O Estado criminoso
O Estado brasileiro, um dos mais caros e ineficazes do mundo, está pelo avesso e precisa ser urgentemente reinventado
A greve no setor de segurança pública do Rio Grande do Norte é, como se diz, mais do mesmo. Repete, no formato, na motivação e nas consequências, as ocorridas anteriormente em outros estados: salários baixíssimos e, como se não bastasse, em atraso.
Profundo atraso. Somente agora, depois da baderna instalada, o governador Robson Faria veio a público garantir que, enfim, pagará o salário de outubro. Isso mesmo: outubro. E o faz em tom triunfal, de quem presta um favor aos mal-agradecidos funcionários.
Não há verba, diz o governador, cujo salário, no entanto, assim como o dos integrantes do Legislativo e do Judiciário locais, está em dia. O atraso é apenas para o baixo clero do funcionalismo.
No Rio de Janeiro, aguarda-se o pagamento do 13º de 2016 e os salários em atraso foram parcelados. Como algumas parcelas também atrasam, há o sub-parcelamento do parcelamento.
Não há verba, repetem todos. Mas, no riquíssimo estado de Roraima, por exemplo, a Assembleia Legislativa acaba de se autoconceder mais um aditivo salarial: um auxílio-paletó, de R$ 25 mil, benefício vigente em suas congêneres de diversos estados.
Um soldado da Polícia Militar do Rio Grande do Norte ganha (quando ganha, claro) R$ 2,7 mil mensais. O do Rio de Janeiro, um pouco mais: R$ 3,2 mil. Mas um deputado estadual potiguar ganha, sem atraso, R$ 25 mil mensais, além de verba indenizatória, ajuda de custo, verba para contratação de assessores (nove por gabinete), num total anual per capta de R$ 1.157.556,60. Sem atraso.
A greve da Polícia Militar do Espírito Santo, ano passado, deixou um rastro de mais de cem mortos, vítimas da ação livre dos bandidos. Foi preciso, antes como agora, a intervenção das Forças Armadas, que, aos poucos, se transformam em força policial de reserva. A Constituição proíbe greve de militar – e a PM aí se insere.
Ocorre que a mesma Constituição (artigo 7º) obriga que os salários sejam pagos pontualmente pelo empregador, “constituindo crime sua retenção dolosa” (inciso X). Quem responde por isso?
Não é casual que o Brasil seja campeão mundial em criminalidade, com índice de homicídios de guerra civil (cerca de 70 mil por ano). Prioridade à segurança é apenas discurso de campanha. Na prática, não existe. E os baixos salários são apenas parte do problema, a que se somam o péssimo equipamento de trabalho.
A responsabilidade, no entanto, está longe de ser apenas de governadores perdulários – quando não, ladrões mesmo.
Há uma bagunça salarial no Estado brasileiro, que permite que um soldado da PM, que arrisca diariamente a vida, ganhe em média um quarto de um capinha do Supremo Tribunal Federal.
Capinha é o apelido que têm os assistentes de plenário – salários de R$ 12 mil – de cada um dos onze ministros do STF. Estes, nas sessões, trajam solenes capas pretas, que se estendem até os pés, enquanto a capa de seus auxiliares vai apenas até a cintura; daí o apelido, digamos, carinhoso.
Têm por missão (os capinhas) servir água e cafezinho ao respectivo ministro, puxar-lhe a cadeira para sentar e atendê-lo em pequenas solicitações quando em plenário. Segurança máxima, dois meses de férias anuais e salários pontualíssimos, equivalentes aos de um general-de-Exército, posto máximo das Forças Armadas.
O STF tem mais de dois mil funcionários (só de recepcionistas há 230) para atender onze ministros.
Não é uma anomalia isolada. Garçons e ascensoristas da Câmara e do Senado, por exemplo, chegam a receber salários de até R$ 15 mil. E o mesmo se dá em diversas câmaras municipais e assembleias legislativas país afora. A Câmara Municipal de São Paulo, outro espantoso exemplo, paga R$ 9,7 mil a engraxates e R$ 6,7 mil a barbeiros. Se numa cidade como São Paulo, com alta cobertura da mídia, isso ocorre, imagine-se nos rincões do país.
Não se trata apenas do valor anômalo do salário, mas do despropósito de tais funções, alheias à atividade-fim dessas instituições, o que só se explica pela profunda anarquia administrativa do Estado, sem transparência e fora do controle.
Dinheiro, há – o Brasil, afinal, é uma das dez maiores economias do mundo -, mas está distribuído de maneira criminosa, sem qualquer senso de proporção e prioridade, ao sabor de quem tem maior poder de pressão. Saúde e segurança, setores que afetam diretamente o grosso da população, são, em regra, negligenciados.
E o resultado é o que ocorre no Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Amazonas e em toda parte. Agora, por exemplo, em Aparecida de Goiânia, novo motim penitenciário – rotina no país – deixou nove mortos, 14 feridos graves e permitiu a fuga de mais de uma centena de presos.
O Estado brasileiro, um dos mais caros e ineficazes do mundo, está pelo avesso e precisa ser urgentemente reinventado. Caso contrário, teremos sempre mais do mesmo.
Flit Paralisante 
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Verdade! A Segurança Pública foi seriamente prejudicada pelos nossos governantes.
Além dos baixíssimos salários e dos atrasos, ainda temos a PC ainda organizada em castas, a Via Rápida para demitir quem atrapalhar a corrupção, a falta de uma Polícia municipal, Polícia Civil com ciclo completo, o desrespeito aos direitos dos policiais, que só piora na aposentadoria etc. Sem esquecer do desarmamento das pessoas honestas.
O nosso modelo de Polícia realmente é ineficiente e caro, em impostos e, principalmente, em vidas ceifadas diariamente.
#VotoPapel
#Direita
#EstadoMinimo
#HomeSchooling
#PorteDeArma
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Corrigindo: Polícia Civil sem ciclo completo.
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Para de falar mal de mim cara!
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bem feito, isso e para os otarios aprenderem a nao votar mais em ninguém , eu rasguei meu título e limpei o toba com ele fazem 15 anos e nunca precisei para nada e se precisar tenho a honra de pagar uma multa irrisória ao invés de ir perder meu tempo com eleição, tenho vergonha na cara coisa que a maioria ainda não tem.Portanto tem que se fuderem mesmooooo
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levantar um domingo de folga e ir votar em uma máquina fraudulenta? só para os Brasilis bananais otarios kkkj
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A única coisa interessante nisso tudo foi colocar aquele bando de desocupado do exército pra justificar o salário que ganha!
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Faz tempo que infelizmente o Exército virou força auxiliar da PM.
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A matéria mais coerente de todas, pena que o tópico foi distorcido, a critica mais relevante diz algo que ninguém tem coragem de dizer, não falta dinheiro para a roubalheira ou para os juízes e alto funcionalismo
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pois é, não falta dinheiro para eles sabe porque? porque os trouxas aqui embaixo nunca irão parar de puxar o saco deles ok, enquanto a maioria do brasileiro médio for medíocre e hipócritas sempre será assim.
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Bom Dia!
Senhoras e Senhores.
O grande problema do Estado, smj, sempre foi o intervencionismo de certas castas da área privada e politica.
Muitos que se envolvem na área politica nunca teve intenção de equacionar problemas sociais do Estado, mas sim e tão somente, garantir:
A) a segurança e manutenção de empresas prestadoras de serviço que auferem lucros extraordinários a certos ramos da sociedade privada; .
B) garantir que certas empresas continuem a ganhar em contratos onde não haja obrigatoriedade de licitação, por se tratarem ou entenderem serem “obras emergenciais”;
C) empresas duvidosas e sonegadoras continuem suas atividades sem que se corra riscos de eventuais fiscalizações ou punições de Órgãos de Fiscalização; e,
D) Apadrinhamento de certas Entidades Financeiras na questão de milionária movimentação bancária do Estado, inclusive garantir que eventuais prejuízos sofridos bem como perdões de eventuais dívidas junto ao setor publico seja absorvido pelo Estado;
Diante disto tudo acima elencado ainda levanto a questão onde o Estado concede licenças para que Empresas possam atuar em Setores onde ele “Estado”, deveria atuar de forma contínua e ininterrupta que são:
A) SAÚDE – Desconta-se valores estratosféricos diretamente da folha de pagamento do trabalhador para o INSS, mas em contra partida, oferece um serviço aquém do esperado, porém, deixa a bel prazer instituições privadas venderem pacotes caríssimos de planos de saúde à população com preços extorsivos sem garantias de retorno;
B) EDUCAÇÃO – Enfraquece o Setor Público desvalorizando funcionários públicos e facilitam concessão à empresas privadas que cobram valores além do esperado, dando a ensejar que somente podem ter acesso aos estudos certas classes sociais que eventualmente não oferecerão dificuldades aos eleitos;
C) SEGURANÇA – desvalorizam certos Setores ensejando oferecerem facilidades para que empresas do setor privado possam auferir grandes ganhos na venda de pacotes de seguro saúde; seguro previdenciário; seguro residencial; seguro de veículos;e, empresas de segurança onde seus proprietários sejam àqueles ligados aos meios políticos ou financiadores de campanha;
D) FINANCEIRO – Setores Privados privilegiados deixam de efetuarem pagamentos devidos e repasses de valores pertinentes ao Estado oriundos dos descontos dos empregados , tais como: (FGTS; INSS; etc…) originando deficit junto ao Setor Previdenciário e ensejando eventual crime de apropriação indébita, sem contar o prejuízo do contribuinte na aposentadoria;
– Deixam que certas instituições bancárias cobrem valores extorsivos junto à financiamentos à Classe Trabalhadora prejudicando sobremaneira o alicerce familiar;
E aí meus amigos vêm um iluminado dizer que o Estado vai mal das pernas!
Mas o que nunca colocam em pauta para onde vai todo o dinheiro que se arrecada diariamente dos nossos bolsos!
Temos sim uma vaga e nebulosa resposta…
Não se tem dinheiro para se pagar os Policiais, porém, arrumam dinheiro de forma emergencial para que se pague uma Força Tarefa com diárias vultuosas; salários aviltantes de certos asseclas dos eleitos; e, etc… etc…
VERGONHOSO!!!
Caronte
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TODA VEZ QUE O CARONTE ESCREVE, É UMA AULA DE CONHECIMENTO . ” DEMOSTRA QUE É MESTRE NO ASSUNTO ” . PARABÉNS QUE DEUS SEMPRE ILUMINE ESTA MENTE TÃO BRILHANTE.
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