservador Charlie Kirk, chegando a instruir autoridades consulares a monitorar e eventualmente agir contra esses indivíduos, inclusive revogando vistos.

Como são otários !

Isso revela a sua mentalidade porca e uma contradição em relação à tradicional defesa da  liberdade de expressão frequentemente destacada por Trump e seus aliados.

Observe-se, portanto, um duplo padrão: a retórica oficial exalta a liberdade de expressão de ódio aos inimigos , mas, diante de opiniões que “justificam” a violência contra figuras conservadoras, o Estado ameaça aplicar sanções duras, sem espaço para racionalizações públicas do episódio.

Explicar a morte de um extremista americano é subversão para quem argumentar que “Charlie Kirk recebeu de volta a violência que ajudou a espalhar”!

Ele pediu para se foder com o seu discurso violento e odioso contra minorias.   

Não foi ele que afirmou que algumas mortes compensavam a manutenção do direito a armas de fogo?

Ora, é apenas um mártir dos armamentistas…

Mas o atirador não era um transexual ; nem estrangeiro de esquerda…Só outro americano idiota!   

Não é exagero: há diplomata prometendo o cancelamento imediato do visto de quem acha graça ou vê lógica na execução de um dos profetas do “Make America Hate Again”.

Mas da nossa parte , quando um americano resolve atirar em outro americano, me emociona a balística, a aerodinâmica perfeita, a precisão do tiro e até pela crônica que terminará na série da Netflix – com trilha sonora do Rage Against The Machine.

Afinal, cada bala representa um voto a menos na próxima eleição de pastor armado.

No dia em que o americano começar a se autodestruir por excesso de pólvora, podemos finalmente baixar a guarda: será a vitória definitiva da razão saudável sobre a esquizofrenia.

E, como se vê, por aqui não faltará torcida pelas balas – já que o espetáculo é grátis e sem pedido de extradição.

Fuck you, I won’t do what you tell me!

Aviso Legal / Legal Disclaimer – ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE

🇧🇷 Em português:

Este texto é uma manifestação artística, cultural, crítica e opinativa, protegida pelo artigo 5º, inciso IX da Constituição Federal do Brasil, que garante a liberdade de expressão e criação, inclusive satírica.
As expressões utilizadas têm caráter literário, simbólico e político, inseridas no contexto do humor ácido e do direito à crítica pública a figuras com atuação pública destacada. Não representam incitação à violência, ódio ou discriminação.
Nomes citados e opiniões emitidas referem-se a personagens públicos e são sustentadas por fatos amplamente divulgados pela mídia. O autor rejeita toda e qualquer forma de preconceito ou violência.
O conteúdo visa exclusivamente contribuir para o debate político, histórico e cultural dentro dos limites democráticos.

🇺🇸 In English:

This article is an artistic, cultural, critical, and opinion-based expression protected under Article 19 of the Universal Declaration of Human Rights and the constitutional right to freedom of speech.
The language used is symbolic, satirical, and politically charged, aimed at critiquing public figures and actions relevant to society. It is not intended to incite violence, hatred, or discrimination of any kind.
Mentions refer exclusively to individuals acting in the political or public sphere, based on widely known facts reported in the media. The author stands firmly against all forms of intolerance or injustice.
This content exists solely to foster democratic, historical, and cultural debate.

🇪🇸 En español:

Esta publicación es una manifestación artística, crítica y de opinión, protegida por el derecho constitucional a la libertad de expresión en cualquier estado democrático.
El lenguaje empleado es simbólico, satírico y crítico, y tiene como único objetivo ejercer el derecho a la crítica pública sobre figuras y discursos de relevancia política. No incita al odio, la violencia ni a la discriminación.
Las referencias personales aluden únicamente a actores públicos, en base a hechos informados por los medios. El autor rechaza toda forma de violencia o intolerancia.
El fin de este contenido es fomentar el debate democrático, cultural e histórico desde una postura crítica y reflexiva.

O país dos juízes formados pela JP – Faculdade do Job Político…Mano , quanta merda … 1

O Brasil sempre foi pródigo em fabricar especialistas imaginários.

Não é de hoje: quando criança, cresci no país dos noventa milhões de técnicos de futebol.

Cada vizinho escalava sua seleção como se fosse Didi no vestiário do Maracanã.

E sempre tinha um corintiano iluminado que deixava o Pelé no banco, como se o negão fosse mera promessa da várzea.

Agora, envelhecido e com a paciência mais curta que garçom espanhol em mesa de turista , descobri  o aprimoramento  nacional: já não somos a pátria do futebol, viramos a República dos juristas.

E é cada jurista mais brilhante que o outro.

Todo brasileiro acorda bacharel em Direito e vai dormir Desembargador  ou Ministro do Supremo.

O bêbado do balcão redige “habeas corpus”  entre uma pinga e outra; o garoto recém-formado na São  Largo do Pânico veste a beca e se autoproclama penalista renomado; e a analista loira televisiva  –  com sotaque da moça de boate da região do ABC –  é entronizada como ministra decana da nova jurisdição!

Toga invisível, salto estalando, caixa de falsos argumentos escondidos embaixo da bancada para preparar armadilhas aos entrevistados …digamos: “de esquerda” .

Mas esse milagre jurídico não caiu do nada.

Não, senhores!

Toda essa legião de monstrengos intelectuais se formou na mais prestigiosa instituição do continente — a JP, Faculdade do Job Político.

Lá, não existem leis, há enredos ; não se diplomam juristas ou jornalistas, mas gladiadores de microfone.

É a Sorbonne da Asneira com doutorado em falatório mentiroso , deselegante  e infantilizado!

O método acadêmico é cristalino:

  • Primeiro: invente-se a jurisprudência .
  • Segundo: transforme  em manchete.
  • Terceiro: repita até o rebanho jurar que saíram no Diário Oficial.

A hermenêutica é flexível como chiclete na boca de  criança : se amolda  qualquer coisa se favorecer o aliado; nada presta se arranhar o cliente.

Imparcialidade? Foi pejotizada.
Uma verdade? Foi demitida.
Liberdade de imprensa?

Só se for a liberdade de puteiro !

Gratificação em forma de curtidas e prêmio em forma de jabá.

E, claro, para tornar o circo mais palatável, sempre escalam a “jurista decorativa”: charmosa, discurso raso, comentário autoritário , sorriso ensaiado no melhor estilo Maluf.  

Não se engane: não é pluralidade!

É mais fácil falar para plateias ignorantes e boçalizada do que despertar a atenção de gente minimamente esclarecida.

No tribunal popular da esquina, a situação não é melhor.

Não há contraditório, não há ampla defesa: há só microfone aberto do berreiro  e juiz de botequim.

A cada rodada de cerveja, um novo artigo constitucional é parido.

“Está tudo no código, rapaz!”, diz o filósofo do balcão, batendo o pano engordurado como se fosse certidão judicial.

O argumento jurídico definitivo já está pronto: “Se a Dilma indultou corruptos, o Tarcísio não pode indultar o Bolsonaro?”.

Claro, simetria perfeita — até porque Bolsonaro, além de assaltante, também é corrupto.

Bem-vindos ao Brasil contemporâneo, onde discordar virou agressão e toda divergência é guerra santa.

Não se desperdiça munição no debate: é pá de cal direto.

Você não contesta a  tese jurídica que não lhe beneficia, você pisa na cara do antagonista.

E o recurso vem rápido, enviado em áudio de quinze segundos pelo deputado-coronel Zucco, direto do mais temível tribunal da República ; o grupo da família no WhatsApp.

Aliás, o tal Zucco  discorrendo mais parece um vagabundo de bando do que um oficial do Exército . E não adianta querer dizer que o FUX reconheceu o crime de tentativa de golpe …Essa parte ele não ouviu…E quer que Cid e Braga se ferrem , os dois embora também militares não lhe darão votos…

Pobre povo do bem do Rio Grande do Sul …Que exemplar é esse Zucco…De estrume!

Nesse carnaval jurídico, a única unanimidade é grotesca: o único bom julgador foi o Fux.

E dizem isso com a mesma seriedade com que juravam que Jair era mito, que Olavo de Carvalho era filósofo e que o Neymar joga sozinho.

Resumindo: já fomos o país da bola, depois da pedalada, do impeachment.

Agora somos a pátria dos juristas de ocasião.

Qualquer esquina é tribunal, qualquer locutor é ministro, qualquer mentira vira doutrina constitucional.

E enquanto a Faculdade do Job Político segue emitindo diplomas invisíveis com caches milionários, nós, coitados, seguimos formados em besteirol jurídico ;  sem OAB, mas com muito  fundamento no IA do WhatsApp.