Promotor é alvo de apuração por incentivo a matar 8

Fonte: O POVO Online/OPOVO/Brasil

Rogério Zagallo declarou que o policial civil Marcos Martins “matou um fauno que objetivava cometer assalto”. Zagallo é alvo da Corregedoria

17.09.2011| 01:30

“Bandido que dá tiro para matar tem que tomar tiro para morrer. Lamento, todavia, que tenha sido apenas um dos rapinantes enviado para o inferno. Fica aqui o conselho para Marcos Antônio: melhore sua mira…”

O texto é do promotor Rogério Leão Zagallo, do 5º Tribunal do Júri de São Paulo. Foi escrito numa manifestação na qual pediu, em março deste ano, o arquivamento do inquérito que investigava as circunstâncias em que o policial civil Marcos Antônio Teixeira Marins havia matado um homem que, ao lado de um comparsa, teria tentado roubar o carro que o policial dirigia.

Na versão do policial civil, a dupla tentou atirar nele, motivo pelo qual reagiu: “O agente matou um fauno que objetivava cometer assalto contra ele, agindo absolutamente dentro da lei”, escreveu o promotor em sua manifestação, comparando o suspeito morto no episódio ao ser da mitologia romana meio homem meio animal.

O promotor disse que o policial agiu em legítima defesa, portanto a morte do suspeito, “para fortuna da sociedade”, não poderia ser julgada no Tribunal do Júri, que cuida de crimes contra a vida.

As polêmicas observações feitas por Zagallo são alvo agora da Corregedoria do Ministério Público. O procurador-geral de Justiça do Estado, Fernando Grella Vieira, não quis comentar o caso. Outro trecho heterodoxo do texto do promotor versa sobre o esforço da Polícia em tentar achar o segundo suspeito, que conseguiu fugir após a tentativa de roubo.

O pedido pelo arquivamento da apuração das circunstâncias da morte do suspeito foi aceito pela Justiça. O policial, portanto, não foi processado por homicídio doloso. Zagallo disse não ter interesse em falar publicamente sobre suas manifestações no documento no qual pediu o arquivamento do inquérito.

Ele confirmou as declarações em sua manifestação pelo arquivamento do caso para o Tribunal de Justiça. O procurador-geral de Justiça, Fernando Grella Vieira, não quis se manifestar sobre o episódio. Por meio da assessoria de imprensa do MPE, Vieira se limitou a informar que o caso já foi encaminhado para a Corregedoria da Promotoria paulista. (da Folhapress)

Por quê 

ENTENDA A NOTÍCIA

A postura do promotor  de São Paulo gera estranheza por se tratar de um agente cuja prioridade  deve ser a preservação do respeito à lei. No Brasil, até onde se sabe,  inexiste amparo legal para ação que condene à morte, quem quer que seja.

PENSAMENTOS PERDIDOS: A CULPA É DAQUELE BLOG FILHO DA PUTA! 5

Enviado em 17/09/2011 as 9:44

17/09/2011

Melhore a mira, diz promotor a policial que matou ladrão
Folha de S.Paulo

“Bandido que dá tiro para matar tem que tomar tiro para morrer. Lamento, todavia, que tenha sido apenas um dos rapinantes enviado para o inferno. Fica aqui o conselho para Marcos Antônio: melhore sua mira…”

O texto é do promotor Rogério Leão Zagallo, do 5º Tribunal do Júri de São Paulo. Foi escrito em uma manifestação na qual pediu, em março, o arquivamento do inquérito que investigava as circunstâncias em que o policial civil Marcos Antônio Teixeira Marins havia matado um homem que, ao lado de um comparsa, teria tentado roubar o carro que dirigia.

Na versão do policial civil, a dupla tentou atirar nele, motivo pelo qual reagiu.

“O agente matou um fauno que objetivava cometer assalto contra ele, agindo absolutamente dentro da lei”, escreveu o promotor em sua manifestação, comparando o suspeito morto no episódio ao ser da mitologia romana meio homem meio animal.

O promotor diz que o policial agiu em legítima defesa, portanto a morte do suspeito, “para fortuna da sociedade”, não poderia ser julgada no Tribunal do Júri, que cuida de crimes contra a vida.

As polêmicas observações feitas por Zagallo são alvo agora da Corregedoria do Ministério Público. O procurador-geral de Justiça do Estado, Fernando Grella Vieira, não quis comentar o caso.

Outro trecho da manifestação diz respeito ao esforço da polícia em tentar encontrar o segundo suspeito, que conseguiu fugir.

“Quase toda a Polícia Civil, os Jedis, os Powers Rangers, os Brasinhas do Espaço, a Swat (…), se irmanaram e realizaram uma operação somente vista em casos envolvendo nossos bravos policiais civis”, escreveu o promotor. O pedido pelo arquivamento foi aceito pela Justiça.

http://noticias.r7.com/sao-paulo/noticias/promotor-diz-que-bandido-tem-que-tomar-tiro-para-morrer-e-pede-a-justica-arquivar-processo-de-homicidio-20110916.html

O DEIC NÃO É LADRÃO…LADRÕES SÃO OS SEUS FEUDAIS 19

Delegado que apura roubo do Itaú fica magoado por chamarem ‘Deic’ de ladrão

Redação SRZD | Nacional | 16/09/2011 18h56

Foto: DivulgaçãoO diretor do Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic) da Polícia Civil de São Paulo, Nelson Silveira Guimarães, mostrou nesta sexta-feira que um mal estar foi criado pelo descrédito que a demora nas investigações sobre o roubo nos cofres da agência Itaú, que fica na avenida Paulista, gerou sobre o órgão, principalmente por causa de uma investigação paralela no 69º Distrito Policial. O delegado disse que ficou magoado por terem chamado o Deic de ladrão, comentando notícias sobre a suposta conivência ou participação de agentes da Polícia Civil na ação.

Na quinta-feira, o delegado Ruy Ferraz Fontes, do 69º DP, foi afastado das funções pois suas ações estão sob suspeita. A Corregedoria Geral da Polícia Civil deve instaurar um processo administrativo para investigar a maneira como Fontes atuava em casos de roubo ao Itaú em áreas de outros distritos policiais.
A dupla apuração começou mais de uma semana atrasada por uma suposta falha da polícia. A explicação para que ela acontecesse era a experiência de Fontes, que por muito tempo foi titular da delegacia de Roubo a Banco do Deic,e teria informações capazes de dar solução ao crime de forma mais rápida.

Na quinta-feira uma coletiva de imprensa para divulgar a prisão de um suspeito de envolvimento no crime deixou o delegado nervoso. Ele afirmou que caso alguma pergunta sobre o desentendimento entre o Deic e a 69º DP fosse feita, ele iria embora. Guimarães disse também que o Deic saiu atrás e chegou na frente, se referindo a prisão de um pedreiro de 29 anos na quinta. Os policiais identificaram o suspeito através de seu irmão, um dos autores do roubo. Joias, pedras preciosas e cerca de R$ 30 mil em libras esterlinas foram encontradas com ele.

O delegado fez menção às vítimas do roubo, dizendo que eles estariam procurando serviços de inteligência profissional estrangeira. Ele debochou dizendo que, caso eles pedissem informações, um mapa seria dado para que eles não se perdessem.

O assalto aconteceu entre a noite do dia 27 de agosto e a madrugada do dia seguinte. No entanto, o Deic foi acionado somente cinco dias depois. Um levantamento completo sobre os bens levados não foi realizado porque os cofres eram particulares, porém a polícia acredita em um prejuízo de milhões de reais em joias. O alarme estava desligado e o botão de pânico foi desativado pelos bandidos, que foram até o subsolo do prédio e chegaram a pedir lanches enquanto agiam.

CARÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO DE DECISÃO AUTORIZADORA DE GRAMPO TELEFÔNICO ANULA TODAS AS PROVAS OBTIDAS PELA PF…VIXIT!…AGORA SÓ VALE MESMO PROVA DO ANTIQUADO “INCUÉRITO POLICIAR” 7

STJ anula investigação da PF contra a família Sarney

Corte avaliou que grampos que originaram as quebras de sigilo foram ilegais

Decisão da 6ª turma foi unânime; Ministério Público ainda pode recorrer da decisão ao próprio STJ e ao STF

ANDREZA MATAIS
FILIPE COUTINHO

DE BRASÍLIA

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) anulou todas as provas obtidas pela operação da Polícia Federal que investigou os negócios do empresário Fernando Sarney e outros familiares do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
A decisão da 6ª Turma do STJ foi unânime e devolve as investigações à estaca zero. Escutas telefônicas, extratos bancários e documentos fiscais obtidos pela PF não poderão ser usados para processar ninguém, de acordo com a decisão.
Os ministros do STJ entenderam que os grampos que originaram as quebras de sigilo foram ilegais.
O STJ também anulou neste ano provas obtidas pela PF ao investigar os negócios da construtora Camargo Corrêa e do banqueiro Daniel Dantas, do grupo Opportunity.
Batizada inicialmente de Boi Barrica, nome de um grupo de folclore maranhense ligado à família Sarney, e depois rebatizada como Faktor, a operação da PF foi deflagrada em 2007 devido à movimentação atípica de R$ 2 milhões na conta de Fernando Sarney e da mulher dele, Teresa. O empresário é filho do presidente do Senado.
Durante a investigação, a PF encontrou indícios de tráfico de influência em órgãos do governo federal, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro. Fernando Sarney sempre negou todas as acusações feitas pela PF.
Entre 2009 e 2010, a Folha publicou trechos de diálogos gravados pela PF na operação. As conversas mostravam que Fernando Sarney tinha influência sobre a agenda do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.

SARNEY E ROSEANA
Sarney e sua filha, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), aparecem nas interceptações telefônicas tratando com Fernando Sarney e outras pessoas de nomeações para cargos estratégicos no governo Lula.
As escutas se estenderam por pelo menos por sete meses. Os diálogos levaram a Justiça a autorizar a quebra dos sigilos fiscal, bancário, telefônico e dos e-mails de dezenas de pessoas, entre elas Fernando Sarney.
Agora, o STJ entendeu que houve “carência de fundamentação” na decisão que autorizou as escutas.
De acordo com os ministros, o grampo telefônico deve ser uma “exceção” e só pode ser autorizado depois de os investigadores esgotarem os demais recursos.
Na avaliação do STJ, a Polícia Federal e o Judiciário do Maranhão não exibiram justificativas suficientes para as interceptações telefônicas.

DECISÃO
A decisão do STJ foi tomada a pedido de João Odilon Soares, um funcionário do grupo de comunicação controlado pela família Sarney que também aparece como sócio de uma empresa da família que, segundo a PF, foi usada para lavar dinheiro.
Sua defesa é feita pelo advogado Eduardo Ferrão, o mesmo que representa a família Sarney. Procurado ontem, Ferrão não retornou as ligações. Por analogia, a decisão se estende a todos os investigados pela PF.
O Ministério Público Federal ainda pode tentar derrubar a decisão, recorrendo ao próprio STJ e ao STF (Supremo Tribunal Federal).
Em agosto do ano passado, a Folha revelou que o TRF (Tribunal Regional Federal) decidira anular a interceptação de e-mails pela operação Faktor atendendo a Odilon e seu advogado.
Entre as mensagens interceptadas pela polícia que foram anuladas pelo STJ, uma indicou remessa de dinheiro de Fernando Sarney para o exterior, o que ele sempre negou.

Alckmin investiu apenas 11% dos recursos previstos para a Segurança Pública 9

Enquanto a população do Estado de São Paulo sofre as consequências da crescente criminalidade e os policiais têm suas carreiras desvalorizadas, o governo de São Paulo reduz investimentos na Secretaria de Segurança Pública e no programa de Inteligência Policial, essencial na prevenção e repressão ao crime.

A afirmação foi feita nesta quinta-feira (15/9), na Assembleia Legislativa, pelo líder da Bancada do PT, deputado Enio Tatto, durante a audiência pública que discutiu a reestruturação das carreiras dos delegados de polícia e policiais civis; os vencimentos dos policiais militares e agentes penitenciários; e as regras de inatividade e promoção dos policiais militares.

Levantamento feito junto ao Sigeo – Sistema de Informação e Gerenciamento do Orçamento, aponta que os investimentos na secretaria de Segurança estavam previstos em R$ 470,2 milhões para 2011. No entanto, até agora, passados oito meses do ano, só foram liquidados pela secretaria, ou seja, efetivamente gastos, 11% – pouco mais de R$ 50 milhões.

De janeiro até agora, o governo tucano também retirou do orçamento da secretaria mais de R$ 78 milhões, que foram usados para suplementar outros órgãos do Estado.

Cortes em inteligência policial

Além dos investimentos, o programa de Inteligência Policial teve seu orçamento de R$ 322,8 milhões reduzido em R$ 20 milhões e mais, até o momento só foram liquidados R$ 73,9 milhões, o que representa apenas 22,8% do total.

O Reaparelhamento da Polícia é outro programa com baixíssima execução orçamentária: apenas 11,7%. Isso significa que foram gastos, em oito meses, apenas R$ 33,8 milhões do total previsto de R$ 288,5 milhões.

Também o programa de Formação e Capacitação dos Policiais Civis teve mais de R$ 1 milhão remanejado para outros órgãos e liquidou, até agora, só 31,8% do seu orçamento total de R$ 43,7 milhões.

Carreira policial

Durante a audiência pública, Enio Tatto também advertiu os servidores para o que chamou de “pegadinha” do governo do Estado. O deputado referia-se ao índice de reajuste de 15%, proposto pelo projeto do governador, ser calculado sobre o salário-base e não sobre o total recebido, que inclui adicionais diversos, e também à alegação de que o Estado não tem recursos para reajustes mais expressivos. “O excesso de arrecadação até agosto deste ano atinge R$ 3,2 bilhões”, informou.

O líder do PT explicou, ainda, que o pacote de projetos tramita em tempo recorde na Assembleia e não há tempo para discutir as emendas apresentadas pelos parlamentares. A presidência da Casa quer colocar os projetos de lei em votação já na próxima semana.

Os deputados da Bancada do PT apresentaram várias emendas que objetivam o aprimoramento das proposituras, no entanto, segundo Enio Tatto, técnicos do governo já deixaram claro que não vão aceitar emendas que impliquem em aumento de gastos.

FENAPEF – fiel ao felonismo classista – abjetamente descontextualiza argumentação de Delegado Federal com a finalidade de incitar indisposições: “Não é possível que, em nome de interesses corporativos, um representante do Departamento de Polícia Federal ataque de forma gratuita ministros do Supremo Tribunal Federal”… 7

fonte……..http://www.fenapef.org.br/fenapef/noticia/index/34974

DELEGADO FEDERAL

Assessor do diretor-geral da PF ataca ministros do Supremo

O representante do diretor-geral na Câmara dos Deputados, delegado Marcos Leôncio Ribeiro, atacou os ministros do Supremo Tribunal Federal na tarde de terça-feira, 13, durante audiência pública que debateu o Projeto de Lei 1028/11 que assegura aos delegados o papel de conciliadores entre as partes envolvidas em delitos de menor potencial ofensivo. Exceto as representações dos delegados, todas as entidades representadas na Comissão, entre elas a Fenapef, CONAMP e Ajufe, são contra a proposta.

O ataque aconteceu durante a fala do delegado acerca do entendimento dos ministros do Supremo sobre a possibilidade da lavratura do Termo Circunstanciado por policiais militares, policiais rodoviários federais entre outros. Para Leôncio os ministros do Supremo não entendem muito de segurança pública. “Eles não sabem a diferença entre um Boletim de Ocorrência e um Termo Circunstanciado”, disse o delegado.

No mesmo dia o presidente da Fenapef repudiou o ataque do delegado representante do diretor-geral. “Não é possível que, em nome de interesses corporativos, um representante do Departamento de Polícia Federal ataque de forma gratuita ministros do Supremo Tribunal Federal”.

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Se os Ministros do STF soubessem a diferença entre boletim de ocorrência e termo circunstanciado  –  há mais de 15 anos – teriam ordenado o efetivo cumprimento da Lei n. 9.099, de 26 de setembro de 1995.

Especialmente:  seus artigos 64 e  69, ou seja: Juizado funcionando diuturnamente; cumprindo-se os princípios e critérios do art. 62.  

Mas, plantão em horário noturno e em qualquer dia da semana,   NINGUÉM QUER TRABALHAR!

A POLÍCIA FEDERAL “contra” A POLÍCIA BRASILEIRA 21

Rotineiramente verificamos pruridos da nefasta ideologia classista pregada pela FENAPEF – Federação Nacional dos Policiais Federais – disseminando-se e influenciando policiais civis de todas as carreiras.

A primeira observação a ser feita, nunca se deixem iludir pela falsa aparência de comprometimento público demonstrada por determinados representantes da Polícia Federal; especialmente membros da carreira de Agente da Polícia Federal.

Reflitam e investiguem o discurso dessa corporação; verifiquem a verdadeira felonia preconizada por representantes de entidades classistas.

Seguramente, a leitura superficial da propaganda contra Delegados de Polícia divulgada pela FENAPEF, por si, revela um órgão totalmente desestruturado; no qual, por princípio, o único princípio é pregar o descomprometimento institucional.

É indiscutível que a Polícia Federal – não obstante a importância do seu papel na segurança pública – atua residualmente; estando muito distante dos verdadeiros problemas enfrentados pelos policiais civis e militares dos VINTE E SETE Estados da Federação. Os quais suportam a absurda carga e complexidade da manutenção da ordem e segurança públicas

Problemas, em grande maioria, causados pela pífia atuação daquela organização na repressão ao tráfico de drogas e armamentos; além da, também, pífia repressão à corrupção administrativa.

A Polícia Federal tem 11 mil policiais, dos quais 1,8 mil são delegados.

Enquanto que, do universo de mais de 100.000 policias civis brasileiros, apenas, a Polícia Civil de São Paulo conta cerca de 35 mil policiais, dos quais 3,3 mil são delegados, ou seja, um terço da polícia judiciária brasileira está concentrada neste Estado.

Isoladamente, também, a Polícia Civil é três vezes maior que a Polícia Federal.

Os Federais jactam recuperar de elevados valores subtraídos ao erário nacional, contudo seus salários não são custeados com o patrimônio recuperado. Grande parcela de seus dignos vencimentos são custeados pelos impostos federais recolhidos pela população produtiva de 27 Estados. População contribuinte composta por policiais civis e militares, inclusive.

Ressalta-se: mais de 100.000 policiais civis; mais de 400.000 mil policiais militares.

Somente para argumentar: OS QUINHENTOS MIL POLICIAIS BRASILEIROS UNIDOS VARRERIAM DO MAPA AS FORÇAS ARMADAS ( um dos fatores da antiga divisão das Polícias estaduais ).

Nada obstante a minúscula participação do organismo federal no cenário da criminalidade pulverizada em todo o território nacional, a FENAPEF – por meio de interpretação distorcida da Constituição da República e falta de conhecimento da realidade brasileira – busca a extinção do Inquérito Policial; assim extinguindo-se a figura do Delegado de Polícia.

De se ver aquilo que professam:

“Desta forma, o que se produz é algo que não atende à segurança pública. São geradas toneladas de papéis, sujeitas tragicamente à incineração ou ao picotamento e recheadas de rubricas e determinações protelatórias, com atos exageradamente concentrados nas mãos dos delegados.
Não é mais novidade dizer que os índices de arquivamento dos inquéritos policiais são aberrantes se comparados aos poucos que dão azo às ações penais.
No entanto, apegados cada vez mais a tal produto caro e ineficiente – o famigerado inquérito policial – nossos gestores continuam insistindo no erro do excesso de formalismo e, pior, no prêmio das estatísticas ( Johnny Wilson Batista Guimarães é Delegado Sindical do SINPEF MG em Varginha, bacharel em Direito pela UFMG e pós-graduando em Ciências Penais pelo Instituto Luiz Flávio Gomes. )”

Necessário é lembrar que –  há muitos anos contaminada por conceitos militares, posto durante décadas ter sido, basicamente, composta por ex-militares e apadrinhados, pretende a instituição de carreira única – o  pano de fundo para a extinção da carreira dirigente, pouco ou quase nada tem a suposta modernização e maior efetividade tomada por empréstimo da mera comparação de alguns órgãos estrangeiros. Pura e simplesmente deve-se ao cultural resquício da formação militar ministrada – por Oficiais do Exército – na Academia Nacional de Polícia; os quais jamais admitiram que a chefia do órgão fosse atribuída a profissional com formação bacharelesca.

Com efeito, eis as premissas vestibulares da Polícia Federal:

“…à busca de uma estrutura para o DFSP – Departamento Federal de Segurança Pública ( aliás, instituído pelo caudilhesco Getúlio Vargas ) calcada nos moldes mais avançados, vindo servir de modelo a estrutura de outros aparelhos policiais, tais como: os da Inglaterra, Canadá e dos Estados Unidos da América.

No final do ano de 1960, foi encaminhado pelo Poder Executivo um ante­projeto de lei com vista à criação de um organismo policial que, em sua compo­sição estrutural, se assemelhasse às instituições de segurança dos países acima referidos, inclusive no tocante às denominações pretendidas para os cargos a serem criados. A reorganização do DFSP.

PATRONOS DO OFICIALATO DA POLÍCIA FEDERAL

Somente em 1964, com a mudança operada no pensamento político da Nação, a idéia da criação de um Departamento Federal de Segurança Pública, com capacidade de atuação em todo o território, prosperou e veio a tornar-se realidade, com a aprovação da Lei n° 4.483, de 16 de novembro do mesmo ano, reorganizando então o DFSP, com efetivo cunho federal. ( Leia-se: ditadura instalada pelas Forças Armadas )

A Constituição Federal (CF), de 24 de janeiro de 1967, em seu artigo 210, estabeleceu que “O atual Departamento Federal de Segurança Pública passa a denominar-se Departamento de Polícia Federal considerando-se automa­ticamente substituída por esta denominação a menção à anterior constante de quaisquer leis ou regulamentos”. A denominação Polícia Federal.

A Constituição Federal (CF), de 24 de janeiro de 1967, no art. 8°, inciso VII, estabeleceu que competia à União organizar e manter a Polícia Federal, e nas alíneas “a” a “d” descreveu suas atribuições, agora constitucionais, e dessa forma identificada.

A reforma operada em 1967, pelo Decreto-Lei nº 200, constitui um marco na tentativa de superação da rigidez burocrática, podendo ser considerada como um primeiro momento da administração gerencial no Brasil. Mediante o referido decreto-lei, realizou-se a transferência de atividades para autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista, a fim de obter-se maior dinamismo operacional por meio da descentralização funcional. Instituíram-se como princípios de racionalidade administrativa o planejamento e o orçamento, o descongestionamento das chefias executivas superiores (desconcentração/descen­tralização), a tentativa de reunir competência e informação no processo decisório, a sistematização, a coordenação e o controle.

Com esta ampla reforma o DFSP passou a denominar-se Departamento de Polícia Federal (DPF), conforme o disposto no art. 210.

A Emenda Constitucional nº 1, de 17 de outubro de 1969, que praticamente reformou a CF de 1967, manteve a denominação de Polícia Federal e suas atri­buições…

Um dado a acrescentar: a Emenda Constitucional n° 1, decretada por JUNTA MILITAR: “Ministros militares no exercício da Presidência da República”, é conhecida como O GOLPE DENTRO DO GOLPE, pois, verdadeiramente, tratava-se de uma nova Constituição de caráter outorgado. Introduzindo a Lei de Segurança Nacional, que restringia severamente as liberdades civis, a Lei de Imprensa e a Censura Federal.

Assim, dentro de um infausto ambiente autoritário, arrogante e prepotente, nascia a Polícia Federal, há pouco mais de 40 anos. Ou seja, historicamente: ontem!

Não nos esqueçamos: filho de ditador, ditador quer ser!

Paradoxalmente, tal cultura militar – não se sabe por qual razão – acabou transmitida e assimilada por gerações mais jovens de policiais; absurdamente: bacharéis em direito, inclusive. Os quais – sem apresentar um modelo que possa ser experimentado e efetivamente substitutivo do inquérito policial – inconsequentemente pregam sua extinção.

Repita-se: verdadeiramente querem a extinção da figura do Delegado de Polícia.

Tais aspirações podem ser vislumbradas pela mais recente idealização disseminada: a criação do cargo de OFICIAL DA POLÍCIA FEDERAL, carreira que seria composta por agentes e escrivães.

Assim se autoconceituam:

Os agentes e escrivães (APF/EPF) são policiais federais operacionais, que se incumbem de todas as atividades cartorárias e de campo no âmbito de atuação da Polícia Federal. Esses servidores são os caras que botam a cara a tapa diante da criminalidade, que dão as vidas pelo nosso país nos rios amazonenses, nas fronteiras e nos centros urbanos. Os APFs/EPFs são os policiais que previnem os crimes, investigam, realizam as atividades de inteligência, protegem as testemunhas especiais e as autoridades, enfim, esses são os servidores que fazem a roda girar.

O Oficial da Polícia Federal será o policial que estará nas fronteiras, portos e aeroportos atuando, na coordenação de esforços com outras forças de segurança (g.n. ), para a redução da entrada de drogas, armas e contrabando no nosso país. . .( Marcos Vinício de Souza Wink )

Como se pode notar, em linhas gerais, a vaidade não os deixa ver nada além do próprio umbigo.

Complementando as considerações aqui expostas, perguntamos:

Quando a FENAPEF se mostrou solidária aos “operacionais” do resto da Federação?

Quando a FENAPEF bradou que a Polícia Federal ( em vez de se falar em “coordenação de esforços com outras forças de segurança” ) necessita do concurso cooperativo dos policiais estaduais?

Quando a FENAPEF apoiou a PEC 300?

Nessa linha de reflexão, Policiais Civis não devem se iludir pela ideologia dos “caras que botam a cara a tapa diante da criminalidade, que dão as vidas pelo nosso país” ( retórica de militar, pois o policial – se tiver que dar a vida – o fará pelo semelhante ), pois a cara dos “caras” você só verá, efetivamente, caso meta o bedelho em seus respectivos interesses.

A Polícia Federal é inimiga da Polícia Brasileira?

( Rcguerra – ex-Delegado de Polícia )

SANTOS F.C. de 1972…Homenageando o Dr. AFONSINHO – o ilustre Mariliense ( primeiro craque formado em Medicina ) Afonso Celso Garcia Reis …O FUTEBOLISTA INTELECTUAL E POLITICAMENTE MAIS CORAJOSO DE TODOS OS TEMPOS…”Que a seleção do Zagallo era uma merda defendida pelo goleiro Leão” 3

Esta é a formação base do time do Santos F.C. em 1972, que conquistou a Fita Azul do Futebol Brasileiro.Em pé: Cejas, Orlando Lelé, Oberdan, Paulo, Clodoaldo e Zé Carlos.Agachados: Edu, Afonsinho, Alcino, Pelé e Ferreira.



Meio De Campo
Elis Regina
Composição: Gilberto Gil

Prezado amigo Afonsinho
Eu continuo aqui mesmo
Aperfeiçoando o imperfeito
Dando tempo, dando um jeito
Desprezando a perfeição
Que a perfeição é uma meta
Defendida pelo goleiro
Que joga na seleção
E eu não sou Pelé, nem nada
Se muito for eu sou um Tostão
Fazer um gol nesta partida não é fácil, meu irmão
Entrou de bola, e tudo!

JOÃO ALKIMIN: O Promotor de Justiça e a Apologia a morte. 47

por João Alkimin

Lendo o Jornal eletrônico Flit paralisante, deparei-me estupefato com a manifestação do Promotor Rogério Leão Zagallo, defendendo o assassinato de supostos marginais. Espero que não tentem inculpar o Delegado Conde Guerra pela matéria, portanto, assumo total responsabilidade pelo que estou escrevendo.

É obvio que em qualquer circunstância a vida do Policial, sua integridade física, vale mais que a de qualquer marginal. É claro que o Policial tem não só o direito como o dever de defender a si próprio e a terceiros. Portanto, lembro inclusive o que disse meu pai, Juiz Criminal uma vida toda, já como Desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo e, sobre o que já falei “prefiro acreditar na palavra do pior dos policiais do que na do melhor dos marginais”.

Mas para quem não conhece, devo dizer que o Promotor Rogério Leão Zagallo oficiou durante anos na Vara do Júri que englobava a Corregedoria dos presídios e da Policia Judiciária na Comarca de São José dos Campos e, aqui se notabilizou por ser o flagelo dos Policiais Civis.

Lembro-me que de certa feita foi ao 1ºDistrito Policial visitar um amigo e lá chegando encontrei o Promotor Zagallo e uma tropa da Policia Militar para prender um perigosíssimo escrivão de Policia, que tinha cometido o crime gravíssimo de ter ido ao bar em frente à Delegacia e, sem nenhum espírito jocoso havia comido uma coxinha com um suspeito, tal Policial foi preso e posteriormente demitido.

Da manifestação do Promotor talvez tenha passado despercebido aos Policiais Civis que acessam ao jornal Flit Paralisante a maneira galhofeira com que o mesmo trata a Policia Civil. Vejamos “

Após tal fato, quase toda Policia Civil, os Jedis, os Power Ranger, os Brasinhas do Espaço, a Swat, Wolwerine, o Exercito da Salvação, os Marines, Iron Man, a Nasa, os membros da Liga da Justiça e o Rambo, auxiliados pelo invulgar investigador Esquilo Secreto, se irmanaram e realizaram uma operação somente vista em casos envolvendo nossos bravos Policiais Civis, mas que deveria ser realizada em qualquer caso dos inúmeros vivenciados em São Paulo, com o escopo de prender aquele ousado fujão. Sem embargo do esforço – e que esforço …- dos membros da força tarefa intergaláctica, Thiago não foi preso. Para identificar e prender o parceiro falecido (foi tarde …) Antônio, cuja qualificação, como dito, hoje é conhecida, instaurou-se este inquérito policial. O empenho e o competente trabalho dos policiais civis – por vezes eles conseguem…”

Portanto, sua Excelência por um lado defende o morticínio e de outro zomba e faz chacota da Instituição Policial Civil. É necessário que antes de aplaudirmos ou apuparmos a quem quer que seja, leiamos com atenção, inclusive nas entrelinhas; uma duvida me assalta: e se um Delegado de Policia ao relatar um inquérito policial houvesse dito a mesma coisa?

Com certeza estaria respondendo a sindicância e já teria sido afastado de suas funções.

Neste país ainda existe infelizmente aquilo que foi dito pelo Delegado de Policia Marco Antônio Desgualdo “os iguais devem ser tratados de maneira igual e, os desiguais de maneira desigual”.

Não me cansarei de repetir o seguinte, pode até cansar ao leitor, se um Promotor de Justiça ou um Magistrado tivesse um blog e houvesse repercutido uma noticia como fez o Delegado Conde Guerra, teria sido demitido?

Obvio que não.

Teria sido tantas vezes suspenso?

Pode até ser, mas continuaria recebendo seu salário.

E Juiz e Promotor não são demitidos, são colocados em disponibilidade, mas continuam a receber seu salário integral.

Volto a repetir, não sou amigo do Conde Guerra, nem pretendo ser, mas somente pararei de falar de sua demissão, quando o mesmo for readmitido. Pois sua demissão coloca uma espada de Dâmocles sobre a cabeça de todos. A defesa que faço não é de Conde Guerra, é da liberdade de imprensa, da liberdade de divulgar a noticia, de repercuti-la sem medo de retaliação ou perseguição.

Rogério Leão Zagallo

Ha algum tempo atrás esse mesmo Promotor no meio de um despacho interrompeu seu raciocínio e, passou a atacar o então Governador e o escolhido para Procurador Geral de Justiça Luis Antônio Guimarães Marrey, dizendo inclusive que grafava seus nomes em minúsculas e o que aconteceu?

Nada.

E se um Delegado fizer isso referindo-se ao Delegado Geral de Policia?

Com certeza será punido.

João Alkimin  – Vejo São José

AVISO AOS ESCRIVÃES DO DECAP: SEPESP ajuizará nova ação para anular os efeitos do parágrafo 2 da portaria DGP-13 32

Enviado em 16/09/2011 as 11:08 – ESCRIREVOLTADAPOL

AVISO AOS ESCRIVÃES DO DECAP
DO SEPESP – SINDICATO DOS ESCRIVÃES DE SÃO PAULO

Prezados colegas

Enquanto não ocorre  julgamento do mandado de segurança , a SEPESP ajuizará nova ação para anular os efeitos do parágrafo 2 da portaria DGP-13, cujo teor determina a presença obrigatória de um escrivão  para o atendimento de ocorrências, inclusive de natureza grave, sem a presença da autoridade policial.

Para instruir essa nova ação solicitamos que os caros colegas, filiados ou não, enviem para o nosso fax (  11 3326 8012 ) ou escaneadas para nosso email (sindicatodosescribas@gmail.com), cópias das escalas de seus respectivos distritos dos sábados e feriados , com máxima urgência. No caso de inexistência de escalas, a cópia da folha do livro de registro de ocorrência é uma prova.

Vale ressaltar alguns procedimentos que ajudarão a argumentação do jurídico

–  No momento do registro do livro de  ocorrência é prudente não mencionar o nome da autoridade, uma vez que ela não esta presente no plantão;

– No canto da página é importante escrever  ” nos termos da portaria DGP 13, desta forma fica consignado a ausencia do delegado de polícia, fato que nos ajudará na ação.

Contamos com a colaboração de todos.

Se cada Escrivão que manifestou neste blog , seu descontentamento com essa exploração imposta a nós, enviar as escalas afixadas no distrito em que está lotado, certamente teremos material suficiente para ilustrarmos ainda mais a situação caótica a que nossa classe está sendo submetida.

ESTÁ ESCRITO NO BLOG: “BOLETIM DE OCORRENCIA”

Moção de apoio da Câmara Municipal de Catanduva ao Deputado Campos Machado pertinente a retirada da Corregedoria da Polícia Civil do Gabinete do Secretário de Segurança Pública, devolvendo-a à própria Polícia Civil 3

Crippa faz moção de apoio ao Deputado Campos Machado

A Moção de Apoio de Marcos Crippa, é para o PDL de Campos Machado, onde o Deputado solicita a retirada da Corregedoria da Polícia Civil do Gabinete do Secretário de Segurança Pública, devolvendo-a à própria Polícia Civil

Crippa faz moção de apoio ao Deputado Campos Machado

Através da moção nº 67/2011 ,  já aprovada por unanimidade, Marcos Crippa, dá apoio a votação e aprovação do Projeto de Decreto Legislativo nº 65/2009, de autoria do Deputado Estadual Campos Machado (PTB), que susta a transferência da Corregedoria Geral da Polícia Civil – CORREGEDORIA, para o Gabinete do Secretário da Segurança Pública.

A atual Corregedoria compete à apuração dos ilícitos administrativos e dos crimes funcionais cometidos por policiais civis, cujas transgressões estão especificadas na própria Lei Orgânica da Polícia Civil.

A subordinação da Corregedoria diretamente ao Secretário da Segurança Pública é inadmissível, é uma imensa quebra de equiparação  entre as Polícias Civil e Militar, uma vez que a última mantém a sua Corregedoria diretamente subordinada ao Comando Geral da Polícia Militar.

Na opinião do Deputado Campos Machado, essa transferência é “inconstitucional” porque fere as prerrogativas legislativas, pois sobrepõe a Lei Orgânica da Polícia Civil.

Compartilhando da opinião do Deputado Estadual, de que a Corregedoria é um órgão de grande respeito dentro da Polícia Civil do Estado de São Paulo,  em apoio ao Projeto de Decreto Legislativo nº 65/2009, que solicita a devolução da Corregedoria para a Polícia Civil, em vez de continuar no Gabinete do Secretário de Segurança Pública como foi solicitada em 25 de agosto de 2009, e percebendo ainda a insistência e perseverança em apresentar e votar o citado  Projeto de Decreto Legislativo; Marcos Crippa apresentou a MOÇÃO DE APOIO, ao Senhor Campos Machado.

“ Requeiro que se oficie ao Excelentíssimo Deputado Estadual, Senhor Campos Machado, certificando-o  da nossa admiração e afeto, parabenizando-o pela coragem e determinação como defende o PDL nº 65/2009 e que também seja dado ciência de nossa deliberação à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, à Polícia Civil do Estado de São Paulo e também às Câmaras Municipais da nossa região”, declarou Marcos Crippa.

13/09/2011

Izabela Cremonini

Comunicação Social / Câmara Municipal de Catanduva

O Itaú afirma que todos os oito BOs registrados no 69º DP se referem a fraude e estelionato 4

Delegado do 69º DP é afastado

  • 15 de setembro de 2011
  • 23h24  Por Marcelo Godoy e William Cardoso

O secretário da Segurança Pública Antonio Ferreira Pinto e o delegado-geral de polícia, Marcos Carneiro Lima, decidiram afastar o delegado Ruy Ferraz Fontes do 69º DP (Cohab Teotônio Vilela, Zona leste de São Paulo). O motivo são as suspeitas de que o delegado usasse o distrito para atender de forma privilegiada ocorrências envolvendo o Banco Itaú. Fontes nega.

Pelo menos 9 casos envolvendo o banco como vítima que aconteceram em outros bairros da cidade foram investigados pelo 69º DP neste ano. Entre eles, o caso do roubo milionário de 138 cofres da agência do Itaú na Avenida Paulista, crime ocorrido no dia 28 de agosto.

Fontes recebeu da segurança do banco cópias das fotos dos bandidos suspeitos do crime antes mesmo do que o Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic), responsável oficialmente pela investigação do caso. A apuração de roubos a banco é de competência exclusiva do Deic.

O desencontro dentro da polícia fez com que o inquérito oficial demorasse 8 dias para ser aberto, permitindo uma fuga tranquila aos assaltantes.

A descoberta de que Fontes manteria um inquérito paralelo sobre o caso ocorreu na segunda-feira e abriu uma crise na Polícia Civil de São Paulo.

Ferreira Pinto e Carneiro Lima determinaram abertura de duas investigações. A primeira vai verificar como foi registrado o roubo milionário no 78º DP (Jardins) e como este distrito repassou a informação para o Deic. A segunda apuração servirá para verificar se o delegado Fontes atendia de forma privilegiada o Banco Itaú em sua delegacia.

Na tarde de ontem, o secretário esteve reunido com policiais na sede do Deic para se informar a respeito do andamento das investigações. Na última semana, antes de saber da atuação paralela de Fontes, o diretor do departamento, Nelson Silveira Guimarães, chegou a assumir por e-mail a culpa pela atraso no início das apurações.

O Itaú afirma que todos os oito BOs registrados no 69º DP se referem a fraude e estelionato. Tratam-se de casos em que a polícia estava investigando e realizou uma prisão em flagrante. Diz também que nenhum assalto a agências foi registrado naquela delegacia.

Apenas em relação a assalto, estelionato e arrombamento na Grande São Paulo, o Itaú protocolou 129 BOs entre dezembro de 2010 e junho de 2011.

O banco diz que, no total, foram protocolados 673 boletins de ocorrência apenas em 2010 na Grande São Paulo. O Itaú diz que foi vítima de assalto violento, que a comunicação com as autoridades se deu imediatamente após a descoberta do fato e que desde o início tem mantido discrição para preservar o sigilo dos clientes, que têm sido atendidos individual e pessoalmente sempre que possível.

Fontes não foi localizado para comentar o seu afastamento.