O senador Aloysio Nunes e o governador José Serra foram ignorados nas recentes inserções partidárias do PSDB que estão sendo veiculadas na mídia 7

Enviado em 30/09/2011 as 18:37 – REPÓRTER AÇO

Coitados do Mateus e do Nosferatu (ex-meu governador do Guerra).

Fonte: Luis Nassif

O fim de Serra será tuitado
Enviado por luisnassif, sex, 30/09/2011 – 13:48

Aloysio Nunes expõe na internet fogo amigo entre tucanos
Em seu perfil no Twitter, decisão do partido de não mostrar José Serra e o senador nas propagandas partidárias irritou o político
Elizabeth Lopes, da Agência Estado

Enquanto os governadores e a cúpula do PSDB estão reunidos nesta sexta-feira, 30, em Goiânia para tentar acertar a sintonia fina do maior partido de oposição e discutir temas como os rumos da sigla, a conjuntura nacional e internacional e as eleições, o senador tucano Aloysio Nunes Ferreira utilizou seu perfil no Twitter para criticar o partido e alimentar o fogo amigo entre os tucanos.

Numa crítica contundente e com alvo certeiro, Aloysio reclamou que ele e o governador José Serra foram ignorados nas recentes inserções partidárias da legenda que estão sendo veiculadas na mídia. “Vamos bem assim… “, profetizou o senador mais votado no Brasil nas eleições gerais de 2010.

“Há quase uma década sem representação no Senado, o PSDB paulista me ignorou na propaganda política que está no ar”, diz Aloysio no twitter. E continua nos ataques: “A propaganda do PSDB ignora também o líder político com a trajetória e o prestígio popular de José Serra. Vamos bem assim…” Ainda em sua página no microblog, o senador tucano diz que resolveu “passar recibo publicamente” porque sequer foi consultado a respeito da propaganda tucana.

As reações ao chamado fogo amigo tucano no Twitter não ficaram restritas apenas aos seguidores anônimos do senador Aloysio Nunes. Tucano de alta plumagem, o agrônomo e ex-secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo Xico Graziano disse em sua página no microblog: “Nossa senhora, Aloysio Nunes botou a boca no trombone. Vai voar pena entre os tucanos!”

 

Investigação precária por falta de verba faz São Paulo perder policiais civis – São Paulo ocupa 25º lugar no ranking de salários de delegados da Polícia Civil 6

Enviado em 30/09/2011 as 19:02 – REPORTER AÇO

Fonte: Rede Brasil Atual

Investigação precária por falta de verba faz São Paulo perder policiais civis

São Paulo ocupa 25º lugar no ranking de salários de delegados da Polícia Civil. A cada 15 dias, corporação perde um delegado, segundo associação

Por: Suzana Vier, Rede Brasil Atual

Publicado em 30/09/2011, 15:49

Última atualização às 15:49

São Paulo – A segurança pública no estado de São Paulo atingiu a “pior situação possível”, afirma a presidenta da Associação dos Delegados de Polícia do estado de São Paulo (Adpesp), Marilda Pinheiro. Um dos motivos, segundo ela, é a falta de investimentos no setor há pelo menos duas décadas. Neste ano, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) investiu, até agosto, apenas 11% dos R$ 470,2 milhões destinados à pasta, de acordo com dados do Sistema de Informação e Gerenciamento do Orçamento (Sigeo).

“Os cortes são sentidos na desmotivação e êxodo de profissionais da Polícia Civil e pela péssima qualidade do serviço que está sendo prestado”, constata Marilda, em entrevista à Rede Brasil Atual. A remuneração dos delegados paulistas está entre as piores do país. Policiais civis do estado têm o 25º salário mais baixo da federação (confira o quadro).

O especialista em segurança pública Guaracy Mingardi avalia que cortes podem levar o estado a regredir a níveis do começo da década de 1990. “(O governo) não pode deixar de fazer, sob pena de ter de fazer em dobro no ano seguinte”, avalia, em entrevista ao Jornal Brasil Atual. “Há ações que exigem investimentos constantes. Todo ano tem de replicar o investimento. É o caso da frota de veículos. Eles se desgastam em dois ou três anos e exigem investimentos”, complementa.

De acordo com o deputado estadual Luiz Cláudio Marcolino (PT-SP), houve contingenciamento de recursos para infraestrutura – ampliação e manutenção das delegacias de polícia do estado – e principalmente na gestão de mão de obra. “Recurso há, dinheiro existe. O que falta é vontade política do governo do estado de São Paulo de garantir mais segurança.”

Os programas de inteligência policial, reaparelhamento da polícia e de formação e capacitação dos policiais civis também foram afetados pela redução de investimentos. A inteligência policial perdeu R$ 20 milhões de orçamento, e até agosto teve 22,8% do orçamento utilizado. O reaparelhamento da polícia teve 11,7% de execução orçamentária e a capacitação de policiais civis executou 31,8% do valor destinado ao trabalho.

Devido aos baixos salários, a cada 15 dias a polícia civil paulista perde um delegado, segundo a Adpesp. “Eles mudam de carreira ou vão para o Paraná ganhar o dobro”, afirma Marilda Pinheiro. O salário dos delegados paulistas, atualmente em R$ 5.810,30, é o terceiro pior do país, apesar de o estado ser a principal força econômica nacional e, por isso, o maior arrecadador de impostos. De 180 candidatos admitidos em concurso público em 2009, 45 já deixaram o trabalho.

Ranking de salários da Polícia Civil

Estados
Salário de delegados

Distrito Federal R$ 17.223,50
Amapá
R$ 13.757,29
Paraná
R$ 11.779,56
Rio de Janeiro
R$ 10.690,11
Maranhão R$ 10.162,76
Mato Grosso R$ 10.013,80
Rondônia
R$ 9.900,79
Rio Grande do Norte
R$ 9.900,00
Piauí
R$ 9.609,00
Tocantins
R$ 9.477,35
Roraima
R$ 8.800,00
Goiás
R$ 8.748,00
Sergipe
R$ 8.469,00
Mato Grosso do Sul
R$ 8.041,60
Acre
R$ 8.000,00
Ceará
R$ 7.937,54
Alagoas
R$ 7.799,26
Bahia
R$ 7.372,06
Rio Grande do Sul
R$ 7.094,98
Espírito Santo
R$ 6.961,81
Amazonas
R$ 6.743,94
Paraíba
R$ 6.200,00
Santa Catarina
R$ 6.200,00
Pernambuco
R$ 5.855,00
São Paulo
R$ 5.810,30
Minas Gerais
R$ 5.714,35
Pará
R$ 5.219,04
A defasagem é mais explícita, diz Marilda, quando se compara o valor pago em São Paulo ao salário dos delegados do Distrito Federal, de R$ 17.223,50. A escassez de profissionais inclui ainda os escrivães e a precariedade atinge o aspecto material. “Faltam impressoras e modens para os policiais trabalharem”, descreve a delegada.

Clamor social
A precariedade da corporação paulista se reflete principalmente na dificuldade de investigar crimes, uma das atribuições da corporação – à Polícia Militar cabe o trabalho ostensivo nas ruas, embora alguns tipos de ocorrências possam ser apresentadas a batalhões.

“Como um delegado que trabalha em cinco distritos policiais ou em várias cidades tem condições de investigar?”, aponta Marilda. Só casos de “clamor social”, que chegam à imprensa são investigados. “Como pode quem tem função de investigar priorizar a vida ou o crime mais importante?”

A lacuna na investigação tem consequência em atividades do Judiciário e pode provocar aumento da delinquência. “Quando não se leva ao Judiciário a autoria (de crimes), o que começa com furto pode acabar com latrocínio (roubo seguido de morte). Não se tem justiça dessa forma”, critica Marilda Pinheiro. Ela define como um “engodo” e um “estelionato” o fato de que a maior parte dos boletins de ocorrência registrados em delegacia da polícia civil paulista sequer sejam investigados..

Para a presidenta da associação, melhorias na segurança pública passam, obrigatoriamente, por melhores salários e condições de trabalho e participação social. “A sociedade precisa participar. Estou muito preocupada porque o nosso trabalho lida com a vida e a liberdade do ser humano, ao mesmo tempo.” A reivindicação dos delegados paulistas é por remuneração paritária ao da Polícia Federal.

30/09/2011 – Motorista vai registrar acidente sem vítima pela internet 4

A nova ferramenta entrará em breve, em caráter de experiência, no Portal da Secretaria da Segurança Pública; as unidades da Polícia Militar manterão o atendimento aos motoristas que não tenham acesso à internet; medida vai desafogar: só em 2010, o Comando de Policiamento de Trânsito (Cptran) registrou 143.788 ocorrências de acidente de trânsito sem vítimas.

A partir da próxima segunda-feira, os motoristas que se envolverem em acidentes de trânsito sem vítimas poderão registrar a ocorrência pela internet, por meio da Delegacia Eletrônica da Polícia Civil. Com a mudança, o motorista ficará dispensado de comparecer a uma unidade da Polícia Militar para fazer o boletim de ocorrência. O registro poderá ser feito a partir de qualquer computador.

O objetivo da medida é trazer maior conforto aos motoristas e reduzir a demanda nas unidades da Polícia Militar que hoje fazem este tipo de registro. “Além de desafogar o trabalho da Polícia Militar, daremos um conforto à população”, afirmou o delegado geral da Polícia Civil, Marcos Carneiro de Lima.
Só no ano passado, o Comando de Policiamento de Trânsito (Cptran) registrou 143.788 ocorrências de acidente de trânsito sem vítimas.

Além dos acidentes sem vítimas, a Delegacia Eletrônica registra ocorrências de furto de veículos, desaparecimento de pessoa, furto e perda de documentos, furto e perda de celulares, furto e perda de placas de veículos e encontro de pessoas desaparecidas. Também é possível complementar e acompanhar os boletins de ocorrência.

A nova ferramenta entrará em breve, em caráter de experiência, no site da Secretaria da Segurança Pública (www.ssp.sp.gov.br). Para acessar, basta clicar no ícone da Delegacia Eletrônica, bem no alto da página à direita. As unidades da Polícia Militar manterão o atendimento aos motoristas que tenham se envolvido em acidentes e não tenham acesso à internet.

Passo a passo

O registro começa com a inclusão dos dados da ocorrência. O motorista deve informar local, horário e endereço do acidente. Em seguida, deve indicar o tipo de acidente: choque, colisão, capotamento, engavetamento ou tombamento – há ilustrações para facilitar a escolha.

O próximo passo é o cadastramento dos dados pessoais e dos veículos envolvidos no acidente. A última etapa é a narrativa do acidente. O texto não pode passar de 1.000 caracteres. Depois que as informações são cadastradas, o motorista recebe uma confirmação no endereço eletrônico informado.

A Polícia Civil avalia as informações e valida ou não o registro. Se não houver erros de informação, o registro é enviado ao motorista e à unidade policial mais próxima da ocorrência. Caso haja algum erro, a Delegacia Eletrônica mandará uma mensagem com esta informação.

Criada em 2000, a Delegacia Eletrônica já é responsável pelo registro de 23,3% dos boletins de ocorrência. Em 2010, a população registrou na Delegacia Eletrônica 580.723 ocorrências de todos os tipos e 1.909.022 nas delegacias de polícia – no total, a Polícia Civil registrou 2.489.745 BOs.

O sistema utilizado pela Delegacia Eletrônica foi criado e é mantido pelo GTI – Grupo de Tecnologia da Informação da SSP.

Serviço:

O site da delegacia eletrônica é: http://www.ssp.sp.gov.br/bo/default.aspx

Para entrar em contato, o telefone é (0xx11) 3311-3882
 

OS BODES DO PODER JUDICIÁRIO 11

  • “Escândalo da Maçonaria” contrapõe Supremo e CNJ

  • Liminares beneficiam 15 de 33 magistrados punidos pelo conselho desde sua criação
    Decisão do CNJ de punir magistrados de MT foi anulada pelo Supremo e virou uma polêmica

  • ANTONIO DE SOUZA
    DA REDAÇÃO

    A decisão do Supremo Tribunal Federal de conceder liminares a três desembargadores e sete juízes de Mato Grosso, depois de eles terem sido punidos sob a acusação de desvio de dinheiro de uma cooperativa de crédito ligada à Maçonaria, colocou o Supremo e  o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em rota de colisão.

    Reportagem da Folha de S. Paulo, nesta sexta-feira (30),  destaca a suspensão da aposentadoria dos magistrados mato-grossenses, em 2010, como a principal decisão do STF, em contraponto ao poder do CNJ de abrir inquérito para examinar a conduta de juízes sob suspeita, quando os tribunais em que eles atuam nos Estados não fizerem nada para investigá-los.

    Na prática, o STF suspendeu quase a metade das punições aplicadas pelo Conselho.

    Nesta semana, a AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) considerou inconstitucional a resolução que dá poder ao CNJ e moveu uma ação no Supremo contra o conselho, alegando que ele interfere na independência dos tribunais. O STF adiou a votação da ação.

    O caso

    Em fevereiro do ano passado, o CNJ decidiu pela aposentadoria compulsória dos desembargadores Mariano Travassos, José Ferreira Leite e José Tadeu Cury e dos juízes Marcelo Barros, Irênio Lima Fernandes, Marcos Aurélio dos Reis, Antonio Horácio Neto, Juanita Clait Duarte, Graciema Ribeira Caravellas e Maria Cristina Oliveira Simões.

    Eles foram acusados de integrar um suposto esquema de desvio de dinheiro do Judiciário, para salvar uma cooperativa de crédito ligada à Maçonaria.

    O caso foi levado ao conhecimento do CNJ pelo então corregedor-geral de Justiça, desembargador Orlando Perri, por entender que não havia condições de investigar seus pares.

    Em seguida, foi instaurado um Procedimento Administrativo Disciplinar, cujo relator foi o conselheiro Ives Gandra Filho.

    Em seu voto, Gandra levou em conta o parecer do então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para que os magistrados fossem punidos com a aposentadoria compulsória. O voto foi acatado por unanimidade.

    Em março do mesmo ano, o desembargador José Jurandir Lima foi punido com a aposentadoria. Ele foi acusado de nepotismo, após empregar os filhos em seu gabinete, na época em que presidia o Tribunal de Justiça, sem que eles comparecessem ao trabalho.

    Confira a íntegra da reportagem da Folha, feita pelo jornalista Flávio Ferreira:

O que se quer é que os juízes tenham compromisso com a Justiça, afinal eles ganham 13 salários para dez meses de trabalho ( de 20 horas semanais ) 1

Presidente da OAB: Judiciário é muito fechado a investigações

Quinta, 29 de setembro de 2011, 15h34

Dayanne Sousa

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, avalia que o Judiciário brasileiro carece de controle.

Nesta quarta-feira (28), ele
acompanhou a sessão do Supremo Tribunal Federal (STF), que adiou a decisão sobre
limitar o poder do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de investigar
irregularidades cometidas por magistrados.

– O Judiciário em geral é muito fechado a investigações. Isso é lamentável e
não se compatibiliza com os princípios constitucionais que deveriam nortear os
Três Poderes. Só haverá Justiça forte se o CNJ for forte.

A OAB apresentou um pedido para participar do julgamento desta quarta, mas o
requerimento foi negado pelo ministro Marco Aurélio Mello. Ophir Cavalcante
esclarece que reuniu uma série de exemplos de irregularidades de juízes que
nunca foram punidas para apresentar à Corte. A OAB insiste para que possa
apresentar os casos quando o Supremo voltar a tratar do assunto. Cavalcante
explica que as denúncias envolvem abusos de poder por parte de magistrados no
Pará – onde o presidente da OAB atuou.

Em entrevista à Associação Paulista de Jornais, a corregedora-chefe do CNJ,
ministra Eliana Calmon, afirmou que a magistratura sofre com a “infiltração de
bandidos que estão escondidos atrás da toga”. As declarações causaram pressão
sobre o STF, que levou o presidente da Corte, Cezar Peluso, a considerar o
momento inconveniente para a votação.

Leia a entrevista.

Terra Magazine – Como o senhor avaliou o adiamento no Supremo Tribunal
Federal?

Em função da comoção que isso gerou na sociedade, os ministros
acharam que era melhor não julgar, não se sentiram confortáveis. É
compreensível. Os ministros devem ter independência independente de
pressões.

O ministro Marco Aurélio negou o pedido da OAB de se pronunciar. O que
aconteceu?

A Ordem entende que a matéria diz respeito à Justiça
brasileira, ela tem acento no Conselho Nacional de Justiça, indica dois membros
do Conselho. A advocacia é essencial à Justiça. Não se justifica dizer, como
lamentavelmente foi dito pelo ministro Marco Aurélio Mello em seu despacho, que
aquilo dizia respeito somente à magistratura. Como se ela fosse a única que
integra a Justiça. Essa decisão do ministro Marco Aurélio merece ser revista, a
Ordem já entrou com um agravo. Até porque ficou parecendo, para a sociedade, que
se quer isolar o Judiciário.

O senhor concorda com as afirmações da ministra Eliana Calmon, de que há
“bandidos de toga”?

Todas as profissões têm maus e bons profissionais e,
evidentemente, existem juízes que não honram a toga. Juízes que dirigem a sua
conduta para benefício próprio. A magistratura é formada, na sua maioria, por
pessoas sérias. Aqueles que não são, devem sair. É necessário que se tenha um
órgão como o CNJ, que possa fazer as apurações com isenção. A Ordem quer que o
Poder Judiciário tenha um controle por parte da sociedade. O que se quer é que
os juízes tenham compromisso com a Justiça, afinal eles ganham 13 salários para
dez meses de trabalho. É preciso que os juízes se deixem fiscalizar. Qualquer
Poder, quando bem fiscalizado pela sociedade, amplia sua independência.

Ela também deixou claro que, atualmente, o CNJ já tem suas limitações.
Disse, por exemplo, que dificilmente conseguiria tocar uma investigação em São
Paulo. Seria preciso ampliar?

Eu não conheço a situação específica de São
Paulo, mas o Judiciário em geral é muito fechado a investigações. Isso é
lamentável e não se compatibiliza com os princípios constitucionais que deveriam
nortear os Três Poderes. Só haverá justiça forte se o CNJ for forte.

 

Terra Magazine

Recomendações do MP sobre a custódia de presos: o policial deverá algemar o preso em qualquer grade ou ponto fixo do estabelecimento prisional e informar aos agentes penitenciários que o indivíduo está sob a custódia do sistema penitenciário 8

Cidades
Edição de sexta-feira, 30 de setembro de 2011

MP faz recomendações polêmicas sobre a custódia de presos
                            Entre as medidas sugeridas está a prisão do diretor de cadeia que se recuse a receber presos, por descumprimento
                       Paulo de Sousa // jpaulosousa.rn@dabr.com.br
Quando alguém for preso em flagrante e não caiba fiança, o delegado deve provocar o juiz competente para que determine em que unidade prisional esse indivíduo deva ser custodiado. Essa é uma das recomendações feitas pelo promotor criminal Wendell Beetoven à Polícia Civil do Rio Grande do Norte. A recomendação seguinte é de que de posse da determinação judicial, o policial civil deve levar o preso até o local indicado e, caso o diretor da cadeia se recuse a receber o detento, esse deverá ser detido e levado à delegacia local. O próximo passo recomendado é de que independente da presença do diretor ou prisão deste, o policial deverá algemar o preso em qualquer grade ou ponto fixo do estabelecimento prisional e informar aos agentes penitenciários que o indivíduo está sob a custódia do sistema penitenciário.


Juiz é que deve determinar onde preso deverá ser custodiado, diz Wendel Beetoven   Foto: Paulo de Sousa/DN/D.A Press

As recomendações causam polêmica, mas segundo o promotor, servem para tentar sanar o problema de custódia de presos em carceragens superlotadas das DPs da Grande Natal.

Wendell Beetoven justifica afirmando que o objetivo “é colocar as coisas nos devidos lugares”. Segundo ele, a intenção é a de ver cumprida a legislação que diz ser papel de um juiz determinar onde o detento deva ser custodiado e não dos gestores do sistema penitenciário potiguar, como acontece no estado. “Fiquei estarrecido com a declaração à imprensa do diretor de Polícia da Grande Natal esta semana de que já houve casos que diretores de cadeias se recusaram a receber presos em suas unidades. Não é assim que deve ser tratada uma decisão judicial. Se não estiver de acordo, que vá recorrer à Justiça”.

No entendimento do promotor, “não dá mais para continuar nessa briga, que já dura há mais de 20 anos, em que a Polícia Civil fica pedindo vaga para presos no sistema penitenciário e a Coordenação da Administração Penitenciária (Coape) é quem decide quais detentos vai receber. Todos os presos, sem exceção, são de responsabilidade da Sejuc [Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania, a qual pertence a Coape]”.Wendell Beetoven ressalta ainda o fato de a Polícia nem mesmo tem como justificar o pedido de dotação orçamentária ao governo para gastos com alimentação de presos ou reforma de carceragens das delegacias, uma vez que isso não é de sua responsabilidade.

Repercussão

O coordenador da Administração Penitenciária, José Olímpio, afirma que “o Ministério Público pode recomendar mil vezes, estamos aqui para cumprir decisões da Justiça. O que os juízes determinarem, a gente vai cumprir, como temos feito sempre. Eles também têm de entender que não podemos criar vagas de uma hora para outra”.

O delegado geral de Polícia Civil, Fábio Rogério, diz que vai conversar com o secretário estadual de Segurança Pública e Defesa Social, Aldair da Rocha, para avaliar as recomendações e procurar uma forma de como resolver o problema. “Queremos tratar disso da melhor forma possível, com o diálogo. Não queremos agir de maneira truculenta e arbitrária, gerando assim um atrito dentro do próprio governo sobre um assunto que interessatanto à Segurança quanto à Sejuc. Temos que buscar em parceria uma solução”.                   


Presos empresários da Transmimo (de Valinhos), Exclusiva (de Campinas) e Rápido Luxo Campinas. 4

30 de Setembro de 2011 – 11h43

GAECO desencadeia nova onda de prisões em Campinas e região

Desde o início da manhã de sexta (30/09), promotores de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) desencadearam nova onda de prisões. Com apoio da Polícia Civil estão sendo cumpridos 15 mandados de busca e apreensão e mais oito de prisão contra empresários do transporte fretado. A operação acontece simultaneamente em Campinas, Valinhos, Vinhedo, Itu e Capivari.

Os empresários são acusados de fraudes em licitações de transporte fretado, formação de quadrilha, cartel e crimes contra a economia pública. As buscas estão sendo realizadas em quatro empresas. Já foram detidos empresários da Transmimo (de Valinhos), Exclusiva (de Campinas) e Rápido Luxo Campinas.

O empresário Belarmino Marta Júnior, da Rápido Luxo, é acusado de chefiar o cartel. Preso nessa manhã, em sua residência foram encontrados três mil reais, 3.300 euros e 15 mil dólares. A polícia também encontrou dinheiro na residência de outros empresários, cujos nomes não foram divulgados.

O transporte público não foi afetado, já que as empresas trabalham com transporte fretado.

De Campinas,
Agildo Nogueira Junior – com informações dos portais RAC, EPTV e CBNCampinas.

Índice de reprovações na cidade, que é de 46%, é bem maior que a média estadual, de 25%. Isso daria abertura ao esquema de fraudes…(Se reprova muito: tem fraude; se reprova pouco: tem fraude) 12

Atualizado em: 19h13min – 29/09/2011
DENÚNCIA: Esquema de vendas de CNH envolveria até a
Ciretran em SJC
Índice de reprovações na cidade, que é de
46%, é bem maior que a média estadual, de 25%. Isso daria abertura ao esquema de
fraudes
Credito: Reprodução / Rede Vanguarda
São José dos Campos tem um alto índice de reprovação nas provas práticas pra
tirar a carteira de habilitação, como o Vanguarda TV
já destacou
. O assunto volta à tona, mas com uma grave denúncia contra
auto-escolas, examinadores e funcionários da Ciretran (Circunscrição Regional de
Trânsito)

Quem passa, comemora, mas quase metade das pessoas que fazem o
exame prático para tirar habilitação em São José dos Campos é reprovada. “O
instrutor falou que eu não dei seta, mas eu dei lá em baixo”, disse um aluno.

“Não é possível. Minha instrutora estava me acompanhando. A seta não
caiu, eles estão arrumando justificativa para reprovar o pessoal”, reclama outra
aluna.

O índice de reprovações na cidade, que é de 46%, é bem maior que
a média estadual, de 25%. Instrutores de auto-escolas fizeram uma denúncia. Por
trás desse alto índice de reprovação estaria um esquema de venda de habilitações
em São José dos Campos. Ele envolveria auto-escolas, examinadores e funcionários
da Ciretran.

Credito: Reprodução / Rede Vanguarda
Uma instrutora, que não quer se identificar, explica como funcionaria o esquema.
“Se for comprar uma habilitação varia de R$ 2,5 mil a R$ 3 mil. Se a pessoa
quiser pagar só para não ser reprovada no exame final ela vai gastar em torno de
R$ 600 a R$ 800”.

Ela conta como é feita a partilha do dinheiro. “Existe
a parte do Ciretran, a parte do dono da auto escola, e quando o instrutor é,
porque o instrutor que é a chave, quando você está fazendo aula é instrutor.
Então, ele também vai por o dele em cima”.

Outro instrutor, que também
não quis se identificar, conta que o acordo é feito pelas auto-escolas
envolvidas. “O dono da auto escola já acerta com o aluno e já acerta com a
Ciretran e aí já sai o, mesmo que ele reprove nas provas, a habilitação dele sai
normalmente”.

Eles disseram que alunos de auto-escolas que não
participam do esquema são reprovados. “Não é falta de capacidade dos alunos, mas
sim uma exigência desnecessária por parte do órgão competente, que é a Ciretran.
Se você não participa eles vão tentar de algum meio tentar coagir, que é o que
eles estão fazendo”.

O pai de uma jovem diz ter pagado para a filha ser
aprovada na prova prática. “Ofereceram para ela facilidades. Se ela pagasse, ela
passava. Ela pagou R$ 600 para o instrutor mesmo e o instrutor disse que tinha
que repassar para o examinador”.

Credito: Reprodução / Rede Vanguarda O
delegado da Ciretran, Reinaldo Checa, disse que vai investigar se existe esse
pagamento no local do exame. “Vou instaurar uma sindicância para apurar,
eventualmente até afastar eventuais examinadores que estejam cometendo ato
ilícito, pedindo, inclusive, a instauração de inquérito policial contra eles”.

Mas ele negou que haja um esquema envolvendo funcionários da Ciretran.
“Teria que envolver muitas pessoas, o que eu acho difícil. Agora, se for trazido
para nós qualquer tipo de indício ou elemento de que funcionários da Ciretran
estejam envolvidos em qualquer ato ilícito, com certeza vou pedir apuração
rigorosa por parte da Corregedoria da Polícia Civil. Nós não compactuamos com
ele tipo de coisa”, reiterou Checa.

A Corregedoria da Polícia Civil, em
São José dos Campos, não quis se pronunciar sobre as denúncias, porque ainda não
recebeu as acusações.

Por telefone, o presidente do sindicato das auto e
moto escolas e centros de formação do Estado de São Paulo com José Guedes. Ele
informou que nunca recebeu nenhuma denúncia desse tipo em São José dos Campos.
Disse ainda que o sindicato espera que a Ciretran apure as acusações e que os
envolvidos sejam punidos.

19h40min – 29/09/2011
CNH (29/09)
São José: Esquema é denunciado;

Fernando Capez frustra os servidores: Comissões aprovam PLC 50 sem emendas que trata do reajuste salarial dos agentes do sistema O Congresso de Comissões decidiu aprovar o projeto de lei complementar 50, que trata do reajuste salarial dos agentes do sistema prisional paulista 14

Enviado em 30/09/2011 as 9:46 – REALIDADE DO SISTEMA

UM GRANDE BALCÃO DE NEGÓCIOS!

Sob os olhares complacentes de muitos, com o script já tradicional que da primeira à última linha, é customizado, adaptado para servir à tese do DESGOVERNO.

29/09/11 – Comissões aprovam PLC 50 sem emendas       Qui, 29 de Setembro de 2011 21:26

O Congresso de Comissões decidiu aprovar o projeto de lei complementar 50, que trata do reajuste salarial dos agentes do sistema prisional paulista. O deputado relator, Fernando Capez, sugeriu a aprovação do projeto da forma com que foi proposto pelo governo, ou seja, sem nenhuma emenda.

O relatório foi aprovado pelos deputados integrantes das comissões de Constituição Justiça e Redação, Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, Comissão de Segurança Pública e Assuntos Penitenciários, Comissão de Administração Pública e Relações do Trabalho.

Apesar de aprovado nas comissões, o projeto ainda precisa ser posto em votação no plenário da Assembleia Legislativa. Só depois segue para sanção (ou veto) do governador, e então será publicado e o pagamento do reajuste retroativo a 1º de julho será pago – o que não tem data definida para acontecer.

A não aprovação das emendas propostas frustra os servidores. “Tanto o SIFUSPESP quanto os sindicatos da Polícia Civil e associações da PM lutaram, desde que o projeto foi apresentado pelo governador, no sentido de ao menos fazer cumprir a lei da data-base, ou seja, que o novo salário passasse a valer na data de 1º de março, e não 1º de julho. Em todas as reuniões do Congresso de Comissões, reivindicamos essa proposta e os líderes disseram que nos apoiariam. Mas veio a bancada governista, certamente por ordem do governador Alckmin, e passou um trator por cima dos anseios do funcionalismo”, avaliou João Rinaldo Machado, presidente do SIFUSPESP.

TRABALHO

Desde que o PLC 50 chegou na ALESP, a diretoria do SIFUSPESP tem ido semanalmente à Assembleia Legislativa a fim de dialogar com os deputados – principalmente os líderes partidários. Todas as emendas solicitadas pelo SIFUSPESP – 10, ao todo – foram oficialmente propostas pelos deputados Carlos Gianazzi, Enio Tatto e Major Olimpio.

A diretoria do SIFUSPESP acompanhou todo o processo na ALESP, participou de todas as reuniões do Congresso de Comissões, e todos os dias manteve contato com lideranças de bancadas. Ontem, mais uma vez, durante o Congresso de Comissões onde o PLC foi aprovado, estavam presentes os diretores João Rinaldo Machado (presidente), Gilberto Luiz, João Alfredo e Luiz da Silva Filho.

O SIFUSPESP volta à ALESP semana que vem, para acompanhar a votação do projeto (terça-feira os líderes devem definir a data da votação) e para protocolar ofício, no sentido de que o reajuste seja pago em folha suplementar aos servidores.

Supremo suspende metade das penas impostas pelo CNJ…Peluso ( antigamente ) criticava investigações feitas por corregedorias estaduais…”É coisa notória que os atuais instrumentos orgânicos de controle ético-disciplinar dos juízes não são de todo eficientes” (CEZAR PELUSO ministro do STF, em 2005) 1

Liminares beneficiam 15 de 33 juízes punidos pelo
conselho desde sua criação

Para ministros do STF, órgão só deveria entrar
em ação nos casos em que os tribunais dos Estados fossem omissos

FLÁVIO
FERREIRA

fonte FOLHA- UOL DE SÃO PAULO

O STF (Supremo Tribunal Federal) suspendeu
quase metade das punições aplicadas pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) a
juízes acusados de cometer crimes desde a criação do organismo.
Os ministros
do Supremo concluíram que o conselho só poderia ter entrado em campo depois dos
tribunais estaduais, e somente nos casos em que eles tivessem sido omissos ou
conduzido as investigações com desleixo.
Atualmente, o CNJ tem o poder de
abrir inquéritos para examinar a conduta de juízes sob suspeita quando os
tribunais em que eles atuam nos Estados não fizerem nada para
investigá-los.
A AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) considera
inconstitucional a resolução que dá esse poder ao CNJ e moveu uma ação no
Supremo contra o conselho, alegando que ele interfere na independência dos
tribunais.
Das 33 punições impostas pelo CNJ com fundamento nesse poder, 15
foram suspensas por liminares concedidas por ministros do Supremo.
A
principal decisão favorável do STF ocorreu num caso que envolve dez juízes de
Mato Grosso acusados de desviar dinheiro para uma instituição ligada à
maçonaria.
O CNJ determinou que os dez magistrados fossem aposentados
compulsoriamente, mas liminares concedidas pelo ministro Celso de Mello
suspenderam a pena e reconduziram todos ao Tribunal de Justiça de Mato
Grosso.
Desde sua instalação em 2005, o conselho atuou em outros 23 casos em
que confirmou ou revisou punições aplicadas pelos tribunais nos quais os juízes
atuavam.

IMPASSE
A controvérsia em torno dos poderes do
conselho provocou uma crise na cúpula do Judiciário nesta semana, pondo em lados
opostos a corregedora do CNJ, Eliana Calmon, e o presidente do STF, ministro
Cezar Peluso, que também preside o conselho.
A corregedora afirmou numa
entrevista que o Poder Judiciário sofre com a presença de “bandidos escondidos
atrás da toga”. Peluso e associações de juízes reagiram acusando Calmon de fazer
acusações genéricas.
O julgamento da ação da AMB contra o conselho estava
marcado para esta semana, mas foi suspenso porque os ministros do Supremo
decidiram buscar uma solução para o impasse que evite um desgaste maior para a
imagem do Judiciário.
A ideia é criar limites para a atuação do CNJ sem
esvaziá-lo completamente, definindo com mais clareza as circunstâncias em que
ele poderia tomar a iniciativa de investigar juízes antes dos tribunais dos
Estado

Peluso já criticou investigações feitas por
corregedorias

DE BRASÍLIA

O presidente do Supremo Tribunal Federal,
Cezar Peluso, que hoje defende que investigações contra juízes sejam feitas
primeiro pelas corregedorias dos tribunais, já fez críticas no passado a
apurações comandadas por magistrados contra seus colegas neste âmbito.
Nesta
semana, uma ação da AMB (Associação Brasileira de Magistrados) para reduzir o
poder de investigação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) colocou Peluso e a
corregedora-nacional de Justiça, Eliana Calmon, em lados opostos.
Para
Calmon, o CNJ deve investigar e punir magistrados que praticam irregularidades.
Para Peluso, esse papel deve ser feito primeiro pelas
corregedorias.

CORPORATIVISMO
Em 2005, a mesma AMB havia
questionado a existência do CNJ. À época, Peluso foi o relator do processo no
STF e defendeu o poder de investigação do órgão. Segundo ele, que agora também
preside o conselho, os juízes não realizavam investigações internas como
deveriam.
É coisa notória que os atuais instrumentos orgânicos de controle
ético-disciplinar dos juízes, porque praticamente circunscritos às corregedorias
[estaduais], não são de todo eficientes, sobretudo nos graus superiores de
jurisdição”, disse Peluso em 2005.
Ele pediu aos juízes, naquele ano,
“grandeza de espírito” para deixar de lado o corporativismo.
A AMB foi ao
Supremo para tentar derrubar a resolução do CNJ que estabelece regras para
investigar e punir magistrados sob suspeita de irregularidades.
A associação
considera a atuação do CNJ inconstitucional, porque, segundo a AMB, fere a
independência do Poder Judiciário. (FELIPE
SELIGMAN E FILIPE COUTINHO).

Declaração do Major Olimpio: em 24 de Maio de 2012, o mestre do Conte com o Comando estará empregado na prefeitura ou no estado…e você? Na roça! Então vamos encarar esta briga ou não?! 86

Enviado em 30/09/2011 as 9:06 – Aposentada

Declaração do Major Olimpio em seu facebook exposto há 15 minutos atrás:

Diante da demora para a aprovação do super mini reajuste para os Policiais Militares, já tem gente falando que eu é que estou emperrando a sua votação; mas não é novidade, certas pessoas que prometem muito, que dizem “contem comigo” agora tem que colocar o rabo entre as pernas e se escorar em alguma coisa, e no caso o Major Olimpio….

Eu não tenho poder algum para obstruir a votação pois nem líder de partido ainda sou, se fosse tudo bem, mas a coisa é tão feia que os próprios deputados do PSDB não aguentaram o descaso do Sr. Alckmin e resolveram emperrar a situação, cobrando pelo menos a leitura das emendas que só melhoram a vida dos Agentes, PC e PMs. A esmagadora maioria dos deputados está estarrecida com tal situação e seus líderes não permitem a votação dos projetos….

Entendam que, se nada der certo agora, em 2012 nada poderá ser reivindicado, haja vista que os atuais projetos já contemplam os “maravilhosos” 11% em 2012. Todos já fizeram as contas?

Ouvi dizer que enviei mensagem para as praças, exclusivamente, pois somente luto por elas…..me ajuda aí! É cada uma!

Senhores da segurança, aposto que em 24 de Maio de 2012, o mestre do Conte com o Comando estará empregado na prefeitura ou no estado…e você? Na roça! Então vamos encarar esta briga ou não?!

CAVEIRA PEDIU PRA SAIR 4

pediu pra sair
Enviado por Jorge Antonio Barros
29.09.2011

Assassinato da juíza derruba coronel Mário Sérgio

Um dos 21 disparos que matou a juíza Patrícia Acioli ricocheteou no quartel-general da PM, na Rua Evaristo da Veiga, a mais de 25 quilômetros do local do crime praticado por PMs. Num último gesto digno, o comandante-geral da PM, coronel Mário Sérgio, pediu para sair, alegando ser o único responsável pela nomeação do tenente-coronel Cláudio — indiciado como mentor do assassinato da juíza. De fato a permanência do coronel Mário Sérgio à frente da Polícia Militar tornou-se insustentável desde que vieram à tona outros fatos: o desvio de munição da PM para os assassinos da juíza e o mensalão do tráfico na UPP do Fallet, no qual policiais militares recebiam propina para liberar a venda de drogas numa área pacificada, cujo principal objetivo era o de acabar com o tráfico. O indiciamento do coronel Cláudio foi apenas a gota de sangue que faltava para ficar patente que o coronel Mário Sérgio — com toda sua honestidade, competência e galhardia — não foi capaz de conter os assassinos de farda infiltrados em sua corporação. Foi a primeira vez na história do Estado do Rio que uma juíza foi vítima de atentado e praticado justamente por quem deveria protegê-la.

Ontem havia informações não confirmadas por fontes oficiais de que pode surgir o nome de mais um oficial da PM envolvido com o assassinato da magistrada.

Conheço Mário Sérgio desde 1994, quando ele era um destemido major do Batalhão de Operações Especiais, numa época em que a tropa de elite ainda era uma polícia sem mácula. Sua chegada ao comando trouxe um sopro de redemocratização à Polícia Militar — já que ele substituiu o coronel Gilson Pitta, cuja gestão foi marcada pelo arbítrio e pela ausência de transparência. Um dos primeiros policiais a ter um blog, Mário Sérgio anunciou para mim que o comandante da PM teria um site para interagir com a tropa. A ideia, porém, não vingou. O comando de Mário Sérgio — que durou dois anos e dois meses — trouxe também novidades como acabar com um regime disciplinar de quartel para o policial que trabalha nas ruas diretamente com a sociedade civil. O coronel determinou que policiais não fossem mais presos porque tinham o coturno mal engraxado ou a barba por fazer. A chegada de Mário Sérgio ao comando sem dúvida foi um avanço para a tropa. Foi também na gestão dele que o projeto das Unidades de Polícia Pacificadora — do secretário Beltrame — conquistou corações e mentes. Sob o comando de Mário Sérgio, o caveira 37, as forças de segurança conquistaram também os territórios do Alemão e da Vila Cruzeiro, com a ajuda da Marinha e do Exército.

A luta e a coragem de Mário Sérgio, porém, começaram a ser minadas pela igual disposição de seus comandados de se envolverem com o crime. Foi na gestão dele que pela primeira vez o tráfico abateu um helicóptero da PM, numa operação até hoje mal contada. Foi no período em que comandou a PM, que dois policiais militares foram flagrados por câmeras liberando assaltantes que mataram o coordenador do AfroReggae. O pior é que esses PMs não foram devidamente punidos. Mário Sérgio tomou erradamente a defesa de policiais militares acusados de sumir com o corpo da engenheira Patrícia Amieiro, crime ocorrido há cerca de três anos. Foi na sua gestão de Mário Sérgio que policiais do 20° BPM (Nova Iguaçu) foram acusados de desaparecer com o corpo de um menino de dez anos, baleado numa ação policial — o Caso Juan. E o comandante demorou a agir. Mário Sérgio errou também ao se envolver diretamente na crise dos bombeiros.

Com certeza, Mário Sérgio não vai demorar a escrever um livro contando bastidores publicáveis de sua passagem pelo comando da polícia de dom João VI.

Apesar de Mário Sérgio estar licenciado, sua substituição será imediata. O nome do atual comandante interino, coronel Álvaro Aguiar, não combina com a política pública de pacificação de favelas e nem mesmo com a concepção mais simples de policiamento comunitário, o conceito básico das UPPs. Imagine o constrangimento que seria para a população de favelas pacificadas receber a visita de um oficial que em 1997 esteve envolvido no escândalo do “Muro da Vergonha”, o espancamento de moradores da Cidade de Deus, flagrado por um cinegrafista amador. As pessoas mudam, mas nem tanto.

Para a substituição de Mário Sérgio outros três nomes de coronéis full já estariam sendo apreciados pela Secretaria de Segurança, com a ingerência do Palácio Guanabara, mas um quarto não pode ser totalmente descartado — Aristeu Leonardo, Pinheiro Neto e Ronaldo Menezes, atual corregedor. Este último aliviaria um pouco o clima na tropa por tratar-se de um ex-barbono, oficiais que fizeram movimento de reivindicação na PM. Os dois Pinheiros são “caveiras” — policiais do Bope — assim como Mário Sérgio, e têm grande experiência operacional. São policiais muito bem capacitados e que conhecem quase tudo de estratégias de guerra. Vamos ver como se saem com a política porque esse continua sendo o nó górdio da polícia.

12h 46m – O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, está reunido com assessores e já chamou o coronel Pinheiro Neto, cuja cotação aumentou.

Leia a íntegra da carta de Mário Sérgio.