Definido novo Conselho da Polícia Civil 68

Quarta-feira, 07/01/15 – 13:12
Secretário e comandantes definem primeiro escalão das polícias

O secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, definiu nesta quarta-feira (7), em conjunto com o delegado-geral da Polícia Civil, Youssef Abou Chahin, e o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Ricardo Gambaroni, a composição da totalidade do Conselho da Polícia Civil e do primeiro escalão do Alto Comando da PM. Os nomes serão publicados no Diário Oficial desta quinta-feira (8 de janeiro).

O conselho, que é presidido pelo delegado-geral, tem a participação de 24 delegados de classe especial. Fazem parte deste grupo os diretores da Polícia Civil, além do novo delegado-geral adjunto, Júlio Gustavo Vieira Guebert, que até dezembro chefiava o Departamento de Polícia Judiciária do Interior 7 (Deinter 7), da região de Sorocaba.

O primeiro escalão do Alto Comando da PM conta com a participação do comandante-geral e dos seis coronéis responsáveis por comandos vinculados diretamente ao Gabinete do Comando Geral.

Capital e departamentos especializados

Todas as principais diretorias da Polícia Civil já foram definidas. Na cidade de São Paulo, permanece no Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap) o delegado Domingos Paulo Neto. O efetivo civil da região metropolitana será chefiado pelo delegado Albano David Fernandes, que assumirá o Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro).

O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) passará a ser comandando pelo delegado Emygdio Machado Neto, enquanto no Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc) assumirá Ruy Ferraz Fontes.

O Departamento de Capturas e Delegacias Especializadas (Decade) terá como diretor o delegado Osvaldo Nico Gonçalves. No Departamento de Administração e Planejamento da Polícia Civil (DAP), assume Gilson Cezar Pereira da Silveira.

O delegado Mauricio Guimarães Soares assume o Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) e o delegado Mário Leite de Barros Filho, o Departamento de Inteligência da Polícia Civil (Dipol). Para seu lugar, na Academia de Polícia (Acadepol), foi designado o ex-delegado-geral Luiz Mauricio Souza Blazeck.

A delegada Elisabete Ferreira Sato Lei permanece no Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), assim como Nestor Sampaio Penteado Filho no comando da Corregedoria da Polícia Civil.

O delegado Carlos Roberto Benito Jorge continua na chefia da Assistência Policial Civil do Gabinete do Secretário (APC/GS).

Departamentos do interior

Para o lugar do delegado Júlio Guebert no Deinter 7, o secretário e o delegado-geral designaram para o cargo o delegado José Aparecido Sanches Severo, que estava na região de Araçatuba (Deinter 10). Para o lugar de Severo, foi nomeado Nelson Barbosa Filho.

A Baixada Santista e o Vale do Ribeira (Deinter 6) passam a ser comandados pelo delegado Gaetano Vergine. Na região de Bauru (Deinter 4), passa a responder pela Polícia Civil o delegado Marcos Buarraj Mourão.

O delegado Paulo Afonso Bicudo, que estava na Grande SP (Demacro), passa a chefiar os policiais civis da região de Piracicaba (Deinter 9).

Os delegados João Barbosa Filho (Deinter 1 – São José dos Campos), Kleber Antonio Torquato Altale (Deinter 2 – Campinas), João Osinski Jr. (Deinter 3 – Ribeirão Preto), João Pedro de Arruda (Deinter 5 – São José do Rio Preto) e Walmir Geralde (Deinter 8 – Presidente Prudente) permanecem no cargo.

Polícia Militar

Além do comandante, Ricardo Gambaroni, o primeiro escalão será composto pelo coronel Francisco Alberto Aires Mesquita, que estava na Diretoria de Logística e será o subcomandante da PM e chefe do Estado-Maior (EM).

Na PM, o coronel Audi Anastácio Felix passa à subchefia do EM, enquanto o coronel Marco Antonio Severo Silva foi designado para o Centro de Inteligência (CIPM). O coronel Gilberto Tardochi da Silva será o coordenador operacional (CoordOp).

O coronel Ieros Aradzenka permanece na chefia de gabinete do comandante-geral, na sede da SSP, enquanto a coronel Maria Aparecida de Carvalho Yamamoto segue à frente do Centro de Comunicação Social da PM.

Os comandantes regionais e de unidades especializadas da Polícia Militar, que também compõem o Alto Comando, devem ter seus nomes divulgados nos próximos dias.

ORGANIZAÇÕES DE DIREITOS HUMANOS REPUDIAM CHEFE DA POLÍCIA CIVIL DE SP 24

YOUSSEFF CHAHIN AFIRMOU QUE “OS MENORES SÃO 007, TÊM LICENÇA PARA MATAR”

Yousseff Chahin (Foto: Divulgação/ SSP-SP)YOUSSEFF CHAHIN (FOTO: DIVULGAÇÃO/ SSP-SP)

Organizações de direitos humanos reagiram nesta terça-feira (06/01) àsdeclarações do novo chefe da Polícia Civil do estado de São Paulo, Yousseff Abou Chahin, que defendeu a redução da idade penal ao afirmar que crianças e adolescentes “têm licença para matar”.

“Estamos em choque com esta declaração porque abre um precedente perigosíssimo para que a polícia atue com rigor exagerado, sem respeitar o estatuto da criança e do adolescente”, disse à Agência Efe Marcos Fuchs, diretor da ONG Conectas.

“Os menores hoje são 007, têm licença para matar. Por quê? Porque vão para a Fundação Casa, ficam preso um período e saem”, afirmou Chahin, que assumiu o cargo ontem após ser nomeado pelo governador reeleito Geraldo Alckmin (PSDB).

Para Fuchs, a declaração do delegado expressa um desejo anunciado pelo PSBD durante a campanha presidencial de 2014, de reduzir a maioridade penal.

Segundo o diretor da Conectas, as estatísticas não deixam dúvidas de que a delinquência de crianças e adolescentes não é o principal problema de segurança do Brasil e de São Paulo. “As crianças e adolescentes têm participação em menos de 1% dos homicídios ou delitos graves. Está se passando a falsa impressão de que em uma instituição de menores a pessoa terá uma vida privilegiada”, disse Fuchs.

Para o membro da ONG, o PSDB pode trazer ao Congresso essa agenda para reduzir a maioridade penal, levando em conta que “existe um bloco parlamentar de ex-delegados e ex-policiais”.

Chahin foi nomeado ontem como parte da nova equipe do secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo, Alexandre de Moraes, que inclui também o novo chefe da Polícia Militar, Ricardo Gambaroni.

O Grupo Tortura Nunca Mais de São Paulo também repudiou as declarações do novo chefe da polícia. “Em nenhum país em onde se reduziu a idade de imputabilidade penal o crime diminuiu. Esta declaração do delegado criminaliza os adolescentes e jovens e trata como marginais sobretudo os negros, pobres das periferias”, disse à Agência Efe Rose Nogueira, presidente do grupo.

Polícia Civil da Seccional de Santo André prende oito pessoas por dia em 2014 14

Polícia Civil prende oito pessoas por dia em 2014

Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC

Denis Maciel/DGABC

A Polícia Civil prendeu, em todo o ano passado, 3.038 pessoas na área da Delegacia Seccional de Santo André. Além do município homônimo, o território também abrange Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. O número equivale a pouco mais de oito prisões por dia. No mesmo período, foram registrados 100.893 boletins de ocorrência nos distritos policiais das quatro cidades, sendo que 2.785 casos foram esclarecidos. Isso representa aumento de 2,6% em relação a 2013. A quantidade de menores apreendidos chegou a 420.

Segundo o delegado seccional Luiz Carlos do Carmo, que assumiu o cargo em junho, a maioria dos mandados de prisão que foram cumpridos estão relacionados às ações realizadas pela Polícia Civil. Ele destacou a Operação 120 Dias, que teve início em agosto e atendeu 278 ordens judiciais.

“Fizemos um trabalho de inteligência na seccional, com o apoio do Ministério Público, para localizar os procurados. A maioria dos mandados expedidos envolvia crimes de homicídios e tráfico de entorpecentes, além de roubo e furto de veículos”, disse Carmo.

Durante o ano, 913 pessoas foram presas após solicitação da Justiça, crescimento de 4% em relação a 2013, quando esse número foi de 878. Também foram cumpridos 106 mandados de busca e apreensão.

O delegado avalia que o desempenho policial influenciou diretamente na redução de criminalidade e no aumento da sensação de segurança da comunidade. “Essas pessoas que foram presas estavam procuradas, e provavelmente, praticando algum delito. Agora, elas foram recolhidas na cadeia. Isso dá um impacto, pois a população de bem percebe que tem gente sendo detida e, assim, acaba se sentindo mais tranquila. Isso faz com que a polícia acabe tendo mais credibilidade e, por essa razão, começamos a receber mais denúncias anônimas, que são muito importantes para nos dar informações sobre o paradeiro de pessoas foragidas.”

Para combater o tráfico de drogas, foram feitas 360 apreensões em 2014. Carmo destacou, principalmente, o trabalho da Dise (Delegacia de Investigação Sobre Entorpecentes) em relação a esse tipo de ocorrência.
“O nosso foco é dar o máximo possível de prejuízo para o tráfico de drogas. Por isso é importante o trabalho dos agentes da Dise, que atuam em grandes apreensões. Outra coisa que estamos fazendo é levantar quem tem a maior lucratividade com esse tipo de substância, para ver quem são essas pessoas, se elas têm patrimônio e onde estão lavando esse dinheiro. Nós descobrimos todos os locais que funcionam como ponto de venda, mas os traficantes acabam migrando conforme vamos encontrando”, afirmou o delegado.

Outro problema do tráfico é a relação aos assassinatos que ocorrem na região. “Essas pessoas praticam homicídios relacionados à cobrança pela compra de drogas. Há também os casos de latrocínio (roubo seguido de morte), cometidos pelos viciados que querem levantar dinheiro para conseguir o entorpecente.”

VEÍCULOS
A Polícia Civil recuperou 3.243 veículos no ano passado, alta de 1,8% em relação aos 3.185 de 2013. Sobre esses números, o delegado destacou a Operação Desmanche, que lacrou quatro estabelecimentos ilegais na região. “Acabamos fiscalizando o comércio de peças usadas. A pessoa que ia até um local comprar acessórios ilegais deixou de ir. Isso diminui a força do crime”, comentou. Em fevereiro, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) sancionou lei que exige que os donos de desmanches sejam credenciados e comprovem a origem dos produtos vendidos.

A polícia é emprego; mais do que vocação, precisa de motivação…Não adianta trabalhar numa Polícia cujos chefes apenas chupam o seu sangue 31

motivação

Foi uma troca afoita e estranha do comando, por isso também estou com medo e apreensivo quanto ao nosso futuro, não sei se será sombrio, mas deverá ser turbulento pois está mais que na cara que a causa da queda do Grella foi a PM, afinal, a PM perdeu muito de seu prestígio e poder no comando do Grella, causa tristeza saber que agora voltamos a estaca zero, havia muitos projetos de revitalização, reestruturação e de recuperação da polícia civil, e agora foi tudo para água abaixo.